• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Quando as águas se acalmam
  • Capitulo 5 - A casa de campo

Info

Membros ativos: 9502
Membros inativos: 1631
Histórias: 1948
Capítulos: 20,235
Palavras: 51,302,523
Autores: 775
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: jazzjess

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • RECOMEÇAR
    RECOMEÇAR
    Por EriOli
  • Horrores, delirios e delicias
    Horrores, delirios e delicias
    Por caribu

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Recomeçar
    Recomeçar
    Por preguicella
  • Antes, durante e pos quarentena
    Antes, durante e pos quarentena
    Por Luciana Araujo

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Quando as águas se acalmam por Paloma Matias e

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 3432
Acessos: 471   |  Postado em: 26/08/2025

Capitulo 5 - A casa de campo

Clara

 

 

 

Depois que tiramos todas as coisas do carro e entramos na casa, Samanta nos acompanhou até o andar de cima para deixarmos nossas coisas no quarto. Nico e eu já temos nosso quarto fixo, então já sabíamos para onde ir.

Minha surpresa foi descobrir, que o quarto da atleta fica á frente do nosso.

— Vocês dormem aí? — Mostra sua surpresa também.

— Sim, desde a primeira vez que viemos nessa casa — Explico.

— Perfeito — Sorri — Assim se eu precisar incomodar vocês eu não preciso ir tão longe.

— Eu posso dormir com você, tia Sam — Nico fala animado.

— Soube que você ronca muito, então, não — Ela fala brincando e meu filho abre a boquinha espantado.

— Eu não ronco não, fala para ela mamãe — Me olha em súplica.

— Ela está brincando, filho — Passo a mão pelos seus cabelos.

— Bom, eu vou deixar as coisas no quarto e depois acho que vou procurar madeira para a fogueira que vamos fazer a noite.

— Fogueira?

— Sim — Abre a porta do seu quarto — Parece que vai vir um casal de amigos do Marcos também e a Liz quer fazer um luau.

— Que legal.

— Posso ir pegar madeira com você, tia?

— Claro.

Deixei nossas coisas no quarto e desci para ajeitar as coisas na cozinha. Samanta cumpriu com o que disse e saiu com meu filho para catar gravetos e buscar madeira para a tal fogueira. 

Aproveitei que estava sozinha e preparei algo para nós comermos no almoço, até esperei um pouco para ver se o resto do pessoal iria chegar, mas mandei uma mensagem para Liz e ela me avisou que ainda vão demorar um pouco.

De onde eu estava, podia ouvir as risadas vindo de fora da casa, olho pela janela e encontro meu filho e Samanta brincando de espadinha com dois gravetos em mãos. 

Me sinto muito bem em ver o quanto meu filho é amado por essa família.

Ouço meu telefone tocar e vou até a sala pegá-lo já que o deixei em cima do sofá. Quando encaro o nome na tela tenho vontade de não atender, mas sei que ele não vai parar até conseguir falar comigo.

— Oi, pai — Atendo.

— Oi, Clara — Dificilmente ele me chama de filha — Estão por casa?

— Não — Respondo sem muitos detalhes, mas sabendo que ele não vai descansar.

— Estão na casa da outra família de novo?

— Estamos fora da cidade — Minha mão começa tremer.

— Sozinhos?

— Não, pai — Minha voz é só um sussurro, mas tento manter o controle e acelerar a conversa — O senhor ou a mãe precisam de algo?

— Não, só estou ligando para saber como você e o garoto estão.

Ele também dificilmente chama o Nico pelo nome ou de neto.

— Estamos sim — Digo simples.

— Tem certeza?

— Tenho, pai.

— Ok, me avisem quando estiver por casa.

— Aviso — Concordo mesmo sabendo que não farei isso.

— Tchau.

— Tchau.

Desligo a ligação ainda aflita, normalmente nossas ligações são assim, ele querendo saber onde estou para manter o controle sobre mim. Ele até finge se preocupar com a gente, mas não é sua real intenção, ele só tem medo de eu estar fazendo alguma cagada que vai manchar ainda mais nosso sobrenome. 

— Está tudo bem? 

Samanta está parada na porta da sala toda suada, só a percebo ali por que ela falou, caso contrário eu ainda estaria encarando a tela do meu celular apagado.

