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MINHA DOCE MENTIROSA por Bel Nobre

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Palavras: 3037
Acessos: 252   |  Postado em: 28/07/2025

Capitulo 36

      CAPÍTULO TRINTA E SEIS

Marcela abriu a porta para Valesca e a seguiu a passos lentos, sem se importar de fechá-la depois.

Sua família estava toda reunida ao redor de Ágata, que ria de algo que sua irmã acabara de dizer. Marcela não fazia ideia do que se tratava, mas vê-la sorrindo lhe trouxe certo alívio. Era um bom sinal — pelo menos ela não parecia mais tão abalada com o que havia acontecido há pouco no escritório.

Sentou-se ao seu lado e segurou suas mãos, levando-as até os lábios, sob olhares curiosos da sua família, em especial das irmãs que nunca viram a caçula toda melosa.

— Me desculpe por aquilo. Eu entendo como você se sentiu. Prometo que não vai mais acontecer.— beija os dedos da Italiana buscando o perdão em seu olhar.

Ágata estava muito nervosa, apreensiva. Se dissesse que estava tudo bem, estaria mentindo — e ela não queria um relacionamento baseado em mentiras, muito menos fingir que aquilo não a afetara.

— Eu sei que você não teve culpa… mas, mesmo assim, foi difícil de ver.

— Ver o quê? — perguntaram as gêmeas ao mesmo tempo, sem receio de parecerem intrometidas .

— O que aconteceu? Ninguém explicou nada até agora. A senhora sabe do que elas estão falando, mãe?— Se voltaram para encarar a mãe num gesto em perfeita sincronia corporal, como se fossem um só.

Dona Montserrat, que até então estava entretida comendo, limpou a boca com o guardanapo e cruzou os braços, aguardando a filha explicar o ocorrido. Está sentindo se pressionada tremeu como uma adolescente perante o olhar severo da mãe.

— A Valesca entrou e me beijou, sem se importar com a presença da Ágata — Marcela contou rapidamente. Instintivamente, passou o braço pelos ombros de Ágata, puxando-a para mais perto e aproveitando para sentir o cheiro de seus cabelos.

— Por isso nunca fui com a cara dessa mulher. Esse jeitinho de madame metida a besta nunca me desceu — desabafou Evy, recebendo o apoio imediato de sua irmã gêmea.

Dona Montserrat logo interveio:

— Eu nunca aprovei esse seu envolvimento com a Valesca, e isso nunca foi segredo. Já resolveu essa história? Explicou tudo direitinho? Deixou claro que está num relacionamento sério? Porque eu também não quero ter que dar satisfação ao meu amigo por sua falta de caráter com as mulheres.

— Mãe, pelo amor de Deus! O que a Chiara vai pensar de mim? Eu fui clara com a Valesca. Disse que estou num relacionamento sério e que isso não pode mais acontecer. Da minha parte, está resolvido. Acredito que ela entendeu e não vai insistir.

— Assim espero. E o que aconteceu no Rio, afinal? Prenderam o tal Magnata? — perguntou Dona Montserrat, voltando sua atenção à fatia de bolo pela metade. As irmãs de Marcela imediatamente se calaram, curiosas com a resposta.

— Boa parte da quadrilha foi presa, mas o Magnata conseguiu fugir. Estão achando que ele está escondido na casa de uns parentes que, até pouco tempo atrás, ninguém sabia que existiam.

— Não vejo a hora desse inferno acabar, para você e minha neta terem um pouco de paz — comentou sua mãe, num tom pesaroso.

— Se fosse por mim, eu mesma já teria dado fim nele. Mas esse tipo de gente é igual rato: você mata um, aparecem mil. Agora a Valesca quer conversar com a Alex, tentar descobrir se ela viu ou ouviu algo enquanto estava em cativeiro.

— E você não acha isso cruel demais? Essa criança já passou por tanta coisa... Por que não deixá-la esquecer? Por que reviver tudo outra vez? — protestou Dona Montserrat, quase se engasgando com os farelos do bolo, indignada com a situação.

— Eu não vou permitir que ela force nada. Vamos começar com uma conversa leve, com a Alex presente. Se ela se sentir à vontade, tenho certeza de que vai se abrir.

Essa explicação pareceu convencer e acalmar os ânimos por alguns instantes, pois logo voltaram a falar de assuntos aleatórios.

Marcela abraçou Agata forte e ficou cheirando a ponta de seus cabelos. Dona Montserrat sorriu de canto, disfarçadamente, para não constranger Chiara. Mas Marcela não tinha filtro e encarou a mãe:

— O que foi, mamãe? Nunca viu um casal de namoradas?

— Marcelaaa! — Chiara gritou, dando leves tapas nos braços dela. Marcela segurou suas mãos, gargalhando.

