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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 2595
Acessos: 442   |  Postado em: 26/09/2025

Capitulo 12

O Mar de Bering, que por uma semana havia sido generoso, mostrou sua verdadeira face. O céu, antes cinzento, tornou-se de um roxo-escuro e as nuvens, carregadas de eletricidade, desabaram sobre o Queen Seas. O vento uivava como uma fera, chicoteando a embarcação com uma força brutal, e as ondas, antes calmas, se levantavam como montanhas de água salgada, sacudindo o barco de um lado para o outro. Heather, com a sua mão firme no manete do leme, lutava para manter o controle, enquanto a tripulação corria para o interior da embarcação, em busca de abrigo. Não tinha como trabalhar naquela tempestade.O rádio, que antes estava cheio de conversas, agora só transmitia previsões do tempo. O silêncio da tempestade, no entanto, era aterrorizante. A chuva iria durar a noite inteira.

Na casa do leme, o isolamento era quase total. Apenas Heather e Mei estavam ali, em um silêncio que, paradoxalmente, era mais ensurdecedor do que o som da tempestade lá fora. O ar estava carregado de eletricidade, mas não vinha da tempestade; vinha do espaço entre elas. Heather, com a sua máscara de capitã durona, tentava manter a sua concentração no leme, mas a sua mente estava em outro lugar. Ela sentia a presença de Mei, e a sua proximidade era uma tortura. A engenheira estava ali porque há alguns minutos o manete do leme tinha falhado. Ela consertou e estava aguardando para ver se tudo ficaria bem antes de ir dormir.

- Essa é a tempestade mais forte que já enfrentamos nessa temporada - Mei disse, com a sua voz suave. Ela queria aliviar o clima de tensão que Heather estabeleceu.

- Não é a primeira vez que passamos por isso. O mar é imprevisível. - Heather respondeu, sua voz neutra, tentando ser casual, mas a sua mão tremia. Só a voz de Mei era gatilho suficiente para fazer com que Heather tivesse lembranças da última vez que estiveram naquele pequeno espaço.

Mei sorriu, um sorriso que iluminou a escuridão da cabine. A jovem sabia que Heather estava tentando manter distância dela. Mas Mei conhecia a mulher e sabia que Heather tinha um coração doce e gentil. Ela só precisava mostrar para ela que estava tudo bem se entregar aquela atração. Mei se moveu mais perto de Heather, o seu corpo se inclinando em direção à capitã.

- O que está fazendo? - A capitã perguntou surpresa.

O cheiro limpo que vinha de Heather era um aroma que a confortava e a deixava mais ousada. A engenheira sentiu o seu coração bater mais forte e o seu corpo reagir à proximidade. Ela pensou muito desde o quase beijo que elas tiveram. Mei se sentia frustrada por não ter ido adiante. Ela se sentia como uma criança que queria algo que não podia ter, e ironicamente, Heather era quem sempre fazia as suas vontades quando era pequena. E agora também era quem insistia em resistir ao beijo que ela tanto queria. Mei se inclinou mais um pouco em direção a capitã, e a mais velha fechou os olhos por reflexo. Foi quando a engenheira pegou um alicate que tinha deixado na mesa atrás da mulher. 

- Você tem medo de tempestade, capitã? - Mei perguntou, com a voz baixa. Heather precisava se sentir desafiada e a mais nova sabia disso.

Heather abriu os olhos sem entender o que estava acontecendo, ela mal conseguia formular palavras coerentes com Mei tão próxima.

- Eu não tenho medo de nada. - Ela disse, com a sua voz firme, tentando esconder a sua vulnerabilidade.

- Eu não estou falando da tempestade lá fora. Eu estou falando da tempestade que está acontecendo aqui dentro. - Ela levou a mão ao peito de Heather, tocando-o suavemente. O toque, que era para ser um gesto de carinho, se tornou um ato de provocação.

Heather sentiu o seu corpo se tensionar. A proximidade de Mei, o cheiro de sabonete que vinha dela, era uma tortura. Ela sentiu o seu coração acelerar, e a sua respiração ficar mais superficial. Ela queria se afastar, mas não conseguia. O desejo era mais forte que a razão. A sua mão deixou o Leme no piloto automático e se moveu para a cintura de Mei. A engenheira sorriu, e aquilo foi o suficiente para fazer com que Heather se aproximasse mais do rosto dela. O vapor quente da sua respiração se misturou com a respiração de Mei.

- Não podemos...

- Sim, podemos, você pode fazer o que quiser comigo. - As palavras de Mei só afloraram mais as vontades de Heather. Ela gostava de exercer controle e Mei estava entregando isso a ela. Como resistir?

Mei beijou a bochecha de Heather. Depois espalhou alguns beijos ao redor da sua boca, sem tocar nos seus lábios. Ela queria que Heather iniciasse o beijo. Lentamente ela roçou o lábio inferior da capitã, a provocação estava deixando Heather em apuros. Ela não aguentava mais, colocou a mão na nuca de Mei e aprofundou o beijo. Sugando sua língua, um gemido baixo saiu do seu peito. Os lábios da mais nova eram tão macios, exatamente como Heather tinha imaginado. Mei enfiou os dedos no cabelo da outra mulher e puxou. Distribuiu beijou e ch*padas pelo pescoço da capitã. Ela estava louca para sentir cada parte de Heather na sua boca. A agonia que antes aflingia os pensamentos da capitã foi acalmada pelos beijos de Mei. E de repente nada mais importava, somente as duas. A necessidade de se tocarem e o desejo que precisava ser aplacado.

