Capitulo 61
O apartamento estava silencioso… bem, silencioso demais, considerando que ambos os corpos ainda tremiam e arfavam na cama. Luísa se deitou de lado, o cabelo grudado na testa, o peito subindo e descendo rapidamente. Ela tentava recuperar o fôlego, mas parecia que seus pulmões tinham decidido fazer greve.
— Tá… você tá bem? — Bianca perguntou, apoiada ao lado dela, com um sorriso malicioso. — Porque eu tô começando a achar que você precisa de oxigênio… ou de um cardiologista particular.
Luísa riu, mas a risada saiu mais como um arfado, quase um gemido.
— Ahhh… loirinha… eu… — ela tentou falar, mas só conseguiu respirar ainda mais rápido.
— Ai, calma, tia! — Bianca zombou, rindo da cara de Luísa. — Quer que eu chame um geriatra pra você? Ou prefere que eu fique aqui te vigiando até você respirar direito?
— Cala a boca! — Luísa conseguiu soltar, rindo, arqueando o corpo de leve. — Pirralha sádica...
— Sádica? Eu? — Bianca fingiu indignação, apoiando a mão no peito. — Gatinha, eu só tô garantindo que você não morra de tanto prazer. É cuidado, viu? Tipo… medicina íntima! Eu até fiz um exame especial… medindo seu nível de gostosura.
Luísa bufou, entre risadas e suspiros, jogando um travesseiro em Bianca, que desviou com a mesma expressão de malícia.
— Ai, você não cansa de ser irritante, hein? — murmurou Luísa, ainda ofegante.
— Nunca! — respondeu Bianca, rindo alto. — Mas olha só… você tá toda vermelha, suada e arfando igual um hamster numa esteira. Fica fofa, mas parece que eu preciso te ensinar uns movimentos pra respirar direito…
— Eu vou te matar! — Luísa gem*u, mas no meio de um sorriso enorme.
— Só se você conseguir me alcançar — respondeu Bianca, puxando Luísa para um abraço apertado, os corpos ainda colados, trocando beijos leves e sorrisos bobos.
Luísa se acomodou melhor, finalmente recuperando um pouco do fôlego, e deu um olhar de desafio:
— Você sabe que tudo isso é culpa sua, né?
— Minha? — Bianca arqueou a sobrancelha, fingindo inocência. — Eu sou inocente, você que devia se preparar melhor. Na próxima… quero você de quatro e, spoiler, talvez role uns tapas. — E piscou, arrancando um riso de Luísa.
— Você é impossível — suspirou Luísa, se ajeitando no sofá, ainda com a respiração irregular. — Impossível e irritante… e muito chata.
— Ah, isso não — Bianca murmurou, encostando a testa na dela, sorrindo. — Nem vem que pra você eu sou facinha , facinha.
As duas riram juntas, abraçadas, o silêncio do apartamento agora cheio de suspiros leves, risadas e aquele clima de “acabei de enlouquecer você, mas também tô completamente apaixonada”.
— Próximo treino de respiração, tia? — Bianca provocou, piscando. — Acho que você precisa urgentemente de umas aulas comigo, professora.
— Minha vez agora — respondeu Luísa, rindo e quase arfando de novo, virando os corpos.
— Negociado — disse Bianca, selando o acordo com um beijo rápido e brincalhão. — Mas aviso logo: eu adoro rebol*r pra você, viu?
Luísa riu, arqueando uma sobrancelha:
— Então se prepara, pirralha… spoiler, pode ser que role uns tapas.
As duas caíram na risada, corpos ainda colados, sorrisos e respirações descompassadas misturados, deixando claro que a noite estava longe de acabar, mas a diversão e a intimidade tinham atingido outro nível.
Fim do capítulo
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