— Sim — Olho ao nosso redor — Cadê o Nicolas?

— Foi ao banheiro, não faz nem 30 segundos que ele passou por você e eu estou aqui esperando ele —Responde — Aconteceu alguma coisa? — Insiste olhando minhas mãos ainda tremendo.

— Não — Consigo encará-la — O almoço já está quase pronto, então seria bom você também ir ao banheiro e lavar as mãos e o rosto.

— Que bom que você preparou algo, porque eu não sei cozinhar nada.

— Estou vendo que essa amizade não me favorece em quase nada — Brinco, mas me arrependo quando vejo seu olhar em mim.

— Talvez haja formas de você se beneficiar — Morde o canto do lábio.

Ou eu estou ficando louca ou essa mulher está flertando comigo? Provavelmente é coisa da minha cabeça, ela jamais teria olhos para mim.

— Não estou vendo como — Tento mantem o assunto em um campo neutro.

— Daqui a pouco você descobre — Pisca um olho e sai da sala em direção ao banheiro.

E eu fico aqui parada igual uma estátua tentando assimilar tudo que acabou de acontecer, eu realmente devo estar vendo coisas onde não existe. 

Depois de alguns minutos, estamos os três sentados a mesa comendo a macarronada que eu preparei. É uma comida gostosa e rápida de fazer.

Meu filho está com molho de tomate espalhado pelas bochechas e eu deixo que ele termine seu almoço para depois limpá-lo.

O assunto foi ameno, poucas palavras trocadas e um silêncio um pouco desconfortável tomou conta da mesa.

Depois de todos bem alimentados, os dois voltaram para a tarefa de construir uma fogueira e eu limpei a cozinha.

No meio da tarde ouço o barulho de carro estacionando em frente a casa. 

Aqui é um dos meus lugares favoritos no mundo, a casa fica no meio de um grande terreno, rodeada por arvores e na parte de trás há um lindo lago, onde tem um lindo deck que vai em torno de uns 15 metros para dentro dele. 

Também dá de praticar canoagem ou mergulhar em alguns pontos, porque mais adentro, se torna muito fundo.

A casa em si, é enorme, tem dois andares, na parte de baixo há uma cozinha enorme e uma sala maior ainda, com direito a lareira para o inverno. A casa é cercada por uma sacada de madeira, bem estilo camponês. Simplesmente linda e confortável.

— Clarinha, desculpa a gente demorar tanto, mas você conhece sua amiga, né? — Dona Rosa fala ao entrar em casa.

— Conheço sim, sei que quando ela marca um horário podemos considerar umas três horas de atraso — Rimos juntas.

— Bem isso.

Minutos depois o resto das pessoas passaram pela porta carregando suas coisas e pude ver quem era o casal que veio junto com eles. É o irmão do Marcos com a namorada.

Nas poucas vezes que nos encontramos, não tive muito assunto com ela, pois ela é a riquinha metida a besta. Totalmente ao contrário de mim.

Já sei que o fim de semana não vai ser tão legal como eu imaginei, porque quando Liz está perto deles ela muda bastante, e eu prefiro ficar mais afastada.

— Cadê o Nico? — Liz pergunta.

— Está lá fora com sua irmã.

— Com a Sam? E você teve coragem de deixar os dois sozinhos?

— Ela está se saindo bem com ele, então por enquanto estou confiando.

— Vou lá buscar ele, o irmão do Marcos quer ver ele.

Apenas dei um sorriso amarelo sem ter coragem de cortar o barato dela, então deixei ela seguir em frente.

Volto para a cozinha e continuo organizando as coisas, e algum tempo depois Dona Rosa veio ficar comigo. Na verdade, é sempre ela quem comanda a cozinha, então eu que fico aqui com ela.

— Se você quiser ir lá com as meninas, pode ir Clarinha — Ela começa a falar e eu fico com medo de ela me enxotar daqui e eu ser obrigada ir lá passar um tempo com minha melhor amiga e a concunhada dela.

— Aqui está bom — Digo — Hoje tem bastante gente, então a senhora vai precisar de ajuda.

