Capitulo 23 - Uma festa de arromba
Olivia
Para a Glória de Deus a sexta feira chegou, além de ser o último dia de trabalho da semana, também é o aniversário de Gabriela e como tudo na vida dela é um grande acontecimento, ela fará uma festa para comemorar.
Então bora viver esse dia.
Hoje pela manhã troquei algumas mensagens com Giovana, combinando o horário que passarei para pegá-la e para saber como ela está. Nossas rotinas estão muito corridas e acabamos nos vendo praticamente apenas nos fins de semana.
Entendo perfeitamente que ela precisa focar nos estudos, estágio e trabalho, mas as vezes eu gostaria que ela tivesse um pouquinho mais de tempo livre. Era tão mais prático quando ela estava ficando lá em casa.
Estaciono meu carro no estacionamento da universidade, e para meu desagrado vejo uma pessoa parada perto de onde estou. Normalmente sempre deixo meu carro no mesmo lugar, ou pelo menos na mesma ala, então claro que ela saberia aonde eu chegaria, sendo que desde quando estávamos juntas isso acontece.
Pietra estava parada me encarando, e meu sangue já esquenta, me preparo para mais uma conversa desagradável.
- Por que você não me responde mais? – Dispara quando vou passando por ela.
- Boa tarde para você também, Pietra – Ainda bem que não há muitos alunos circulando por aqui – O que você está fazendo aqui? Sabe muito bem que odeio que apareça no meu trabalho.
- Como vou falar com você se você não responde minhas mensagens e nem atende minhas ligações? – Bufa – Você que me obrigou vir aqui.
- Simples, se não respondo ou te atendo é porque não quero falar com você, então é só não falar também.
- Esqueceu que temos uma filha juntas? – Se aproxima e eu dou um passo para trás – Eu preciso falar com você sempre, para saber como ela está.
- Engraçado, em nenhuma das mensagens que você me mandou tinha o nome da NOSSA filha, sempre foram assuntos bem diferentes – Minha vontade é deixa-la falando sozinha, mas já a conheço e sei que ela vai armar uma grande cena – Se você se preocupa com sua filha, você tem o número de celular dela, ligue diretamente para ela e caso tenhamos que conversar sobre algum assunto referente a ela, o juiz já determinou que você pode busca-la a cada quinze dias, é só você aparecer nos dias pré-determinados e podemos conversar sobre o que tanto te preocupa da vida de Aurora.
- Você sabe que minha vida é corrida e as vezes não posso buscar ela – Faz sua maior cara de cínica.
- E você sabe que minha vida é corrida para eu perder meu tempo aqui falando com você.
Dou as costas para ela pronta para sair dali, mas sua mão segura meu pulso. Meu corpo fica tenso, toda vez que ela me toca, lembranças voltam, e nenhuma delas de forma boa, sempre vem acompanhada de momentos muito ruins.
Puxo meu braço me livrando do seu toque.
- Qual é, Olivia? Estou aqui apenas para conversar, saber como minha família está.
- Não sou sua família, Pietra – Elevo a voz – Já tivemos essa conversa um milhão de vezes, não temos mais nada, e se ainda tenho a decência de lhe dirigir a palavra é unicamente por causa da minha filha.
- Nossa filha – Me corrige – E por mais que você não acredite eu me importo com você.
Solto uma risada completamente sarcástica. Senhor, era para ser só uma sexta-feira normal, mas já tenho que me estressar com essa mulher.
- Algum problema aqui? – Ouço a voz já tão conhecida.
Olho para o lado e vejo Giovana e suas amigas paradas ao nosso lado, as três estão com caras de preocupadas.
- Nenhum, o assunto já foi encerrado mesmo – Digo antes de tentar sair novamente, porém mais uma vez ela me segura.
- A gente não terminou de conversar.
Giovana age mais rápido que eu e segura o braço de Pietra afastando-a de mim.
- Se ela disse que já terminou, é porque já terminou – Diz extremamente séria.
Suas amigas se espantam com sua atitude, mas ninguém se atreve a falar nada.
- Ela já é adulta e não precisa de ninguém respondendo por ela – Minha ex se livra do toque da minha aluna – Não é porque você é namorada dela que precisa responder por ela.
- Não estou respondendo por ela, estou apenas reforçando o que ela acabou de lhe dizer, mas se você não é adulta para entender, eu te faço entender na marra.
Quando Giovana parte para cima de Pietra, eu consigo agir e me colocar no meio das duas.
