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Entrelinhas da Diferença por MalluBlues

Ver comentários: 2

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Palavras: 3066
Acessos: 458   |  Postado em: 12/09/2025

Capitulo 2

Acordei no dia seguinte com meu celular apitando mais do que sirene de ambulância. Notificações pipocavam sem dó, transformando minha tela em uma rave particular. Pelo visto, alguma desgraça tinha acontecido, e eu era a atração principal.


Revirei os olhos, lutei contra a preguiça e deslizei o dedo até a conversa com Pietro. Ele, sempre prestativo, havia me enviado um link junto com um belo: "Corre no insta AGORA!". Cliquei, já com um pressentimento de que meu dia estava prestes a azedar.


A página abriu direto no perfil do maior site de fofocas do país. Em destaque, uma foto minha. Mas não qualquer foto. Não, claro que não! Era uma imagem perfeitamente congelada no tempo, onde minhas mãos estavam erguidas, minha expressão distorcida por algum ângulo maldito, e Luísa estava diante de mim, parecendo a vítima de um filme de tribunal.


Puta merd*.


Respirei fundo e encarei o texto abaixo, esperando pelo pior:


"Apesar dos stories animados sobre a nova campanha, parece que nossa influencer preferida do mundo da moda não se deu tão bem com Luísa Fischer, simplesmente a filha de Valéria Fischer, dona do império dos cosméticos Pelle Serenità. Fontes afirmam a imagem: rolou barraco no estacionamento da empresa. Essa saiu quentinha, seguimores. Já enviamos solicitações de esclarecimento para os dois lados e aguardamos retornos."


Soltei o celular no colchão e tampei o rosto com as mãos.


— Eu não tenho um dia de paz — murmurei para mim mesma.


Rolei para o lado, encarando o teto e processando a burrada que, aparentemente, eu havia cometido sem nem perceber. Eu não sabia o que era pior: o fato de terem transformado uma conversa tensa em um barraco de novela mexicana ou o fato de que, para a internet, eu já estava cancelada antes mesmo de abrir a boca.


Peguei o celular de novo e digitei para Pietro:


— Você quer me matar agora ou depois?


A resposta veio em segundos:


— Depende. Você pretende se explicar ou prefere sumir e fingir que morreu?


Suspirei. Eu precisava pensar. E rápido. Mas, antes de qualquer coisa, um café forte. Se eu ia apagar um incêndio, pelo menos que fosse com cafeína no organismo.


O ar pesado da manhã começou a se intensificar conforme eu me aproximava da sala de Pietro. Ele, com seu semblante cínico e aquele jeito de quem já sabia que eu teria de pedir desculpas mais uma vez, me aguardava. Quando entrei, ele levantou uma sobrancelha, sinal claro de que eu estava prestes a ser esfolada, e apontou para a cadeira à sua frente.


— Eu posso me explicar. — Eu dei o meu melhor sorriso de quem não estava nada preocupada.


— Pode e vai. — A voz dele, fria e direta, quase como se estivesse me desafiando. 


Estava começando a me dar vontade de rir, mas segurei firme, porque quem estava com a corda no pescoço era eu. “Respira, Bia, respira. Não é o fim do mundo”, tentei me convencer. Me animei um pouco, com aquela esperança de que eu poderia dar uma explicação decente.


— Pietro, distorceram totalmente aquela foto. — Comecei, e percebi que minha voz saiu mais aguda do que eu imaginava, talvez tentando dar um toque de sinceridade. — Naquele momento, eu estava me desculpando com Luísa.


— E você estava se desculpando? — Ele me interrompeu, quase me fazendo engolir as palavras. — Por que fez algo errado? Ou por que suas mãos estavam no céu como se estivesse prestes a esganar ela, criatura?


