Capitulo 21 - Você vai assim para o jantar?
Clara
Acordo e não sinto a presença de Samanta perto de mim, já conversei com ela sobre o fato de me deixar acordar sozinha na cama, mas pelo jeito não adiantou, diz ela que não consegue ficar muito tempo deitada depois que acorda. Coisas de gente velha.
Me espreguiço para tentar acordar os músculos e sinto alguns pontos do meu corpo doerem, e me lembro da noite que tivemos. É gostoso demais acordar assim, e o que mais me assusta é saber que até um mês atrás eu não sabia o que era ter uma noite boa de sex*.
Pego meu celular para olhar o horário e no mesmo momento ele começa a tocar, aparecendo o nome de Liz na tela.
— Alô — Atendo.
— Bom dia, Clarinha — Sua voz parece triste — Tá por casa?
— No momento, não — Não penso em mentir para ela.
— Ah — Exclama — Está com a Samanta?
— Sim.
Por alguns segundos a ligação ficou muda, não pude ouvir nem a respiração dela, confiro se a chamada foi encerrada, mas não foi.
— Liz? — A chamo para me certificar que permanece ali.
— Estou aqui — Responde — Não liguei para brigar e nem atrapalhar vocês duas, só gostaria de saber se você quer fazer algo na segunda-feira à noite. Estou com saudade de fazermos algo juntas e fiquei mal por ter que desmarcar ontem.
— Liz — Puxo o ar para conseguir falar o que quero dizer — A gente pode até marcar, mas se você desmarcar de novo, eu juro, que não marcaremos mais nada até o seu casamento.
— Eu não vou desmarcar, eu realmente quero ter um momento com minha melhor amiga, acho que estamos precisando.
— Estamos mesmo — Concordo — Mas não me faça de idiota, Liz, porque isso só nos afasta.
— Eu realmente quero isso, Clara. Não irei cancelar.
— Ok, então está marcado.
— Tudo bem, até segunda então.
— Até.
Encerro a chamada e vejo a porta ser aberta e a atleta passando por ela com uma bandeja de café da manhã.
Ela sorri quando vê que já estou acordada.
— Bom dia, dorminhoca — Seu sorriso fica maior ainda — Infelizmente, não há uma mesa nessa casa ou uma cozinha montada para que eu faça um café da manhã decente para você, mas consegui dar um jeito de comprar isso.
— Já está perfeito — Digo encarando a bandeja cheia de coisas deliciosas.
Dessa vez não há ovos mexidos ou algo preparado por ela, mas é tão especial quanto, sendo que a preocupação dela em me tratar bem me encanta cada dia mais.
As coisas entre nós duas, tem ido rápido demais em questão a sentimentos, pelo menos da minha parte. Ver como ela me trata tão bem, como tem feito de tudo para se aproximar do meu filho, como está nos protegendo de todos, tem mexido comigo da forma exata que eu sabia que mexeria. Eu sabia que me apaixonaria se ficasse com ela, porém o que ela me propôs aquele dia que fomos no mirante, foi apenas momentos bons, deixando bem claro que sua intenção nunca foi algo a mais.
Sinto que estou em um caminho sem volta, mas não me atrevo a tocar no assunto, eu sempre soube que Samanta não se apaixona fácil, ela também sempre deixou bem claro que não é boa com relacionamentos, e eu entrei nessa sabendo de tudo isso, sabendo os riscos que eu estava correndo.
Mas de uma coisa eu tenho certeza.
Eu me ferrei.
Me apaixonei por ela.
— Você parecia cansada — Solta um sorriso safado — Então saí sem te acordar.
— Fugitiva — Acuso — Se eu não soubesse desse seu lado atencioso, que sempre pensa em me alimentar pela manhã, eu acharia que não gosta de acordar ao meu lado.
— Boba — Ela se aproxima e me dá um selinho — Já falei que não consigo ficar até tarde na cama, então aproveito para deixar tudo pronto para alimentar meu dragãozinho.
— Ei! — Dou um tapa de leve em seu braço em forma de brincadeira — Eu amo como me trata.
As palavras saem da minha boca mais rápida do que eu pudesse controlar. Samanta não diz nada de imediato, apenas me encara e vem para perto, se sentando ao meu lado e me abraçando da forma que consegue.
