Capitulo 20
Mei estava ali, diante dela, dentro da cabine do Queen Seas, só de camiseta e calcinha. A barra curta revelava as coxas lisas, e Heather não resistiu: agarrou sua cintura, puxou-a para perto, colando seus corpos.
O beijo veio faminto, sem permissão. Línguas se enroscaram, a respiração quente se misturava, e o gemido abafado de Mei contra a boca dela incendiava Heather ainda mais. Suas mãos desceram pelas coxas, subindo sob o tecido, até agarrar a bunda firme, apertando com força. Mei gem*u alto, erguendo as pernas e se encaixando em sua cintura. Heather a ergueu, dominadora, e a deitou de costas na cama estreita da cabine.
A cena a deixou sem ar: Mei deitada, a camiseta erguida até os seios, os mamilos rígidos, a calcinha fina colada no sex* encharcado. Heather puxou a peça devagar, arrastando o tecido molhado até retirá-lo por completo. O cheiro quente e doce da excitação de Mei a invadiu.
Sem pensar duas vezes, Heather se abaixou, enfiando a boca ali. Ch*pou o clit*ris de imediato, a língua em círculos, a boca sugando com força. Mei gritou, arqueando o corpo, as mãos se agarrando nos lençóis. Heather abriu mais as pernas dela e continuou lambendo, devorando sem descanso, arrastando a língua por cada dobra molhada, bebendo cada gota.
Mei gemia o nome dela, se contorcia, pedindo mais. Heather enfiou dois dedos de uma vez, sem aviso, começando a penetrar fundo e rápido, enquanto a boca não largava o ponto sensível. O som das estocadas molhadas ecoava pela cabine, misturado aos gemidos cada vez mais altos de Mei.
O corpo da engenheira tremia inteiro, convulsionando quando o orgasmo a tomou. Mas Heather não parava. Continuava socando os dedos dentro dela, ch*pando com mais força, arrancando dela outro gemido, outro tremor, outro gozo que a fazia quase desmaiar de prazer.
Heather acordou de súbito, arfando, o coração disparado, a calcinha encharcada. Passou a mão pelo rosto, ofegante, enquanto a cena ainda queimava em sua mente.
- Caralh*... - murmurou, se jogando de costas, encarando o teto.
Nunca tinha sonhado com Mei daquela forma. Nunca. Mas agora, a imagem dela nua, arrepiada, entregue, parecia gravada em sua pele como fogo. Era inútil negar. Não tinha como olhar para Mei e não imaginar aquela boca aberta em gemidos, aquelas pernas abertas, aquele gosto entre as pernas. O desejo era maior do que ela podia controlar.
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O dia foi uma tortura para a capitã.
Heather tentou se concentrar nos reparos do Queen Seas, na lista de fornecedores, nas negociações com os clientes. Mas toda vez que Mei passava pelo seu campo de visão, o sonho retornava.
Mei debruçada sobre o motor, os cabelos soltos caindo sobre os ombros, a camiseta suada colando ao corpo. Mei se esticando para alcançar uma peça, expondo a cintura. Mei mordendo o lábio inferior enquanto ajustava um parafuso difícil.
Heather desviava o olhar rápido, mas não conseguia evitar que o corpo reagisse. Desejo. Cru, incontrolável. Era como se não conseguisse mais vê-la sem lembrar do gemido no sonho, da pele suada, da boca aberta em súplica.
Por isso, evitou. Não falava com Mei mais do que o necessário. Mantinha distância. Sempre havia algo para resolver em outro ponto do cais, algum telefonema urgente. Fingiu que não percebia quando Mei a procurava para mostrar um progresso, ou quando esperava um comentário que nunca vinha.
Do outro lado, Mei engolia o silêncio como fel. Já estava cansada da frieza, mas dessa vez doía mais. Primeiro Heather falava sobre amizade, sobre não precisarem se afastar. Agora, agia como se ela estivesse com uma doença contagiosa.
(---)
O dia terminou pesado. O céu de Dutch Harbor já escurecia quando Mei largou as ferramentas. Mas não foi para casa. Não dessa vez.
