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Como posso não te amar por Raquel Santiago

Ver comentários: 3

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Palavras: 2273
Acessos: 877   |  Postado em: 30/09/2025

Capitulo 11

Depois de deixar Lara em casa, Chloe acelerou pela noite de São Paulo. O silêncio do carro, antes sufocante, agora era um alívio bem-vindo. Sua mandíbula estava tensa, a mente em ebulição com as últimas horas. Havia se aberto demais. Permitido uma fresta na muralha que construíra com tanto esforço.

Idiota. Você é uma idiota, Chloe. Por que você se deixou levar?

A voz de Lara, a curiosidade genuína em seus olhos, a forma como ela havia escutado sobre a aviação… tudo isso a havia desarmado. Era raro alguém demonstrar tanto interesse em sua verdadeira paixão, especialmente agora que ela estava tão longe dela. A raiva que sentia não era por Lara, mas por si mesma. Por ter baixado a guarda, por ter permitido que a espontaneidade da médica a levasse a um terreno perigoso.

Não posso. Não posso permitir isso. Sentimentos significam compromisso e eu não posso ter um compromisso agora.

Foco, Chloe. Foco. O trabalho. A empresa. É tudo o que importa agora. É o que vai te trazer de volta aos trilhos. Não há espaço para mais nada. Não há espaço para ela.

Chloe estacionou o carro na garagem de seu prédio. O apartamento, luxuoso e espaçoso, esperava por ela com seu silêncio imponente. Era o seu refúgio, mas também a sua prisão.

Ela tirou o blazer, jogando-o sobre a poltrona, e desabotoou os primeiros botões da blusa. O perfume de Lara ainda parecia impregnado em suas roupas, um lembrete incômodo da proximidade forçada e dos toques furtivos de Lara. Chloe sentiu um arrepio.

Controle-se. Isso é apenas uma farsa. Ela é uma distração. E você não pode ter distrações agora.

Seu segredo. O fardo invisível que carregava. Era a razão pela qual não podia se permitir sentir nada, por nada e por ninguém. Aquele "relacionamento" com Lara era para ser uma solução pragmática, um meio para um fim. Não um convite à intimidade, muito menos à vulnerabilidade.

Ela caminhou até a geladeira e pegou uma garrafa de água gelada, bebendo diretamente dela, sentindo o líquido frio escorrer por sua garganta, como se tentasse apagar o calor que Lara havia acendido. Seus olhos varreram o apartamento, buscando algo para se concentrar, algo que a puxasse de volta para a realidade fria e calculista que ela havia imposto a si mesma.

Lara é fogo. Eu sou gelo. E o gelo precisa permanecer intacto. É a única forma de sobreviver a isso. Não há espaço para o amor, para a paixão, para a leveza que ela representa. Não há espaço para nada além de resolver o que preciso resolver, sozinha.

Ela respirou fundo, a respiração pesada. Precisava bloquear qualquer pensamento sobre Lara, qualquer lembrança de seu sorriso ou de seu toque. Não podia se dar ao luxo de sentir. A frieza, a distância, a rigidez... eram suas armas. E ela as usaria para se proteger. De tudo. E de todos. Principalmente de Lara Fontenelle.

(---)

Na manhã seguinte, o burburinho da cantina do hospital era o som ambiente familiar para Lara. Ela estava sentada à mesa com Camila e Benjamim, mexendo o café no piloto automático. A noite anterior ainda ecoava em sua mente, não pelo agito do aniversário do Dr. Santos, mas pelas nuances da conversa com Chloe no carro.

— Certo, Lara, temos que falar sobre isso. — Camila lançou um olhar conspiratório para Benjamim. — Porque não nos contou que está namorando? E meu Deus, que monumento de mulher é a Chloe. Vamos combinar que ela é um pouco excêntrica, mas vocês têm tanta química.

Benjamim concordou com a cabeça, um sorriso divertido.

— É sério, Larinha, o que você fez? Fez algum tipo de feitiço para ela parar de voar e vir te namorar? Porque aquela mulher é um mistério ambulante.

Lara deu um suspiro, o cansaço da noite não totalmente dissipado.

— Gente, mal acordei e vocês já estão me cansando com tantas perguntas. Ela é só... Reservada. E sim, ela é linda. Estamos namorando há pouco tempo, por isso não contei antes.

— Vocês exalam tensão e química. Fiquei chocada. Nunca tinha te visto tão rendida a alguém. — Camila exclamou.

Benjamim ergueu uma sobrancelha.

— E a forma como ela olhou para a Dra. Adriana ontem... Larinha, a Chloe ficou com ciúmes.

Lara quase engasgou com o café.

— Ciúmes? Que bobagem! A Chloe não é assim, vocês devem tá vendo coisas demais.

— Ah, bobagem, é? — Camila arqueou a sobrancelha, desafiadora. — Porque, para quem não tem ciúmes, ela estava com os olhos grudados em você e na Dra. Adriana. Achei bem possessiva, uma delícia.

