Capitulo 6 - Mais uma ajuda
Olivia
Giovana não deixa que nos aprofundamos no assunto de sua família, já percebi que ela é bem reservada sobre isso e muito independente.
Sua situação com o dormitório piorou e sei que isso pode atrapalhar bastante a vida acadêmica de um aluno, ainda mais no último semestre, que há muitos trabalhos a serem entregues e tudo mais.
Quando vejo que ela se sentou ao meu lado, minutos atrás, percebi que ela carrega consigo um buque simples, com apenas uma flor solitária e alguns ramos acompanhando. Simples e lindo.
Agora que ela não permite que falemos sobre sua família, volto a encarar sua mão, e ela percebe.
- Ah, isso é para você – Estende a flor em minha direção – É simples, mas espero que goste.
Ela está com as bochechas vermelhas, provavelmente com vergonha, vejo também que há medo em seus olhos, medo que eu não aceite. Sem evitar, olho ao nosso redor para ver se tem alguém vendo essa cena, pois pode ser interpretada de uma forma muito errada. Professora recebendo flores de uma aluna.
- Hum – Pego o Buque – Obrigada – Sussurro.
- Se não gostar, não precisa aceitar – A encaro e vejo que ela percebe meu nervosismo.
- São lindas, mas... – A olho sem entender – Por que você está me dando flores?
- Bom – Coça a nuca – Existem poucas coisas que entendo muito bem na vida, uma delas é cozinhar, e isso seria um pouco complicado de fazer no momento para você, e a outra coisa são flores. Eu queria te agradecer de alguma forma sobre a noite de ontem.
- Sobre a noite de ontem? – Me perdoem, mas essa frase soou muito como agradecimento por uma noite de sex*, o que não é nosso caso.
- Sim, por você me acolher em sua casa e pela... – Hesita em continuar - Conversa.
- Ah – Encaro a flor mais de perto, é linda, não posso negar – Muito obrigada.
Nesse momento seu telefone toca e ela pede licença para atender, aproveito que estou sozinha para ver melhor meu presente. Estou sem palavras para sua ação, por mais que tenha me assustado um pouco, tenho que admitir que ela mandou muito bem.
Giovana é aquele tipo de pessoa que as mulheres amariam ter como namorada, ela é linda, galanteadora, atenciosa e uma ótima ouvinte, não é à toa que há muitas garotas atrás dela. Não é a primeira vez que sinto algo estranho quando penso nela dessa forma, como alguém que seria fácil se apaixonar. Devo estar louca.
- Era Val – Me traz de volta a realidade – Ela me avisou que Gabriela disponibilizou um quarto para nós no apartamento dela – Ela mexe em seus dedos, nitidamente desconfortável com algo.
- Mas? – Me olha, sabendo que notei que tem algo a mais para ser dito.
- Não me sinto bem em ficar lá, agradeci a ela, mas vou procurar um outro lugar. Sei que ela ofereceu para Val porque estão ficando e a quer por perto, mas não tenho como aceitar sendo que vi a mulher uma única vez na vida.
Eu a entendo, acho que agiria da mesma forma se estivesse em seu lugar. Uma ideia maluca se passa pela minha mente.
- Fique lá em casa – Até eu me espanto quando ouço o que falei em voz alta.
- O que? – Seus olhos estão arregalados.
- Bom, você precisa de um lugar para ficar e lá tem um quarto disponível – Dou um sorriso amarelo, era só uma ideia e eu verbalizei, então agora preciso sustentar.
- Não precisa Olivia, não quero ser um incomodo.
- Você é sempre tão teimosa assim? – Reviro os olhos – Não sou o tipo de pessoa que faz coisas por fazer, ou por achar que devo fazer, se estou lhe oferecendo é porque não será um incomodo.
- Você é sempre tão direta assim? – O bico permanece em seus lábios.
- Sim, acostume-se.
Nada responde, apenas continua encarando o chão pensando, sei que várias coisas estão se passando pela sua cabeça, porque estão passando pela minha também.
Qual é? Nem vai ser tanto tempo assim, só estou querendo ajudar uma amiga que precisa de um lugar para ficar, não tem nada demais nisso, não quer dizer que estamos intimas demais, não quer dizer absolutamente nada.
Tento me convencer.
Olho as horas no meu relógio e preciso ir para sala de aula, não gosto de me atrasar.
- Eu preciso ir, senão irei me atrasar para aula e não gosto disso – Levanto do banco e ela faz o mesmo – Hoje depois daqui irei pegar as crianças e ir para casa, caso decida aceitar ficar lá, pode me esperar aqui mais tarde e vamos juntas.
- Preciso pegar minhas coisas e ir ao banco, talvez não dê tempo – Explica.
- Certo, então você tem como ir para lá?