A porta da cabine da Heather se abriu com um empurrão decidido.
- O que você quer, Mei? - Heather perguntou, sem levantar os olhos do caderno de bordo. Ela não queria ser grossa, mas estava fazendo de tudo para se manter longe e ter Mei ali, não ajudava em nada no seu autocontrole.
- Eu quero entender você. - a voz dela saiu firme, quase ríspida. - Um dia você diz que podemos ser amigas, que não tem motivo pra se afastar. No outro, mal olha na minha cara. Que porr* é essa?
Heather respirou fundo, tentando manter a calma. Ela ficou surpresa com o palavrão saindo da boca de Mei. O que a fez pensar em quantas coisas sujas a engenheira podia dizer na hora do sex*.
- Eu tenho muita coisa na cabeça, Mei. Você sabe como são os reparos.
- Não, Heather. - Mei cruzou os braços, os olhos brilhando de mágoa. - Não é sobre o barco. É sobre você comigo. Eu não sou idiota.
O silêncio caiu pesado. Heather queria responder, mas cada palavra parecia travar na garganta. O que diria? Que não conseguia olhar para Mei sem imaginar a boca dela gem*ndo de prazer?
Mei deu um passo à frente.
- Sabe o que dói? É que eu realmente achei que a gente podia ter alguma coisa. Que podia confiar em você. Mas não, você prefere se esconder, me tratar como se eu fosse um problema.
Heather levantou os olhos. Encontrou a fúria e a tristeza nos de Mei, e aquilo a desmontou por dentro. A vontade era de pular a parte das palavras, de calar aquela boca com a sua própria.
- Eu não sou um problema, Heather. - Mei insistiu, agora com a voz embargada. - E se for, falar logo, que eu saio do seu caminho de vez.
Heather se levantou devagar, aproximando-se.
- Mei...
- O quê? Vai me dizer de novo que a gente pode ser amiga? - o sarcasmo dela era veneno. - Porque se for isso, pode se poupar. Amiga que não olha na minha cara eu não quero ter.
Heather não suportou mais ouvir tanta besteira. Num movimento súbito, agarrou a cintura de Mei e colou os lábios nos dela.
O choque deixou Mei imóvel por alguns segundos. O coração disparou, a respiração travou. Mas quando sentiu a língua de Heather forçando passagem, toda raiva se dissolveu em calor. Gem*u contra a boca dela, puxando os cabelos da capitã com força, como se aquele beijo fosse a resposta para todas as perguntas não ditas.
O gosto de Heather era intenso, uma mistura de tabaco, menta e desejo. Mei se perdeu, retribuindo com igual fome, a língua explorando, os dentes mordendo. A raiva que a trouxera até ali se transformava em tesão, cada vez mais urgente.
Heather a empurrou contra a parede, beijando com força, a língua explorando cada canto da boca dela. As mãos apertaram sua bunda, erguendo-a, e Mei instintivamente enlaçou as pernas em volta da cintura dela. O choque dos quadris as fez arfar juntas.
- Droga, Mei... - Heather sussurrou contra o pescoço dela, mordendo e ch*pando a pele até deixá-la marcada.
Mei gem*u alto, puxando o cabelo de Heather, inclinando a cabeça para lhe dar mais acesso.
- Não para...
Foram tropeçando até a cama da cabine. Heather a jogou ali, se colocando por cima, os lábios da capitã desceram pelo colo, sugando a pele até deixá-la marcada. O corpo de Mei arqueava sem controle. Cada ch*pão arrancava dela um gemido alto, um gemido que ecoava pelo quarto e a deixava ainda mais molhada.
Heather puxou a camiseta de Mei para cima, expondo a pele quente. Mei ergueu os braços, quase rasgando a própria roupa na pressa. O sutiã logo foi abaixado, e a boca da capitã se colou no seio esquerdo dela, sugando com violência.
- Aaah... - Mei gritou, a cabeça batendo contra o colchão. As costas se arqueavam, oferecendo mais. Sentia o mamilo latejando entre os dentes de Heather, a língua girando lenta e depois mordendo outra vez.
