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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 1873
Acessos: 475   |  Postado em: 26/09/2025

Capitulo 24

A casa de Xiao ficava numa parte tranquila da ilha, cercada por montanhas altas que filtravam a luz do fim da tarde, o frio denunciava que o gelo estava chegando. Heather estacionou a caminhonete diante da garagem, respirou fundo e se forçou a descer. Estava nervosa, embora não quisesse admitir, era apenas dois velhos amigos se encontrando, mas a lembrança de Mei não saía de sua cabeça. Xiao iria matá-la.

Xiao a recebeu com um sorriso aberto, como sempre.

- Finalmente, Heather! Pensei que ia furar comigo hoje.

Heather forçou um sorriso.

- Eu nunca furo contigo, Xiao.

Ele riu, passando o braço pelos ombros dela num abraço apertado.

- Vem. Preparei a varanda. Hoje é feriado, dia de cerveja e papo fiado.

Na varanda, a mesa estava posta com duas garrafas de cerveja, amendoins e algumas fatias de carne seca. Heather se sentou, tentando relaxar. Xiao abriu as garrafas, entregando uma para ela.

- Saúde. - ergueu a dele.

- Saúde. - Heather brindou, mas o gole foi hesitante.

O silêncio inicial era confortável, típico dos dois. Tinham uma amizade construída em anos de confiança. Mas Xiao, mais atento do que parecia, percebeu o jeito inquieto dela.

- O que foi? - perguntou, direto, depois de beber outro gole. - Você está estranha.

Heather desviou o olhar para o quintal.

- Estranha como?

- Como alguém que tem um problema rondando a cabeça. - Xiao a encarou com uma expressão meio séria, meio brincalhona. - Vamos lá, Heather, você não sabe mentir pra mim.

Ela bufou, fingindo rir. Ajeitou o seu casaco, um claro sinal de nervosismo.

- É só cansaço. O Queen Seas tá me dando dor de cabeça, sabe como é.

- Sei, mas não parece ser isso. - Xiao insistiu, cruzando os braços. - Você já esteve em inúmeras temporada, o barco sempre volta com problemas. Mas você nunca ficou desse jeito, com essa cara de quem não dormiu nada. O que está rolando?

Heather apertou a garrafa de cerveja entre as mãos. A culpa a queimava. Se Xiao descobrisse... se ele soubesse o que aconteceu entre ela e Mei, jamais a perdoaria.

- Não é nada, Xiao. - tentou encerrar o assunto.

Ele arqueou a sobrancelha.

- Nada? Você me conhece desde criança, Heather. E eu conheço você. Quando você fica assim, ou tem um problema de verdade... ou é um problema no coração.

Heather tossiu, quase engasgando com a cerveja.

- Você é impossível.

- Eu sou direto. - ele riu. - Então, é o quê? Alguém mexeu com você? Tá se apaixonando e não quer admitir?

Heather desviou rápido o olhar, os olhos fixos no chão da varanda. O coração disparou. Xiao riu da reação dela, sem perceber a ferida que tocava.

- Ahá! - apontou para ela com o dedo. - Eu sabia. É alguém, né? Quem é o sortudo?

Heather deu outro gole, tentando se recompor.

- Você é louco. Não tem ninguém.

- Tem sim. - Xiao respondeu, confiante. - Você só não quer me contar. Mas olha... seja quem for, eu só quero que te faça bem. Você merece alguém legal.

As palavras eram sinceras, e isso só aumentava a dor dentro dela. Porque o "alguém" de que Xiao falava era justamente a irmã dele.

Heather forçou um sorriso.

- Valeu, amigo. Mas não tem ninguém.

- Hm... - Xiao deu mais um gole e então deixou o assunto morrer, respeitando o silêncio dela.

Nesse instante, a porta da frente se abriu. Pequenos passos ecoaram no piso de madeira.

- Bàbaaaaa!

