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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 1241
Acessos: 403   |  Postado em: 26/09/2025

Capitulo 18

Quando Xiao estacionou o carro diante da casa dos Wang já era noite. Mei carregava apenas uma mochila, os cabelos ainda com cheiro de óleo e maresia. Assim que entrou, foi recebida pelo abraço apertado da mãe.

- Ai, minha filha... graças a Deus você voltou inteira! - disse a Sra. Wang, segurando o rosto dela entre as mãos. - Estava tão preocupada. O mar é cruel...

Mei sorriu de leve, cansada.

- Mãma, eu tô bem. Foi uma temporada difícil, mas eu sobrevivi.

Do canto da sala, o Sr. Wang apenas pigarreou, os braços cruzados. 

- Sobreviveu... mas a que custo? - seu tom era frio. - Isso não é vida para uma mulher. Ainda mais uma filha minha.

Mei respirou fundo, já antecipando a briga. 

- Bàba, a gente já falou sobre isso. Eu escolhi essa vida. Eu gosto do que faço. Não quero ficar presa atrás de um balcão ou em um escritório só porque você acha que é "apropriado".

- Apropriado? - ele elevou a voz, os olhos faiscando. - Você fala como se tradição fosse uma prisão. Nossos antepassados construíram a honra da família com disciplina e escolhas corretas. Você acha que jogar-se no mar com homens, se sujando de graxa, correndo risco de vida, é o futuro que sua mãe e eu sonhamos?

Mei sentiu a raiva crescer.

- Mas não é o sonho de vocês que eu quero viver. É o meu. E eu não vou desistir só porque o senhor acha vergonhoso.

A Sra. Wang entrou no meio, aflita.

- Por favor, parem. Ela acabou de chegar, não precisamos discutir hoje.

Mas o Sr. Wang continuou, ríspido.

- Você fala como se não tivesse família. Você não é americana, Mei. Não esqueça quem você é, de onde veio. Sua vida não lhe pertence sozinha.

As palavras cortaram fundo. Mei fechou os punhos, mas preferiu não responder. Estava cansada demais.

- Vou para o meu quarto. - disse apenas, e subiu as escadas.

- Menina teimosa. É uma vergonha desperdiçar um curso tão promissor para viver uma aventura. - Mei escutou o pai falar, mas estava cansada de receber críticas.

No quarto, jogou a mochila no chão e se sentou na cama. As lágrimas vieram, silenciosas. Primeiro, de raiva, depois de impotência. Tudo estava pesado demais: a distância de Heather, a sensação de rejeição, o pai a tratando como se fosse uma vergonha. Não suportava mais. Deitou, encarando o teto, mas não conseguiu dormir. A luz ficou acesa até tarde, como se a escuridão fosse insuportável.

(---)

Na manhã seguinte, Heather já estava no porto. A maré baixa deixava o casco do Queen Seas ainda mais exposto. Caminhou pelo convés enquanto lia o relatório do inspetor naval: ferragens soltas, peças do sistema hidráulico gastas, infiltrações no casco e, pior de tudo, falhas no gerador secundário.

- Droga... vai ser mais caro e demorado do que eu pensei. - murmurou.

Enquanto avaliava o painel da casa de máquinas, ouviu passos leves ecoando pelo corredor. Virou-se e se surpreendeu:

- Mei?

A jovem apareceu carregando uma caixa de ferramentas. 

- Oi... eu esqueci umas coisas ontem. Achei que não teria ninguém aqui.

Heather engoliu em seco. A visão de Mei, com o macacão meio aberto na cintura e uma camiseta simples, fez lembranças perigosas da noite anterior atravessarem sua mente. O corpo reagiu antes que pudesse controlar.

Mei se aproximou e olhou o relatório em suas mãos.

- Isso tudo precisa ser consertado?

- Sim. E logo. - respondeu Heather, tentando soar firme.

- Deixa que eu cuido da parte elétrica, mecânica e hidráulica. - disse Mei, com naturalidade.

Heather franziu o cenho.

