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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 1660
Acessos: 463   |  Postado em: 26/09/2025

Capitulo 21

Heather saiu da casa do Leme com o coração disparado. O volante firme em suas mãos não ajudava a controlar o nó em sua garganta. Cada quilômetro até sua casa parecia um castigo, porque as imagens vinham em rajadas, sem trégua: Mei deitada na cama, os lábios entreabertos, os olhos molhados de desejo, a pele quente sob suas mãos. E então, a confissão sussurrada, "Eu ainda sou virgem".

Heather apertou mais o volante, os dedos quase doendo. Aquela frase, dita com tanta delicadeza, soava como um alarme em sua cabeça. O que ela estava fazendo? Que tipo de mulher agarra uma menina tão nova, que ainda nem tinha experimentado nada da vida? Heather foi intensa demais, tocou em todas as partes que teve vontade no corpo de Mei, mas se ela soubesse que estava tirando a inocência dela, jamais teria feito daquela forma tão rápida, tão bruta.

Ela parou no semáforo e encostou a testa contra o volante, respirando fundo.

- Droga... - murmurou. - Eu não devia ter tocado nela...

As luzes vermelhas refletiam em seus olhos cansados. Se Xiao soubesse, se os pais de Mei descobrissem... nunca a perdoariam. Talvez nem Mei, quando a raiva passasse, iria lhe perdoar.

Chegou em casa tarde. A rua estava silenciosa, mas a luz da sala ainda acesa denunciava que seu pai estava acordado. Andrew estava sentado na poltrona, óculos na ponta do nariz, jornal dobrado ao lado. Assim que viu a filha entrar, ajeitou os óculos e franziu a testa.

- Você demorou hoje. - a voz dele soou calma, mas atenta. - Aconteceu alguma coisa no barco?

Heather tirou as botas sem olhá-lo, largando as chaves sobre a mesa.

- Nada demais. Só os mesmos problemas de sempre... - tentou simplificar.

Andrew inclinou o corpo para frente, apoiando os braços nos joelhos.

- "Nada demais", mas você chega com essa cara? Heather, eu te conheço. Está pálida, parece que viu um fantasma. .

Ela forçou um sorriso fraco.

- É cansaço, pai. O casco do Queen Seas está mais avariado do que eu pensava. Tive que correr atrás de soldadores, pintores, fornecedores... uma dor de cabeça atrás da outra.

Andrew a observou em silêncio. Ele sempre soubera quando a filha estava mentindo ou escondendo algo, e agora não era diferente. Ainda assim, não insistiu. Apenas fez um gesto para o sofá.

- Senta aqui. Toma um copo de água antes de subir.

Heather suspirou, mas obedeceu. Sentou-se, aceitou o copo que ele trouxe da cozinha e tomou alguns goles rápidos. O silêncio ficou pesado, preenchido apenas pelo som distante de um carro passando pela rua.

- Você não precisa carregar tudo sozinha, sabe? - Andrew disse de repente. - O barco, a tripulação, a vida inteira... você acha que é feita de ferro, mas não é.

Heather encarou o copo. Aquelas palavras batiam fundo. Ele não fazia ideia do quanto estavam certas.

- Eu sei, pai... é só que às vezes eu me perco.

Andrew pousou a mão sobre a dela.

- Não quero ver você se perdendo, filha.

Heather levantou os olhos, sentiu a preocupação sincera dele, e isso só a fez sentir mais culpa. Se o pai soubesse o que ela tinha acabado de fazer com Mei, se soubesse que tinha agarrado a menina que cresceu como parte da família... ele nunca a olharia da mesma forma.

Ela puxou a mão devagar, disfarçando.

- Eu vou subir, estou exausta. Amanhã tenho mais coisas para resolver.

- Claro. - Andrew assentiu, mas ainda a seguiu com o olhar. - Só... não esquece que eu estou aqui, Heather. Para qualquer coisa.

Heather subiu as escadas, cada passo pesando mais que o anterior. No quarto, fechou a porta, mas não conseguiu respirar aliviada. Jogou-se na cama, encarando o teto escuro.

A lembrança da pele de Mei ainda queimava em suas mãos. O cheiro, o olhar, os sussurros... Ela apertou os olhos com força.

- Eu sou uma idiota... - sussurrou para si mesma.

Se deixou ficar ali, deitada, com a culpa corroendo cada pensamento.

(---)

Naquela manhã, Mei não foi para o estaleiro. Não queria encarar Heather depois do que tinha acontecido na cabine. O gosto dos beijos ainda estava em sua boca, a pele ainda queimava nas partes onde Heather havia tocado, mas nada disso vinha acompanhado de doçura, só de raiva e vergonha.

"Ela me quis... e me largou de novo."

Mei puxou os joelhos contra o peito, sentada na cama, encarando o chão do quarto. A cena se repetia sem parar: Heather a puxando com violência, a boca colada na sua, a respiração ofegante, os gemidos baixos que escaparam sem querer... e logo depois, o afastamento brusco, a desculpa, a porta batendo.

"Pra quê me tocar daquele jeito, se era só pra me empurrar de novo? Quem ela pensa que é?"

A tensão dentro de casa também não ajudava. Seus pais estavam na cozinha discutindo banalidades, a mãe reclamava do arroz que passou do ponto, o pai resmungava sobre as contas, mas para Mei, cada som parecia uma agulha cutucando sua paciência. Precisava de ar.