Era Hao, correndo pelo corredor, seguido pela mãe, Jie, que carregava algumas sacolas de mercado. O menino tinha o cabelo preto desalinhado e olhos brilhantes. Quando viu Heather na varanda, correu ainda mais rápido.

- Tia Heather! - gritou, atirando-se nos braços dela.

Heather o pegou no ar, girando-o como se fosse uma pena. O riso do garoto encheu a varanda, e a expressão dela finalmente se suavizou.

- Haozinho! Você cresceu de novo, hein? Vai acabar me passando de altura antes dos dezoito.

- Vou ser mais alto que o bàba! - ele anunciou, confiante.

Xiao gargalhou.

- Claro que vai, moleque. Continua comendo arroz todos os dias que chega lá.

Heather bagunçou o cabelo do afilhado.

- E como anda na escola? Tá aprontando?

- Não! - Hao fez cara de indignado. - Eu sou o melhor da turma em matemática. A professora disse que eu tenho cabeça de gênio.

- Gênio, é? - Heather fingiu surpresa. Hao era tão esperto para a sua idade. O que lhe lembrava, Mei. Mas logo ela barrou esse pensamento. - Ótimo, porque o Queen Seas sempre precisa de gente esperta. Quem sabe um dia você não trabalha comigo?

Os olhos do garoto brilharam.

- Sério? Posso ser da tripulação?

- Claro que pode. Mas só se prometer que vai ser obediente... - ela estreitou os olhos, fazendo suspense.

- Eu prometo, titia.

- Então, mostra aqui seus músculos. Quero ver se você já ficou forte.

Hao fez uma pose, contraindo os bracinhos. Heather fingiu espanto, tocando os músculos invisíveis. O seu afilhado adorava aquela brincadeira.

- Nossa, que força! Você vai me derrubar, garoto.

A gargalhada de Hao preencheu a varanda. Por alguns instantes, Heather esqueceu o peso da culpa. Ali, com o menino no colo, parecia apenas... feliz.

- Pare de iludir ele, Heather. Você sabe que trabalhar no barco é perigoso. Você e a Mei que ficam incentivando o Hao. - Xiao alertou. Só de ouvir o nome dela, Heather voltava a ficar nervosa.

- Ele só tem quatro anos. Os sonhos dele mudam o tempo todo. Não se preocupe.

Jie surgiu na porta, sorrindo ao ver a cena.

- Ele só fala da tia Heather o tempo todo. Se pudesse, se mudava pra sua casa.

Heather riu, abraçando o menino mais forte.

- Eu não me importaria.

E Hao, com a inocência que só as crianças têm, encostou a cabeça no ombro dela.

- Eu te amo, madrinha.

O coração de Heather apertou. Entrelaçou os dedos nos cabelos do garoto, escondendo o rosto no topo da cabeça dele.

- Eu também te amo, Haozinho. Mais do que tudo.

Xiao observou a cena em silêncio, com um sorriso discreto. Ele sabia que, apesar de toda a armadura que Heather carregava, havia ali um coração enorme. Jie levou Hao para tomar banho e Heather voltou a coversar com Xiao. Ou ao menos tentou. O amigo começou a falar sobre Mei e o quanto ele estava preocupado com a irmã.

- Você precisava ver o estado que eu encontrei a Mei na outra noite. Acredita que ela estava bebendo sozinha no cais? - O corpo de Heather ficou em alerta. Ela odiava quando Mei se colocava em perigo.

- Você sabe porque ela fez isso? - A curiosidade falou mais alto.

- Acho que ela está estressada com os nossos pais. Eles contiuam brigando por causa do trabalho de pescadora no seu barco. - Era impossível não se sentir culpada. Mas Mei era uma ótima tripulante e não era justo que Heather a demitisse somente porque os pais eram contra o trabalho.

- Você nem me contou como a Mei foi no mar. Ela se saiu bem? Vocês conseguiram se reaproximar? Lembro que antes vocês eram unha e carne. - Heather não queria ter que responder aqui, mas também não queria levantar suspeitas, então apenas contou o básico para Xiao. Tirando as partes em que Mei se machucou no convés e as partes em que ela machucou Mei.

