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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 2491
Acessos: 499   |  Postado em: 01/10/2025

Capitulo 28

Heather despertou antes do sol se erguer por completo. O quarto ainda estava envolto pela penumbra suave, apenas um fio de luz atravessando a cortina e iluminando parte do rosto de Mei.

Ela permaneceu imóvel por alguns instantes, apenas respirando fundo, permitindo-se sentir o peso delicado da jovem contra o seu corpo. Mei dormia aninhada em seus braços, completamente nua, a pele quente contra a dela, como se fosse feita para caber ali.

Heather sentiu um nó apertar em sua garganta. Nunca tinha experimentado aquela estranha mistura de vulnerabilidade e paz. Já havia passado noites com outras pessoas, mas nada... absolutamente nada se comparava ao que era ter Mei ali.

Com cuidado, afastou uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto da garota. Os fios negros estavam bagunçados pelo sono, mas ainda assim lindos. Heather deslizou a ponta dos dedos pela pele macia da bochecha dela, devagar, como se tivesse medo de acordá-la.

Mas Mei se mexeu, murmurando algo baixinho, antes de abrir lentamente os olhos. O olhar sonolento foi substituído por um sorriso tímido e doce quando ela percebeu quem estava ao seu lado.

— Bom dia... — sussurrou, a voz rouca pelo despertar.

Heather não respondeu de imediato. Apenas inclinou-se e a beijou nos lábios, um beijo lento, preguiçoso, sem pressa. Mei suspirou contra sua boca e a puxou mais para perto, abraçando-a como se não quisesse jamais deixá-la ir.

— Ontem à noite... — Mei murmurou, o sorriso se alargando enquanto escondia o rosto no pescoço dela. — Foi perfeito.

Heather fechou os olhos, respirando fundo o perfume suave da pele da jovem. Não disse nada. Não precisava. Apenas deslizou a mão pelas costas nuas dela, apertando-a de leve contra si, em uma resposta silenciosa.

Por alguns minutos, ficaram assim, trocando carícias preguiçosas, beijos lentos e toques delicados. Heather a explorava com reverência, como se estivesse aprendendo o corpo dela de novo e de novo. Não havia a urgência da noite anterior, mas uma calmaria quente, íntima, que aquecia mais do que qualquer cobertor.

O clima, no entanto, começou a mudar sutilmente quando Mei, ainda deitada sobre ela, deixou um beijo mais longo escapar, seguido de outro, e outro... até que o contato inocente se transformasse em algo mais. Heather sentiu a respiração dela acelerar contra sua pele, o corpo se encaixando de forma tentadora, e não resistiu a aprofundar o beijo, deixando que as mãos deslizassem devagar pelas curvas que tanto desejava.

Era diferente da noite anterior. Mais suave, mais doce. Mais carregado de uma intensidade silenciosa que fazia Heather perder a noção do tempo. Era uma intimidade que assustava a capitã. Algo dentro dela estava mudando e ela não conseguia controlar. Porque ela fazia tudo que Mei queria? Porque não conseguia resistir a mulher nos seus braços?

(---)

Algum tempo depois, já de banho tomado, Heather pediu o serviço de quarto. A mesa improvisada ao lado da cama foi coberta com pratos quentes: torradas, ovos mexidos, frutas, café fumegante.

Mei sentou-se com os cabelos ainda úmidos, a camisa de Heather escorregando dos ombros, rindo de coisas pequenas enquanto devorava morangos. Heather não conseguia parar de olhar para ela.

— Você está me encarando... — Mei comentou, divertida.

— Estou mesmo. E não tenho a menor intenção de parar. — Heather respondeu, sorrindo de canto.

Mei riu, levando um morango à boca. Um pouco do suco escorreu no canto dos lábios. Heather estendeu a mão, limpou com o polegar e, antes que Mei pudesse reagir, levou o dedo à própria boca.

— Delicioso — murmurou.