— Só te trato da forma que você merece ser tratada — Diz de uma forma tão carinhosa — Nunca aceite menos do que você merece, Clara.
— Estou aprendendo isso — Digo sem jeito.
— Eu gostaria de te levar para jantar hoje, o que acha? — Muda de assunto.
— Acho perfeito, só preciso ir em casa me arrumar adequadamente, e fazer uma coisa que acordei com muita vontade de fazer.
— Sexo? Mas isso é melhor fazer acompanhada do que sozinha — Ela solta uma gargalhada após falar.
— Palhaça — Acompanho sua risada — Isso eu deixo para fazer com você — Provoco.
— E o que você quer tanto fazer?
— Acordei inspirada para pintar, então queria fazer isso — Explico com um certo receio do que ela vai achar — Mas podemos aproveitar mais um pouco e depois eu vou para casa e você me busca mais tarde para jantarmos.
— Perfeito.
******
Ouço a campainha tocar e confiro no espelho como estou, e confesso que gostei muito do resultado.
Depois de passar algum tempo pintando, tomei um banho relaxante, hidratei minha pele, escolhi um vestido vermelho colado, ela vai até o meio das minhas coxas, me deixando sexy com ele.
Por cima, optei por um sobretudo preto, que é do mesmo comprimento do vestido, e nos pés, um salto alto. Deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem mais elaborada.
Da última vez que Samanta me viu arrumada assim, ficou fora de si, então espero que hoje ela tenha a mesma reação.
A campainha toca novamente e lembro que preciso ir atender. Ando apressadamente até a porta e quase caiu quando abro.
Ela está perfeita, com um conjunto simples, mas cheio de atitude. Ela usa uma camiseta preta básica, enfiada em uma calça social também preta, presa com um cinto fino. Uma corrente discreta pendura-se de um dos bolsos, acrescentando um toque rebelde ao visual.
Nos pés, tênis brancos contrastam com o restante escuro da roupa, dando leveza e praticidade com o blazer branco.
Linda. Linda. Simplesmente linda.
Seus cabelos não são longos, um pouco acima dos ombros, e ela fica ainda mais charmosa quando passa a mão por eles, jogando-os para o lado. Isso deixa minha calcinha ainda mais molhada.
— Achei que não iria abrir a porta — Revira os olhos.
— Só estava terminando de me arrumar — Explico, dando passagem para que ela entre e fecho a porta.
— Essa produção toda é para matar alguém? — Me olha de cima a baixo.
— Talvez — Deixo no ar.
Desde que começamos, Samanta sempre me incentivou a me soltar e a fazer o que eu me sentisse a vontade para fazer. Então uma ideia surge em minha mente. Talvez a Clara de um mês atrás, jamais teria coragem de fazer isso. Mas a nova, talvez tenha.
Vou até a mesa, onde deixei minha bolsa, confiro se está tudo dentro e resolvo agir, para não perder a coragem.
— Sua calça tem bolso? — Pergunto, cínica — Preciso guardar uma coisa que não vai caber em minha bolsa.
— Tem, sim — Me olha confusa — O que precisa guardar?
Me viro em sua direção, dou alguns passos para ficar frente a frente com ela, e sem quebrar o contato visual, coloco minhas mãos por baixo do vestido e retiro minha calcinha.
Ela acompanha todo o ato com os olhos fixos, não pisca para não perder nenhum movimento.
Quando eu termino de tirar, estendo a calcinha minúscula para que ela pegue.
— Isso.
Seu queixo cai com minha atitude, mas seus olhos brilham como nunca e apesar da vergonha, finjo uma confiança que não sei se existe em mim, porém escolho manter a postura.
Ela segura a peça e realmente guarda em seu bolso.
— Você vai assim para o jantar? — Morde o canto da boca.
— Algum problema? — Me faço de rogada.
— Nenhum, desde que ninguém além de mim, veja que não há nada por baixo desse vestido — Me segura pela cintura e me puxa para perto do seu corpo.
— Com isso você não precisa se preocupar, a minha única intenção é que só você veja que estou sem nada por baixo do meu vestido — A encaro — Literalmente nada.
Eu já estava sem sutiã antes dessa ideia maluca, então agora só o que cobre meu corpo é o tecido do vestido e o sobretudo que provavelmente será retirado no restaurante.