— Mais ou menos, Pi. — Falei com um sorriso cínico, como se estivesse me eximindo da culpa, mas na verdade estava me desesperando internamente. — Ângulo ruim. Eu quis fazer um elogio à beleza da Luísa, sugerindo que ela poderia fazer parte da campanha, e a mãe dela me fuzilou. Não sabia que ela era uma pessoa com deficiência até aquele momento e…


Ele me encarou, a expressão ainda impassível, mas com um leve brilho nos olhos que denunciava que ele sabia que havia algo mais. Sabia que a situação era complicada, e que, como sempre, eu estava me metendo em problemas sem querer.


— Bia, agradeça seu santo. Ele é forte. — Ele se inclinou para frente, como se estivesse realmente se divertindo com o meu fiasco. — Consegui convencer Valéria. Ela disse que a filha dela pode ser temperamental e difícil, e que isso, de certa maneira, trouxe visibilidade para a campanha. Emitiremos uma nota em conjunto, prestando os devidos esclarecimentos. E enquanto isso…


— Graças a Deus! — Soltei, imitando uma modulação vocal exagerada e dando uma risada nervosa e exagerada, como se eu estivesse em um show de stand-up e fosse fazer a plateia rir de minha própria desgraça.


— E enquanto isso, foca na campanha e evite cruzar o caminho da Valéria e, principalmente, da Luísa. — Pietro concluiu, e eu quase pude ouvir o eco da sua advertência. Ele sabia que eu não sou de seguir ordens, mas até mesmo eu sabia que, dessa vez, ele estava certo. Eu precisava ficar longe de encrenca.

 

*

Sobrecarregada. Isso era o mínimo que eu podia dizer sobre o meu estado na sexta-feira à tarde depois de sair da Pelle Serenità. Mas, ei, eu podia ganhar uma estrelinha de ouro por ser tão produtiva. Ao longo da semana, havia feito storys que viralizaram com os produtos da marca. Mais um triunfo para o meu currículo de influenciadora. E o melhor? Os comentários, na grande maioria, eram positivos. Ah, claro, sempre tem os haters que se acham engraçados, mas quem se importa? Essa gente só está aqui para me dar mais engajamento.


E o estacionamento... Ah, o estacionamento. A sombra daquela situação tinha ficado para trás, como se eu tivesse apagado o dia com uma borracha. A semana seguinte já estava garantida: gravação de teaser em um parque, distribuindo amostras de body splash e cremes. Uma ideia do Roger, e olha, até que eu gostei. Isso sim era uma forma de conectar com o público de maneira mais... humana, né? Não era só um feed de posts sem vida. Não que eu fosse muito fã de me expor pessoalmente, mas fazer o quê? Isso era o que a marca pedia.


Cheguei em casa exausta, mas a sensação de missão cumprida me acompanhava. Eu realmente merecia um descanso. E não, não era descanso de influenciadora, com stories "relax" ou algo assim. Era um descanso genuíno, sabe? Enfiei a cabeça no chuveiro e deixei a água quente correr até me sentir derretendo sob o jato. Após o banho, realizei meus procedimentos de skin care. Cremes, séruns, tudo certinho. Como se fosse um ritual. Só me faltava a vela aromática e um incenso para completar. 


Eu ainda tinha um story para gravar para uma rede de fast food que aconteceria mais tarde. Mas a boa notícia era que eu não precisava aparecer. Só precisava fazer a narração da comida, editar o vídeo e enviar. As boas pessoas do mundo da publicidade não se importam se você está com a cara mais cansada do que um zumbi. Se você manda o conteúdo, está tudo bem. 


Depois de tudo isso, eu finalmente estava pronta para uma das melhores partes do dia: esquentar o sanduíche no micro-ondas. Só o que eu queria era algo para engolir rapidamente. O cheiro do queijo derretendo me envolveu enquanto eu mastigava com a boca cheia, quase sem me importar com a bagunça que fazia. Eu estava respondendo mensagens no grupo dos amigos mais íntimos, e entre um pedaço de sanduíche e outro, lia sobre o sábado que estava se formando.


