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Deixa eu te amar (Romance lésbico) por Raquel Santiago

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Palavras: 1955
Acessos: 562   |  Postado em: 28/09/2025

Capitulo 30

Renata Fontes

Quando chegamos à praia, finquei o guarda-sol na areia e arrumei as duas cadeiras que trouxe no porta-malas do carro. Ao lado, coloquei o cooler com cerveja, água e refrigerante. Minha bolsa estava cheia de petiscos e brinquedos para o Groot. Após organizar tudo, me sentei e fiquei observando Flávia e o meu labrador, que estavam brincando na beira do mar. Groot puxava a corda que Flávia estava segurando. A cena era muito engraçada, porque a jornalista mal conseguia sustentar o peso do labrador. Ele a puxava de um lado para o outro.

Depois de alguns minutos, Flávia sentou na cadeira ao meu lado. Ela estava toda suada e vermelha. Arremessei uma bolinha para o Groot e ele saiu feito bala atrás; aquele grandão ainda estava cheio de energia.

— Temos água, cerveja e refrigerante. O que você vai querer? — Abri a tampa do cooler para que ela escolhesse.

— Você veio preparada. — Ela pegou uma cerveja.

— Quero que tudo seja perfeito hoje.

— Por quê? — Ela sorriu.

— Quero que você se sinta bem. É nosso segundo encontro.

— Então, quer dizer que estamos num encontro?

— Oh, será que não deixei tão claras as minhas intenções com a senhorita ontem? — Provoquei.

— Ontem? — Ela fez uma cara de desentendida. — Não sei, estou um pouco esquecida.

Puxei a mais nova para que ela ficasse no meu colo. Ela gargalhou surpresa.

— Faço questão de refrescar a sua memória. — Tomei seus lábios, enquanto minha mão brincava com a lateral do seu biquíni. Ela tinha um gosto delicioso de chiclete de menta com cerveja. Passei algum tempo apreciando os suspiros que ela dava e depois finalizei o beijo com vários selinhos.

— Ah, consigo me lembrar agora. Mas talvez, à noite eu esqueça de novo.

— Isso é um convite? — Estava adorando o nosso flerte.

— Talvez.

— Talvez, né. — Falei descontraída. Flávia voltou a sentar na sua cadeira. Terminou a cerveja que estava segurando e pegou outra.

— Agora é sério, você acha que essa quantidade de bebidas é suficiente para todo mundo?

— Com certeza, aqui tem bebida de sobra. — Flávia tocou na minha mão. — Você chamou nossos amigos?

— Sim, a Elisa e a Sophie não vão vir porque estão trabalhando. Mas o Henrique, o Matheus e a Lara confirmaram. Mais tarde, estarão por aí.

— Milagre o Matheus aparecer, ele é sempre tão ocupado.

— É verdade. Ele deve estar de folga. — Groot voltou com um pedaço de pau na boca.

— Minha nossa, onde ele achou isso? — Flávia estava surpresa, talvez fosse porque o galho era enorme.

— Groot, cadê a sua bolinha? — Peguei a madeira da sua boca. Ainda bem que estávamos numa área da praia que tinha poucas pessoas. — Você é um safado. — Ele balançou o rabo e apoiou a cabeça no meu colo.

— A bolinha está ali. — Flávia levantou e buscou o brinquedo. — Mas acho que não serve mais. — Ela riu enquanto mostrava a bolinha toda amassada e babada.

— Agora você entende quando digo que esse grandão é um bagunceiro. — Acariciei a orelha de Groot.

— Ele é só um neném. — Flávia se aproximou e massageou as costas do grandão. Ele ficou todo agitado perto dela. Quando a jornalista sentou, meu cachorro deitou aos seus pés.

— Você conquistou ele. — Comentei.

— Ele que me conquistou. Né, amigão?

— Você é maravilhosa, sabia?

— Sabia. — Ela piscou para mim. Como podia ser tão linda?

Levantei e a peguei no colo.

— O que você está fazendo? — Ela falou surpresa.

— Te ensinando a não ser tão convencida. — Corri com Flávia até o mar.

