Capitulo 62
Mariana estava concentrada no laboratório, arrumando os materiais da IC, conferindo planilhas e testando reagentes, totalmente absorta no mundo científico.
— Hmmm… perfeição científica — murmurou para si mesma, ajeitando os tubos de ensaio com cuidado.
De repente, a porta se abriu com um estrondo, e Ana surgiu com aquele sorriso travesso que só ela tinha.
— Oi, cientista séria! — provocou, aproximando-se devagar, observando Mariana organizar tudo. — Posso te distrair um pouco?
Mariana ergueu os olhos, já percebendo o perigo. — Ana… não começa, eu tô ocupada…
— Ah, claro… ocupada demais até pra tirar dúvidas de uma aluna, professora? — Ana avançou sem pedir licença, segurando Mariana pelos ombros.
Mariana piscou surpresa, mas logo se viu correspondendo ao beijo rápido de Ana. Logo depois, empurrou-a com um tapa leve no peito. — Sua… pervertida!
Ana levantou as mãos em rendição, rindo. — Ei, foi só um teste… científico, lembra? Método experimental!
— Teste? — Mariana arqueou a sobrancelha, ajeitando os cabelos ainda um pouco bagunçados. — Seu teste foi invasivo, Ana! Lembre-se que sou sua professora. — Outro tapa leve, e Ana recuou, rindo alto.
— Ué… — Ana fez bico, fingindo inocência. — Onde eu errei? Fiz exatamente o que a Bianca fez com a gostosona e deu certo! E comigo deu errado???
— Ah, Ana…fala sério — disse Mariana, sorrindo e revirando os olhos. — Ciência não é só química, tem que ter respeito pelos reagentes também.
Ana deu de ombros, rindo ainda mais. — Tá, tá… próxima vez prometo inovar no protocolo! Quando você vai perceber que somos perfeitas juntas, professora?
Mariana suspirou, sacudindo a cabeça, e voltou ao trabalho, enquanto Ana se afastava devagar, ainda soltando risadinhas pelo caminho.
— Maluca… — murmurou Mariana, sorrindo involuntariamente.
— E você, gostosa… — Ana chamou de longe, piscando. — Na próxima tenta seguir o script, tá? Protocolo completo: beijo, puxão de cabelo, invasão da bancada…
Mariana bufou, mas não conseguiu segurar a risada. — Tá, tá… você é impossível. Eu desisto! Você pode pelo menos, na frente de outras pessoas, fingir um pouco de respeito?
— Eu sei! — Ana respondeu, dando um salto dramático e desaparecendo pela porta. — Mas convenhamos…Você gosta!
O laboratório ficou silencioso novamente, mas agora com uma energia leve e divertida, e Mariana não parava de sorrir, lembrando do beijo, do tapa e da trapalhada deliciosamente pervertida que era Ana.
Fim do capítulo
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