- Sim. Mas isso não quer dizer que aceitei – Cruza os braços de forma birrenta.
- Ok, você quem sabe. Se quiser, sabe onde moro.
Não espero que responda nada, apenas saio, não tenho paciência para essas atitudes infantis. Até entendo que é chato depender da ajuda de alguém, mas ela não tem muita escolha, ou é isso ou aceitar a ajuda dos pais, veremos qual ela prefere.
A aula demora a passar hoje, os alunos estavam agitados, tive que ser mais rígida com eles. Mas assim que deu o horário, saio em direção ao estacionamento. Normalmente os alunos sempre me olham quando passo, mas hoje estou chamando ainda mais atenção deles por estar com a flor em minhas mãos, alguns até me perguntaram se tinha ganhado do meu namorado. Como sempre, apenas os ignoro.
Entro em meu carro e ao colocar a flor no banco do carona, vejo que há um pequeno papel junto. Logo o pego e o abro.
“Essa flor representa gratidão, por isso a escolhi para a ocasião, para demonstrar o quão grata estou por você ter me ajudado.
Obs: é uma das minhas flores preferidas.
G.G”
Sua caligrafia é linda, assim como eu já havia percebido no seu afrontoso texto de oito linhas. Essa garota tem me surpreendido muito.
Parto em direção a escola das crianças, mas depois de um minuto um barulho diferente ecoa pelo carro, olho para o multimídia do carro e vejo que é Gabriela me ligando.
- Alô – Atendo simples.
- Oi Liv, como você está? – Diz ela parecendo estar com a boca cheia.
- Estou bem, e você pelo jeito está comendo – Sorrio.
- Sim, me desculpe, já saiu da escola?
- Uhum – Concordo – Estou indo buscar as crianças.
- Certo – Ela está estranha.
- Desembucha, o que houve? Já estou quase chegando na escola, não tenho muito tempo para falar sem as crianças.
- Sempre tão delicada, como um coice de mula – Posso imaginar ela revirando os olhos – Você soube que os dormitórios ficaram fechados por duas semanas?
- Soube hoje à tarde. Você e Valentina estão namorando? – Pergunto direta.
- O que? – Se engasga – De onde tirou isso?
- De nenhum lugar, apenas sei que ela ficará na sua casa, e...
- Como você já sabe disso? Estou ligando para falar com você sobre isso.
- Todo esse rodeio só para me falar isso? – Solto uma gargalhada – Eu estava com a Giovana quando elas conversaram e acabei ficando sabendo.
- Ah sim! Eu ofereci para ela ficar aqui também, mas ela não aceitou.
- Também soube disso – Arfo ao lembrar daquela cabeça dura.
- Você está sabendo demais da vida da sua aluna hem – Provoca.
- Não estou sabendo de nada – A corto – Apenas estava com ela e acabei sabendo dessas informações – Suspiro.
- Desembucha, que suspirada foi essa? – Ela também me conhece perfeitamente.
- Talvez, só talvez – Tento enrolar – Eu tenha cometido uma loucura que eu possa me arrepender no futuro.
- O que você fez?
- Ofereciparagiovanaficarláemcasa – Falo extremamente rápido.
- Am? Fala direito mulher – Me repreende.
- Ofereci para Giovana ficar lá em casa.
Escuto um barulho alto de algo caindo no chão.
- Desculpe, meu telefone caiu, acho que não escutei direito.
- Escutou sim – Sei que ela escutou.
- Vocês estão namorando?
- O que? – Falo mais alto do que gostaria – De onde tirou isso?
- Sei lá, você me perguntou isso então resolvi perguntar também. Vocês estão ficando também?
- Claro que não Gabriela, por que você está me perguntando essas coisas?
- Você tem que entender que é difícil para mim acreditar que você está fazendo isso para uma aluna por apenas amizade, sendo que vocês se conheceram ontem. ONTEM – Repete a última palavra de forma bem alta.
- Eu já a conhecia, pare de besteira – Falo com a voz nervosa – Ela é minha aluna, eu já havia falado com ela algumas vezes, e...
- Já eram amigas? – Me interrompe.
- Amigas, é uma palavra muito forte para definir o que éramos – Estou mais nervosa do que nunca – Gabriela, só estou tentando ajudar alguém que precisa, você não pode me julgar por isso.
- Jamais julgaria, só achei estranho já que você nunca me falou dela, e que não costuma misturar sua vida privada com sua profissional – Justifica – Mas você precisa admitir uma coisa.
- O que? – Lá vem bomba.
- Sua aluna é muito bonita e não seria nada mal tirar o atraso com ela – Sinto meu rosto queimar ao ouvir suas palavras e sua gargalhada.
- Você está louca? Ela é minha aluna. ALUNA.
Paro o carro em uma vaga em frente à escola das crianças e olho no relógio, falta sete minutos para o sinal bater e eles serem liberados.