"Vamos para a balada amanhã", dizia o Luiz. E claro, eu estava empolgada. Eles estavam falando sobre a Lumon. Um lugar que eu já havia evitado muitas vezes, mas, nesse caso, tudo bem. Sábado era meu dia de fugir da rotina. Eu estava louca para sair. Eu precisava disso. Mais que isso: eu merecia. Todos merecem uma noite de excessos, um pouco de confusão e, quem sabe, uma overdose de música alta.


Já me imaginava lá, com a maquiagem intacta, dançando e sendo observada como se eu fosse a estrela do lugar. E quem sabe, talvez até encontrasse alguém interessante. Alguém com quem eu pudesse dividir um drink e, se a noite pedisse, algumas risadas. E quem sabe, uma troca de olhares mais intensos. E quem sabe algo mais...

*


Linda e sexy seriam ótimos adjetivos para descrever o que eu via no reflexo do espelho. Mas por que parar por aí? Deslumbrante, impecável, praticamente uma deusa grega reencarnada com filtro do Instagram. Escolhi um short preto e uma blusinha brilhante que caíam em mim como uma luva feita sob medida para destruições em massa. O look valorizava cada curva e combinava perfeitamente com a maquiagem que fiz usando os produtos da Pelle Serenità. Se eles queriam perfeição, pois bem, eu entregaria perfeição.


Antes de sair, finalizei com meu perfume favorito. Uma borrifada no ar, outra nos pulsos, outra no pescoço e pronto.


A noite estava exatamente como eu gostava: quente, mas com aquela brisa que fazia o cabelo balançar deliciosamente. Quando cheguei à Lumon, a fila na entrada parecia uma peregrinação de desamparados. Mas ser influencer tinha suas vantagens e furar filas era definitivamente uma delas. Passei reto, lancei um sorriso para o segurança e entrei triunfante como a celebridade de quinta categoria que sou.


Lá dentro, a música estava no volume ideal para se perder e esquecer que o amanhã existia. As luzes piscavam num ritmo hipnótico, os corpos dançavam apertados, e o cheiro de bebida cara misturado a perfume importado criava a atmosfera perfeita para decisões questionáveis. Exatamente o que eu precisava.


Já na pista, eu era pura energia. Meus quadris se moviam no ritmo das batidas, os drinks deslizavam pela minha garganta e a adrenalina pulsava nas minhas veias. Se existia um momento para ser vivido, era aquele.


E então, senti. O olhar.


Intenso, firme, descaradamente interessado.


Desviei os olhos dos meus próprios reflexos em todas as superfícies espelhadas e procurei pela origem daquela atenção. E lá estava ela. Vestido preto, silhueta impecável, um sorriso de canto que parecia carregado de segredos e uma promessa silenciosa. Não era um flerte qualquer. Era um convite.


Ela se aproximou, lenta, como quem sabe que não precisa ter pressa. Meu corpo, ainda dançando, reconheceu o jogo e aceitou sem hesitação. O espaço entre nós diminuiu e, quando nossos olhares se cruzaram novamente, soube que a noite estava prestes a ficar muito mais interessante.


— Oi! — A voz dela cortou o som ambiente com um timbre rouco, intenso, exatamente o tipo de voz sexy que faz a espinha arrepiar.

— Oi! — respondi, encontrando o olhar dela.

— Me chamo Rebeca. — O nome saiu dos lábios dela como um convite.

— Nome forte. Eu sou Beatriz, mas pode me chamar de Bia. — Sorri, aproveitando para avaliá-la de cima a baixo.

Rebeca era puro pecado. Morena, olhos verdes penetrantes e um batom vermelho de tirar o fôlego. Literalmente. Olhar para aqueles lábios carnudos me fez sentir uma vontade quase incontrolável de me afundar neles.

— Podemos conversar em um lugar mais longe da música? — Ela sugeriu, inclinando-se levemente para mim.

— Com certeza. — Aceitei de imediato.

Fomos até o lounge da balada, um espaço mais reservado, com sofás confortáveis, iluminação baixa e aquele clima perfeito para conversas que geralmente terminam com beijos ou algo mais.

Nos sentamos, e Rebeca se inclinou, ficando tão perto que senti sua respiração quente contra minha pele.