(---)

Heather pensou em ficar em casa durante a noite, mas estava enlouquecendo aos poucos enquanto pensava em Mei. Ela precisava de uma boa noite de sex* com um estranho qualquer. Como ela não tinha pensado naquilo antes. Estava carente há muitos meses, por isso seu corpo se inflamava perto da engenheira. Ela colocou um vestido atraente, se maquiou e seguiu para aparte movimentada de Unalaska. Apesar de não ter baladas na ilha, era comum que em feriados ou datas comemorativas os Anderson abrissem a sua casa para uma festa.

Como Heather imaginava a casa estava lotada. As luzes de neon piscavam em tons de roxo e azul, a música batia forte no peito, e o cheiro de álcool misturado a perfume impregnava o ar. Heather caminhava entre as pessoas, com um copo de uísque na mão, tentando se convencer de que estava ali para se divertir, para se livrar da obsessão que tomava seus pensamentos desde a noite na cabine.

"É só beber. Dançar. Arrumar alguém. Esquecer." Repetia para si mesma.

Um grupo de caras já tinha tentado puxar conversa, mas nenhum despertava o mínimo interesse. E quando você cresce em uma ilha com quatro mil habitantes, meio que já conhece todo mundo. Ela sorriu para os rapazes de forma automática, mas no fundo estava distraída, como se procurasse algo... ou alguém.

E então, como se o destino tivesse decidido torturá-la, Heather a viu.

Mei.

Dançando, como se o espaço inteiro tivesse sido feito para ela. Um vestido preto justo, decotado até quase a cintura, o tecido translúcido revelando contornos proibidos sob a luz colorida. Os cabelos longos soltos caíam em ondas sobre os ombros, e cada movimento seu parecia calculado para provocar.

Heather parou no meio das pessoas, sem ar. Nunca tinha visto Mei daquele jeito. Não era a engenheira inteligente, de macacão e mãos sujas de graxa. Não era a jovem que sorria tímida nas reuniões da tripulação. Era uma mulher deslumbrante, perigosa, que atraía olhares famintos de todos os lados.

A capitã sentiu o estômago revirar. Seu corpo reagiu antes da mente. O coração acelerou, a boca secou. O uísque queimou mais forte na garganta.

- Não... - murmurou, quase sem perceber. - Não pode ser.

Mei dançava com uma morena de vestido vermelho, coladas demais para serem apenas amigas. O ritmo era lento, sensual, os quadris roçando um no outro. A mulher deslizou a mão pela coxa de Mei, e Heather apertou o copo com tanta força que o vidro quase estourou.

"Ela não pode... não pode se mostrar assim. Não pode ser pra outra pessoa."

O sangue subiu à cabeça da capitã, e ela deu alguns passos para frente, incapaz de desgrudar os olhos. O mundo ao redor sumiu. Não havia mais música, nem gente, nem festa. Só Mei.

E então aconteceu.

A morena de vermelho segurou o rosto de Mei com uma mão e a beijou. Não um selinho tímido. Um beijo profundo, quente, que fez Mei arquear o corpo e corresponder sem hesitar. Os lábios entreabertos, a língua visível sob as luzes que piscavam.

Heather sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Uma explosão de ciúme percorreu suas veias, tão violenta que ela teve vontade de arrancar a garota dali à força.

Seus dedos tremeram. A respiração saiu em arquejos curtos. Tudo o que tentou reprimir nos últimos dias, o desejo, a culpa, a lembrança do toque de Mei, voltou em uma onda devastadora.

"Ela é minha. Só minha."

Mas a realidade a golpeava como faca: Mei não era dela. Nunca tinha sido.

Heather engoliu seco, com a sensação de que se desse mais um passo, faria uma cena que não poderia apagar depois.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: escritora.kelly


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