— Eu agradeço, mas só vou iniciar as coisas aqui e nem tem muito o que fazer, como será feito a fogueira, faremos um churrasco com pães e depois assaremos marshmallow.

— Então eu já vou deixando os pães cortados.

— Tudo bem.

Infelizmente tudo estava pronto em um pequeno espaço de tempo e sou obrigada a ter que socializar. Mas em vez de procurar por minha amiga, sigo para onde a atleta está.

Quando chego na parte de trás da casa a encontro com um machado na mão, cortando alguns pedações de lenha, e confesso que não sei explicar o que essa cena causou em mim, parece até que estou em um filme sáfico que a protagonista se apaixona pela lenhadora.

Hoje Samanta veste uma calça jeans escura coladíssima, com uma camisa de flanela xadrez sem mangas, e em seus pés coturnos de cano alto. 

Ela demora a perceber minha presença, já que está com fones de ouvido. Noto que ela ajeitou o local de uma forma bem legal. A fogueira no meio e alguns bancos ao redor.

Quando ela me vê dá um pulo para trás, sendo pega de surpresa, não consigo não rir da cara dela.

— Quer me matar do coração? — Fala dramática com a mão no peito.

— Não será um sustinho que vai matar uma atleta — Brinco com a cara dela.

— Não tenha tanta certeza, garota — Ela solta o machado e coloca as mãos na cintura.

— Nico não está com você? — Pergunto, lembrando que era para ele estar aqui.

— Liz veio buscar ele, e o pequeno se deixou vender por um jogo de videogame.

— Como assim?

— Ele não queria ir, mas minha irmã disse que o cunhado dela trouxe um videogame, então ele me trocou por um jogo.

— E você ficou chateada com uma criança de 5 anos que foi comprada por um adulto? — Cruzo os braços vendo o bico se formando em seus lábios.

— Não fiquei chateada com ele, só achei bem cara de pau da minha irmã vir tirar o menino de um momento bacana que estávamos tendo para exibi-lo para os outro — Revira os olhos.

Concordo com ela plenamente, mas não posso dizer isso em voz alta para não causar uma briga entre irmãs, porém isso me incomoda muito também, só que é muito difícil frear minha melhor amiga quando ela faz tantas coisas boas pelo meu filho e me ajuda tanto.

— Vou conversar com ela sobre isso — É a única coisa que consigo responder. 

 — E você não quis passar um tempo com elas? — Arqueia uma sobrancelha.

Alguém pode me explicar o porquê estou prestando tanta atenção em cada detalhe dessa mulher? Parece um imã.

— Preferi tomar um ar puro — Minto — Mas agora que você já terminou o seu trabalho aqui pode ir lá passar um tempinho com sua irmã e a família do noivo dela — Provoco.

— Tenho alergia a jovens — Dá de ombros.

— Eu sou jovem — A lembro.

— Mas você está na cota de jovens que consigo aturar por dia, mas quando se torna um grupo de jovens, aí eu passo mal.

Gargalho com o que ela diz, é fácil rir com ela.

— Você parece uma velha falando isso.

— Existe uma senhora de 94 anos que habita em mim.

— Não duvido disso.

— Clara — Ouço uma voz me chamar da casa e me viro na direção, encontrando Marcos me chamando — O Nico está chamando por você.

— Já vou — Grito em resposta — Vou lá ver o que ele está precisando, me deseje boa sorte —Aviso e deixo claro que não quero estar no grupo tanto quanto ela.

— Boa Sorte.

— Obrigada.

— Disponha.

Saio de perto dela um pouco mais leve, é divertido estar perto dela.

Quando chego na sala, meu filho corre para meu colo avisando que está com sono e que me quer perto dele, agradeço mentalmente de ter uma boa desculpa de ir com ele para o quarto e não precisar ficar ali com eles.

Dou um banho rápido no meu filho para tirar o suor de seu corpo, sendo que ele passou bom tempo lá fora brincando e correndo, além de suas roupas estarem sujas por carregar as madeiras. 

Ao nos deitarmos na cama, não leva nem cinco minutos para ele pegar no sono, e eu resolvo fazer o mesmo que ele. Quando desperto, ouço vozes e risadas vindo lá da rua, olho pela janela e vejo que já anoiteceu. Droga, eu deveria ter acordado antes para ajudar Dona Rosa.