O corpo de Mei tremia. Nunca tinha sido tocada assim. Cada lambida parecia descer direto para o centro de suas pernas, onde o calor queimava cada vez mais.
A mão firme de Heather apertava sua cintura, escorregava para a barriga e descia devagar, até alcançar o cós da calça. Mei arregalou os olhos, mas não disse nada. O coração batia como um tambor, e o corpo já não obedecia, queria aquilo, queria mais, queria ser tomada.
Heather não hesitou. Enfiou a mão por baixo da calça jeans, e Mei soltou um gemido alto, quase um grito, quando os dedos roçaram a calcinha encharcada. A sensação era avassaladora.
Meu Deus, ela vai me tocar lá... Mei pensou, mordendo os lábios para não implorar.
Heather esfregou devagar por cima do tecido, fazendo círculos firmes que arrancaram de Mei gemidos cada vez mais desesperados. O quadril dela se ergueu sozinho, buscando mais contato, pedindo mais.
- Por favor... - escapou sem querer, entre soluços de prazer.
Heather enfiou os dedos por dentro da calcinha, e o toque direto fez Mei gritar. Nunca tinha sentido nada parecido. O calor era insuportável, a umidade denunciava o quanto estava entregue.
O polegar de Heather pressionou o clit*ris com força, esfregando de um jeito que fez Mei se contorcer, gem*ndo sem pudor. As unhas arranhavam os ombros dela, puxavam o tecido da camisa.
Eu vou goz*r, vou goz*r na mão dela... a mente de Mei gritava, assustada e excitada ao mesmo tempo.
Heather beijava sua boca outra vez, engolindo seus gemidos, enquanto a mão trabalhava com movimentos mais firmes. Mei se debatia, o corpo fora de controle, o prazer crescendo numa onda prestes a explodir.
Quando sentiu os dedos descendo mais, prestes a penetrar, Mei segurou o punho dela com delicadeza.
Heather parou, encarando-a ofegante, os lábios vermelhos, o olhar ardente.
- Tudo bem?
Mei respirou fundo, o rosto queimando, mas manteve o olhar fixo no dela.
- Eu quero. Eu quero muito isso com você... - engoliu em seco. - Mas eu nunca fiz antes.
Heather piscou, sem entender de imediato.
- Nunca?
Mei balançou a cabeça, mordendo o lábio, com a respiração entrecortada.
- Eu ainda sou virgem.
A mão de Heather parou de vez. O olhar de fome deu lugar a choque, depois a um turbilhão de culpa. Ela a conhecia desde menina, tinha sido guardiã, protetora. Agora, estava prestes a tomar dela algo que ela nunca tinha dado a ninguém.
Mei ainda tremia, as pernas abertas, o corpo pedindo desesperadamente que ela não parasse. Como se soubesse o rumo dos pensamentos de Heather, falou.
- Eu só queria que você soubesse - disse, a voz baixa, quase um sussurro. - Mas eu quero. Eu quero você.
Heather fechou os olhos, recuando a mão como se tivesse tocado fogo.
- Merda, Mei...
- Não para. - Mei se ergueu, puxando-a de volta pela camisa. - Eu confio em você. Eu quero sentir você...
Mas Heather já estava recuando, afastando-se da cama como se fugir fosse a única saída.
- Não. Não posso. Isso é errado.
Mei ficou sentada na beira da cama, os seios ainda expostos, os cabelos desgrenhados, a respiração descompassada. A calcinha molhada grudava entre as pernas, e o corpo gritava por liberação.
- Errado é me deixar assim, Heather! - a voz dela saiu embargada, carregada de frustração. - Você não entende? Eu quero você, caralh*!
- Eu não posso, Mei. Eu não vou ser a primeira a fazer isso com você. - sua voz saiu rouca, carregada de frustração e arrependimento.
Heather abriu a porta e saiu, deixando Mei para trás, trêmula, excitada, confusa e com uma raiva que ardia tanto quanto o tesão não satisfeito. Mei não sabia se a odiava ou se a desejava ainda mais.
Fim do capítulo
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