• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Como posso não te amar
  • Capitulo 25

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O
    O caminho da felicidade
    Por stela_silva
  • Caos e Sangue
    Caos e Sangue
    Por HumanAgain

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Como posso não te amar por Raquel Santiago

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 1958
Acessos: 785   |  Postado em: 05/10/2025

Capitulo 25

A sala de espera da ala cirúrgica era um limbo branco e silencioso, permeado pelo aroma sutil de álcool e antissépticos. O ar-condicionado soprava friamente, mas nada se comparava ao gelo que Lara sentia no estômago. Ela sentou-se em uma das cadeiras frias, o olhar fixo nas portas duplas por onde Chloe havia desaparecido.

Cada minuto parecia uma hora, cada hora uma eternidade. O tempo se arrastava em uma lentidão cruel, pontuado apenas pelos passos apressados de enfermeiros e médicos que entravam e saíam, e pelo som distante de equipamentos médicos. Lara tentava se concentrar na respiração, nas batidas do próprio coração, mas sua mente era um turbilhão.

Lara, a médica, tentava racionalizar. Repassava mentalmente os diagramas de anatomia, a complexidade de uma gastrectomia total, os riscos. Ela sabia que a equipe da Dra. Márcia era competente. Mas Lara, a mulher apaixonada, sentia um medo visceral que superava todo o conhecimento científico.

A imagem de Chloe, pálida e vulnerável, na maca, misturava-se com memórias mais doces. A mente de Lara deslizou para uma lembrança recente, uma tarde tranquila na semana anterior.

FLASHBACK ON

A médica entrou na sala e encontrou Chloe no sofá, completamente embrulhada em um cobertor. A mais velha ainda estava com uma febre baixa por conta da virose e com um aspecto cansado. Lara colocou as compras na cozinha e sentou-se no chão da sala, próximo à estante de discos de Chloe. Havia uma coleção vasta e eclética, cuidadosamente organizada.

— Por que vinil? — Lara perguntou, olhando para a morena. — Com tanta facilidade digital hoje em dia, por que você gosta de vinil?

Chloe abriu os olhos lentamente, um sorriso cansado brincando em seus lábios.

— É diferente, Lara. Não é só a música. É o ritual. A forma como o som é mais quente, mais verdadeiro. E tem a capa, a arte. É algo físico que você pode tocar, ver o processo de começar a tocar, ouvir o chiado... É como se você estivesse presente no momento, não apenas consumindo. É real.

— Entendo, sinto isso com os livros. Ler virtualmente não é a mesma coisa que tocar nas folhas, sentir o cheiro. É outra experiência. Podemos ouvir um?

— Claro. — Chloe amava sua coleção.

Lara pegou um dos discos, folheando a coleção. Escolheu um aleatoriamente: uma melodia suave e nostálgica de jazz. Ela tirou o vinil da capa, limpou-o cuidadosamente e colocou-o no toca-discos. O som familiar da agulha tocando o vinil preencheu a sala, e logo a música suave começou a tocar. Chloe respirou fundo apreciando o som que tanto amava.

Lara estendeu a mão para Chloe, um convite silencioso.

— Me daria a honra, Comandante?

Chloe riu, um som doce e raro em meio à sua exaustão.

— Não sei se consigo.

— Prometo que não vou deixar você cair.

Chloe levantou e Lara a puxou suavemente para fora do sofá. Chloe, ainda envolvida em sua manta, se aninhou nos braços de Lara. Elas começaram a dançar lentamente. A médica notou de imediato a diferença no peso de Chloe, ela estava emagrecendo rápido. Lara tomou cuidado, seus movimentos gentis e controlados, garantindo que Chloe não fizesse nenhum esforço desnecessário. Elas se moveram como se fossem a única coisa no mundo, balançando suavemente ao som da música. A respiração de Chloe contra o pescoço de Lara era reconfortante.

— Estou com medo. — Estava aninhada no pescoço de Lara, mas a médica sentiu as lágrimas molharem o seu ombro. Ela acariciou o cabelo de Chloe. Que apesar da Quimioterapia, ainda estavam lindos.

— Eu sei, tudo bem sentir medo.

— Você sabe se a cicatriz vai deixar meu abdômen horrível? — Chloe era muito vaidosa e aquela doença estava afetando a sua autoestima.