— Seu perfume é uma delícia. — A voz dela veio carregada de intenção.

— Gostou do perfume? — provoquei. — Do que mais você gosta?

— De você inteirinha. — O olhar dela deslizou por mim com a precisão de quem já sabia o que queria. — Estou louca para ver se sua boca é deliciosa também.

Ela se aproximou para me beijar, lenta e decidida. Mas, no último segundo, desviei, e seus lábios tocaram o canto da minha boca. Ela franziu a testa, confusa, até perceber o que eu já tinha notado: algumas câmeras estavam apontadas na nossa direção. Algum fofoqueiro de plantão já devia estar abrindo o Instagram, pronto para me jogar em mais um escândalo.

Rebeca captou minha hesitação e sorriu de canto.

— Vamos para outro lugar? — sugeriu.

— Claro. Estava esperando você convidar. — Lancei um olhar de desafio e enviei uma mensagem rápida para meus amigos no grupo, avisando que estava saindo.

Fomos no meu carro, já que ela tinha vindo de carona com os amigos. No caminho, ela me passou as coordenadas, e, quando parei em frente ao prédio, engoli em seco. O lugar era um condomínio luxuoso em um dos bairros mais caros da cidade. Eu deveria ter imaginado que mulheres gostosas e perigosas geralmente vinham acompanhadas de endereços que exalavam poder.

Mal tive tempo de reparar na decoração do apartamento. Assim que a porta fechou atrás de nós, Rebeca me puxou para um beijo intenso, o tipo de beijo que consome, que não deixa espaço para pensar em nada além do agora. A tensão acumulada da noite inteira explodiu em toques, suspiros e corpos entrelaçados. Rebeca sabia exatamente o que estava fazendo, e eu não era do tipo que recusa um presente desses.

Me permiti, relaxei e g*zei muito no quarto dela. Simples assim.

Quando o céu começava a clarear, vesti minha roupa, peguei as chaves do carro e saí sem fazer barulho. A noite tinha sido maravilhosa, mas dormir ali definitivamente não estava nos meus planos. Deixei Rebeca dormindo, com um sorriso satisfeito nos lábios. Talvez estivesse sonhando comigo. Ou talvez só estivesse descansando para a próxima vítima.

De qualquer forma, eu fui embora antes de descobrir.

Cheguei em casa feliz e exausta, o tipo de exaustão boa, que vem depois de uma noite cheia de prazeres. Meus músculos estavam relaxados, minha mente leve e meu ego inflado. No caminho para o banheiro, joguei as sandálias de qualquer jeito e me despi com a graça de quem não precisa mais impressionar ninguém.


Entrei no chuveiro e deixei a água quente deslizar pelo meu corpo, lavando não só o suor e os vestígios da noite, mas também qualquer resquício de preocupação. Rebeca tinha sido um deleite, e se o universo finalmente estava me compensando por tudo, eu não ia reclamar.


Depois do banho, vesti meu pijama de seda e fui até a cozinha. Peguei um pedaço generoso de bolo e me joguei no sofá. Mordi o primeiro pedaço com satisfação, deixando o sabor se espalhar pela boca. Era o tipo de sensação que só um açúcar bem dosado poderia proporcionar.


Peguei meu celular e, para minha frustração, a bateria tinha morrido. Bufei, conectei o carregador e resolvi que aquilo não era problema meu naquele momento. O mundo podia esperar. Fui para a cama e, em segundos, mergulhei no sono mais restaurador que tive em tempos.


Quando acordei, o sol já estava alto. Peguei o celular e, assim que a tela acendeu, fui bombardeada por uma avalanche de notificações. O nome "Pietro" brilhava na tela com inúmeras chamadas perdidas. A essa altura, ou ele estava me dando um prêmio ou minha vida tinha virado um caos novamente.


Com um suspiro, abri as mensagens. A primeira era do Pietro: "LIGA PRA MIM AGORA". A segunda: "BIA, PELO AMOR DE DEUS". A terceira era só pontos de exclamação, como se ele tivesse perdido a capacidade de formar frases.