— Renata, nós vamos cair. — Ela gritou. Continuei correndo até que a primeira onda nos atingiu. Segurei firmemente o seu corpo.

— Não vou deixar você cair.

— Você é louca. — Ela deu um leve tapa no meu braço. Ela saiu dos meus braços, ficando na minha frente. Groot começou a latir na beira do mar. — Vamos sair, ele está agitado.

— Ele só está alegre. Vamos ficar mais alguns segundos. Daqui a pouco ele se distrai com algum passarinho. Essa praia é segura e estamos praticamente sozinhas. — Segurei a cintura da mais nova e coloquei a mão no seu pescoço. Beijei seus lábios macios.

— Tudo bem, você me convenceu. — Ela virou e abracei o seu corpo. Tinha uma coisa que estava me deixando um pouco nervosa. Era melhor conversar logo sobre aquilo.

— Você contou sobre a gente para alguém?

— A Sophie sabe um pouco mais que o Henrique. Mas eles não sabem que estamos ficando.

— A Elisa deve imaginar. — Admiti.

— Então a Sophie também já deve saber.

— Isso te incomoda? — Ela virou para mim e me olhou.

— Não é que eu esteja escondendo. — Ela tocou no meu rosto. — Tudo bem eles conversarem sobre nós. Eu só quero te conhecer melhor, entender o que sentimos, antes que outras pessoas se envolvam. Você entende?

— Claro que sim, eu também quero que esse momento seja só nosso.

— Sim, é isso. — Ela me beijou. O sol estava começando a se pôr. Meu coração ficou aquecido com as palavras de Flávia. Aquele momento era nosso. Cada segundo desde que começamos a nos relacionar era somente nosso. Percebi que gostava daquela cumplicidade e intimidade.

Olhei para a praia e Groot estava deitado mastigando um osso de borracha. Era um dos seus brinquedos favoritos. Flávia voltou a virar de costas para mim e assistimos ao sol se pôr. Por alguns minutos, ficamos apenas escutando o som das ondas. Lhe abracei e beijei o seu pescoço. Ela estava cada vez mais à vontade comigo.

Voltamos para as nossas cadeiras e lhe entreguei uma toalha. Começou a ventar bastante, o que deixou o clima um pouco mais agradável. Dei comida para o Groot e depois ele se acomodou ao meu lado. Me sentia muito relaxada.

— Posso te fazer uma pergunta? — Flávia parecia um pouco tensa. Estranhei, ela estava tão descontraída antes.

— Claro. Você pode me perguntar o que quiser.

— É sobre o que conversamos ontem. Eu não quero, de verdade, que esse assunto seja desconfortável entre a gente. — Entendi o que ela estava tentando dizer. — Sei que é um tema sensível para você, não quero te pressionar. Só quero te entender, para que eu possa ajudar.

— Está tudo bem, princesa. Nós podemos falar sobre isso. — Falar sobre a anorexia nervosa era desconfortável. Não conversava sobre aquilo com ninguém. Nem mesmo com a minha família. Somente com a minha psicóloga. Mas eu queria falar com a Flávia.

— Você sente dor?

— Quando eu estava em uma fase muito grave da anorexia, sim. Era mais difícil por conta da desnutrição. Também estava com o sistema imunológico muito baixo e ficava doente com facilidade. Mas agora, já tem muitos anos que faço o tratamento, só sinto cansaço quando esqueço de comer.

— Sinto muito, Rê. Você sabe o que causou isso?

— Quando eu comecei na carreira de modelo, estava um pouco acima do peso para os padrões que eles buscavam. No geral, eu era magra, mas em comparação com as outras modelos, ainda sentia uma cobrança muito grande do meu agente. Então ficava sem comer, malhava muitas horas por dia, fazia dietas perigosas e tomava remédios fortes. Fazia de tudo para emagrecer, e eu consegui. Só que com o tempo, fiquei obcecada pela magreza. Principalmente porque algumas pessoas eram bem maldosas e críticas quanto ao meu corpo e de todos os modelos que trabalhavam comigo. Também tinham críticas internas. Todo mundo se cobrava muito. Me olhava no espelho e me sentia gorda, e eu não estava. Mas a imagem que eu tinha de mim mesma era totalmente manipulada pela opinião das outras pessoas. — Era pesado demais falar sobre aquilo, mesmo que já fizesse tanto tempo. Eu nem trabalhava mais como modelo. Respirei fundo.