- Já estamos chamando bastante atenção, se vocês brigarem aqui eu matarei as duas – Digo em sussurros, mas de forma que as duas ouçam.
Minha aluna tenta se acalmar, mas me puxa para mais perto dela, ação que só noto minutos depois e confesso que não tenho cabeça para repreendê-la ou me afastar.
- Pietra, é melhor você ir embora e só volte a me procurar se realmente for algo relacionado a Aurora – Minha ex bufa – Aliás, ela te esperará hoje para ir para sua casa, mostre que realmente se importa e tenha um fim de semana bom com ela.
Acontece o mesmo de sempre, quando ela vê que não vai ganhar a batalha, simplesmente vira as costas e vai embora. E nesse momento lembro que não estou sozinha, que há três pares de olhos me encarando. Giovana ainda está ao meu lado, próxima demais.
Faço um leve carinho em meu pulso, vendo algumas marcas vermelhas do aperto de minutos atrás.
- Você está bem? – A moça de olhos claros pergunta quando pega meu pulso em suas mãos para analisá-lo.
- Estou – Digo baixo.
Estou tão envolvida no momento que novamente esqueço que temos companhia, até que escuto um arranhar de garganta. Valentina chama nossa atenção.
Quando encaro as outras duas, vejo os olhos de Paula vidrados em nossas mãos ainda conectadas, rompo o contato com Giovana e o olhar de sua amiga sobe para nossos rostos. Ali, percebo que ela entendeu tudo, depois do que acabou de presenciar, ela sabe que não somos mais só amigas e seu rosto não disfarça a decepção.
- Você está bem, professora? – É Valentina quem se manifesta.
- Estou sim, desculpa pelo que acabaram de presenciar – Digo sem jeito.
- Ela te machucou – Não foi uma pergunta, foi a voz de Giovana afirmando o que ela acabou de vez em meu pulso – Isso não pode ficar assim.
- Isso não vai mais acontecer – Falo a primeira coisa que me vem em mente, mas nem eu mesma acredito – Precisamos ir para a aula, se não vocês vão se atrasar.
O olhar de Paula ainda queima minha pele, e confesso que estou um pouco aérea para pensar em disfarçar algo, apenas encaro o rosto de Giovana para tentar acalmá-la.
- Olha – Falo baixinho para ela – Fique tranquila, eu estou bem, foi mais o estresse do que ela realmente me machucar – Ela só balança a cabeça – Agora eu realmente preciso ir, mas a noite falamos melhor sobre isso.
- Tudo bem – Sei que está contrariada – Bom trabalho.
Apenas lhe lanço um sorriso e saiu em direção a sala de aula, mas quando me afasto escuto a voz chata de Paula “por que não me contou que era ela?”
Espero que Giovana consiga se explicar, por mais que eu não goste da garota, preciso entender que elas são amigas, e não desejo que nosso “relacionamento” atrapalhe a amizade delas.
******
Estou a quase dez minutos aguardando na frente do dormitório da mais nova, isso me faz lembrar o dia que nos conhecemos, que ela estava atrasada, e sinto a mesma coisa. Impaciência. Não gosto de atrasos.
Meu carro tem películas escuras, então dificilmente alguém me verá dentro do carro. Quando encaro o relógio pela milésima vez, Giovana aparece na porta do prédio, não demora até ela achar onde estou e se direcionar até o carro.
- Mais dois minutos eu iria ir sozinha e você ficaria – Digo sem um pingo de paciência.
- Boa noite, meu bem – Lança aquele sorriso de lado que sempre me desmonta – Desculpa a demora.
Se inclina para me dar um beijo, eu até tento manter minha pose de durona, mas não vale a pena. Beijo seus lábios e depois dou partida no carro.
Seguimos para o Mampituba, a festa será lá.
- Preciso te falar uma coisa – Ela quebra o silêncio.
- Diga – Encorajo-a.
- Paula sabe sobre a gente – Sua voz está apreensiva.
- Isso é um problema para você? – Desvio levemente a atenção da estrada apenas para ver sua reação – Eu imaginei que ela teria certeza depois do que viu hoje.
- Para mim não é nenhum problema – Se apressa em dizer – Mas tínhamos combinado de não falar para ninguém por enquanto e não quero que pense que estou quebrando o combinado.
- Para mim também não é nenhum problema, sei que mais cedo ou mais tarde as pessoas vão ficar sabendo – Respiro – Quem eu não queria afetar era meus filhos, e eles já sabem e até gostaram da notícia, então o resto é o de menos, porém...
