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Filha da Noite por Maysink

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Palavras: 2083
Acessos: 95   |  Postado em: 09/09/2025

Capitulo XI

As abençoadas apareceram alguns dias depois, pedindo permissão para integrarem o coven Maycler. Não foi uma surpresa. Eu esperava algo parecido depois da minha demonstração de coragem estúpida. Uma vozinha perigosa sussurrava o quão orgulhosa Alice estaria. O coven Maycler emergia das cinzas. O estranho mesmo foi a ausência de represália vinda das matriarcas, mas eu sabia que a ameaça estava lá, pairando nos olhares cortantes trocados pelas ruas de Eradia, em cada sussurro proferido entre as bruxas. Poderia soar presunçoso da minha parte, porém uma parte minha estava adorando.

Os treinamentos com Diana mantinham-se constantes, agora, contando com a presença de Dalina Mahlin, Joana e Rafaela Waterhouse, Milena Valdez e Agatha Howe. Mesmo que os primeiros encontros tivessem carregados de desconfiança e olhares enviesados, gradualmente, uma espécie de cumplicidade se formava entre nós. Éramos filhas de Maycler. O séquito de uma nova era.

Em paralelo, minhas pesquisas também continuavam, eu queria entender melhor o caminho ainda nebuloso a minha frente. Em meio a tantos papéis e histórias, descobri o que cada artefato invocado pela Deusa em sua primeira aparição representava. Ainda que não entendesse por completo o real significado da escolha que fiz naquela noite, ganhei certa noção. A tocha simbolizava a iluminação dos caminhos guardados pela Deusa, a chave as infinitas possibilidades que se abriam diante nossas escolhas, e a adaga poderia ser tanto libertação quanto proteção. Frente aos acontecimentos do Samhain, especificamente, a manifestação dos poderes de Diana, imaginava que minha escolha possa ter influenciado o despertar da magia divina nela. No entanto, pensar em como ela convergiu as chamas ao meu redor de forma tão protetora, me despertava certa dúvida se estava interpretando corretamente. Era mais uma peça solta naquele quebra-cabeça.

O treinamento daquela noite havia acabado mais cedo, e como vinha sendo costume, eu e Diana dedicávamos um tempo exclusivo ao meu treinamento intensivo como semideusa. Sendo agora uma abençoada, Diana se tornou ainda mais adequada para me ajudar naquele desafio. Meus poderes ficavam mais fortes a cada dia, e ela sendo mais experiente me ajudava a controlar melhor a impetuosidade natural do meu lado divino.

Estávamos novamente ao redor da lareira, outra vez, com taças de vinho enquanto Diana tecia longas explicações sobre magia antiga, sobre os desígnios de uma abençoada. O som cadenciado da sua voz rouca quase me fazia perder o foco, e o sorriso ladino quando percebia minha atenção fixa na sua boca não ajudava em nada na minha concentração.

—Você se lembra da matéria sobre contenção? - ela disse, subitamente, me arrancando de outro devaneio sobre o quanto desejava sentir o sabor do vinho direto na curva sinuosa do seu lábio inferior que brilhava num tom avermelhado de puro incentivo.

— Sim. – soprei envergonhada, por ter sido pega outra vez, admirando-a. Diana parecia totalmente empenhada em prolongar aquela tortura mantendo o assunto totalmente em tons educativos. Nenhum avanço, nenhuma provocação disfarçada. Apenas a polidez de uma professora ensinando sua aluna.

— Perfeito! – declarou, levantando-se, elegantemente. — Venha, aqui fora não será um lugar adequado para o que pretendo. 

Eu a segui, sem relutar, mas ciente que às vezes minha impulsividade desafiava os limites da prudência. Diana sempre tinha um tom de segundas intenções em suas falas, um quê de perigo camuflado sob um convite sútil. Parecia como uma maldita segunda pele naquela mulher. Estava ali, escorrendo pela tez dourada, no cintilar insinuante de seus olhos castanhos, nas pausas calculadas entre uma frase e outra. Era de se esperar que, com o nosso envolvimento mais íntimo, eu já soubesse ler as entrelinhas de suas motivações — não sabia, é claro. Eu carregava uma certeza quase inocente de que seria capaz de lidar com qualquer desafio que ela propusesse, mas Diana sempre me surpreendia.

E quando ela abriu a porta, cedendo espaço para que eu pudesse passar, esperava tudo menos seu quarto.

Nós ainda não havíamos avançado certos limites, a verdade era que com todos os acontecimentos e os treinamentos, nossos momentos a sós estavam restritos a beijos roubados e carícias comedidas, tudo feito entre os corredores de nossas casas, apenas. Aquela seria a primeira vez que rompíamos o roteiro. 