- Admita – Sua voz volta a soar pelo carro.
- Não vou admitir nada – Digo emburrada, esse assunto está indo longe demais.
- Admita – Insiste.
- Tá bom Gabriela, o que quer que eu diga? – Me irrito – Que ela é bonita? É sim, só um cego não veria a beleza dela, mas ela é minha aluna e ainda por cima, bem mais nova que eu, e eu não a olho com segundas intensões.
- E desde quando você liga para isso da idade? Não venha bancar a santa não, porque você já ficou com novinhas sim, e acho que está precisando ficar novamente, porque seu humor está sendo afetado pela falta de sex*.
- Você está louca.
- E você sem trans*r há quase um ano, está na hora de mudar isso.
- Não com minha aluna – Ouço o sinal da escola tocar.
- Então vamos marcar de sairmos para você encontrar alguém.
- Gabriela, vou ter que desligar, as crianças já estão vindo, e noto que você não está em seu perfeito juízo. Beijos e até mais.
Desligo sem esperar o que ela tinha a dizer. Ouço a porta de trás do carro ser aberta, e um mini furacão entrar. Aurora auxilia o irmão a sentar e colocar o sinto de segurança e depois também entra no carro. Dou partida indo direto para casa.
Ao chegar, as crianças vão cada um para seu quarto para tomar banho e se trocar, eu sigo com o Theo para ajudar ele com sua higiene. Por mais que meu filho ache que já está grande e que pode banhar sozinho, ele tem apenas três anos e não faz sua higiene tão perfeitamente, por isso, o deixo fazer algumas coisas e depois entro em ação.
Desde que comecei a estar mais presente na vida dos meus filhos, nossa rotina é sempre corrida, tenho que dar conta dos dois sozinha e tem dias que é de pirar o cabeção. Muitas vezes tive crises de choro, desesperada achando que nunca daria conta de cria-los, de que jamais seria uma mãe tão boa como a minha, mas com o tempo aceitei que não preciso ser como ela, preciso apenas fazer minha parte, e construir minha história ao lado das duas pessoas que mais amo nessa vida.
Penso que toda mãe se cobra em ser perfeita para os filhos, e por muitos anos sinto que falhei muito com minha filha, e hoje tento estar o mais perto possível dela e com isso criamos um laço único.
Depois de jantarmos, seguimos para a sala, confesso que minhas energias já se esgotaram, estou apenas deixando as crianças brincarem um pouco antes de irmos para a cama. Mas logo depois de alguns minutos peço para elas começarem arrumar as coisas para que possamos ir dormir, porém quando eles se levantam para fazer isso ouvimos a campainha tocar.
Quando abro a porta, dou de cara com a linda moça de olhos azuis.
- Giovana? – Me assusto – O que está fazendo aqui?
- Bom... – Ela pareceu tão assustada quanto eu – Pelo que me lembre você me convidou para ficar em sua casa hoje à tarde.
- Oh meu Deus – Abro espaço e faço sinal com a mão para que ela entre – Claro, eu tinha me esquecido completamente já, estava tão entretida com as crianças.
- Desculpe pelo horário – Fala sem jeito ao entrar na sala com uma grande mochila nas costas – Acabei passando na casa de uma amiga antes.
Ao passar por mim, sinto um perfume diferente nela, não é o mesmo perfume que ela estava quando conversamos no estacionamento, e tem uma essência adocicada, não é o que ela costuma usar. E confesso que não combina nada com ela esse cheiro. Provavelmente alguém andou abraçando-a, ou outras coisas. E pensar nisso me traz um certo incomodo.
- Sem problemas – A sigo até a sala – Eu vou subir para colocar as crianças para dormir e depois desço para falar com você, pode ser?
- Claro - Seu sorriso parece muito cansado.
- Se você quiser ir para o quarto e ir ajeitando as coisas, já sabe onde fica.
- Se você não se importar, seria melhor para mim.
- Não me importo nenhum pouco.
Sigo com as crianças para o andar de cima e ela segue para o quarto que dormiu na noite passada.
Aproveito o momento para explicar aos meus filhos o que está acontecendo, por mais que a autoridade em casa seja minha, acho justo deixá-los a par do que está acontecendo dentro do nosso lar.
Theo está até feliz em ter mais alguém em casa, para ele tudo se torna festa, poucas coisas o incomodam. Já com Aurora, as coisas são mais delicadas, mas mesmo não estando 100% confortável com a situação, ela entende que é necessário.
Depois de trinta minutos desço e vou em direção ao quarto de hospedes. Dou dois leves toques na porta e logo em seguida ouço sua voz dizer que posso entrar.
Uma péssima ideia.