O olhar de Mei escureceu por um instante, mas logo desviou, rindo nervosa. Elas aproveitaram o café da manhã, envoltas em sua própria bolha. Mei não queria mais sair dali, porque ela sabia que em casa, teria que encarar uma vida de mentiras e negação. Pela primeira vez ela sentia que podia construir algo para si, junto com Heather e não queria que nada estragasse a bolha que elas estavam construindo.

(---)

O céu do Alaska estava fechado quando saíram do hotel. O vento frio obrigou-as a se esconderem nos casacos pesados, mas dentro da caminhonete o ar estava aquecido. Mei se encostou no ombro de Heather durante todo o caminho, olhando a paisagem de montanhas e mar com olhos brilhantes.

A estrada sinuosa estava quase deserta naquela manhã fria. A caminhonete de Heather avançava devagar, os vidros embaçados pela respiração quente das duas. Mei estava com o sorriso bobo que não conseguia disfarçar desde que acordara. Tudo ainda era muito irreal, ela não acreditava que Heather Collins, a garota mais desejada da ilha tinha feito amor com ela.

Heather mantinha uma das mãos firme no volante, enquanto a outra, vez ou outra, procurava os dedos de Mei sobre o banco. Mas por dentro, sua mente começava a voltar para a realidade.

O silêncio confortável entre elas foi quebrado quando Heather respirou fundo e disse, sem tirar os olhos da estrada.

— Mei... — sua voz saiu baixa, quase hesitante. — Você se importa se... por enquanto... a gente deixar isso só entre nós?

Mei ergueu o rosto, surpresa.

Heather continuou, buscando as palavras com cuidado.

— A temporada de caranguejo-das-neves está prestes a começar. Vai ser puxado, tanto no mar quanto em terra. — apertou o volante, o maxilar tenso. — E os seus pais... eles já não querem que você continue no Queen Seas. Se descobrirem agora sobre nós duas, seria... mais uma guerra para enfrentar. Uma guerra que talvez seja demais para lidar agora.

Mei a observou em silêncio por alguns segundos, o coração apertado. Mas logo estendeu a mão e tocou suavemente o braço dela, obrigando Heather a relaxar um pouco. Ela não queria esconder a relação das duas. Não queria se esconder dos pais por mais tempo. Mas entendia que não era o momento ainda.

— Eu entendo. — disse, serena. — Não precisamos resolver tudo de uma vez.

Heather desviou o olhar por um instante, surpresa com a calma da resposta.

— Está mesmo tudo bem para você? — perguntou, como se buscasse uma confirmação.

Mei sorriu, aquele sorriso luminoso que sempre derretia qualquer defesa dela.

— Está. — respondeu firme. — A gente foca no barco, na temporada... e depois, quando tudo estiver mais calmo, decidimos como lidar com nossas famílias.

Heather não disse nada, apenas assentiu. Mas dentro de si, o alívio misturava-se com uma pontada de culpa. Não queria esconder Mei do mundo, mas também não estava pronta para enfrentar tudo de uma vez. Tinha muito com que se preocupar e pensar em Xiao descobrindo sobre elas ainda lhe causava calafrios.

Quando chegaram ao bairro, o coração de Heather apertou. Ela parou a caminhonete na frente da casa dos Wang, como sempre. Mei se inclinou, deu-lhe um beijo rápido e cheio de carinho, e então abriu a porta.

— Te vejo mais tarde. — sussurrou, antes de saltar para fora.

Heather ficou observando enquanto ela caminhava até a varanda e depois estacionou em frente a sua casa. 

O sorriso de Mei desapareceu assim que ela entrou em casa. Ali, no sofá, de braços cruzados e olhar severo, estava o pai dela. Logo ela percebeu que a bolha perfeita tinha sido estourada violentamente. Seu pai trocava poucas palavras com ela desde que decidira aceitar o trabalho com pesacadora, mas pela sua cara, ele tinha muito a dizer.