— Até nisso você se parece com seu pai. Ele adorava me abraçar e cheirar meus cabelos. Me cheirava toda. Era o jeito dele de ser carinhoso com quem amava. Ainda hoje sinto falta dele...

Os olhos de dona Montserrat se encheram de lágrimas, mas logo ela afastou a nostalgia e a tristeza, voltando a ser a senhora alegre que todos amavam.

— Ágata, minha filha, a casa é sua. Vou ver onde estão as crianças, já passou da hora do almoço delas.

Como se fosse ensaiado, as gêmeas se levantaram juntas, cochichando, e as deixaram a sós na cozinha. Dona Sebastiana foi para a pia do lado de fora, aparentemente sem interesse em ouvir a conversa.

— Venha, vamos para o quarto tomar um banho, trocar de roupa e descansar um pouco. Você deve estar morta, toda quebrada. Não é fácil ficar duas horas na garupa de uma moto — disse Marcela, com a voz rouca e baixa, quase sussurrando no ouvido de Chiara. Ela se arrepiou inteira.

Se Ágata fosse para o quarto com Marcela, dormir era a última coisa que faria.

— Não estou tão cansada assim. E, se for para o quarto, tudo o que eu menos quero é dormir.

— Ah, é? E o que minha deusa quer, então?

Os beijos de Marcela se multiplicaram no pescoço da italiana, provocando um calor inesperado. Suas mãos acariciavam suas pernas, subindo devagar, espalhando faíscas por onde passavam. Ágata precisou de um esforço descomunal para resistir à sua sedução. Empurrou-a com carinho.

— Pare com isso! Dona Sebastiana não é surda, pode ouvir tudo.— Marcela balançou os ombros num gesto involuntário, erguendo levemente as sobrancelhas, como se com o gesto mostrasse a namorada que não estava preocupada com a opinião da senhora.

— Ela está do outro lado da parede. Não tem como escutar. Vamos para o quarto, vai...

— Pode parar! Eu não vou me sentir bem trans*ndo no quarto ao lado da sua ex-amante. E, além disso, suas irmãs vão chegar com as crianças. Se nos virem com a porta trancada, já viu, né?

As gêmeas tinham uma liberdade com a caçula que, às vezes, beirava a falta de respeito. Chiara não estava acostumada com aquilo. O mais próximo que tivera de uma irmã foi sua amiga Gorete — e, mesmo assim, suas brincadeiras se limitavam a ela. Já as gêmeas não: falavam e faziam o que queriam, como se tudo fosse a coisa mais natural do mundo. Para elas, era natural sua irmã gostar de garotas.

Ágata é que ainda não estava acostumada com essa ideia. 

Permaneceu sentada, observando Marcela dirigir-se ao quarto, um convite silencioso para ser seguida pairando no ar reforçado com um gesto discreto da cabeça e uma piscadela de olho arrancado um sorriso tímido da italiana que disfarçou a emoção  e a vontade de fazer o que a outra pedia.

Antes mesmo de pensar em abrir a porta, como planejado, Alex surgiu correndo, a respiração ofegante e um sorriso radiante – o sorriso de quem encontra a pessoa mais amada do mundo. Um pouco mais atrás, com ares de cansaço, um grupo de seis adolescentes de idades e gêneros variados também chegou, igualmente molhados, sorrindo de forma mais contida. Eles admiravam a cena: a menor de todos pulava no pescoço da mãe e tia deles. A prima, encharcada, deixava pequenos poças de água por onde passava, molhando toda a cozinha. Quando o restante da "tropa" adentrou, todos se penduraram na tia e, consequentemente, na prima, que já parecia sufocar com tantos abraços.

No chão, perto do grupo, várias cordas com dois a cinco peixes de tamanho razoável foram abandonadas, sujando ainda mais o local que antes cheirava a lavanda e estava limpo e brilhante. Dona Sebastiana parecia não se importar com a bagunça; ao contrário, ria das crianças puxando a tia e a prima, que se agarrava ainda mais ao pescoço da mãe, distribuindo beijos em seu rosto. A mocinha, talvez a ajudante da dona Sebastiana mais afastada, segurando uma cesta de frutas, olhava horrorizada para o chão completamente enlameado. Quase certa que seria ela a responsável pela limpeza do lugar.

―Mamãe, estava com saudades!― Alex tentou respirar, livrando-se dos braços do rapaz, que parecia ser o mais velho da turma.

―Também estava com muitas saudades do meu toquinho de gente. Eu trouxe alguém que você vai gostar. Olhe quem está sentada ali.