— Não sei se você já pesquisou, mas serão apenas três cortes horizontais acima do seu umbigo. Essa técnica que Dra. Márcia vai fazer é menos invasiva, ela não vai abrir o seu abdômem. Serão cortes pequenos. Depois de alguns meses a cicatrizes estarão mais suaves. Se você quiser, podemos ver algumas possibilidades na estética para suavizar mais ainda as marcas.

— Sério? Isso seria incrível, Lara. — Foi um sorriso tímido, mas Chloe sorriu. Lara faria qualquer coisa para ver a sua piloto animada. Ela sabia que o processo depois da cirurgia seria cheio de frustrações. — Sei que parece um pensamento superficial. Que eu devia me preocupar com a recuperação interna do meu corpo. Mas ainda quero me sentir eu mesma quando me olhar no espelho.

— Não tem nada de superficial em querer se enxergar depois de um processo transformador. — Lara beijou a testa de Chloe. Envolvendo seu corpo mais firmemente.

— Quando recebi o diagnóstico, há alguns meses, pesquisei sobre formas de manter o meu cabelo. Era uma das minhas maiores preocupações. Faço crioterapia uma vez por semana. Ainda tenho queda capilar, mas estou conseguindo manter meu cabelo saudável.

— Seu cabelo é lindo. — Lara cheirou as mechas de Chloe. Ela amava o cabelo da mais velha. — Você toda é linda. Sabe o que pensei quando te vi pela primeira vez?

— Não.

— Que você era muita areia para o meu caminhão. Te achei um monumento. — Chloe gargalhou. Ela ainda estava aprendendo a se acostumar com o jeito espontâneo de Lara.

— Bom, você é realmente um caminhão pequeno. — Chloe brincou fazendo referência a altura de Lara e ao seu corpo pequeno.

— Não tem problema, faço quantas viagens forem necessárias. — A risada de Chloe encheu o ambiente.

FLASHBACK OFF

A memória se desvaneceu, trazendo Lara de volta à realidade fria da sala de espera. Ela daria tudo para ouvir a risada de Chloe mais uma vez. Ter seu corpo junto ao seu e podê-la abraçar.

Lara pegou o celular, mas não havia ninguém para ligar. Não podia ligar para a família de Chloe, nem para a sua. O segredo pesava como um fardo solitário, mas ela tinha prometido para Chloe que não contaria para ninguém. A médica se levantou, caminhou até a janela, observando o céu escuro. Uma oração silenciosa escapou de seus lábios, uma súplica desesperada para que Chloe voltasse bem.

(---)

Horas depois, que pareceram décadas, as portas do centro cirúrgico finalmente se abriram. Lara se levantou num salto, o coração na garganta. A Dra. Márcia emergiu, o semblante cansado, mas com um leve sorriso.

— Lara. — A Dra. Márcia disse, aproximando-se. — A cirurgia terminou. Conseguimos remover o tumor com margens livres, e a reconstrução foi feita conforme o planejado. Não houve intercorrências significativas durante o procedimento.

Um alívio imenso e avassalador inundou Lara, fazendo-a cambalear ligeiramente. Seus olhos se encheram de lágrimas de gratidão.

— Graças a Deus! E a Chloe? Como ela está?

— Ela está estável. Já foi encaminhada para a UTI, como previsto, para monitoramento intensivo nas próximas 24 a 48 horas. O pós-operatório imediato será desafiador, Lara. Ela sentirá dor, náuseas, e a mobilização será gradual. A equipe da UTI está ciente e preparada. A alimentação será parenteral por um tempo, e depois progrediremos para a dieta líquida. É um caminho longo, mas o mais importante é que a cirurgia foi um sucesso.

A Dra. Márcia olhou para Lara com uma expressão de preocupação.

— E você, Lara? Você está aqui desde cedo. Sei que a Chloe é importante para você, mas você precisa descansar. Vá para casa, tome um banho, durma um pouco. Não vai adiantar nada se você desmaiar de exaustão aqui. A equipe da UTI é excelente, e eu mesma estarei monitorando o caso dela de perto. Vá descansar.

Lara hesitou.

— Eu não consigo ir para casa, Dra. Márcia. Não agora.

A Dra. Márcia assentiu, compreendendo.

— Eu sei. Mas tente descansar um pouco. Há uma sala de descanso para médicos no andar de baixo. Vá para lá. Você precisa estar bem para quando ela acordar.