A mais alta estala a língua no seu da boca e faz um sinal de negativo com a cabeça, como se quisesse espantar certos pensamentos.
— Você vai me enlouquecer, garota — Passa a língua pelos lábios — Se não tivéssemos uma reserva no restaurante, eu iria lhe mostrar agora mesmo o que acontece quando me provoca.
— Vamos ir jantar, bem comportadas, como somos publicamente — Deixo minha voz um pouco mais sensual — E depois, quero que você cumpra essa sua promessa.
Não deixo que ela fale nada, me livro de seus braços e fecho minha bolsa para podermos ir.
******
O restaurante é pequeno, mas aconchegante. Assim que o garçom abriu a porta e o perfume de vinho e orégano quente me envolveu, percebi o que ela tinha em mente.
As luzes baixas, douradas, refletem nas taças e no brilho discreto do lugar. Samanta sempre parece pertencer aos lugares bonitos, como se o mundo fosse cenário para o sorriso dela. Eu, por outro lado, ainda sinto que invado cenas das quais não deveria fazer parte.
Ela puxa a cadeira para mim, com aquela gentileza que me desarma e derruba todos os muros que construí.
— Eu podia muito bem puxar minha própria cadeira — Brinco, mas sento, observando o modo como a sua beleza chama atenção.
— Eu sei que podia — Responde, inclinando-se, com um sorriso enviesado. — Mas gosto de cuidar de você.
O garçom aparece, nos entrega o cardápio e se afasta, fico um tempo em silêncio, lendo sem realmente ler.
Na verdade, estou tentando não olhar demais para ela, o que é inútil. O cabelo de Samanta me faz querer segurá-lo, com algumas mechas soltas que tocam o pescoço — e é ali que meus olhos insistem em parar.
— Está pensando em quê? — ela pergunta, apoiando o queixo nas mãos e os cotovelos na mesa.
— Em nada… — Minto.
— Em nada, ou em algo que não quer me contar?
Sorrio de canto, tentando deixar ela ainda mais curiosa.
— Talvez nas duas coisas.
O silêncio entre nós é confortável, preenchido pelo som dos talheres, das conversas ao redor, e pelo violão suave que alguém toca num canto do salão. Quando o garçom volta para anotar o pedido, Samanta escolhe um vinho tinto antes que eu possa abrir a boca.
— Você vai gostar — Diz, confiante.
Apenas confio.
Assim que o garçom se afasta novamente, Samanta me olha com aquele olhar atento, que sempre parece ver mais do que eu gostaria.
— Sabe o que acabeide lembrar? — Ela começa brincando com o guardanapo. — Que você estava inspirada para pintar.
Suspiro e tento não a encarar.
— Ah… isso.
— “Isso”? — Ela arqueia uma sobrancelha. — Clara, você fala como se fosse um segredo vergonhoso.
Dou de ombros, porque é quase isso mesmo.
— Não é segredo, só… não é importante. É só um hobby.
— Hobby? — Repete, como se a palavra tivesse gosto amargo — Você pinta desde quando?
— Desde sempre, acho. Desde criança. Mas não dá para viver disso.
Ela se inclina um pouco, ficando mais próxima.
— E se desse?
Solto uma risada, sem humor. Ela só pode estar brincando comigo.
— Eu trabalho no clube há anos. Tenho um salário fixo, plano de saúde, décimo terceiro… essas coisas chatas que garantem que o aluguel seja pago. Eu não posso largar tudo para virar “a artista que pinta ao pôr do sol”.
Samanta não ri. Ela me observa, séria, e há algo nos olhos dela que me desconcerta, como se estivesse tentando me convencer de que a ideia é perfeitamente razoável.
— Mas você ama pintar.
Fico quieta. Ela não sabe o quanto é verdade, as noites em que fico acordada, as mãos sujas de tinta, o quanto esses momentos me tiram da realidade e me levam para um mundo só meu.
— Amar não paga boletos — Respondo, tentando soar leve, ela cruza os braços, sem desviar o olhar.
— Eu posso te ajudar, sabe? Se for questão de dinheiro…
— Samanta! — Interrompo, um pouco alto demais, e algumas pessoas olham na nossa direção, me fazendo ficar envergonhada — Nós estamos saindo há o quê… um mês? Você não vai começar a pagar minhas contas.