— Não precisamos mais falar sobre isso, se você não se sentir confortável. — Flávia se aproximou e ficou ajoelhada na minha frente. Ela tocou em meu rosto e limpou as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

— Eu quero falar. E também preciso. Minha psicóloga diz que é bom se abrir. — O que Flávia não sabia é que eu nunca tinha contado os detalhes para a minha psicóloga. Nem sei como estava conseguindo falar. Mas estava, e apesar da emoção, queria continuar falando.

— Tudo bem, estou aqui para ouvir você.

— Obrigada. De verdade.

— De nada. — Ela beijou a minha testa. Depois pegou a sua cadeira e colou na minha frente. Colocou as minhas mãos entre as suas.

— Eu trabalhava e estudava fora do país, estava longe de casa. Então minha família não sabe até hoje o que... — Respirei fundo mais uma vez. — Uma noite passei muito mal e fui para o hospital. Acabei ficando internada por uma semana. Nos exames deu que eu estava com deficiência de várias vitaminas, meu peso estava muito abaixo do ideal. Mas eu não conseguia enxergar aquilo. Achava que era exagero dos médicos. Não via que estava me matando, até que eu passei a frequentar o hospital quase todos os meses. Tinha desmaios, fraqueza, tontura, muitas dores. Depois disso, busquei ajuda. No início não deu muito certo. Olhava para a comida e logo ficava ansiosa, paranoica e nervosa. Continuei o tratamento, mesmo sem notar mudanças. Ia ao médico fazer reposição de vitaminas, muitas vezes ficava no soro. Minha vida foi essa durante vários meses. No trabalho e na faculdade agia como se nada estivesse acontecendo. Quando minha família ligava, dizia que estava tudo bem e não gostava de fazer videochamada. Acho que estava envergonhada.

— Você passou por tudo isso sozinha?

— Eu não queria que as pessoas soubessem.

— Você já conhecia a Elisa?

— Não, nós namoramos somente dois anos depois que eu comecei o tratamento. Eu lembro que tinha melhorado muito, estava comendo o mínimo de calorias que era o recomendado, mas para mim, já era um enorme avanço. Mesmo sem saber, ela me ajudou bastante, porque a Elisa sempre foi muito de ligar o foda-se. Ela não se importava com a opinião de ninguém e isso me ajudou a enxergar as coisas ao meu redor com outros olhos. Nessa parte, a Elisa foi crucial. A gente, apesar de namorar, éramos muito amigas também. Então ela foi uma das poucas pessoas que continuaram fazendo parte da minha vida depois que me formei e abri o meu próprio negócio.

— A Elisa é uma pessoa incrível. Ela sempre tem bons conselhos. Gostei dela desde a primeira vez que conversamos. Que bom que ela estava lá para lhe ajudar. — Busquei um resquício de incômodo na fala de Flávia, mas não tinha. Ela realmente queria dizer aquilo.

— Ela é ótima mesmo. E... Basicamente foi isso. Hoje estou melhor. Perdi um pouco de peso nesses últimos meses porque estou trabalhando muito e ainda tenho muita seletividade na escolha de alimentos.

— Eu nem posso imaginar pelo que você passou ou como isso deve ser difícil. Mas eu estou aqui para te ajudar no que eu puder. Obrigada por confiar em mim. — Flávia levou as minhas mãos até os seus lábios e depositou um beijo.

— Obrigada. — Nem sabia que precisava falar sobre aquilo, mas estava me sentindo muito aliviada. Durante anos guardei tudo só para mim e agora me senti tão à vontade para conversar com a Flávia. Era tão certo e tão natural me abrir com ela. Cada vez mais tinha certeza que aquela mulher era a minha pessoa.

@escritora.kelly

Fim do capítulo


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