A provocação dos amigos, embora divertida, tocou em um ponto sensível para Lara. Aquela cena no carro, a forma como Chloe havia se aberto sobre a aviação, a paixão em seus olhos ao falar dos céus, e depois o bloqueio abrupto, a frieza que a havia atingido. Era uma montanha-russa emocional.

Lara amou ver a paixão de Chloe pela aviação, a forma como os olhos dela brilharam... era tão lindo. A médica queria ter dito mais, tê-la encorajado a continuar. Mas então, a muralha se ergueu de novo. "Não é isso, você não entende mesmo. Vamos parar de falar sobre isso." Aquelas palavras ainda ardiam em seu peito. E mesmo que quisesse, ela não conseguia parar de pensar em Chloe.

— Ela é só... protetora. Nada demais.  — Lara tentou se convencer, mais do que aos amigos.

Benjamim deu de ombros.

— Pode ser. Mas mesmo que vocês estejam há pouco tempo juntas, você pareciam super apaixonadas.

No fundo, Lara sabia que a cada encontro, a cada troca de olhares e toques forçados, a linha entre a farsa e a realidade se tornava mais tênue. E a curiosidade sobre a verdadeira Chloe, a que falava com paixão da aviação e sorria discretamente, se transformava, dia após dia, em algo mais profundo e perigoso.

(---)

Duas semanas se passaram sem que Lara e Chloe se vissem. Lara se dedicou aos plantões, aos estudos, à rotina exaustiva do hospital, tentando, em vão, ignorar a lacuna que o silêncio de Chloe havia deixado. Chloe, por sua vez, mergulhou no trabalho na empresa do pai, em meio às planilhas e reuniões, sufocando qualquer resquício dos sentimentos que Lara havia provocado. Mas o destino, ou melhor, os pais de Lara, tinham outros planos.

A mensagem de Lara chegou para Chloe, formal e acolhedora: um convite para um almoço de churrasco de domingo, o famoso "Churrasco do Luís". A data estava marcada para dali a alguns dias. Chloe sentiu um nó no estômago. O encontro era inevitável.

(---)

No domingo, o cheiro de carne grelhada e a melodia de um pagode suave preenchiam o quintal dos Fontenelle. Lara, com um sorriso forçado nos lábios, observava a porta da casa, um misto de ansiedade e irritação. Chloe estava atrasada.

Quando o carro de Chloe, impecável, deslizou pela rua e parou em frente à casa, Lara sentiu o coração dar um salto. Ela trajava uma blusa social de seda azul-marinho e calças de corte reto, exalando a mesma elegância contida de sempre. Seus olhos, ao encontrar os de Lara, pareciam carregar um resquício da frieza da última conversa.

— Chegou a Comandante! Tudo bem? — Lara tentou soar divertida, mas havia uma pontada de ressentimento em sua voz.

Chloe desceu do carro, a postura ereta, e se aproximou de Lara.

— Desculpe o atraso. Tive um imprevisto.

— Imprevistos acontecem, não é?
Bem, meus pais estão ansiosos para te conhecer. Prepare-se para a inquisição familiar sobre o nosso "futuro".

Chloe fez uma careta e Lara riu da mais velha. Apesar das semanas longe, Lara prometeu para si mesma que não iria desistir de acessar as fraquezas de Chloe. Ela ainda estava muito curiosa.

Elas entraram no quintal. Luís e Helena Fontenelle, com seus rostos calorosos e sorridentes, as receberam com entusiasmo.

— Chloe, querida! Que bom que veio! — Helena cumprimentou a mulher com carinho, e Luís, com seu avental de churrasqueiro, abraçou Chloe com firmeza.

— É um prazer conhecê-los, Sr. Luís, Sra. Helena. O cheiro do churrasco está maravilhoso.

Lara observou a facilidade com que Chloe mudava de postura. Com os pais dela, era a "nora perfeita". Com ela, a "pedra de gelo". Mas tudo bem, pelo menos agora, Chloe tinha começado a se esforçar para manter o acordo de um namoro feliz e apaixonado.

O almoço fluiu, com Luís e Helena fazendo perguntas sobre o trabalho de Chloe, sobre os planos do "casal" e sobre como elas estavam se adaptando uma à outra. Lara, divertida, assumiu o papel da namorada apaixonada, exagerando nos elogios e nos olhares cúmplices para Chloe, que, por sua vez, forçava sorrisos e assentia com uma formalidade impecável.

— Estou feliz que a Lara está namorando com você Chloe. Vi as flores que mandou no outro dia, foi um gesto muito delicado. — Helena falou enquanto se servia.

— Obrigada, a Lara merece. — Chloe sorriu. Um sorriso genuíno. Talvez fosse a culpa de ter sido rude com Lara que a fazia ser mais sociável naquela tarde.

Lara tentou ficar chateada com a mais velha, mas não conseguiu. Apesar de grossa, Chloe tinha o direito de manter a relação delas em termos mais práticos. O problema era que quando Chloe baixava os seus muros, ela se tornava irresistível para a médica.