- Porém? – Insiste.
- A universidade é meu local de trabalho, e preferiria manter o profissionalismo – Seus olhos me encaram – Não é porque eu quero te esconder, mas porque eu acho que preciso ser profissional, só gostaria de evitar demonstrações no campus e no restaurante quando eu for lá.
- Você está dizendo que tudo bem para você as pessoas saberem da gente? – Me pergunta espantada.
- Só estou dizendo que não vamos conseguir esconder para o resto da vida, então não tem problema as suas amigas ou as minhas saberem.
- Tudo bem – O sorriso não sai de seu rosto.
Quando chegamos, a festa já estava bem cheia. Valentina está sendo apresentada para toda a família de Gabriela, minha amiga a apresenta como a joia mais preciosa que existe. Isso é tão fofo.
- Liv – Minha amiga me abraça – Que bom que chegaram.
- Parabéns amiga – A aperto mais forte – A festa está linda e você também.
- Você acha que vou perder a oportunidade de estar linda na frente de todos? – Rimos.
Gabriela ama estar bem vestida, quem a vê acha que ela é arrogante, mas quando a conhecem veem o coração enorme que ela tem e o quanto não se importa com aparências.
Giovana também a cumprimenta e a parabeniza, e entre algumas trocas de farpas de quem tem que cuidar melhor da amiga da outra, as duas também se divertem.
- Fiquem à vontade – Ela diz enquanto é chamada para tirar mais fotos – Infelizmente hoje não poderei ficar muito na mesa de vocês, mas assim que der eu volto, esse povo não para de querer fotos, minha boca já tá até doendo de tanto sorrir.
- Não se preocupe, iremos aproveitar a festa mesmo sem sua presença.
- Cruel – Solta uma risada – Não esperava menos de você. Aproveitem e qualquer coisa me chamem ou me salvem das outras pessoas.
- Pode deixar.
Gabriela foi dar atenção para os outros e nós ficamos um tempo em nossa mesa conversando com Valentina, que deu um jeito de se livrar da família da aniversariante e correu ao nosso encontro.
- Não acredito no que estou vendo – Uma voz chama nossa atenção – Olivia Garcia resolveu sair do seu casulo e se juntar aos meros mortais.
Reconheço quem está falando, é Cecília, a prima de Gabriela. Realmente faz muito tempo que não nos vimos, teve um tempo que erámos muito próximas, mas ela foi uma das pessoas que me afastei por conta do meu antigo relacionamento. Por Cecília ser a personificação de uma verdadeira sapatão raiz, Pietra me atormentava a vida com ciúmes, então foi melhor eu me afastar.
A prima de Gabriela está com a aparência mais madura, mas sempre com seu semblante animado. Ela é alta, com cabelos curtos e loiros, olhos castanhos que quase se fecham sempre que ela sorri. Seu corpo é bem atlético e suas roupas um pouco masculinas, mas que combinam muito com seu estilo. Todos que olham, podem dizer que ela é extremamente estilosa.
- Cecília – Me levanto e a abraço – Quanto tempo, como você está?
- Estou bem. E você? Poxa, estou muito feliz em te ver – Me puxa para mais um abraço.
- Também estou feliz em te ver.
- Como vai a vida? Acho que a última vez que nos vimos foi quando sua ex quis me bater.
Realmente, no nosso último encontro Pietra apareceu na festa em que estávamos e fez o maior barraco, porque.... Bom, talvez, Cecília e eu estávamos aproveitando a festa de uma forma que não agradou nenhum pouco a outra. Sim, estávamos nos pegando.
Não me julguem, eu era solteira e estava um pouco carente, e já mencionei anteriormente que ela é muito bonita. Mas isso nunca atrapalhou nossa amizade, ficamos algumas vezes, mas totalmente sem compromisso.
- Nem me lembra disso – Levo as mãos ao rosto, envergonhada.
- Ela não vai aparecer aqui hoje, né? – Faz piada.
- Espero que não.
Nesse estante sinto uma mão rodear minha cintura, e espantada, olho para quem está ali e encontro olhos azuis me encarando. Ops.
- Oh! Cecília, essa é Giovana – Aponto para ela – E essa é a prima da Gabriela.
- Prazer – Minha aluna estende a mão para um cumprimento, mas ainda com a cara séria.
- O prazer é meu – Retribui o aperto de mão – Sempre bom conhecer as amigas de Olivia, se é amiga dela é minha também.
