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Entre sabore e sentimentos por Paloma Matias

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Palavras: 4271
Acessos: 1310   |  Postado em: 08/08/2025

Capitulo 10 - O aniversário

Olivia

 

            O início do dia de hoje foi uma loucura, um puro caos. Theo acordou mal do estomago e precisei deixá-lo na casa dos meus pais depois de deixar Aurora no colégio e Giovana na floricultura. Cheguei ao restaurante apenas as 10 horas da manhã.

            Hoje meu trabalho não rendeu nada no Aurora, perto do meio-dia liguei para minha mãe e ela me falou que meu pequeno já está se sentindo melhor, mas ainda está enjoado. Combinamos que ele passaria a noite com eles hoje, para matar um pouco da saudade.

            Agora estou na sala dos professores preparando os últimos detalhes para a minha próxima aula, mas confesso que minha única vontade é estar em casa com meu filho. Mas preciso ser adulta, e cumprir com minhas obrigações.

            - Olá Olivia – Fernando me cumprimenta – Que bom ver você por aqui.

            - Olá Fernando, tudo bem? – Levanto os olhos em sua direção, mas logo volto minha atenção para meu notebook que está aberto sobre a mesa.

            - Melhor agora, faz tempo que não conversamos – Senta-se ao meu lado.

            - Pois é, mas se você não se importar, estou extremamente atarefada, preciso terminar de revisar algumas coisas e ir para a aula – Tento ser educada.

            Fernando é um cara legal, apenas um pouco sem noção. Quando comecei a lecionar aqui, ele acreditou que seria muito legal termos algum envolvimento, até o dia que precisei dizer com todas as letras que não curto muito a fruta que ele tem a me oferecer. 

Ele é alto e bem apresentável, seu cabelo bem penteado para o lado e sua barba baixa combinam bem com seu rosto longo. Se eu gostasse de homens talvez ele me chamasse a atenção.

            - Soube que você também irá na conferência, seremos os professores responsáveis pelos alunos – Fala com um sorriso largo no rosto.

            - Hum – Finjo que estou prestando atenção.

            - Isso não é o máximo? Teremos tempo para colocar o papo em dia.

            - Uhum – Exclamo.

            - Combinado então.

            Nesse momento percebo que concordei com algo que nem sei o que é, mas pela felicidade estampada em seu rosto não será algo que me agradará.

            - Olha, me desculpe, mas preciso mesmo me concentrar na minha próxima aula – Tento mais uma vez dispensá-lo. 

            - Tudo bem, nos falamos mais na viagem – Se levanta animado – Tchau Olivia, foi maravilhoso ver você – Sai apressado da sala.

            Viagem? Que viagem? Do que esse maluco está falando? Que seja, não irei viajar com ele mesmo.

            Recolho meu material e sigo para sala de aula, ainda tenho alguns minutos para passar na padaria Mais Doce, que fica dentro da universidade para pegar um café.

            Ao passar pela porta do local, vejo que há uma pequena fila, logo me oriento ao fim dela. Estou mexendo em minha bolsa, quando acidentalmente, ouço a conversa de quem está a minha frente.

            - Ela já falou que não quer fazer nada hoje, você sabe que ela não gosta de comemorar o aniversário dela – Uma garota fala.

            - Ela é uma chata – Outra voz fina responde – Ela deveria me dar ouvidos e aproveitar a noite, ainda mais sendo sexta-feira.

            - Pode perder as esperanças de fazê-la sair de casa.

            - E o pior é que nem sei onde ela está ficando, senão eu iria fazer uma surpresa e aparecer para fazer um agrado.

            Ouço a risada enjoada que a garota solta. Jovens. Sem querer, deixo um papel cair da minha bolsa, e ele para no pé de uma das meninas.

            - Oh, olá professora – Me cumprimenta Valentina – Esse papel é seu?

            - Desculpa meninas, estava distraída que nem vi vocês – Pego o papel de sua mão.

            Vejo que é Paula que está conversando com a asiática, e sinto um perfume não muito agradável vir em minha direção, mas não é um perfume estranho, já o senti em alguma outra vez, mas não consigo identificar.

            -  Nós também estávamos ocupadas falando do aniversário de nossa amiga – Paula resolve explicar.

            - Sem problemas, podem continuar a conversa e desculpa atrapalhar – Tento voltar para meu mundo individual.