— E vocês duas, já pensaram em morar juntas? — Luís perguntou, com um brilho nos olhos.

Lara quase engasgou com a coxa de frango. Chloe, ao seu lado, enrijeceu, mas respondeu com calma.

— Estamos indo com calma, Sr. Luís. É um passo importante.

— Exatamente! Um passo de cada vez. A Chloe está focando na carreira dela agora, e eu na minha residência. Por enquanto, estamos aproveitando cada momento que temos. — Lara emendou, lançando um olhar agradecido para Chloe.

Os pais de Lara ficaram fascinados com Chloe. O seu jeito sério e ponderado era o encaixe perfeito para a filha imprudente e festeira. Eles tinham a esperança que Chloe iria fazer Lara se aquietar.

(---)

Depois do almoço, enquanto os pais de Lara se ocupavam com a louça, as duas se afastaram para o fundo do quintal, onde um balanço de madeira estava pendurado em uma velha mangueira. O sol da tarde filtrava-se pelas folhas, criando um jogo de luz e sombra.

Lara sentou-se no balanço, empurrando-se levemente com os pés.

Chloe parou ao lado do balanço, com as mãos nos bolsos da calça.

— Lara. Sobre o que aconteceu no carro... eu queria me desculpar. Eu fui... um pouco grosseira.

Lara parou de balançar, surpresa.  Chloe se desculpar era uma novidade.

— Um pouco? Você foi um iceberg. Mas aceito suas desculpas. Aquele seu jeito bipolar me deixa louca. —
Chloe franziu a testa, mas um leve rubor subiu para suas bochechas.

— Eu... eu só não quero que confunda as coisas. O nosso relacionamento é para ser algo mais... prático.

— Eu não estou confundindo nada, Comandante. Mas você se abriu, e depois se fechou de novo. É confuso para quem está do seu lado. E não há problema em se abrir um pouco. Só porque estamos em um relacionamento amoroso falso, não significa que não podemos ser próximas.

— Você não entende. Não seria justo com você se eu permitisse uma aproximação.

Lara se levantou do balanço, aproximando-se de Chloe. O calor do sol e o cheiro da grama recém-cortada pairavam no ar. Ela colocou a mão suavemente no braço de Chloe, sentindo a tensão sob a seda da blusa.

— Certeza? Porque eu sinto que tem muita coisa aí dentro que você está guardando. E eu estou aqui para te ouvir.

Chloe olhou para a mão de Lara em seu braço, depois para os olhos intensos da médica. A proximidade de Lara, seu toque gentil, a vulnerabilidade em sua voz… era uma combinação perigosa para Chloe. Ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo, uma corrente elétrica que tentou, em vão, suprimir.

Essa mulher é perigosa. Ela me desconcerta. Ela me faz querer sentir, e eu não posso. Não posso.

— Agradeço a preocupação. Mas estou bem. E não preciso de mais nada além do que o nosso acordo prevê. — Chloe disse, sua voz um pouco mais áspera do que o pretendido, e gentilmente, mas firmemente, tirou a mão de Lara de seu braço.

Lara sorriu, um sorriso pequeno e misterioso. Ela não recuou. Em vez disso, deu um passo para mais perto, quase invadindo o espaço pessoal de Chloe. Seus olhos desceram para os lábios da ex-piloto, e Chloe sentiu seu coração acelerar. A médica se aproximou um pouco mais, e Chloe fechou os olhos. Lara ficou a poucos centímetros de beijar a linda mulher fujona.

— Porque você está fugindo de mim?— Lara sussurrou, a voz carregada de uma promessa velada, e então, com um movimento rápido e inesperado, ela roçou os lábios no pescoço de Chloe, uma leve brisa quente que fez a ex-piloto prender a respiração. Chloe abriu os olhos, o rosto queimando, o corpo inteiro em alerta.

— Lara!

— Desculpa, é que você fica tão sexy com essa pose de durona. Não consegui resistir.

Lara se afastou, um sorriso triunfante e travesso nos lábios.

— Acho que é hora de eu ir ajudar meus pais com a sobremesa. Não fuja, Comandante.

Lara se virou e caminhou de volta para a casa, deixando Chloe parada no quintal, o corpo em chamas, o coração batendo descompassado. O toque de Lara, sutil e carregado de malícia, havia sido um aviso. E Chloe sabia que, a cada encontro, resistir àquele tipo de "distração" se tornaria uma tarefa cada vez mais impossível.


Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Capitulo 11:
jake
jake

Em: 06/10/2025

Chloe o fogo derrete o gelo...

 

 

 

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Mmila
Mmila

Em: 02/10/2025

Eita que a Lara balançou a Comandante.

Curiosa aqui com esse segredo da Chloe.

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Dessinha
Dessinha

Em: 01/10/2025

Eita que a Chloe logo vai ceder. Esse gelo vai derreter. 

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