Assim como toda a casa, o quarto dela detinha detalhes rústicos de uma cabana moderna – madeira escura, tecidos claros, plantas penduradas como amuletos. Pude admirar todo o ambiente num rápido vislumbre antes de pregar meus olhos na vista deslumbrante por trás da janela infinita que ia do chão ao teto. Dava pra ver o bosque por trás da casa, encoberto pelo manto incandescente de estrelas que salpicavam a noite sem timidez. Parecia uma pintura viva bem diante dos meus olhos.

— Emily… – o chamado gentil puxou minha atenção de volta à sua dona. Virei-me devagar, temendo que a tensão ao nosso redor se estilhaçasse como um vidro frágil. Era sempre assim, quando estávamos a sós, uma energia quase palpável nos envolvia.

Diana estava parada próxima à cama. Seus olhos presos aos meus, carregados de um fervor que me fez esquecer como se respirava. Não havia nada em seu rosto que denunciasse a mesma ansiedade que me apertava os ombros — tinha apenas a confiança de quem sabia exatamente o que causava. Mal percebi quando caminhei até ela, hipnotizada, respondendo ao convite subentendido em suas íris castanhas. Quando parei, a centímetros de seu corpo, ela estendeu a palma da mão, fazendo com que pequenas chamas surgissem, dançando em espirais escarlates. 

— Quero que se concentre em absorver a magia mas sem desfazê-la. – orientou, séria.

— Qual o objetivo desse treinamento? – ousei perguntar, ainda presa aos contornos que as chamas formavam com lentidão.

— Controle. – respondeu, sem hesitar. — Você está pronta, Emily?

A pergunta pairou no ar como uma sentença inescapável. Não era só sobre magia. Era sobre testar as águas da confiança que vínhamos construindo, no que estávamos nos tornando. Sem qualquer receio assenti, fazendo Diana movimentar a mão num gesto simples, dando uma ordem muda para que os filetes de magia se agitassem ao meu redor, me enlaçando em nós perfeitos como somente cordas de verdade fariam. Num primeiro momento, o ardor das chamas incendiaram minha pele, causando uma mistura entre desconforto e apreensão. Os fios envolveram meus braços devagar, depois abraçaram meu torso, para por fim se fecharem sobre meu pescoço. 

O calor era intenso, mas não machucava — era como um toque firme que exigia minha completa atenção. Parecia pulsar com a força das próprias mãos de Diana, como se ela quem estivesse me prendendo, em cada nó, em cada volta no meu corpo febril.

Ela caminhou lentamente ao meu redor, seus olhos me estudando com a mesma concentração de alguém prestes a desvendar um segredo.

— O fogo é uma manifestação de vontade. — ela disse, a voz baixa, rouca. — E você, Emily, precisa aprender a não ceder à natureza arredia da sua parte divina... mas sim, comandá-la.

As chamas se apertaram, como se reagissem à verdade implícita em suas palavras. Em reflexo arqueei as costas, cerrando os dentes para conter um suspiro sofrido. Meu lado semideusa exigia por liberdade imediata, que não me rendesse aquela prisão. Naquela altura meu corpo inteiro tremia incontrolável, e eu não sabia se era pelo esforço em conter aquela parte de mim que sabia ser capaz de desfazer as amarras ou se pela reverência incontida no olhar que Diana me destinava. Havia um anseio crescente fluindo em ambas, meu corpo exigia algo mais, meus instintos gritavam e eu não sabia se era por fuga ou entrega. 

A intensidade vinda de Diana pesava mais do que o feitiço que me continha. Essa percepção fez com que as chamas se intensificassem, de tal forma que o tecido das roupas que me cobriam virasse cinzas, me desnudando por completo, deixando apenas o aperto das cordas de fogo em contato direito com minha pele sensível. Meus joelhos cederam aquela pressão, e Diana me amparou, repousando meu corpo sob a cama, com uma gentileza avessa a selvageria incontida em seu olhar atento.

Me vi ajoelhada sobre a superfície macia, nua, somente envolta pelas cordas escarlates, que abraçavam meu torso. As chamas não queimavam — pelo menos não da forma convencional. Elas dançavam sobre minha pele como dedos quentes de uma amante paciente, pulsando um calor vivo, inebriante. Era difícil pensar, mais difícil ainda manter o foco tendo Diana em pé à minha frente, observando-me com deslumbramento eloquente.