Ela ergue as mãos, em rendição.
— Não quis dizer assim.
— Como então? — Pergunto.
— Como alguém que acredita em você — Fala, com firmeza. — Só isso.
Por um instante, o mundo parece desacelerar. A sinceridade dela me atinge com uma força estranha, e eu me vejo sem palavras.
O garçom chega com o vinho, quebrando o momento. Ele serve primeiro a ela, depois a mim. Samanta ergue a taça e brinda.
— Às coisas que amamos, mesmo que assustem ou que não admitimos.
Bebo, sem saber se ela fala da pintura ou... de nós.
A bebida é suave, quente na garganta, ela estava certa, eu gostei. Conversamos sobre trivialidades depois, como o novo livro que ela está lendo, o cachorro do Nicolas que não para de roer as coisas da casa e me faz envelhecer precocemente, o tempo que parece passar mais rápido desde que nos conhecemos, entre tantas outras coisas.
Sem contar que aproveito para continuar colocando meu plano em ação, provocando sempre que tenho a oportunidade.
A cada risada, sinto que o ar entre nós muda, mais denso, como se as palavras fossem só um pretexto para ficarmos próximas.
De repente, o garçom se aproxima novamente, segurando um copo de coquetel colorido.
— Uma bebida de cortesia — Ele diz, com um pequeno sorriso — O cavalheiro da mesa ao fundo pediu para enviar.
Fico sem reação. Viro o rosto e, de fato, há um homem me olhando de longe, levantando o copo num gesto amigável, ou, mais que amigável.
Antes que eu diga qualquer coisa, Samanta já está com o maxilar tenso e pronta para atacar qualquer um.
— Ah, é mesmo? — Diz, olhando fixamente para o garçom, depois para o homem — E o cavalheiro esqueceu que ela está acompanhada?
O garçom, visivelmente desconfortável, murmura um pedido de desculpas e se afasta. Eu, por outro lado, sinto o calor subir ao rosto, não pelo homem, mas pela expressão de Samanta.
— Ei — Digo, tocando de leve a mão dela sobre a mesa. — Não foi nada. Eu nem o conheço.
— Ele mandou uma bebida para você — Rebate, ainda sem me olhar — Isso é alguma coisa.
— Samanta…
Ela finalmente me encara. Os olhos dela estão escuros, intensos, e por um instante o ciúme dá lugar a algo mais fundo, mais perigoso.
— Eu não gosto quando olham para você assim — Confessa, num tom mais baixo — Como se pudessem te ter.
Sorrio, tentando aliviar a tensão.
— E você acha que podem?
Ela ri, enfim, balançando a cabeça.
— Não. Acho que não.
O clima muda de novo, e agora há um brilho provocativo nos olhos dela.
— Mas é injusto — Continua. — Você aqui, desse jeito, com esse vestido, sem… — Balança a cabeça como fez em minha casa, espantando os pensamentos — E eu fingindo que consigo prestar atenção no jantar.
Meu coração dispara, ao mesmo tempo que quero responder às provocações, lembro que estamos em público.
— Samanta… — Murmuro, tentando disfarçar o sorriso que ameaça escapar.
— O quê? — Se inclina mais um pouco e o perfume dela me envolve — Só estou dizendo a verdade.
Desvio o olhar, mas é inútil. Sinto o calor subir, a pele formigar. A música muda, agora um jazz lento, e o restaurante parece ainda menor, mais íntimo. As palavras perdem espaço para o silêncio que cresce entre nós, denso e pulsante.
— Eu não quero que brigue comigo por causa de um estranho — Digo, tentando retomar o ar de normalidade.
— Eu não estou brigando — Garante, com um sorriso que beira o perigoso. — Só estou lembrando-o, e talvez a mim mesma, de que você não está disponível.
Fico sem resposta, o olhar dela é um convite e um desafio ao mesmo tempo.
O garçom traz o prato principal, e o aroma do molho preenche o ar. Fingimos comer, mas o verdadeiro banquete é o jogo de olhares, o toque breve das mãos quando os talheres se cruzam, o roçar “acidental” das pernas sob a mesa.
Quando o jantar termina, o vinho já deixou o mundo mais leve, e eu me deixo rir de novo, esquecendo o homem da bebida, o medo, as contas, a lógica.