            - A senhora sabia que hoje é aniversário da Giovana? – Valentina volta me encarar.

            - Claro que ela não sabe, né Val – A outra garota revira os olhos – Ou você acha que ela vai decorar o aniversário dos alunos? 

            - A senhorita está correta, eu não sabia – Tento demonstrar descaso com o assunto, mas a melhor amiga de Giovana percebe que não podemos ter essa conversa na frente de terceiros. Não de uma forma direta e clara.

- Verdade, burrice a minha – Leva a mão até a testa – Mas estávamos conversando sobre a teimosia de nossa amiga de não querer comemorar, a senhora acha que teríamos que insistir? – Me assusto com sua pergunta.

- Acho que no dia do nosso aniversário temos que fazer o que gostamos, e infelizmente tem que ser respeitado – Tento fugir do assunto.

- Viu Paula? Devemos respeitar – Val é enfática – E fim de assunto. Obrigada professora, mas nossos cafés ficaram prontos e temos que ir.

As duas seguiram seus caminhos e eu fiz o mesmo. Dou minha aula tranquilamente e sem muitos acontecimentos importantes. Ao tocar o sinal, demorei mais uns quinze minutos conversando com algumas alunas que me pediram ajuda sobre alguns assuntos.

Já no carro, com Aurora ao meu lado, resolvo passar no mercado para comprar carne que já está quase acabando lá em casa.

- Filha, hoje é aniversário da Giovana, você acha que deveríamos comprar algo para ela? – Verbalizo meus pensamentos, apesar de minha filha ser uma pré-adolescente, costumamos conversar sobre quase tudo.

- Seria legal, mas não faço a mínima ideia do que ela possa gostar – Responde enquanto escolhe algumas bolachas para colocar no carrinho.

- Esse é o grande problema, porque não sei o que comprar e não vou ter tempo de ir em algum outro lugar, e levar algo do mercado não seria um presente bom.

- Você pode cozinhar algo, já que estamos no mercado, levamos comida.

- Mas vocês não estarão em casa – Justifico.

- Aposto que ela não se importará nenhum pouco com isso – Sorri em minha direção antes de conduzir o carrinho para perto do açougue.

- Ei – Chamo sua atenção – O que você quer dizer com isso, mocinha?

- Mama – Me encara – Não tenho mais a idade do Theo para não entender que aquela garota te olha de uma forma diferente.

- Aurora – Sinto meus olhos se arregalarem mais do que o possível – Você não é da idade do Theo, mas também não tem idade para entender dessas coisas.

- Ah mama, qual é? – Faz aquela cara que todo adolescente chato faz quando está entediado – Você sabe que já tenho sim.

Tento disfarçar meu incomodo com essa frase que ela acaba de dizer, respiro fundo e me concentro em não enfartar. Minha menina está crescendo. Meu primeiro bebê.

- E você não se importa com isso? – Resolvo colher verde.

- Com o que? – Me encara confusa.

- Com ela me olhar de outra forma – Explico.

- Não é como se fosse a coisa mais agradável do mundo, mas ela parece ser uma boa garota – Dá de ombro no fim da fala – Eu até gosto dela.

Se espanta quando percebe o que falou por último e me encara com os olhos esbugalhados.

- Não conte isso a ela – Me pede – Deixe-a acreditar que ainda precisa me conquistar.

- Ok, esse será nosso segredo – Abraço minha filha pelo ombro.

“Próximo”

Ouvimos o rapaz do açougue nos chamar, escolho o que preciso para a próxima semana e compro também um corte de carne especial para a janta de hoje. Acho que vou seguir o conselho da minha filha.

Assim que chegamos em casa, Aurora vai para seu quarto para se arrumar, daqui a pouco Pietra vem buscá-la, e como eu, minha filha não gosta de se atrasar.

A casa está silenciosa, sinal de que Giovana não chegou ainda, o que é muito bom, assim já vou providenciar algumas coisas que preciso para o preparo do Bife Ancho e batatas douradas que resolvi fazer. Não sei quais são os pratos preferidos dela, mas sei que come carne, então é uma boa opção para arriscar.

Enquanto escolho uma cabeça de alho que acho adequada já deixo o forno aquecendo, e depois a envolvo em papel alumínio sem fechá-lo completamente e a coloco para assar. Vai precisar mais ou menos uma hora até ficar pronto, tempo suficiente para eu tomar um banho e auxiliar Aurora.