— Precisamos conversar, Mei. — disse ele, a voz grave cortando o ar frio da manhã.

Mei mal teve tempo de fechar a porta atrás de si. O ar dentro da casa estava pesado, carregado de tensão. O pai levantou e veio em sua direção.

— Onde você esteve o dia inteiro, ontem? — a voz dele ecoou, firme, grave. — Nem uma notícia, e ainda chega de manhã... Você passou a noite fora!

— Bà, eu mandei mensagem para a mãma. — Mei respondeu, tentando manter a calma. — Eu disse que dormiria fora.

A mãe, que estava mais atrás, confirmou com um gesto tímido, mas o senhor Wang não se acalmou. Pelo contrário, seu rosto endureceu ainda mais.

— Mensagem não basta! — retrucou. — Você está tão mudada, primeiro inventa de trabalhar em um barco cheio de homens brutos, agora resolve dormir fora de casa, e essa não é a primeira vez que dorme fora. Eu sei muito bem onde você esteve. Com algum homem. É isso, não é?

Mei arregalou os olhos, chocada.

— O quê? Não!

— Não minta, Mei! — ele se aproximou — Filha minha não se deita com homem nenhum antes do casamento. Você está me envergonhando!

O coração de Mei disparou. Ela tentou respirar fundo, mas a raiva queimava em seu peito.

— Eu já tenho vinte e dois anos! — ela rebateu, a voz trêmula. — Não sou mais uma criança para você controlar cada passo da minha vida.

— Você é minha filha, e vai viver de acordo com as minha regras! — ele gritou, batendo a mão na mesa próxima. — Enquanto morar debaixo deste teto, vai me obedecer!

Mei olhou para a mãe, pedindo apoio, mas a senhora Wang apenas baixou os olhos, aflita.

Ela sentiu as lágrimas se acumularem, mas não recuou. A raiva se sobrepôs ao medo. Ela estava cansada de viver uma vida de fachada, onde os pais nem imaginavam quem ela era de verdade. desde que voltou para casa, se sentia sufocada. Na faculdade ela podia ser a garota que beijava outras meninas, não precisava se esconder. Mas em casa, tudo que fugia dos valores que o pai impôs era motivo de briga. Por isso, a paciência de Mei chegou ao limite.

— Você não entende... — sua voz saiu mais firme. — Eu não estava com nenhum homem, pai. Eu não gosto de homens.

O silêncio caiu como uma lâmina na sala.

— O que você quer dizer?

Mei tinha prometido a Heather que não contaria sobre elas e iria manter o combinado, mas não aguentava mais ficar no armário para a sua família. 

— Eu sou lésbica.

Os olhos do senhor Wang se arregalaram, depois se estreitaram em fúria. Antes que Mei pudesse se mover, a mão dele voou e acertou seu rosto com força.

— Cheng! — a mãe gritou, correndo até eles.

Mei levou a mão à face, sentindo a ardência e o choque. As lágrimas agora escorriam de verdade, não só de dor física, mas de um coração partido.

— Eu não criei uma filha para isso. — o pai cuspiu as palavras, a respiração pesada. — Se é esse o caminho que você escolheu, então você não é mais minha filha.

— Não diga isso, vocês precisam se acalmar! — a mãe implorou, tentando segurar o braço dele.

Mas era inútil. O senhor Wang abriu a porta da sala com violência e apontou para fora.

— Saia desta casa, Mei. Agora! Vá praticar as suas imundícies em outro lugar.

Mei sentiu as pernas tremerem, mas não recuou. Ainda com lágrimas correndo pelo rosto, ergueu o queixo com dignidade.

A mãe tentou abraçá-la, desesperada, mas o pai não deu espaço. O coração de Mei se partia ao meio, mas uma chama de determinação queimava em seus olhos.