O beijo foi intenso, carregado de desejo e de emoção. As suas mãos, antes hesitantes, agora se moviam por seus corpos, explorando a pele sob a roupa pesada de pesca. O calor que se formava entre elas era mais forte do que a fúria do mar lá fora. A cada toque, o seu desejo por Mei aumentava. A sua mente se perdia no prazer. O tempo parecia ter parado só para elas.

O som de um estrondo alto, que se sobressaiu ao uivo da tempestade, quebrou o beijo. Mei e Heather se separaram abruptamente, e a capitã se virou, com o coração em pânico, tentando recuperar o fôlego. No convés, um covo tinha despencado no assoalho do barco.

- Igor! - Heather gritou, sua voz era um rugido. - O que diabos está acontecendo aí?

A voz de Igor, carregada de medo, respondeu.

- Capitã! Um dos covos caiu e quebrou o piso e um cano de água.

A face de Heather ficou vermelha de raiva. O reservatório de água doce era o coração do barco, essencial para tudo, desde o motor até a sobrevivência da tripulação, um vazamento era um risco enorme, não podiam esperar para consertar.

Mei, no mesmo instante, sentiu sua mente de engenheira assumir o controle. O pânico de Heather era palpável, mas o dela se transformou em foco. Sem perder tempo, a jovem pegou sua bolsa de ferramentas e se dirigiu à capitã.

- Eu posso consertar. - Mei disse, sua voz firme. - Mas preciso que alguém desligue o registro de água para que o vazamento pare e eu consiga trabalhar.

- A tempestade está muito forte, Mei. - Heather estava preocupada com a segurança da mulher.

- Eu consigo, não se preocupe. - Mei fez menção de tocar no rosto da capitã, mas ela se afastou. Aquilo foi como uma faca no peito de Mei. Heather estava fugindo mais uma vez.

- Vamos descer. - A capitã falou friamente.

As duas desceram para a cozinha e Heather estava puta. Ela só não sabia se era pelo descuido de Igor ou se pela sua fraqueza com Mei.

- Igor, desligue o registro! Hans, encontre um cano de substituição! Rápido! Victor, vá para a casa do Leme.

Quando Mei saiu para o convés a tempestade a atingiu em cheio. As ondas faziam o barco balançar de forma perigosa. A visão do buraco no piso e do cano jorrando água a fez correr para o local, com o corpo tremendo de frio.

Igor, com as mãos trêmulas, conseguiu desligar o registro. A água parou, mas a tempestade continuava a chicotear o barco. Mei se abaixou, sentindo o frio e a humidade, e avaliou o dano. Era um cano de aço, mas a queda do pesado covo partiu o cano ao meio.

Hans apareceu com a nova peça e entregou a Mei. A engenheira, com as mãos firmes, pegou a ferramenta certa e começou a trabalhar. O vento bagunçava os seus cabelos e a chuva caía em seus olhos, mas ela não se importou. Sua mente estava concentrada, e seu corpo se movia com a graça de quem sabia o que estava fazendo.

Mei se focou no problema. Ela sentia a fúria da tempestade, mas a sua mente estava em outro lugar. A adrenalina do momento e o perigo do local eram um escape para os seus sentimentos. O que havia acontecido na casa do leme era algo que ela não podia ignorar. O beijo, a eletricidade, o desejo. Ela se sentiu tão bem, mas Heather se afastou. Talvez a capitã não sentisse nada por ela. Era hora de pensar nessa possibilidade. Mei odiava a ideia de ser uma mulher insistente quando o assunto era envolvimento amoroso.

A capitã não saiu de perto da sua tripulante, sentiu o seu corpo se tensionar. Ela não conseguia desviar o olhar. Viu a destreza de Mei, sua habilidade em transformar o caos em ordem. O medo de que algo acontecesse com a engenheira era paralisante. Ela queria se aproximar para ajudar, mas seu corpo não se movia. A raiva que sentia por Igor se misturou com a culpa que sentia por ter beijado a garota, e o desejo que a invadiu. A capitã sentiu o seu coração bater mais forte, e a sua respiração ficar mais fraca.

Com um som de clique, Mei conseguiu apertar a tubulação, e pediu para Igor ligar o registro. A encanação estava consertada. Ela se levantou, com sua respiração ofegante, e olhou para Heather. Ela sabia que tinha feito o seu trabalho. Estava aliviada.

A tripulação se reuniu na cozinha, e o clima era tenso. Heather, com o rosto vermelho, olhou para os homens. Ela não conseguia olhar para Mei. O beijo era um lembrete de que ela havia sido fraca.