Samanta segura minha mão sobre a mesa, os dedos deslizando entre os meus, e diz, quase num sussurro.
— Um dia ainda vou ver um quadro seu pendurado numa galeria.
— E você vai rir do preço que essas galerias cobram em um único quadro? — Brinco.
— Não — Responde — Vou comprar antes que alguém o leve.
Fico sem ar por um segundo. Há tanta ternura, tanta certeza naquela frase, que o resto do mundo desaparece.
Saímos do restaurante de mãos dadas. O ar da noite é morno, e a rua parece feita só para nós. Samanta me puxa suavemente para mais perto, e quando nossos ombros se tocam, sinto que o jantar foi apenas o começo.
Chegou o momento em que a Nova Clara entra em ação.
******
Já em meu quarto, aproveito que somente a luz do abajur está ligada, sigo até a cômoda que fica ao lado do guarda-roupas e pego um lenço.
— Você me provoca a noite toda, sai sem calcinha, e agora não quer me deixar te tocar? — A mais velha fala, sentada na beirada da minha cama, vendo o que estou fazendo.
— Exatamente, hoje será um pouquinho diferente — Sorrio para ela.
Antes de caminhar em sua direção, coloco para tocar uma playlist que combina com o momento que achei no aplicativo de música. Samanta não tira os olhos de mim, e isso me dá ainda mais gás para tomar a iniciativa.
Mas confesso que não vou conseguir, se ela continuar me olhando assim, por isso que eu caminho até ela e uso o lenço para vendá-la.
Minhas mãos tremem um pouco, estou nervosa, mas agora vou até o fim.
— Primeiro — Arrisco começar a falar — Vou me deliciar ao tirar a roupa do seu corpo, depois, você vai cumprir a promessa que me fez na sala e me comer bem gostoso. Estamos entendidas?
— Você está brincando com fogo, garota — Ela engole em seco.
— E quem disse que eu tenho medo de me queimar?
Me posiciono entre suas pernas, como ela está sentada, eu fico um pouco mais alta do que ela. Me dando a visão perfeita, do seu início de descontrole.
Passo minhas mãos pelos seus braços até encontrar as suas, levando-as até a lateral do meu corpo, conduzindo-as a passear por ali. Respiro fundo e começo a me mexer no ritmo da música que toca.
Samanta aumenta o aperto de suas mãos, mas segue o caminho que conduzo. Paro quando ela encontra o zíper lateral do vestido, mesmo vendada, ela sabe o que quero. Que ela tire meu vestido.
Deixo que a peça caia sobre meus pés e apenas a chuto para o lado, sem perder contato com ela.
Sua mão se livra da minha e ela aperta minha bunda com vontade, me fazendo soltar um leve gemido.
Me afasto um pouquinho apenas para me abaixar e tirar seus tênis e seguir para sua roupa, sem cerimônia, tiro sua calça e sua camiseta. Ela ficou linda com essa roupa, mas confesso que prefiro ela sem.
Logo, ela está como eu. Nua.
Me sento em seu colo e aproveito o toque perfeito da música para rebol*r.
— Você é uma boba ao sentir ciúmes de qualquer pessoa — A ouço bufar — Quando é só você que me deixa assim.
Seguro sua mão direita novamente e levo até minha bocet*, para ela ver o quanto me deixa molhada.
— Está sentindo, Samanta? — Digo firme — Está vendo o que faz comigo?
— Tô — Sua voz não passa de um sorriso, e ela começa a movimentar os dedos ali.
— Por culpa sua, eu não consigo me controlar quando estou perto de você, e agora você terá que resolver meu problema.
A empurro pelos ombros até que suas costas batam no colchão, e não perco tempo em subir até estar com os joelhos apoiados um a cada lado de seu rosto.
— Você vai me ch*par tão gostoso, que vai me fazer esquecer onde estamos, ok?
Tento não vacilar com minha voz, não sei se ela está gostando de eu tentar mandar em alguma coisa.
Porém, não é momento de recuar, seja confiante, Clara.
— Com todo prazer.
É a única coisa que responde antes de alcançar minha bocet* com a boca e começar a me ch*par. Olhar ela desse ângulo me faz ficar ainda mais molhada para ela.