Me certifico que está tudo certo com a temperatura do forno para não causar nenhum acidente, programo o relógio que há em cima da bancada para apitar em 40 minutos, assim consigo analisar como já está. 

Depois de tomar um banho relaxante, porém mais rápido que o normal, escolho um vestido preto básico que vai combinar com a ocasião, me deixando bem apresentável, mas nada extravagante, afinal, é um jantar em casa.

O vestido tem mangas longas com detalhes em rendas no ombro e antebraço, assim também como nos pulsos. Na parte do quadril ele é mais colado, porém nada vulgar e na parte de cima há um generoso decote. Escolho um lindo colar para combinar. Nos pés, opto por uma sandália aberta de saltos médios.

Já pronta, passo no quarto da minha filha e confiro se ela pegou tudo que precisa para passar a noite com a outra mãe, sendo que ela voltará apenas amanhã pela manhã.

Deve estar perto de Pietra chegar, acredito que já tenha se passado mais de meia hora, e estou certa quando ouço a campainha tocar.

- Filha, termina aí e desça, vou atender sua mãe enquanto isso – Aviso.

- Tudo bem – Concorda – Mama.

- Oi? – Me viro e sua direção antes de sair de seu quarto. Ouço a campainha tocar novamente.

- Você está linda – Me mostra seu sorriso angelical.

- Muito obrigada meu amor, você também está.

Desço as escadas e percebo que a campainha não tocou mais, será que ela já cansou fácil assim? 

Quase caiu para trás quando chego ao pé da escada e vejo que há alguém parada a porta, já conversando com minha ex esposa, e que esse alguém traja apenas um short curto de malha e um top de academia. Ela gosta de ficar assim em casa.

Me aproximo a passos rápidos, pronta para ver o que está acontecendo.

- Giovana? – A chamo.

A garota se vira em minha direção, me permitindo ver a expressão trancada de Pietra.

- Oi amor – Estende o braço esquerdo e passa por cima dos meus ombros, me levando para mais perto dela – Ouvi a campainha tocar e vim atender.

- Minha filha já está pronta? – Pietra me questiona com cara de poucos amigos.

Demoro alguns segundos para entender o que está acontecendo, mas por fim me dou conta de que minha ex esposa ainda acredita que eu e minha aluna somos um casal, agora está explicado o “amor”.

- Ela já vai descer – Abraço a cintura da mais nova.

O olhar de Pietra percorre meu corpo, me fazendo ficar com ainda mais nojo da cara dela. Giovana me prende ainda mais ao seu corpo quando também percebe.

- Vejo que a noite vai ser produtiva para vocês – A ruiva destila seu veneno – Vai aproveitar que sua filha não estará em casa, Olivia?  

- Pretendemos aproveitar sim, hoje é aniversário da Giovana e faremos nossa comemoração – A provoco também.

A mulher ao meu lado afrouxa o aperto em meus ombros, quando encaro seu rosto vejo sua surpresa. 

- Acho que sua namoradinha não sabe que vocês têm algum evento programado, sendo que nem se arrumar se arrumou.

- Ela ainda tem tempo para isso, não é amor? – Continuo com a atuação.

- Sim, na verdade eu ia entrar no banho assim que a campainha tocou – Giovana entra na minha história.

- E pode ir tomar banho agora, assim converso com Olivia sobre a nossa filha – Pietra encara minha suposta namorada.

- Acho que vou fazer isso mesmo, assim não perdemos tempo depois.

Giovana me olha com uma pergunta silenciosa em seus olhos se eu ficaria bem, apenas dou um leve aceno com a cabeça. Antes de sair ela deixa um beijo em minha bochecha, e um arrepio percorre pelo meu corpo.

Abro um pouco mais a porta dando passagem para a mulher que ainda estava no lado de fora da casa. Vamos até a sala e ela se senta no sofá.

- Sua namoradinha passa muito tempo aqui? – Começa me infernizar.

- Não iriamos conversar sobre a nossa filha? – Cruzo os braços a frente do peito, já me preparando para perder a paciência.

- É exatamente por minha filha também morar nessa casa que quero saber se sua nova queridinha passa muito tempo aqui e fica andando com esses trajes pela casa.