- Eu não sei o que vocês pensam que estão fazendo, mas isso não é uma brincadeira, porr*! - Heather disse, com a voz firme. - A falta de atenção de vocês poderia ter nos matado. Nós não podemos ficar sem água doce. Ela é importante para o motor, para a nossa higiene e para a nossa sobrevivência. Amarrem a droga dos covos direito!

A capitã parou e olhou para Igor, que estava com a cabeça abaixada.

- Eu não quero mais ver uma falta de atenção como essa, Igor. E nem do resto da tripulação. O nosso trabalho é sério. A nossa vida, e o nosso sustento, depende da nossa atenção.

A voz de Heather era dura e carregada de raiva, e a tripulação permaneceu em silêncio. Eles sabiam que a capitã tinha razão.

Depois da bronca, Heather se virou e saiu da cozinha. Sua raiva era um escudo para sua vulnerabilidade. Ela não conseguia mais olhar para Mei. E por mais que tentasse, não conseguia esquecer o beijo que elas trocaram. Ela foi para a casa do Leme e se perdeu em pensamentos sobre o que tinha acontecido.

Mei nunca tinha visto Heather com tanta raiva e chingando. Até ela ficou com medo da ira da mais velha. A capitã tinha razão de ficar chateada, um descuido daqueles era inadmissível. Mas a doce e gentil mulher que Mei se lembrava, nunca alterava a voz, pelo menos, não com ela. E hoje, Heather estava cega pela raiva.

(---)

A manhã seguinte trouxe um alívio quase sobrenatural. O sol tímido rompia a cortina de nuvens, iluminando o Mar de Bering, que estava calmo. A fúria da noite anterior parecia um pesadelo distante, e a tripulação se movia com a exaustão de quem tinha lutado uma batalha. A cicatriz mais visível daquela noite era o buraco no convés.

Mei, com seu macacão pesado e o cabelo preso em um coque, se ajoelhou perto da falha no chão. Colocou uma máscara sobre a boca e o nariz. Sua mente, um caos de emoções, mas estava focada na tarefa. O conserto improvisado do assoalho não poderia ser feito durante a tempestade. Ainda bem que não estava mais chovendo. Ela precisava vedar o buraco para evitar infiltrações.

A engenheira começou com a limpeza, removendo a sujeira e o material solto com um solvente especial de cheiro forte. Em seguida, pegou um pedaço de lixa grossa, de grão 40, e começou a lixar o local. O som era o único barulho, e a cada movimento, ela sentia a tensão em seus braços, mas o trabalho era um alívio, um escape para tudo o que havia acontecido. Ela mal conseguiu dormir na noite passada.

Depois de lixar, ela misturou a resina de fibra de vidro. O cheiro químico encheu o convés. Com um pincel, aplicou uma fina camada da mistura na área preparada, trabalhando com a delicadeza de um artista.

- Parece que temos uma faz tudo a bordo. - Victor disse, se aproximando.

Mei sorriu, um reflexo de sua satisfação.

- Apenas consertando o que os outros danificaram. - Ela respondeu com um toque de humor.

Victor soltou um sorriso e se afastou, deixando Mei voltar ao trabalho. Agora ela podia responder as provocações sem se preocupar com o mau humor dos seus colegas. Afinal já tinha salvo, mais de uma vez, o rabo de cada um ali.

Mei cortou um pedaço de tecido de fibra de vidro e o aplicou sobre a resina. Ela se certificou de que não havia bolhas de ar e aplicou mais uma camada de resina. Sua mente, que estava focada, não se permitia pensar no que havia acontecido. O beijo, a raiva de Heather, a bronca em Igor, tudo era um borrão, mas a sensação de ter estado tão perto da capitã ainda estava presente.

Do alto da casa do leme, Heather observava tudo. Ela sentiu seu corpo tensionar. Mei era fascinante em seu trabalho e hoje, isso a irritava profundamente. Pois não conseguia parar de desejá-la. Ela passou a noite tentando se recompor do beijo que compartilharam. A capitã se sentiu culpada por ter beijado a garota. A raiva que sentia por Igor se misturou com a culpa que sentia por si mesma.

Mei sentiu o olhar de Heather. Ela se levantou e olhou para cima. A troca de olhares foi silenciosa, mas carregada de emoção. A distância era apenas física, mas a tensão era um rugido. O coração de Mei batia forte. Ela viu a culpa nos olhos de Heather, mas também viu algo mais: desejo.

Heather a deixava muito confusa. Mei sabia que o que havia acontecido tinha mexido com a capitã. Sua mão foi até o pescoço. Ela queria Heather, mas não podia tê-la.

Mei se jogou novamente no chão, e começou a lixar a superfície reparada. Sua mente era um turbilhão. Aplicou a última camada de selante, e esperou secar. Talvez Heather fosse a mulher hétero que iria acabar com o seu coração. Toda lésbica tinha uma história assim para contar.

A capitã, em seu posto, sentiu o corpo tensionar. Ela não conseguia mais ficar ali. Virou-se e se afastou da janela, se perdendo em pensamentos. Ela tinha que voltar ao seu normal e esquece aquela atração louca que estava sentindo.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Instagram: escritora.kelly


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