Corro para o banheiro e aproveito que meu filho ainda dorme, para me banhar e me arrumar, assim é mais fácil depois só vestir a roupa nele. Tento não demorar a ficar pronta, e visto uma calça de couro, que por dentro há uma camada de tecido mais quente, e uma camisa de botões, nos pés calço uma bota. Com o anoitecer a temperatura caiu bastante, mas como há a fogueira, acredito que não passarei frio.

Prendo meus cabelos em um coque e deixo minha franja um pouco solta, dando um ar mais despojado. Faço uma maquiagem bem leve, minha vontade de me produzir é mínima, mas sei que Liz e a namorada do irmão de Marcos estarão impecáveis, então não quero parecer uma mendiga.

Acordo Nicolas sem muito esforço, já que ela estava despertando quando voltei para o quarto. Coloco nele um conjunto de moletom quentinho e um tênis para ele ficar confortável.

Saímos da casa, em direção onde todos estão, e os encontramos ao redor da fogueira conversando.

Como esperado, as duas outras garotas estão tão produzidas como se estivessem em um desfile de modas, fazendo eu me questionar como elas conseguem. 

— A comida já está pronta — Dona Rosa avisa se aproximando da gente — Eu ia chamar vocês, mas apareceram bem na hora.

— Eu estou com fome — Meu filho diz coçando os olhinhos.

— Vem com a vovó que eu te ajudo a montar um pratão de comidas gostosa.

Ela estende a mão e ele logo segura, indo juntos até a mesa de comidas para ele escolher o que quer comer. Graças a Deus nunca tive problemas com a alimentação de Nicolas, ele sempre comeu de tudo, incluindo frutas e verduras.

— Quer beber alguma coisa? 

Me assusto quando ouço sua voz atrás de mim. Me viro encontrando-a sorrindo. Ela já não veste mais a mesma roupa de antes, agora veste uma calça jeans preta, e um moletom da mesma cor e seus cabelos estão soltos. Simples e linda.

Nossos olhares ficam presos um no outro por alguns segundos.

— Acho que aceito um suco — Consigo responder.

— Suco? Não é de beber bebidas alcoólicas? — Percebo que ela está com uma cerveja na mão.

— Nem um pouco — Digo sem jeito.

— Sem problemas, vou pegar um suco para você. Pego algo para o Nico também?

— Pode ser o mesmo que o meu.

— Perfeito, já volto.

Ela sai em direção ao outro lado da fogueira, onde tem um cooler, que provavelmente está as bebidas.

Enquanto isso me sirvo de pão e carne e só me dou conta que estava morrendo de fome quando a comida atinge meu estomago, me fazendo saborear ainda mais.

Escolho me sentar ao lado de Liz, preciso passar um tempo com ela, não posso evitá-la o tempo todo. Logo Samanta volta com as bebidas, mas não se demora ali, acho que ela realmente tem alergia a jovens.

De início achei que tivesse sido bom ela não ter ficado conosco, pois preciso de um pouco de espaço para não ficar reparando tanto nessa mulher, mas para meu desespero ela se senta do outro lado da fogueira, ficando de frente para mim.

Como o fogo está baixo, consigo vê-la perfeitamente.

Tento manter minha atenção no meu filho, que agora está no colo da sua madrinha, ao meu lado. Eu o auxilio com a bebida, para ele não derramar na roupa.

— E você, como está Clara? — A voz de Fernanda me chama a atenção.

— Estou bem, na mesma de sempre — Forço um sorriso em sua direção.

— E já está namorando? Na última vez que nos vimos, você estava sozinha.

A forma que ela pronuncia a última frase me causa náuseas. Fernanda é o tipo de garota que acha que o mundo gira em torno de um pau, que se a mulher estiver sozinha é porque é amargurada e dispensável. 

— Continuo sozinha — Meu filho pede para vim para meu colo e eu o pego em meus braços.

Enquanto ela fala mais algumas besteira, vejo que meu menino está quieto demais, e muito sonolento, mesmo tendo dormido bastante tempo a tarde.

— Você está bem, meu amor? — Pergunto a ele ignorando o resto da conversa com a patricinha.