Rolei mais algumas mensagens, tentando entender o que diabos estava acontecendo. Foi então que vi o link. Um link inocente, mandado pela minha amiga Carol: "Bia, você viu isso?"


Cliquei sem pensar muito, ainda meio grogue do sono. A página carregou devagar, como se o próprio universo quisesse criar suspense. E então, lá estava: uma foto minha saindo da balada com Rebeca. Até aí, normal. Influencers saem, são fotografadas, vida que segue.


Mas o título da matéria me fez piscar várias vezes, como se minha vista estivesse embaçada:


"BIA ALBUQUERQUE É FLAGRADA COM REBECA MONTEIRO, CEO DA VIVAGLOW, PRINCIPAL CONCORRENTE DA PELLE SERENITÀ"


Parei. Respirei. Li de novo.


Rebeca Monteiro. CEO da VivaGlow.


Meu estômago despencou como se eu estivesse num elevador em queda livre. As lembranças da noite anterior começaram a se reorganizar na minha mente: o apartamento luxuoso, a naturalidade com que ela me levou até lá, aquela confiança toda... Claro. CLARO que ela não era só uma mulher gostosa que quis se divertir comigo.


Sentei na beirada da cama, segurando o celular com as duas mãos para que ele não escapasse dos meus dedos trêmulos. Meu cérebro estava tentando processar a dimensão da merd* que eu tinha feito. Não era só sobre ter dormido com alguém. Era sobre ter dormido com A PESSOA ERRADA. A pessoa que, literalmente, estava disputando mercado com quem me pagava.


— Não, não, não — comecei a murmurar, passando a mão livre pelos cabelos. — Isso não pode estar acontecendo.


Continuei lendo a matéria, e cada palavra era como um soco no estômago:


"A aproximação entre a influenciadora e a empresária acontece em um momento delicado, já que Albuquerque é o novo rosto da campanha da Pelle Serenità, marca que compete diretamente com os produtos da VivaGlow no mercado de cosméticos premium..."


Joguei o celular na cama e me levantei, começando a andar de um lado para o outro do quarto. Minha cabeça estava girando, tentando encontrar uma saída, uma explicação, qualquer coisa que pudesse minimizar o estrago.


Porque o estrago era real. Pietro ia me matar. Valéria ia cancelar meu contrato. E eu... eu tinha feito tudo isso por uma noite que, por melhor que tivesse sido, agora parecia ter custado minha carreira inteira.


Voltei para a cama e peguei o celular novamente, como se esperasse que a matéria tivesse desaparecido magicamente. Mas não. Lá estava ela, com mais comentários aparecendo a cada segundo que passava.


E foi então que a ficha caiu completamente: Rebeca sabia. Ela sabia exatamente quem eu era desde o momento em que me viu na balada. Aquele olhar intenso, aquela aproximação calculada, o apartamento perfeito... Nada daquilo tinha sido coincidência.


Eu tinha sido jogada. Manipulada. Usada.


E o pior? Uma parte minha até tinha gostado.


Puta que pariu.


Passei a mão pelo rosto, tentando organizar meus pensamentos. E agora? Como sair dessa? Porque uma coisa era certa: eu precisava de um plano. Urgente.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, mais um romance feito com muito carinho está chegando para vocês. Espero que acompanhem e que se encantem com a história. Confesso que sempre fico ansiosa, sem saber ao certo se está agradando haha... Ah, e os comentários são sempre uma forma maravilhosa de dar uma luz por aqui.


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
HelOliveira
HelOliveira

Em: 05/11/2025

O sobrenome da Bia é confusão....ela não procura só vem pra ela as consequências 

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 13/09/2025

Kkkk! Foi bom para o ego dela dormir com a CEO da empresa concorrente, mas quero ver como ela vai se sair na explicação disso.


MalluBlues

MalluBlues Em: 03/11/2025 Autora da história
hahahaha só confusão neste início na vida da Bia.


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