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RECOMEÇAR por EriOli

Ver comentários: 1

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Palavras: 2076
Acessos: 163   |  Postado em: 15/09/2025

Capitulo 2 — Isabela

Capitulo 2 — Isabela

Desde que assumira a presidência da Mendes Agritec, Isabela sofria com as pressões daquele bando de homens velhos que só pensavam nos lucros. Seu pai havia começado a empresa sozinho e por muito tempo a dirigiu com os conceitos antigos que aprendeu e se acostumou. Conceitos que já não cabiam mais no mundo de hoje, muito menos na mentalidade de Isabela, sua única filha. Quando o perdeu para o câncer, Isabela herdara não apenas uma montanha de dinheiro, herdara também a desconfiança e as tentativas de destitui-la do que era seu por direito. Tudo isso somente porque além de ser mulher, nunca escondera que gostava de mulheres. Se pudesse se livraria de todos, mas coisas não eram assim, tão simples.

O mês mal iniciou e já havia aquela reunião com os conselheiros. O relógio marcava 7h55 quando Isabela entrou na sala de reuniões da Mendes Agritec. O lugar tinha cheiro de couro, madeira polida, loção de barbear e cafeína exagerada. Os homens já estavam lá — os mesmos de sempre. Gravatas frouxas, opiniões apertadas, visões deturpadas. Homens que sequer sabiam o valor de por a mão na massa e participar de plantio de verdade.

A maioria deles só conhecia a Agritec através de planilhas e saiam de suas pequenas fazendas em outras regiões ou apartamentos na capital e se enfiav*m em seus carros de luxos uma vez a cada três meses, somente para infernizá-la. Ignorou a imensa vontade que teve de revirar o olhar ao encará-los. Deixou o notebook sobre a mesa e sentou sem dizer uma palavra. Ninguém ofereceu café. Ninguém ousou ignorá-la.

— Precisamos rever o planejamento do segundo semestre — começou o senhor Roberto, um dos conselheiros mais antigos, girando papéis como quem virava pecúlios. — O orçamento para a parceria com a cooperativa de San Juan Diego está com cortes sugeridos. E a senhora continua insistindo nessa ideia de inovação.

— Inovação não é ideia. É resposta, senhor Vasconcelos.

— Mas o Senhor Roberto tem razão, prima, os custos com compras para bancar essa tal “resposta”, aumentaram em 20%. A margem de lucro não vai chegar a 10%. — Heitor, diretor de compras, se manifestou.

Isabela cruzou as pernas e manteve o olhar firme.

— Vocês falam em lucro, mas continuam cavando buracos em terra seca. Só no último trimestre, com essa mesma desculpa de aumentar a lucratividade, reduzimos os investimentos em substratos antipragas como prevenção e os substituímos por pesticidas comuns. O que nos levou a perda de mercado pela falta de qualidade em nossos produtos.

— Sobrinha... — com um sorriso enjoativo, Lorenzo, que carregava o titulo de vice presidente do grupo Mendes apenas por status e por ser o segundo maior acionista, tomou a palavra — “meu pai e seu coração mole”, pensou Isabela.

Forçou um sorriso.

— Sabemos o quanto você trabalha para que a Agritec esteja sempre no topo, embora tenhamos realmente perdido um pouco da qualidade das hortaliças, não precisamos nos desesperar, para quê mais um gasto com uma área de plantio acelerado se já temos tantas terras? Eu apoio os cortes e já que entramos nesse assunto, acredito que podemos sobreviver sem uma parceria com aquela gente.

Isabela riu sem nenhum humor com o ataque velado. Nunca fora ingênua em relação a seu tio. O desprezo pela comunidade local que carregou sua fala, lhe causava asco. Além disso, sabia da vontade que ele tinha de que Heitor, seu primo e um dos diretores da Agritec, assumisse a presidência. Ele jamais conseguira disfarçar seu descontentamento quando Vicente deixara escrito no testamento que a presidência ficaria com Isabela.

— Meu tio... Agradeço sua opinião. É sempre muito bem-vinda!  No entanto, não preciso lembra-los que — olhou nos olhos de cada um ali — por causa da incompetência deste conselho, além da perda de mercado, perdemos metade da lavoura de hortaliças para aquela infestação de lagartas. O que não teria acontecido, se tivessem ouvido o meu conselho. Então, senhores, sugiro que repensem o orçamento, pois farei a proposta para o presidente da Cooperativa, ainda esta semana. Não perderei outro contrato porque os senhores não sabem lidar com inovações. Com nosso método, um replantio significa uma colheita em 3 meses, não temos 3 meses.