Suas mãos voltam a passear pelo meu corpo até chegarem aos meus seios e, como se não deixasse que eu esquecesse que posso estar no controle, mas quem manda é ela, Sam deixa um aperto forte ali.
Segura meus mamilos entre os dedos e os puxa, me levando ao delírio e, consequentemente, me fazendo rebol*r em sua boca em busca de alívio rápido.
Mas não é justo que só eu tenha meu desejo saciado agora, quero dar prazer a ela, junto comigo.
Estendo meu braço para trás, buscando o meio de suas pernas, e quando meus dedos chegam em sua intimidade, sinto seu corpo reagir e sua boca trabalhar ainda mais rápido.
Mantenho o foco em masturbá-la enquanto ela me ch*pa, e o calor já nos consome. O quarto é preenchido pela música e pelos meus gemidos, que não guardo só para mim.
Samanta já falou que ama me ouvir gem*r, então deixo-os sair, não me importo se posso parecer uma puta fazendo tanto barulho. Para ela, sou a puta que ela quiser que eu seja.
A atleta afasta a boca por alguns segundos, apenas para falar.
— Eu vou goz*r, Clara — Gem* e sinto seu corpo dar os primeiros sinais — Goz* comigo, goz* na minha boca.
Pede e volta a ch*par tão gostoso, exatamente como eu pedi que fizesse.
Me sinto como nunca, não é questão de dominar ou ser dominada, é questão de me sentir bem e a vontade para fazer o que eu quero fazer.
E com essa sensação, de liberdade, de empoderamento. Eu gozo em sua boca enquanto ela goz* em meus dedos.
Sinto meu corpo ser arremessado sobre a cama, não evito soltar um grito de surpresa, e em segundos, Samanta está sobre mim.
— Ainda não acabou, eu vou te comer a noite toda, em todas as posições.
Beija meu pescoço, e eu já estou tão entregue a ela, que só quero que ela faça o que quiser.
— Sou toda sua — É o que eu consigo responder.
— Você é incrível no controle, me deixou com um puta tesão — Beija meu pescoço e vai descendo — Quero que faça isso mais vezes.
Meu ego infla, me sinto bem ao ouvir isso, ao saber que ela gostou tanto quanto eu.
— Mas agora eu vou te mostrar o quanto você é minha.
Ela não precisava me mostrar nada, porque se eu já tenho certeza de uma coisa, é que eu sou dela.
Completamente dela.
Fim do capítulo
Olá pessoal....
Ontem fiquei muito feliz com a noticia que minhas duas histórias estão no top 3 mais lidas de setembro. Quero agradecer cada pessoa que está acompanhando e fazendo essa experiencia ser cada vez mais incrivel. De coração.
Agora vamos falar sobre o capitulo? o que acharam da Clara mais solta e atrevida? e a Sam, como sempre, uma dama.
Não esqueçam de deixar seu comentario, é muito importante saber como a história está chegando até vocês.
Vou deixar aqui o link do nosso grupo de leitoras, venha se divertir com a gente. E se puderem me seguir no instagram @paloma.autora vai me ajudar muito.https://chat.whatsapp.com/Iw1NUWLzUZr9HlUGT8k1Tr?mode=wwc
Espero que a leitura tenha te feito uma boa companhia. Até breve.
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Alice Maria
Em: 08/10/2025
Comecei a ler essa história ontem e não consegui mais parar!!! Finalizei essa história maravilhosa e estou ansiosa para os próximos capítulossss
Paloma Matias
Em: 09/10/2025
Autora da história
Seja bem vindaaaaaa ??
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jake
Em: 08/10/2025
Clara se soltando e enlouquecendo a Sam...a química delas e lindo demais cada entrega só serve pra constar que são uma família junto com Nico...
O que me preocupa é a Liz ... espero que ela não atrapalhe nossas meninas
..bjs ...
Paloma Matias
Em: 09/10/2025
Autora da história
Clara ganhou confiança e liberdade ao lado de Sam
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HelOliveira
Em: 07/10/2025
Adorei essa versão da Clarinha, cada momento delas é muito bom....
Vamos ver se a Liz vai aprontar algo...
Paloma Matias
Em: 08/10/2025
Autora da história
Clarinha se libertando
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Paloma Matias Em: 13/10/2025 Autora da história
Oiii…. Estou tentando voltar o mais rápido possível