Lara, relutante, seguiu o conselho da Dra. Márcia. Em vez de ir para casa ou para o apartamento de Chloe, ela desceu até a sala de descanso dos médicos, um espaço com sofás surrados, uma máquina de café e um silêncio ocasional. Sua mente, no entanto, continuava ligada, repassando cada detalhe da cirurgia, cada possível cenário. A esperança se misturava à ansiedade, mas a certeza de que Chloe havia superado a primeira e mais crítica etapa lhe dava um fôlego.

Ela se sentou em um dos sofás, tentando relaxar, quando ouviu uma voz familiar.

— Lara? O que faz aqui a essa hora? — Dr. Santos, seu orientador experiente, entrou na sala, com uma xícara de café na mão.

Lara forçou um sorriso cansado.

— Oi, Dr. Santos. Estou apenas tentando descansar um pouco. A noite não está sendo fácil.

Dr. Santos sentou-se em frente a ela, sua expressão séria, mas gentil.

— Eu fiquei sabendo sobre a Chloe. A Dra. Márcia me atualizou. Fico feliz que a cirurgia tenha corrido bem. Ela é uma paciente forte, e você tem sido um apoio incrível para ela.

Lara sentiu um alívio profundo.

— Ela é. E eu... eu só quero que ela se recupere logo. É tão difícil, Dr. Santos. Quando é alguém que você... que você se importa tanto, o conhecimento médico parece inútil diante do medo.

Dr. Santos assentiu, sua voz carregada de empatia.

— Eu entendo, Lara. A medicina nos dá ferramentas, mas não nos tira a humanidade. É um processo, mas ela tem uma equipe excelente e, pelo que vejo, um incentivo muito especial. Use esse amor como sua força, mas cuide-se também. Não se esqueça que você precisa estar inteira para ela.

Lara assentiu, agradecida pelo apoio discreto. Ela fechou os olhos, permitindo-se um breve momento de vulnerabilidade antes de se recompor.

(---)

O dia seguinte começou com Lara iniciando mais um plantão no hospital. A exaustão pesava, mas a adrenalina e a preocupação com Chloe a mantinham alerta. Ela cumpria suas obrigações no pronto-socorro com a eficiência de sempre, mas sua mente estava dividida. Entre um paciente e outro, um procedimento e outro, ela buscava incessantemente notícias da UTI.

— Alguma novidade sobre a paciente Chloe Müller? — Ela perguntava aos enfermeiros da UTI sempre que passava por perto.

As respostas iniciais eram cautelosas e impessoais:

— Estável, Dra. Lara. Sinais vitais dentro do esperado. Ainda sedada.

Lara verificava o prontuário eletrônico de Chloe a cada oportunidade, analisando os dados, os exames, os medicamentos administrados. Cada número, cada gráfico era escrutinado em busca de qualquer indício de complicação ou, mais importante, de progresso. A espera era excruciante.

O plantão parecia interminável. O vai e vem constante do hospital, as emergências, as demandas dos pacientes... Lara cumpria suas funções com a dedicação de sempre, mas uma parte de sua mente estava sempre na UTI, com Chloe.

Finalmente, o turno de Lara estava chegando ao fim. Ela estava exausta, mas a esperança a impulsionava. Ao se dirigir para a ala de oncologia, encontrou a Dra. Márcia saindo do quarto de Chloe na UTI.

— Dra. Márcia! — Lara se aproximou, a voz cheia de expectativa.

A Dra. Márcia sorriu, um sorriso genuíno e tranquilizador, que fez o coração de Lara se acalmar.

— Lara! Que bom que te encontrei. Tenho boas notícias. Acabamos de diminuir a sedação da Chloe. Ela está começando a despertar. Respondeu a alguns comandos simples e os sinais vitais continuam excelentes. É um ótimo sinal, Lara. Um passo muito importante na recuperação dela.

Um suspiro de alívio profundo escapou dos lábios de Lara. As palavras da Dra. Márcia eram a melodia mais doce que ela poderia ouvir. Chloe estava voltando. O caminho ainda seria longo, mas a primeira e mais aterrorizante etapa havia sido superada. Lara sentiu uma onda de gratidão e uma renovada determinação em seu coração.


Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: escritora.kelly


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 26 - Capitulo 25:
Mmila
Mmila

Em: 05/10/2025

Nossa, que situação delicada.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web