- Não sou “amiga” dela – Fez aspas com os dedos – Se é que me entende.
E simplesmente o silencio se estabelece entre nós, até que a mulher a minha frente resolve falar.
- Foi mal, claro que entendo – Me lança um olhar envergonhado – Bom, vou indo dar mais uma circulada por essa festa para ver se encontro mais alguém que faz anos que não vejo – Ri em minha direção – Foi muito bom te ver.
- Digo o mesmo – Respondo.
Realmente foi bem legal reencontrá-la, pelo jeito ela não mudou quase nada. Depois que ela seguiu seu caminho, voltamos a nos sentar, Giovana está um pouco mais séria.
- Tudo bem? – Arrisco a perguntar – Ficou chateada porque cumprimentei uma velha amiga?
Sei que é idiota da minha parte sentir isso, mas quando a vejo mudar seu semblante por ver eu conversar com outra pessoa, todo o sentimento de controle que havia em meu antigo relacionamento volta. O olhar que minha aluna me lança é completamente confuso.
- O que? – Pergunta sem entender – Por que vou me importar de você conversar com sua amiga?
Apenas abaixo a cabeça, um pouco envergonhada com sua pergunta.
- Você se sentiu mal porque me aproximei?
- Não – Respondo apressadamente – Não é isso.
- O que é então, porque se for, eu posso não fazer uma próxima vez – Diz com a voz mansa – Não quero que seja desconfortável para você.
- Não foi – Afirmo – Mas percebi que seu semblante mudou, não quero que ache ruim de eu conversar com outras pessoas, eu não fiz nada demais.
Nesse momento ela pareceu perceber o que eu queria dizer, puxou sua cadeira um pouco mais para perto e segura minha mão levando-a até os lábios e plantou um beijo ali.
- Linda – Chama minha atenção – Você não fez nada demais e me desculpa sentir ciúmes, mas isso não foi provocado por você, é só que...
- Que? – Quero saber o que a incomodou.
- Ela é uma concorrência de peso, olhe bem para ela – Arregalou os olhos – Na verdade, não olhe não.
- Giovana...
- Eu só não gostei muito dela dizer que sou sua amiga – Confessa.
- Mas não tem como as pessoas saberem que não somos amigas.
- Por isso deixei bem claro que não somos, para ela ir arrastar as asinhas dela para outro lado do galinheiro – Forma um bico em seus lábios.
Fui obrigada a rir do seu jeito.
- Meu bem – Acaricio seu rosto – Isso ainda é novo para mim, e desculpa não te apresentar como quem você é na minha vida, mas se algum dia você se sentir mal, converse comigo, não me evite, não quero passar por isso de novo.
- Não farei isso, não irei te evitar, mas provável que você notará no meu rosto que estou desconfortável, mas na maioria das vezes tem mais a ver comigo do que com você – Explica – Não quero ser como sua ex foi na sua vida, se eu estiver extrapolando, me avise.
- Foi só um medo bobo de isso acontecer de novo.
- Não é bobo – Me interrompe – Você já passou por isso e é uma merd*, é normal que você tenha esse medo se minhas atitudes forem parecidas com as dela. Me desculpa.
Não respondo, apenas beijo seus lábios, sem me importar com quem está a nossa volta. Giovana é tão nova, mas muitas vezes tem mostrado uma maturidade incrível, ela me ouve e me entende, e isso tem sido tão importante para mim.
A festa está bem animada, agora a maioria das pessoas estão na pista de dança, já cantamos os parabéns e comemos. Gabriela está dando um show na dança junto com sua namorada, as duas dançam muito bem.
- Você quer dançar? – Faz uns cinco minutos que saímos da pista e viemos nos sentar.
- Acho que meu repertorio de dança acabou há umas três músicas atrás, então tudo que eu dançar será passos repetidos – E não estou nem brincando.
Olho para o relógio e já são quase duas da manhã, me surpreendo, as horas passaram tão rápido.
- Você quer dançar? – Retribuo a pergunta.
- Confesso que já estou um pouco cansada.
- Então o que acha de já irmos indo para casa? – Me aproximo para deixar um cheirinho em seu pescoço – Podemos aproveitar de outras formas – Deixo uma leve mordidinha.
- Acho uma ideia maravilhosa.
- Então vamos nos despedir de Gabriela e avisar que já estamos indo.
- Vamos.