Foi para a varanda, tentando respirar fundo. O vento leve da manhã trouxe algum alívio, mas logo um movimento do outro lado da cerca chamou sua atenção. O senhor Andrew, pai de Heather, estava inclinado sobre um cortador de grama velho, martelando alguma peça que parecia emperrada. O cabelo grisalho estava desgrenhado, o rosto marcado de suor e esforço.

Mei arqueou uma sobrancelha.

- Vai acabar quebrando de vez se bater mais forte. - falou alto o suficiente para ele ouvir.

Andrew ergueu os olhos e abriu um sorriso cansado.

- Ah, Mei! Não te vi aí. - limpou as mãos numa toalha velha. - Esse traste aqui resolveu travar justo hoje. E eu já perdi a paciência.

Mei deu alguns passos até a cerca, apoiando os braços.

- Quer que eu dê uma olhada?

- Você entende dessas coisas? - ele perguntou, surpreso, mas animado.

Ela deu de ombros.

- Se eu não consertar o seu cortador de grama, pode confiscar o meu diploma.

Andrew riu.

- Então, por favor, salve um velho teimoso antes que eu jogue isso no lixo.

Minutos depois, Mei já estava ajoelhada ao lado do cortador, com sua maleta de ferramentas aberta. Os dedos ágeis exploravam o mecanismo como se fosse um quebra-cabeça. Enquanto isso, Andrew voltou com um copo de suco de laranja.

- Aqui, mocinha. Pelo menos para refrescar.

- Obrigada. - Mei tomou um gole rápido, sem desgrudar os olhos das peças.

Ele se encostou na parede, observando.

- Sabe... você parece preocupada. Aconteceu alguma coisa?

Mei parou por um instante, mordeu o canto da boca e suspirou.

- É que... eu estou passando por umas coisas. - hesitou. - Uma... rejeição. - Mei sempre gostou de conversar com Andrew. Ele era divertido e nunca a julgou. Na adolescência ela contava sobre os valentões da escola que mexiam com ela e ele lhe dava bons conselhos.

Andrew franziu o cenho.

- Rejeição?

Ela assentiu, os olhos ainda nas engrenagens.

- Eu gosto de alguém. Mas essa pessoa tem muito medo, muitos bloqueios. E isso impede qualquer coisa de acontecer. Eu me sinto ridícula, correndo atrás de alguém que parece não me querer de verdade.

Andrew ficou em silêncio por alguns segundos, refletindo. A imagem de Heather subindo a escada na noite anterior, abatida e nervosa, voltou à sua mente. Juntou as peças com facilidade. Ele conhecia a filha que tinha. E não era de hoje que Heather estava estranha, tudo começou quando Mei voltou.

"Então era isso... Heather e Mei."

Por isso a filha estava tão atordoada na noite passada.

Ele disfarçou o sorriso e falou num tom sereno:

- Talvez não seja falta de querer. Talvez essa pessoa só precise de tempo.

Mei bufou, apertando uma chave de fenda.

- Tempo demais faz a gente desistir.

Andrew deu uma risadinha curta.

- Ou faz a gente pensar em novas estratégias.

Ela o encarou, curiosa.

- Estratégias?

- É. - ele cruzou os braços. - Se essa pessoa tem medo, você pode mostrar o que ela está perdendo. Nada é melhor do que a boa e velha pontinha de ciúmes para esclarecer as coisas.

Mei arregalou os olhos.

- Você está sugerindo...?

- Estou sugerindo que você use sua inteligência. - Andrew completou, firme. - Você é esperta demais, Mei. Se realmente quer essa pessoa, encontre um jeito de fazer com que ela perceba o tesouro que tem nas mãos.

Mei ficou em silêncio, digerindo as palavras. Ciúmes. Heather era ciumenta. Sempre fora. O simples pensamento de ver Heather se contorcendo ao imaginá-la com outra provocou uma sensação estranha, quase divertida.

- Então você acha que eu devia... provocar? - perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Não precisa ser nada cruel. Só o suficiente para cutucar. - Andrew sorriu de canto. - Conheço bem gente que é possessiva... e posso te garantir que funciona.

Mei riu, surpresa com a perspicácia dele. Parecia até que Andrew sabia que era a sua filha. Mas Mei sabia que aquilo era impossível, heather jamais contaria para o pai sobre o que aconteceu entre elas.

- Agora eu entendo de onde Heather puxou esse jeito estrategista.

Ele ergueu o queixo, orgulhoso.

- Alguma coisa eu tinha que passar pra ela, além do mau humor.

As duas últimas peças do cortador se encaixaram, e quando Mei puxou a cordinha, o motor roncou de volta à vida. Andrew abriu um largo sorriso.

- Você é um gênio, menina!

Ela limpou a graxa das mãos, fechando a maleta. Enquanto Andrew tirou a sua carteira do bolso.

- O pagamento foi o seu conselho. - Mei se apressou em dizer. Andrew levantou uma sobrancelha, mas concordou.

- Negócio fechado, então. - ele respondeu, satisfeito.

Mei se despediu com um aceno, mas ao entrar em casa, seu coração já batia mais acelerado. O conselho de Andrew ecoava: "Mostre o que ela está perdendo."

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: escritora.kelly


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