Marcela apontou para onde Ágata estava sentada em silêncio, observando a cena familiar. Alex olhou surpresa, desceu rapidamente do colo da mãe e veio ao seu encontro. As outras crianças olharam sem entender a importância daquela estranha na vida da prima, mas logo perderam o interesse, voltando para a tia e enchendo-a de perguntas. Enquanto isso, Alex também cobria a master chef de perguntas sem dar chance de responder.

―Vai ficar quantos dias? Aqui tem cavalo. Podemos cavalgar juntas? Minha tia Ivi,  uma égua mansinha para você, não é tia? ― se virou com os olhos brilhando de excitação encarando a tia que sorria acenando afirmativamente para o pedido da sobrinha.

Ágata estava encantada ouvindo a voz infantil de Alex, cheia do sotaque de sua terra, tão parecido com o da sua própria mãe, que nunca perdera a entonação. Alex falava com desenvoltura, seu problema com a fala parecia nunca ter existido.

―Eu vim para um fim de semana, se não aparecer problemas você me mostra tudo aqui na fazenda combinado?.

 Alex mudava olhar da mãe para Ágata e outra vez para mãe. Após alguns segundos, ela segredou em seu ouvido: "Vocês estão namorando?

Fez que sim com um gesto de cabeça sem dizer nada. Ainda sentada no seu colo, ela continuou: ―A Beatriz, minha prima, aquela ali― apontou para a garota no meio dos meninos, indicando qual das duas era, ―ela falou que a Dona Valesca, amiga da vovó, quer muito ser namorada da minha mãe. Ainda bem que não é, eu não gosto dela.

A italiana parecia não saber o que dizer. Afinal, o que se deve responder a uma criança quando ela afirma não gostar de um adulto, quando ela mesma, uma adulta, não gostava nem um pingo da senhora em questão?

―Eu também não gosto dela.

Ágata sabia que estava se comportando infantilmente, mas era exatamente isso que ela queria dizer. Alex a apertou em uma cumplicidade que durou milésimos de segundos. Foram atraídas pela voz um pouco alterada de uma das gêmeas, reclamando da bagunça.

―Passem todos para o quintal, suas pestes! Vocês morrem e não aprendem que antes de entrar têm que se lavar e trocar de roupa!

―. Mas mãe, eu quero ver minha tia! Ela prometeu que a gente ia jogar X2!

Todos pareciam ter a mesma opinião do garoto. Eve tinha dois meninos e uma menina com idades entre quinze e doze anos. Irvina (Ivi) tinha apenas um casal de gêmeos, a garota parecia uma versão mais nova da avó, e o garoto não se parecia com ninguém que eu já tivesse visto; os dois tinham quatorze anos. Os outros dois eram filhos de Andrey e tinham quase dezoito anos. De todos, Alex era a mais nova.

―Vamos fazer o seguinte: vamos todos tomar banho de mangueira, limpar os peixes, entregar para “Tiana” temperar, e vamos jogar bola. Depois, todo mundo vem almoçar.

De longe, dava para ouvir os gritos no quintal e as gargalhadas de Marcela. Ágata viu de relance quando ela passou correndo, toda molhada, sem a blusa que usara para cobrir a marca arroxeada no ombro, ficando só de camiseta e calção. Em seu encalço, dois garotos passaram com as mãos cheias de bolas feitas de lama, farelos de capim, galhos pequenos e folhas, tudo misturado com argila.

―Eles estão brincando de guerra de lama?

A italiana Esticou-se toda para ver Marcela ser bombardeada com duas bolas de lama que encharcaram seus cabelos, pingando algo viscoso de cor duvidosa.

―Estão, sim! Vai querer entrar na brincadeira? Os meninos não têm compaixão― disse Eve. A gêmea de cabelo longo veio ficar onde eu estava, observando os filhos correrem.

―Vontade não me falta, mas acabei de tomar um banho demorado. Vai ficar para uma próxima vez.

―Te apoio completamente. Quando eles terminam a brincadeira, estão piores do que porcos na lama, mas com um brilho no olhar que vai durar mais de uma semana.

―Não imaginei que ela fosse assim, mais moleca do que Alex― Ágata falou, ainda olhando a brincadeira cheia de gritos e gargalhadas dos participantes, que tinham esquecido de tudo.

Eve acompanhou seu olhar, em seguida se virou de frente para explicar.

―Meu tio, o pai dela, era assim. No passado, éramos eu e meus irmãos que estávamos no lugar das crianças. A Demon sempre viveu com a gente, desde que nasceu. Meu tio sempre morou conosco, só às vezes voltava para casa levando Marcela. Quando ele morreu, ela veio de vez.

―Por que vocês a chamam de Demon?