Já no carro, Giovana não para de tagarelar um segundo, as vezes me esqueço que quando ela liga o toca-fitas, não para tão cedo, mas até que é legal ouvi-la falar de coisas tão triviais, mas que demonstra tanta empolgação.
O caminho até em casa leva em torno de vinte minutos, enquanto eu dirigia, a mais nova depositou a mão sobre minha coxa e iniciou um leve carinho, o que começa despertar coisas em mim, que me faz querer chegar em casa ainda mais rápido.
Quando entramos dentro de casa, tento me controlar ao máximo para não parecer uma maníaca sexual, ainda temos o resto da noite para aproveitar.
- Você quer beber algo? – Ofereço.
- Quem sabe um vinho, o que achas?
- Pode ser.
- Podemos beber na varanda, está uma noite boa para ver o luar – Deixa um beijo em minha bochecha.
- Perfeito, você pode ir lá para fora que eu pego o vinho e as taças.
E ela fez o que recomendei, aproveito para tirar os saltos que estão me matando e eu pego as coisas necessárias. Checo meu celular para ver se não tem nenhuma emergência referente meus filhos, e vejo que está tudo na santa Paz.
Quando saiu pela porta de vidro, vejo Giovana apenas de calcinha boxer e top, na beira da piscina.
- O que você está fazendo? – Pergunto espantada.
- A noite está tão bonita e essa piscina está tão convidativa – Explica com um sorriso travesso.
- E vai nadar só de roupas intimas? No meu jardim? Espero que os vizinhos não apreciem o show – Deixo a garrafa e as taças na mesinha que fica entre as espreguiçadeiras.
- Primeiro, nós vamos nadar de roupas intimas, não apenas eu – Diz enumerando com os dedos – Segundo, os muros da parte de trás da sua casa são bem altos justamente para que ninguém nos veja – Se aproxima me puxando pela cintura – E terceiro, vai dizer que nunca nadou pelada nessa piscina.
- Giovana – A encaro incrédula – É claro que não, você acha que sou o que?
- Ué, e qual o problema nisso? – Beija meu pescoço – Mas já que nunca fez, vamos fazer hoje.
- Nem pensar – A repreendo.
- Qual foi a última vez que fez algo totalmente insano na sua vida, sem se importar com as consequências?
- No dia que transei com você – Respondo rindo.
- Isso não foi insanidade, foi a coisa mais certa que você poderia fazer em toda sua vida.
Se afasta novamente e tira seu top, olho ao redor do jardim por puro instinto, mas realmente não tem como nos verem sendo que os muros são bem altos.
Quando volto meu olhar para ela novamente, ela já está completamente nua. Uma delícia.
- Vem, tenho certeza de que você vai gostar da experiência – Me estende a mão.
- Você fala como se fizesse isso todos os dias – Digo já me aproximando.
- Só não faço porque não tenho uma piscina, mas quando estava ficando aqui, confesso que não me faltou vontade.
Passo meus braços ao redor do seu pescoço e sinto suas mãos fazerem primeiro um leve carinho pelas minhas costas e depois abrir o zíper do meu vestido, e como ele não era um modelo muito colado, quando ela terminou de abrir, a peça caiu aos meus pés.
- Já está quase pronta – Diz ao notar que estou sem sutiã – Agora só falta essa peça aqui.
Giovana se ajoelha a minha frente, e com uma mão de cada lado do meu corpo, puxa minha calcinha para baixo, nos deixando igualmente nuas, e para provocar um pouco, aproxima sua boca da minha intimidade e solta uma lufada de ar. Me arrepio dos pés à cabeça.
Mas ela não se prolongou ali, simplesmente levantou e me puxou até a beira da piscina. Eu não acredito que realmente farei isso, essa garota está me deixando realmente louca.
A mais nova resolve entrar de uma vez só na água, dando um pulo de cabeça e imergindo somente no meio da piscina.
- Sua vez, madame.
- Essa água deve estar um gelo, Giovana.
- Não está, vem – Me incentiva.
- Eu só posso estar muito louca mesmo, para deixar você me influenciar a fazer isso – Resmungo.
Vou até a escadinha que tem no canto da piscina e entro por ela, a água realmente não está gelada e logo me acostumo com a temperatura, e até mergulho para poder molhar o corpo todos, quando volto a superfície, a mais nova estende a mão que eu segure, e quando faço isso ela me puxa para perto do seu corpo, e eu me agarro nela.