— Você está indo bem. — ela murmurou, parecendo tão abalada quanto meu corpo agitado, se aproximando e ajoelhando-se diante de mim. Tinha urgência na forma como seu peito se movimentava a cada respiração pesada. Um calor ainda mais profundo brotou do centro do meu corpo, respondendo à nossa proximidade. Meus olhos se fecharam, e eu mergulhei naquele espaço entre dor e satisfação, entre controle e rendição. 

— Agora, canalize. — ela sussurrou, densa, e suas palavras soaram como uma faca afiada rompendo barreiras pesadas.

O poder dentro de mim respondeu, fluindo pelas cordas, se entrelaçando a cada uma delas. Pela primeira vez, não havia nenhum receio me assombrando, apenas aceitação, pura e simples. As chamas brilharam ainda mais, depois se tornaram translúcidas, como água, até se desfazerem sobre minha pele, enfim me libertando. Meu corpo tremia pelo esforço, meu coração batia numa frequência insana, a ardência familiar das luas tríplices irradiava sob minha testa. Eu não precisava vê-las para saber que elas estavam ali, evidentes e imperiosas.

Diana sorriu orgulhosa, maravilhada, então avançou, tocando sua boca sobre a minha com um carinho totalmente avesso a contenção de suas cordas flamejantes, do desejo cru incontido em suas íris castanhas. Pelo resto da noite, compartilhamos nossa devoção mútua com verdadeira volúpia.

Na volta pra casa, na manhã seguinte, os resquícios da noite anterior ainda vibravam como ondas infindáveis sob minha pele sensível, como brasas que se recusavam a apagar. Mesmo sob os tecidos da roupa emprestada por Diana, eu ainda sentia o roçar morno das cordas me abraçando. No entanto, a energia pesada pairando como sombras sobre a porta de entrada da minha casa, ganhou toda a minha atenção. Eu conhecia os traços daquela magia bem demais para não ficar preocupada. A passos apressados, entrei na casa seguindo o rastro até a fonte.

Ela me esperava sentada no parapeito da varanda, os olhos escuros fixos no jardim à frente, a xícara de chá esquecida entre suas mãos delicadas. Sua postura estava rígida, a imagem incomum apertou meu peito de aflição. Durante todos os anos em que dividimos silêncios e risadas, aprendi a decifrar os sinais de Amélie como ninguém — aquele não era dos bons. Algo muito ruim havia acontecido.

— Mel… – chamei, hesitante, me aproximando devagar, me concentrando na minha amiga. — Aconteceu alguma coisa? — perguntei, apenas para atrair sua atenção. Mesmo assim, Amelie assentiu lentamente, sem me olhar. Ainda perdida no que quer que estivesse a assombrando.

— Eu vi… – sentei-me ao seu lado, colocando a mão sobre seu ombro como apoio, e ela continuou sem que eu precisasse dizer nada. — Elizabeth… ela…

Amélie então virou o rosto para mim e seus olhos estavam marejados, torturados, um retrato perfeito de desolação. Meu corpo enrijeceu na mesma hora.

— Foi do passado, Emily. Não foi uma visão do que vai acontecer... — sua voz vacilou, fazendo-a engolir o ar com dificuldade. — ...mas do que já aconteceu.

— O que você viu? – perguntei relutante, tentando soar tranquila, mesmo com o aperto no meu peito se intensificando. 

— Eu a vi na clareira, fazendo desenhos no chão como num ritual. – contou, trêmula. Amélie respirou fundo, como se as palavras pesassem mais do que era capaz de suportar. — Eram nomes, todos do coven Maycler…   

Meu coração deu uma fisgada dolorosa.

— Mel, o que isso significa? — questionei, a voz falhando pela ideia perturbadora que surgia na minha cabeça.

Ela demorou alguns segundos antes de responder, como se tentasse lidar com a sentença inescapável pairando em sua língua.

— Não sei como explicar… não teve um feitiço… mas sei que foi ela… Foi Elizabeth quem causou a morte das bruxas Maycler… inclusive… de Alice.

Lágrimas sofridas tomaram conta de Amélie com vigor, e com elas, a certeza que eu tanto temia terminava de me rasgar inteira. Enquanto a amparava em meus braços, sentindo o sacolejar de seu corpo entregue ao desespero, só uma coisa se passava na minha mente…. com persistência invejável…

Elizabeth Fairfall havia matado minha mãe, e com isso também tinha assinado a própria sentença de morte.

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Capitulo XI:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 11/09/2025

Eta! Misericórdia Elisabeth é uma praga.

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 11/09/2025

A história continua maravilhosa 

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Crika
Crika

Em: 10/09/2025

Que estória incrível, descobri hoje,e me prendeu de um tanto.

Esperando ansiosa pelo que virá.

 

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