Eve olhou, avaliando se contaria ou não, e acabou optando pela segunda opção. ―Desde novinha, ela é um terror com as garotas que infernizavam as mães para vir passar o fim de semana aqui. As mães ficavam loucas com Marcela, ninguém gostava que a filha fosse sua amiga, mas quanto mais eram proibidas, mais elas fugiam para ficar com minha irmã. Por isso, meu pai disse que ela era o diabo na vida das garotas, e o apelido pegou. Nós nunca a vimos querer nada sério com ninguém. E você, qual a sua história? Como conheceu a Demom?

Ivi, a irmã de cabelo curto, chegou trazendo uma pilha de toalhas dobradas, foi até o quintal e as deixou em cima de uma cadeira do lado de fora. Voltou e sentou-se bem próximo a mim, com as duas mãos sobre a mesa, girando o galheteiro lentamente um gesto  automático, a mulher  não tinha noção do que fazia perdida em observar as crianças.

―Acho que desde sempre.

As gêmeas se olharam sem entender, ou achando que Ágata era  louca. Dona Sebastiana, que passava por perto, era da mesma opinião.

―Eu explico. Quando eu tinha sete anos, estudava no colégio onde a mãe de vocês era diretora. Ela ia brincar com as crianças na hora do intervalo, e por ser gordinha, de tranças e óculos de grau, já viu, né? Eu era o brinquedinho preferido para bullying das outras crianças.

―As crianças dizem coisas terríveis. Eu sei como é isso. Eu sempre tirava notas altas quando criança, mas todo mundo dizia que as professoras faziam isso porque minha mãe era diretora― disse Eve, segurando minha mão num toque confortável.

―E para piorar, quando passamos a ser monitoras dos alunos que não conseguiam acompanhar o ensino, nos acusaram de receber tudo pronto, diziam que nossas provas já vinham com as respostas. Isso nos chateava, chegando ao ponto de a mamãe nos tirar do colégio e matricular em outro. O que foi maravilhoso― Ivi completou.―pedindo logo em seguida.―continue sua historia, eu estava de olho nos meninos, mas os ouvidos estavam aqui.

Todas riram da gêmea.

―Um dia, eu estava no canto da sala, eu e minha amiga Gorete, quando Marcela entrou. E no meio das crianças que pareciam bonequinhas com seus vestidos cheios de babados, ela me escolheu como sua amiguinha e foi me buscar lá no canto. Suas brincadeiras eram muito pesadas, mas eu não me permitia chorar, fingia que não estava doendo, só para ela não deixar de ser minha amiga. Na minha cabeça, ela era minha amiga, eu admirava o jeito dela. Aí ela desapareceu.

―Quantos anos você tinha mesmo?― Ivi não tinha escutado quando falei.

―Tinha sete anos. Ela devia ter uns dezessete. Por quê?

―Pelo que ela está falando, foi na época em que fomos para a Itália fazer faculdade.

―Aí, quando eu já estava na adolescência, eu sempre a encontrava aqui com uma garota diferente a cada fim de semana. Recentemente, nos encontramos; ela quase me atropelou no calçadão em frente à minha casa.

―, Mas você sempre gostou de garotas? Lembro da mamãe falando algo sobre isso com minha irmã.

―Eve!― disse Ivi. ―A mamãe estava dizendo justamente o contrário, para a Demon não se envolver com a filha do seu amigo, porque ela não gostava de garotas.

―Foi isso mesmo que eu disse― Eve respondeu com a cara mais inocente do mundo.

―Nunca me envolvi com garotas, sempre me relacionei com homens. Mas nunca senti o que senti quando vi a irmã de vocês. Parecia que eu estava dormindo, ou que meus olhos estavam fechados e, quando a vi, eles se abriram. Sim, fui eu quem deu em cima dela. No começo, eu achava que ela era bandida, andava armada, fugindo, assustada, e mesmo assim eu estava disposta a dar uns amassos nela.

―Isso não te assustava, o fato de estar se sentindo atraída por outra mulher, ou você é lésbica de nascença como minha irmã?

―Ainda não sei o que sou, e não me assusta o fato de querer ficar com uma mulher. Amor é amor, não tem sex*. Ou você ama, ou não ama; o sex* é outra coisa, mas descobri que quando os dois estão juntos é muito mais gostoso. E vocês já ficaram com mulher?

As duas se olharam sorrindo, e Evy foi quem respondeu: ―Já. Quando fui para a Europa, fiquei com uma amiga. Já era casada, e quando voltei, contei tudo e me divorciei. Fui embora, fiquei com outras garotas, depois casei novamente e tive meus filhos. Agora sou uma senhora tranquila, posso dizer que sou bi, gosto dos dois.

―Acho que agora é minha vez. Eu nunca fiquei com mulher, acredito que por ainda não ter sentido atração por nenhuma, mas estou aberta às oportunidades.

A gargalhada foi geral. Fomos silenciadas pelos gritos de Marcela no quintal, chamando pela filha, que correu e entrou na mata. 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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