Silêncio.

Lorenzo bufou e cerrou os punhos com a ousadia de Isabela.

Até que Murilo,  um dos mais jovens acionistas e engenheiro de alimentos da Agritec, murmurou algo sobre “agricultura vertical, um projeto parecido com o que a senhorita está implementando na Agritec”, dissera ele e foi então que o nome surgiu.

— Aliás — disse Carlos, diretor de estratégia — parece que contrataram uma engenheira especializada nesse método na cooperativa. Fernanda... Fernanda Lemos, se não me engano.

Isabela segurou a caneta com mais força. O nome bateu como um vento que entra por uma fresta esquecida. Conhecia aquele nome de algum lugar.

— Vertical? — fingiu desinteresse, folheando a ata.

— Sim. Vem de outra cidade. Dizem que passou por situações… complexas. Mas tem formação sólida. Estão apostando nela.

Isabela não respondeu. Mas o nome ficou. O nome *Fernanda*.  Como quem planta uma semente sem querer — ela já estava ali, entre os documentos e os olhares enviesados.

— Em relação a parceria com a Cooperativa, — pronunciou Alessandra, diretora de Marketing — do ponto de vista do Branding, acredito que seja uma ótima oportunidade para alavancar e fortalecer a identidade e o valor da marca do Grupo Mendes.

Mais tarde, depois da odiosa reunião, Isabela caminhava pela fazenda, observando as áreas onde homens trabalham implantando as estufas de cultivo acelerado. A falta de mão de obra parecia zombar dos relatórios corporativos. Precisava que o acordo com a cooperativa desse certo. E para ontem.

Seu sonho sempre fora o de ter um plantio sustentável e em grande escala. Estava estudando o assunto com afinco e verticalizar lhe parecera uma das ideias mais promissoras, mesmo para a Mendes que possuía tantas terras. Por isso, já vinha sondando as ideias de Rafael assim que soube da cooperativa pelo projeto que ele lhe enviara em busca de investimento. Afinal ele também lhe roubou boa parte dos agricultores que trabalhavam para a Mendes. Ela só não  havia se atentado a assinatura do projeto e que ele havia conseguido contratar alguém mais especializado em tão pouco tempo. Inicialmente pensou em parceria por mão de obra, já agora outra ideia lhe surgira, só precisava rever o contrato.

— Fernanda Lemos de Alencar... — murmurou, como quem experimenta o gosto de um nome pela primeira vez.

Fez uma pesquisa rápida pelo perfil da Engenheira, não foi difícil encontrar. Pelo que Carlos havia conseguido de informação surgiram em sua tela uma matéria sobre as circunstâncias envolvendo seu casamento, a prisão do ex-marido e claro o trabalho que desenvolvera em parceria com a Universidade Federal em uma comunidade da região nordeste do Estado. A moça parecia competente. Isabela não sabia por que aquilo lhe causava uma faísca — se era pela técnica, pela ousadia, ou por algo ainda sem forma. Mas ela sabia observar. E sabia mais ainda quando algo — ou alguém — estava prestes a romper o ciclo da previsibilidade.

 A manhã ainda engatinhava e Isabela não conseguiu afastar a tal engenheira da cabeça. Mesmo dispersa, continuou sua visita e quando saiu da área das estufas atravessou o portão principal da Mendes Agritec. Os sensores da entrada piscaram com precisão, registrando sua presença como faziam com qualquer caminhão de insumos — mas não com qualquer mulher que herdou tudo sem pedir.

Ela caminhava com passos firmes, mas sem pressa. O terreno era amplo, milimetricamente projetado. Painéis solares refletiam o sol num brilho frio, e os sensores de irrigação alinhados entre os quilométricos canteiros de hortaliças soavam como pulso vital daquela imensidão verde. Tudo funcionava. Tudo obedecia. Menos ela.

Contemplou ao longe os silos de armazenagem de soja que se erguiam logo antes da plantação. Uma estrutura que ela insistira em construir, apesar das objeções do conselho, principalmente pelo alto investimento em exaustores eólicos. Somente depois de entenderem que a grande vantagem do armazenamento de soja é poder vender o produto no melhor momento possível. Durante a entressafra e, claro com a alavancagem dos lucros, é que os conselheiros deixaram de importuná-la.

Isabela caminhou até o pátio onde ficavam as camionetes e pediu para que um dos rapazes a levasse até o galpão onde a soja era tratada. A semeadura aconteceria no próximo semestre e estava animada com a possibilidade de exportação dos grãos colhidos na última colheita. Queria ver de perto se os técnicos estavam seguindo a risca os padrões de ensacamento, o cliente era bem exigente, precisava que tudo saísse perfeito.