- Não. Você acabou de sair de uma temporada puxada, não quero sobrecarregar você.

- Heather... - Mei insistiu, os olhos firmes. - Eu sei fazer isso. E quero ajudar. Não vou deixar você lidar com tudo sozinha.

Heather suspirou, sentindo-se encurralada.

- Tudo bem. Mas com uma condição: eu vou te pagar. E não aceito não como resposta.

Mei fez uma careta, mas concordou.

- Você é impossível.

Heather deu um meio sorriso, mas virou-se rápido, antes que Mei percebesse o quanto aquele sorriso escondia.

(---)

Horas depois, as duas estavam em uma loja de suprimentos marítimos. Mei anotava as peças necessárias em uma prancheta, concentrada, enquanto Heather empurrava o carrinho.

- Você é rápida com isso. - comentou Heather, quase sem pensar.

- É prática. - respondeu Mei, distraída. - Aprendi a otimizar o tempo. No mar, cada minuto conta.

Heather a observou por um instante a mais do que deveria. O jeito como Mei mordia a tampa da caneta, a forma como se curvava sobre a lista... imagens que Heather se esforçava para afastar tomaram conta. Desejos que não deveria ter. Ela balançou a cabeça tentando se livrar dos pensamentos.

De volta ao barco, Mei se jogou embaixo do painel, suja de graxa e totalmente focada. Heather tentou ajudá-la por alguns minutos, mas acabou desistindo. Seus olhos sempre acabavam percorrendo curvas que não deveria observar. Quando aquela mulher tinha se tornado a definição de tentação para ela?

- Eu vou... cuidar de outras coisas. - disse rápido, se afastando.

Mei apenas murmurou um "uhum", sem perceber nada. Heather respirou fundo ao sair, como se precisasse de ar.

(---)

Naquela noite, Mei foi recebida na casa de Victor. A esposa dele, uma mulher simpática de sorriso fácil, a acolheu calorosamente.

- Então você é a Mei de quem o Victor tanto fala! - disse, servindo sopa quente. - Ele disse que você salvou o barco várias vezes nessa temporada.

Mei riu, meio tímida.

- Ele está exagerando um pouquinho.

- Nada de exagero. - Victor completou, erguendo o copo. - Essa menina aqui foi essencial. Sem ela, a gente não teria voltado inteiro.

A mesa estava cheia de risadas, histórias da temporada e perguntas curiosas das crianças. A família de Victor era acolhedora e Mei ficou feliz que a sua amizade com ele não estivesse ficado apenas no Queen Seas.

(---)

Mais tarde, já sozinha, Mei comprou uma garrafa de vodka de limão e foi até o cais. Sentou-se perto da beira, olhando as luzes refletindo no mar de Bering.

Tomou um gole e sentiu a garganta arder.

- Droga... - murmurou, com os olhos marejados. Apesar de tentar manter a sua cabeça ocupada, ela estava magoada.

Os pensamentos vinham como ondas. O pai, sempre a lembrando de que ela era uma decepção. Heather, primeiro a se aproximar, depois a se afastar, como se tivesse medo dela. A sensação de não pertencer a lugar nenhum.

- Eu só queria... que ela me enxergasse. Não sou mais uma adolescente. - sussurrou, com a voz embargada. A bebida já fazendo efeito.

Bebeu mais, tentando afogar a mágoa. As lembranças do beijo, das mãos de Heather em seu rosto, a mistura de desejo e rejeição. Nada fazia sentido.

Com os olhos pesados, pegou o celular e ligou para Xiao.

- Gegê... pode vir me buscar? - disse, a voz arrastada. - Eu não quero dormir em casa hoje. Posso ficar aí?

- Claro, Mei. Onde você está?

- No cais.

- Sozinha? O bàba brigou com você? - O irmão sabia como a sua família podia ser difícil.

- Podemos não falar sobre isso? - A voz de Mei era chorosa.

- Claro. Já tô indo.

Ela sorriu fraco, aliviada. O vento gelado batia em seu rosto, mas o coração estava em chamas.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: escritora.kelly


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