- Minha vida não lhe diz respeito e não use minha filha para querer saber sobre mim. Se quer saber algo, vá direto ao ponto – Falo mais firme.

- Ok, você está certa – Se levanta e vem em minha direção, recuo dois passos – O que você viu nessa menina, hem? Ela é quase uma criança ainda, desde quando esse é seu estilo de pessoas? Desde quando voltou a sair com novas pessoas?

- Eu vi nela o que não vi em nenhuma outra – Resolvo atacá-la, sei que isso ferirá seu ego – E você sabe que eu não tenho um estilo, basta o caráter da pessoa ser bom, e o dela é.

- Quando você vai perceber que não vai ser feliz até voltar para mim?

Ela se aproxima ainda mais, coloco a mão em seus ombros para pará-la. 

- Não vamos voltar, você já está careca de saber disso.

Nossos olhos travam uma batalha, mas sou salva pela minha filha que finalmente aparece na sala.

- Estou pronta, vamos Mãe?

- Oi princesa, você está linda.

Pietra cumprimenta Aurora com um abraço apertado, mas que não dura muito. Em poucos minutos Giovana volta para a sala, vestida com uma calça jeans clara e uma camiseta preta básica, simplesmente ela, no seu jeito único de ser.

- Que banho rápido – Pietra revira os olhos.

- Giovana, feliz aniversário – Minha filha vai até ela e trava no momento do cumprimento, sei que ela fica sem jeito com isso, mas estende a mão em direção a maior – Muitos anos de vida.

A moça dos olhos claros a surpreende puxando-a para um abraço, me preparo para entrar em ação caso Aurora dê uma crise, mas me acalmo ao vê-la relaxar nos braços da outra.

- Obrigada, pequena – Fala simples.

- Vamos filha? – A ruiva a minha frente interrompe o momento.

- Vamos – Se livra do abraço e vem em minha direção – Tchau mama, até amanhã.

- Tchau meu amor, se comporte. 

Dou um beijo no topo de sua cabeça e as acompanho até a saída. Permaneço ali até ver que deram partida com o carro, meu coração sempre fica aflito quando Aurora passa a noite longe de mim, sei que pode ser apenas um medo de mãe, mas não consigo evitar.

Fecho a porta e me dirijo até a cozinha pois ouço o relógio apitar, indicando que já passou o tempo que programei. Ouço passos atrás de mim, sinal de que a mais nova está me seguindo.

- Como sabe que hoje é meu aniversário? – É direta.

- Sabendo – Abro o forno e confiro o alho, mas precisa de mais uns 10 minutinhos, aproveito para colocar as batatas cozinhar também.

- Olivia – Me chama novamente.

- O que? – A encaro.

- Como sabe? – Dá a volta na bancada deixando seu celular sobre ela e ficando frente a frente comigo.

- É algo tão ruim assim eu saber do seu aniversário? – Tento mudar o rumo do assunto.

- Quase ninguém sabe do meu aniversário. Andou vendo minha matrícula na faculdade?

Não me seguro e solto uma gargalhada, o que essa garota acha? Que vou perder meu tempo procurando a ficha dela só para saber que está de aniversário hoje?

- Claro, porque eu tenho muito tempo para isso – Escoro meu quadril na bancada onde estão os ingredientes para a janta – Talvez eu tenha ouvido Valentina e a outra garota – Finjo esquecer o nome daquela enjoada – Comentarem sobre isso hoje.

- Ouvindo a conversa dos outros? – Sua expressão suaviza.

- Obvio que não – Reviro os olhos – Estava na padaria da faculdade e elas estavam na minha frente na fila discutindo sobre você não querer comemorar.

- Ah meu Pai Amado – Suspira – Todo ano é a mesma coisa.

- Então quer dizer que você realmente não tem nada programado?

- Não – Dá de ombros – Não curto sair no meu aniversário.

- Então se for em casa você não se importa? – Me faço de desentendida.

- Era sério o papo com sua ex de aproveitarmos a noite? – Ela solta seu famoso sorriso malandro.

- Depende – Me aproximo só um pouquinho – Eu pensei que seria legal não deixar passar em branco, então decidi cozinhar algo para jantarmos.

- Você pensou? – Ela também dá um passo a mais.

- Na verdade, não – Solto uma nova risada – Na verdade a ideia foi da Aurora, mas gostei.

- Preciso agradecer a ruivinha, então?