A primeira coisa que vejo quando entro, é Giovana em pé ao lado da cama usando apenas um blusão sem mangas, que vai até um pouco abaixo da sua bunda, deixando suas pernas bem expostas. Ela está dobrando uma muda de roupa para em seguida deixar junto a sua mochila.
“Sua aluna é muito bonita e não seria nada mal tirar o atraso com ela”
Balanço a cabeça para tirar a voz de Gabriela da minha mente, dar ouvidos a isso seria procurar problemas. Mas não posso mentir que essa cena não me causou um certo calor, afinal, ela realmente é linda, e eu realmente preciso tirar o atraso. E o mais rápido possível.
- Oi – Digo entrando e fechando a porta atrás de mim – Você precisa de algo? Está com fome? – Tento manter contato visual com ela, olho no olho e não em suas pernas.
- Não, eu já jantei antes de vim – Se senta na beira da cama quando termina de arrumar sua roupa – Você tem certeza de que não tem problema eu ficar aqui esses dias? Qualquer coisa posso tentar um outro lugar amanhã.
- Não tem problema – Na verdade, já não tenho tanta certeza, porque será um grande problema se toda vez que eu a ver, começar a reparar em sua beleza – E logo as coisas se ajeitam e você volta para seu dormitório. Eu conversei com as crianças, e só te peço paciência com a Aurora, ela pode ser um pouco complicada as vezes.
- Você nem precisa me pedir isso – Se afasta de onde está sentada, indo para trás e escorando suas costas na cabeceira da cama, fazendo sinal para que eu me sentasse na outra ponta. Perto de mais – Já percebi que com ela é um passo após o outro, mas ontem me dei bem com a ruivinha, espero continuar.
- Se você ganhar a confiança dela, pode ter certeza de que você conquistou um grande prêmio – Me sento e vejo seus olhos percorrerem meu corpo, ou pode ser fruto da minha imaginação – Amanhã você pode ir conosco, eu deixo as crianças na escola e depois lhe deixo no seu trabalho.
- Não quero incomodar, eu posso ir sozinha, assim evita... – Olha para suas mãos em seu colo.
- Evita? – Questiono.
- Que as pessoas nos vejam – Continua com o olhar baixo.
- Isso seria um problema para você? – Por fim ela me encara.
- Não seria nada mal ser vista com uma mulher como você – Levanta o canto do lábio em um sorriso maroto, o que faz meu estomago revirar – Mas o problema é que eu não gostaria que a fofoca de eu estar sendo ajudada por você se espalhe.
- Concordo com isso – Tento disfarçar que o que ela disse não me afetou – Mas acredito que lhe deixar na floricultura não irá ser muito alarmante, posso lhe deixar na rua de trás, e para vir embora temos que achar um outro jeito, porque aí sim pode ser que alguém veja.
- Eu volto sozinha, não me importo, pego um ônibus ou Uber.
- Daremos um jeito.
Novamente seu olhar desce pelo meu corpo, e inevitavelmente o meu faz o mesmo pelo seu. Me levanto rápido, a assustando, mas preciso sair e voltar a ter minha sanidade mental.
- Então... – As palavras fogem da minha mente – É...
Ela se levanta também e se aproxima, o que ela pensa que está fazendo? O sorriso de lado volta para seus lábios, e isso a deixa ainda mais linda. Ela para a minha frente, esperando que eu termine de falar, mas como fazer isso se já nem lembro do que estou falando?
- Está tarde, eu vou indo dormir – Consigo falar e vou caminhando para trás, até que sinto minhas costas bater na porta – Até amanhã.
Saio do quarto mais depressa do que deveria.
O que foi isso?
Fim do capítulo
Olá pessoal!!!!
O que vocês acham que vai dar dessa ajuda? hem??
Deixem aqui nos comentarios o que estäao achando da histüoria que eu vou amar ler.
Outra coisa, quem quiser saber um pouquinho mais de mim e acompanhar mais sobre a historia, pode me seguir no Insta @paloma.autora. Lá você teram bastante conteudos de romances sáficos.
Espero que a leitura tenha te feito uma boa companhia.
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Raquel Santiago
Em: 30/09/2025
A Giovana deixou a Olívia desconcertada e nem teve a intenção, imagina quando ela quiser.kkkk
Raf31a
Em: 04/08/2025
Tem situação que é melhor ser evitada. Se a intenção era não se envolver, Olivia ofereceu a ajuda errada. Vai ser difícil fugir da química com Giovana.
Paloma Matias
Em: 04/08/2025
Autora da história
E será que no fundo, no fundo, ela quer fugir?
Mas também não sei se foi a melhor das escolhas hahahaha
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nath.rodriguess
Em: 01/08/2025
"você já ficou com novinhas sim" kkkkkkkkkkk morta
Paloma Matias
Em: 01/08/2025
Autora da história
Ela não tem nem como fingir demência kkkk
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