Você imagina o que é ter Giovana completamente nua no meio da sua piscina? Só tenho a dizer, que é algo totalmente irresistível.
Puxo seu rosto para um beijo, suas mãos ainda me seguram firme e eu me desligo completamente do local que estamos, se alguém vai ver ou deixar de ver alguma coisa. Já que estou aqui, vou aproveitar.
Nosso beijo ganha ritmo e intensidade, ela me puxa ainda mais para perto do seu corpo, como se fosse tornarmos uma só. E sem separar nossas bocas, ela nos leva até a beirada da piscina e me pressiona na borda.
Não demora muito até que Giovana me incentiva a virar de costas para ela e sinto seu corpo colar ao meu. Me seguro na borda da piscina para me manter no lugar e ela se encarrega de tirar meus cabelos molhados devagar para o lado, depositando beijos sobre meu ombro.
- Eu deveria matar você, garota – Sussurro enquanto inclino um pouco mais o pescoço deixando mais exposto para ela continuar.
- Você pode me matar do jeito que quiser, professora – Sussurra – Mas prefiro que me mate de prazer.
Suas mãos continuam circulando pelo meu corpo, agora com um pouco mais de força e precisão, até que ela aperta meus seios, isso me deixa com ainda mais tesão.
- Eu amo seu corpo – Continua falando – Ainda mais a forma como ele reage ao meu toque.
Mordo meu lábio inferior para abafar o gemido que está prestes a sair quando ela prendeu um dos meus mamilos entre os dedos, com a pressão exata.
- Seu corpo é tão gostoso... e tão meu.
Sua fala me faz perder o controle, me afasto um pouco dela apenas para seguir para a parte mais rasa da piscina, onde é a parte infantil. Sexo na piscina até que pode ser legal, mas na parte funda dificulta bastante o equilíbrio e o peso dos movimentos.
Giovana me segue e quando a água bate na metade de minhas coxas ela volta a me beijar, com a mesma intensidade de antes. Agora me sento na borda da piscina e apoiando o corpo com os braços para trás, me deixando completamente exposta para ela.
Suas mãos vão para minhas pernas, as abrindo suficientemente para ela se acomodar entre elas. Giovana se ajoelha e não perde tempo ao levar a boca até minha intimidade, abocanhando-a com vontade e para me deixar mais louca ainda me penetra com dois dedos, sem enrolação, indo direto ao ponto.
Levo minha mão até seu cabelo, segurando firme para que ela não fuja dali, para que ela não se atreva a parar até eu goz*r.
- Porr*... Isso... – Gemo como uma garotinha adolescente que não consegue se controlar.
- Não vale goz*r agora... – Ela diz com a voz abafada.
- Sinto muito, meu bem, mas desse jeito não vai demorar quase nada.
Giovana para seus movimentos e em um ato rápido me pega no colo e me leva até uma das espreguiçadeiras, deitando meu corpo ali, ficando por cima de mim. Por mais que tivéssemos acabado de sair da água, meu corpo estava quente, pegando fogo de desejo.
Quando ela leva a mão até meu clit*ris, resolvo não perder mais tempo e fazê-la goz*r junto comigo, então faço o mesmo movimento que ela. Seus olhos me encaram completos de prazer ao entender que vamos nos tocar juntas, suas pupilas estão dilatadas e tenho quase certeza de que as minhas não estão diferentes.
Nossos dedos traçam o mesmo ritmo e nossos olhares permanecem fixados, sua respiração está irregular e eu já não evito mais meus gemidos, nos entregamos juntas.
Ao perceber que seu corpo já está na beira do limite, aumento a velocidade, o que faz as pernas dela começarem a tremer, e ver Giovana tão entregue, tão minha, me faz chegar ao ápice no mesmo momento em que ela chega. Goz*mos na mão uma da outra.
Depois de alguns minutos de completo silencio, ouço sua voz quebrar o silencio.
- Vamos para dentro, quero continuar isso a noite toda...
Fim do capítulo
Duas atualizações em um dia só, é isso mesmo produção? É isso mesmo que vocês estão vendo hahaha
O que acharam desse capitulo? quero muito saber como a história está chegando para vocês.
É nitido o quanto a Olivia é machucada por conta de um relacionamento abusivo, e o quanto a Gio tenta passar segurança que ela é diferente.
Espero que a leitura tenha te feito uma boa companhia. Até breve.
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Paloma Matias Em: 02/09/2025 Autora da história
kkkkkkkkk vou pensar no caso de vcs kkkkkkkk