- Sim – Suspiro ao lembrar da minha pequena – Mas então, topa?

- Mas você realmente sabe cozinhar ou só dá uma de inteligente falando palavras bonitas na frente da sala de aula? 

- Acho que meu restaurante fazer o sucesso que faz responde essa sua pergunta besta – Estamos cada vez mais próxima – Mas você vai ter que provar para saber a verdade, pois posso estar só falando palavras bonitas.

- Acho que vou experimentar então...

Giovana encara meus lábios e noto o quanto perto estamos, e o relógio apita novamente indicando que o alho está pronto. Deixo a mais nova sozinha perto da bancada e vou até o forno.

- Já estou me arrependendo – Ela brinca – Você fez alho para eu comer?

- Sim, não gosta? – Entro em sua brincadeira – Como não sei seus gostos culinários resolvi fazer carne, acredito que você irá gostar.

- Acertou em cheio, amo carne.

- Maravilha – Comemoro interiormente por não ter errado – Você quer esperar na sala? Ou ficar vendo o preparo? Não irá demorar muito.

- E você acha que vou perder a oportunidade de ter uma aula particular de culinária com uma das melhores da cidade?

- Ah, agora sou uma das melhores? Até minutos atrás estava desdenhando da minha comida – Pego o avental e o coloco, prendo meus cabelos que estão soltos para não correr o risco de cair na comida.

- Só estava te provocando um pouquinho, mas antes preciso ir rapidinho no meu quarto desligar a Tv.

Giovana sai em disparada pelo corredor e eu organizo os ingredientes na ordem que vou precisar. Não demorou e o celular dela apitou ao meu lado e por puro instinto olho para a tela, vendo que é uma mensagem de Paula. “Você tem certeza de que não quer vir aqui? Comprei lingerie nova, posso te mostrar”

Meus olhos se arregalam. Então elas têm um caso ou algo do tipo. Ou a garota está tentando a sorte com a minha garota.

Minha garota? Espera, de onde tirei isso?

Giovana volta para a cozinha animada e eu não sei muito bem como agir, não posso dizer que vi a mensagem porque ela vai saber que eu vi o conteúdo, então só resolvo continuar fazendo o que sei fazer de melhor. Cozinhar.

- Pronta? – Pergunto.

- Sim, senhora – Bate continência.

Não tem como não rir com essa menina, ela é bem engraçada quando quer ser.

- Primeiro de tudo vou tirar o purê do alho com uma faca – Pego a faca de fio ao meu lado – Pegou seu caderninho para anotar tudo e depois contar para os coleguinhas que aprendeu coisa nova?

- Você é tão otária quando quer ser – Fala se posicionando ao meu lado para ver melhor como estou fazendo – Nem sei se poderei contar para eles, não sei se sobreviverei depois de comer algo preparado por você.

- Sobreviverá sim, e ainda irá querer repetir.

Seu rosto virá rapidamente em minha direção, suas bochechas estão um pouco rosadas, e percebo que ela levou essa frase para outro sentido. Droga.

- Bom, primeiro passo é esse – Mostro para ela como fazer o procedimento, e não demoro muito até finalizar – Agora acrescentamos a manteiga em temperatura ambiente, duas colheres de mostarda de dijon, alecrim fresco – Ela presta atenção em tudo – O alecrim pode ser a quantidade que você quiser, mas tem que tomar cuidado para não roubar o gosto de tudo.

Giovana demostra concentração em cada movimento que faço, isso sempre foi algo muito elogiado nela pelos professores, a sua vontade de aprender.

- Agora a pimenta do reino – Pego o moedor – É muito importante que seja moída na hora.

- Realmente faz toda diferença.

- Sal marinho ou pode ser o sal grosso.

Acrescento tudo e misturo, formando uma pasta homogênea. Depois disso deixo de lado e sigo para os pedaços de carne.

- Você quer me ajudar? – Pergunto.

- Claro – Se disponibiliza sem pestanejar.

- Pode tirar as batatas da água, por favor? E cortá-las para fazer douradas.

Ela faz o que pedi, e eu coloco a frigideira que será usada para carne esquentar em fogo alto. Logo depois a garota já está ao meu lado novamente para não perder nenhum detalhe.

- Quer fazer? – A incentivo novamente.

- Mas eu não sei fazer essa receita.