— Meu corpo tá molinho — Diz enquanto levanta a mãozinha até a minha orelha e começa a fazer carinho ali, essa é uma mania dele para dormir.

Coloco minha mão em sua testa e em seu pescoço para tentar ver se ele está com febre, mas seu corpo não está tão quente assim, mas quando voltarmos para o quarto já darei remédio para ele.

— Quer voltar para a cama? 

— Não, eu quero ver mais um pouco a fogueira.

— Ok.

Nesse estante ouvimos um dedilhado de violão, e quando procuro de onde está vindo, me surpreendo com a mulher a minha frente tocando. Mais uma coisa que acabo de aprender sobre ela.

As pessoas começam a pedir para ela tocar algumas músicas, e ela atende os pedidos. 

— Sam — Liz chama sua atenção — Toca alguma do Raffa Torres, a gente ama as músicas dele, e é uma vibe bem boa para tocar agora.

— Qualquer uma? — É a única coisa que ela pergunta para irmã, a vendo balançar a cabeça em positivo.

Raffa Torres tem músicas muito boas para ouvir, e fico feliz com o pedido de Liz, porque me lembra das vezes que passamos uma tarde toda no quarto da minha melhor amiga ouvindo.

Não demorou até a mais velha começar a tocar seu violão.

Não reconheci a música logo de começo, mas quando sua voz começou a cantar, me arrepiei dos pés a cabeça. Eu amo essa canção.

 

Eu nunca tive medo, de montanha-russa

Mas do jeito que você tá me olhando assusta

 

Ela levanta os olhos em minha direção e eu não consigo desviar. Sua voz não é profissional, mas é afinada suficiente para eu querer ouvir cada vez mais.

 

Eu já não sou o mesmo, é que essa fase adulta

É menos frio na barriga e mais medo de altura

E a gente não pula por medo de cair

Não mergulha por medo de afogar

 

Eu me sinto me afogando na profundidade da sua voz, ela leva seu olhar para o violão, para a mão que está montando as notas, e isso me dá tempo para respirar.

 

A gente não ama por medo de sofrer

Mas não vive enquanto não amar

 

Quando ela começa o refrão, me encara novamente e parece que só há nós duas aqui, me esqueço até que meu filho está em meu colo.

 

Então me ama, ferra minha vida

E faz voar borboletas na minha barriga

Então me ama do que jeito que quiser

Hoje eu te quero mais menina e menos mulher

 

Meu coração acelera e eu não sei explicar, parece que cada palavra é cantada para mim, mas isso não é possível, nos conhecemos não tem dois dias e só trocamos algumas conversas.

Pare de pensar besteira, Clara.

Todos começam a cantar junto com ela no segundo refrão, mas eu não consigo acompanhar, estou ainda hipnotizada por seu olhar.

 

Então me ama, ferra minha vida

E faz voar borboletas na minha barriga

Então me ama do que jeito que quiser

Hoje eu te quero mais menina e menos mulher

Mulher, Mulher, hoje eu te quero mais menina e menos mulher.

Todos aplaudem quando ela termina de cantar, e eu só penso em sair daqui o mais rápido possível.

— Eu vou levar o Nico para o quarto, ele não está tão bem — Aviso Liz.

Ela apenas pergunta se preciso de ajuda com ele, digo que não, ela pode ficar e aproveitar com a família.

Me levanto com meu filho nos braços e não me arrisco a olhar para o outro lado da fogueira. Saiu praticamente correndo para dentro da casa.

A voz dela cantando ainda está presa em minha lembrança até eu pegar no sono

Hoje eu te quero mais menina e menos mulher. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiiii...

A musica que a Sam canta é essa:https://www.youtube.com/watch?v=SsVhRfEH3Iw&list=RDSsVhRfEH3Iw&start_radio=1

 

Espero que a Leitura tenha te feito uma boa companhia.


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 5 - Capitulo 5 - A casa de campo:
jake
jake

Em: 04/09/2025

Gostei da música...li ouvindo Acho que Clarinha tbm gostou ... Parabéns autora por mais essa história envolvente.


Paloma Matias

Paloma Matias Em: 05/09/2025 Autora da história
Essa musica é tão perfeita para a história das duaaaassss....


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web