Sem dizer mais nada, ela saiu, levando consigo apenas a dor, mas também o alívio de ter contado a verdade. Ela sempre imaginou aquele momento, mas nunca se sentiu realmente preparada.

A porta bateu atrás dela com um estrondo, selando o rompimento.

O frio da manhã não doía tanto quanto a lembrança das palavras do pai. Mei mal conseguia enxergar à frente por causa das lágrimas que turvavam sua visão. Caminhou cambaleante até a casa ao lado, a única direção que fazia sentido. Ela precisava de Heather, precisava do seu abraço, precisava saber que não estava sozinha.

Quando Heather abriu a porta, os olhos dela se arregalaram imediatamente ao ver o estado de Mei. Não faziam nem dez minutos que ela tinha deixado Mei em casa, o que tinha contecido?

— Mei... meu Deus, o que aconteceu?

Sem conseguir falar, Mei apenas se jogou em seus braços, escondendo o rosto no peito da capitã. Heather a abraçou forte, como se quisesse protegê-la do mundo inteiro. Foi quando percebeu a marca no rosto da mais nova. 

Enquanto envolvia a mulher que adorava em seus braços, um turbilhão de emoções cresciam dentro dela. Proteção. Medo. Insegurança. Heather queria ser a rocha, o porto seguro. Só que, no fundo, também estava assustada. Sabia que a família de Mei era rígida. Sabia o quanto Xiao a odiaria por ter dormido com a sua irmã. E, mais do que tudo, temia não estar pronta para segurar tudo isso nos ombros.

Ela fechou os olhos com força, controlando a própria respiração. Você não pode fraquejar agora. Não na frente dela.

Puxou Mei para dentro, fechando a porta com mais força do que pretendia.

— Vem cá, senta. — disse, conduzindo-a até o sofá. Ajoelhou-se diante dela, o olhar percorrendo a marca vermelha em seu rosto. O estômago de Heather se revirou. — Seu pai... ele te bateu?

Mei assentiu, soluçando.

— Ele ficou furioso porque dormi fora de casa. Ficou insinuando que eu estava com algum homem. Mas tudo piorou quando disse que era lésbica. Disse que eu não era mais filha dele... me expulsou de casa. Ele ficou irado e me bateu.

Heather sentiu o sangue ferver e, ao mesmo tempo, um nó se formar na garganta. Queria prometer ao mundo inteiro que nada de mal aconteceria com Mei dali em diante. Mas... será que podia? Tudo estava acontecendo tão rápido. Num momento elas tinham concordado que iriam manter tudo em segredo e no outro os segredos estavam se revelando rápido demais. Mas Mei estava transtornada e Heather só queria acalmá-la.

Segurou o rosto dela com ambas as mãos, forçando a si mesma a parecer firme.

— Escuta... — disse, a voz falhando antes de se recompor. — Eu tô aqui. Você não tá sozinha, ouviu? Eu não vou deixar ele tocar em você de novo.

As lágrimas de Mei escorreram mais rápidas, mas agora havia um brilho diferente em seus olhos: confiança. Ela acreditava em cada palavra de Heather.

E isso, paradoxalmente, fez Heather tremer por dentro. E se eu falhar? pensou. E se não for forte o suficiente? Preciso de mais tempo.

Quando Mei segurou sua mão e a levou aos lábios, a beijando com suavidade, o mundo pareceu silenciar.

— Eu sei que não vai, você sempre me protegeu. — sussurrou Mei.

Heather fechou os olhos, sentindo o peso e a doçura daquelas palavras. Ainda com medo, ainda nervosa, mas também tomada pela certeza de que não deixaria Mei sozinha. Ela a puxou para um abraço forte, escondendo o próprio rosto nos cabelos de Mei, não apenas para confortá-la, mas também para esconder a lágrima solitária que escorria de si mesma.

(---)

Para quem quer comprar o PDF do livro completo, manda um Eu quero no meu instagram: escritora.kelly

Fim do capítulo


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