- Eu te auxílio – A encorajo.

Dou um passo ao lado para ela poder se posicionar no local exato para temperar a carne.

- Você irá temperar apenas com o sal grosso moído no pilão, para que na hora de comer a gente sinta os pedacinhos do sal.

Ela faz o que digo. Depois certifica-se que a frigideira está na temperatura correta e coloca a carne para fritar. Ponto para ela, se a frigideira não estiver com o calor correto, é mais difícil de acertar o ponto, pois a carne irá grudar.

- Sabe trabalhar bem com a carne? – Pergunto.

- Mais ou menos, as vezes não dá muito certo – Sorri sem jeito.

- O primeiro passo você fez correto, conferir a temperatura, mas um dos maiores segredos para deixá-la no ponto é não ficar mexendo enquanto ela frita – Explico – Agora você pode baixar para o fogo médio e fazemos as batatas enquanto isso.

Mais uma vez a mais nova faz o que oriento. Ela liga o fogo para a outra frigideira e acrescenta a quantidade de óleo indicado, e quando está quente suficiente acrescenta as batatas cortadas.

Pego a pinça de metal para olhar como está a carne. Ela me observa para não perder nenhum detalhe.

- Você precisa ver quando a carne começa a desgrudar sozinha – Levanto o pedaço do bife – E verificar se está criando a crosta e dourando da forma que precisa e quando estiver bem dourada a gente vira.

- Que delícia – Fala quando vê como está a carne quando viro.

- Para esse tamanho de carne, como a frigideira estava bem quente, precisa normalmente de uns 5 minutos para cada lado, não muito mais que isso – Continuo – Agora a gente espera as batatas também ficarem no ponto, e depois acrescentamos o molho na carne.

- As batatas já estão quase prontas, acredito que precise um pouco mais de sal – Confere a segunda frigideira.

- Mesmo eu já tendo colocado na hora de cozinhar? – A testo.

- Quando as cortei, experimentei um pedaço e estão boas de sal, mas acredito que se colocarmos um pouquinho só de sal grosso também vai dar para senti na hora de comer, combinando com a carne.

- Perfeito – Digo estendendo o pote com sal para que ela acrescente, e assim ela faz – Agora você pode baixar ainda mais o fogo da carne e vamos colocar o molho. Como o molho está frio e a carne quente, vai derreter e penetrar nela, e o espetáculo estará feito.

Ela espalha a pasta por cima dos dois bifes, deixando os dois iguais. Depois, enquanto deixa a carne descansando ela tira as batatas e coloca no recipiente com o papel, para tirar a gordura.

- O segredo de saber se está pronto é qual? – Ela está encarando a frigideira.

- Quando a manteiga derreter toda e não der mais para ver, aí estará completamente pronto.

Sigo até o armário onde fica os pratos e escolho dois, quadrados e rasos. 

- Você bebê vinho? – Questiono.

- Sim, não sendo aqueles muito secos.

- Então você escolhe o vinho e eu vou arrumar a mesa e os pratos.

Sigo com as coisas necessárias para pôr a mesa e depois monto o prato. Está com uma cara maravilhosa, veremos se o gosto também estará.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boooom diaaaaaa!!!!!

Quem ai queria um presente desse de aniversário????????

Nossa professora e nossa aluna preferidas compartilhando mais um momento. 

Espero que a leitura tenha te feito uma boa companhia!!!


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Comentários para 10 - Capitulo 10 - O aniversário:
Raquel Santiago
Raquel Santiago

Em: 30/09/2025

Nossa, só eu que acho a Olívia sexy demais quando está ensinando alguma receita?

Responder

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jake
jake

Em: 27/08/2025

Que delícia de jantar...

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 13/08/2025

Esse jantar promete.

Responder

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Duduka
Duduka

Em: 08/08/2025

Jantar exclusivo , ciúmes e vinho. Hummm a noite promete  " minha Garota"


Paloma Matias

Paloma Matias Em: 08/08/2025 Autora da história
Um presente de aniversário e tanto né ????


Responder

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Socorro
Socorro

Em: 08/08/2025

Que delicia de capitulo!

volta logo quero a continuação desse jantar kkk

ciúmes em professora kk


Paloma Matias

Paloma Matias Em: 08/08/2025 Autora da história
Kkkkkk Olívia não gostando de dividir a aluna kkk


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