A figura imponente destacava-se entre aqueles trabalhadores. Cumprimentou alguns encarregados e seguiu para o galpão onde empilhavam os grãos já ensacados e prontos para a distribuição. Atrás dela, Helena, a coordenadora de logística, se aproximou com uma prancheta em mãos e olhos curiosos.

— Quer que eu atualize os dados da estação? — perguntou, cautelosa.

Isabela balançou a cabeça.

— Só me diga: a construção das estufas está atrasada?

Helena hesitou.  

— Não. Estamos sendo eficientes. Mas... a comunidade não sabe disso. Ainda há ruído sobre nossas intenções.

Silêncio. O tipo que não se quebra com relatórios.

— Estão comentando que a Agritec não quer deixar nada para a comunidade, que você “roubou” a ideia do Rafael e falaram também sobre a nova engenheira da cooperativa — continuou Helena, sem saber se devia. — Fernanda. Dizem que ela tem ideias parecidas. Que montou todo o projeto da cooperativa e com o Projeto a Universidade Federal entrou no jogo. E que ela gosta de por a mão na massa e o pé na terra.

Isabela apertou o botão da porta do galpão e adentrou o espaço controlado. O ar ali era moderado, quase impessoal.

— Pé na terra... — repetiu, sem sarcasmo. — Talvez seja isso que eu tenha perdido tentando manter o que nunca fui.

Na parede, um quadro com a assinatura de seu pai ainda decorava o corredor. A frase em letras douradas ditava o lema da Mendes Agritec desde que se entendera por gente: *“Produzir é vencer.”*

Isabela encarou a frase por longos segundos.  

— Eu não quero vencer. Eu quero mudar.

E pela primeira vez em dias, não se sentiu sozinha naquele pensamento.

Helena a observava com respeito, mas sem resposta. Isabela era a chefe , mas ainda era sua amiga de infância. E por ser amiga é que sabia, aquele momento não exigia subordinação — exigia escuta. E foi por esse motivo que convidou Isabela para o único bar daquele lado do rio.

Isabela parecia mais distraída aquela noite e na percepção de Helena aquela distração se acentuou com a chegada de Rafael e sua convidada. Isabela reconheceu a forasteira imediatamente. Fernnada Alencar. Parece que a tal engenheira havia alugado um triplex em sua cabeça, não contente, o destino se encarregou de trazê-la em carne e osso, ao vivo e a cores.

Vestida em um jeans simples rasgados nos lugares certos, botas de salto tratorado. E um casaco que logo foi tirado revelando uma camiseta preta de uma banda qualquer.  Uma visão mais que agradável para se ter naquela noite. Seria agradável em qualquer noite, pensou Isabela. Os olhares se conectaram assim que ela perpassou os olhos pelo lugar, mas a engenheira desviou rapidamente.

—  Ei, para de olhar, tá capotando pela novata? — Helena comentara rindo de Isabela.

— O quê? Não tô olhando. — Isabela dissimulou mantendo seu melhor semblante impassível.

— Imagina se estivesse, não é senhora Mendes!

Helena retrucou usando seu sobrenome como um claro sinal de quem já percebeu mais do que deveria. O que fez Isabela sorrir no exato momento em repousava o copo sobre o balcão e ao mesmo tempo em que sua atenção era novamente capturada pelo olhar curioso que a engenheira lhe lançara. Linda, Isabela não pode deixar de notar, lutou para desgrudar os olhos dela durante toda a noite e prestar atenção no que Helena dizia. Embora desconfiasse que suas tentativas tivessem sido totalmente falhas.

 E era mais que óbvio que qualquer pensamento que não estivesse ligado a mulher que lhe roubara a concentração dissipava-se sem que Isabela fizesse qualquer esforço contrário a isso. Somente um eco quase sussurrado tentava se apoderar de seu coração e sua intuição dizia que aqueles olhares ainda lhe renderiam umas boas doses de reencontros. Odiava quando Helena tinha razão, estava capotando, porém não admitiria isso em voz alta nem por um decreto.

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capitulo 2 — Isabela:
MirAlexia
MirAlexia

Em: 19/09/2025

Isabela... A rival, que busca afirmação e mudança... Conseguirá o amor superar o ego? Até onde irá esta "luta" pela supremacia? Ansiosa pelo que aí vem. 


EriOli

EriOli Em: 20/09/2025 Autora da história
Vou usar tuas palavras pra divulgar o romance kkkkkk

Espero que supere as expectativas hahaha


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