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Perto do céu por AlphaCancri

Ver comentários: 2

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Palavras: 1666
Acessos: 533   |  Postado em: 16/05/2025

Capítulo 25

Não acreditei que em dois dias teria que voltar a trabalhar. Meus vinte dias de férias pareceram durar três. Eu não tinha ânimo algum para voltar à rotina. 

Em todos aqueles dias Isabela e Léo me mandavam mensagem, ligavam ou iam até a minha casa. Jantaram comigo várias vezes. Assistimos filmes. Dormiram junto comigo na cama. Às vezes Isabela, às vezes Léo, às vezes os dois. 

Driblei como pude a preocupação da minha tia. Às vezes eu penteava os cabelos, fazia minha melhor cara de normalidade e aparecia no corredor, para que ela pudesse me ver. Tudo que eu menos queria era ter que inventar desculpas ou dar explicações que não seriam verdadeiras. 

Naquele sábado, meus amigos conseguiram me fazer sair de casa. Bar do gigante, onde mais? Apesar do parque, do bar, e tudo ao meu redor me lembrar Marcela, foquei em aproveitar o momento. Minha percepção de mundo parecia ter mudado. Eu tentava prestar atenção somente no que estava acontecendo naquele momento. Ricardo contando mais uma de suas aventuras amorosas. Léo rindo ao meu lado. Isabela tentando convencer o namorado de que nossa cidade era melhor que a dele. 

Nenhum deles tocou no nome de Marcela ou fez qualquer menção ao que aconteceu. Coisa que eu agradeci imensamente em pensamento. 

Quando voltei para casa, percebi que aquela seria a pior parte: enfrentar a solidão depois de ter experimentado o que era dividir a vida com alguém. 

Não pestanejei, sequer hesitei, peguei meus remédios e engoli os comprimidos. Fiquei no sofá, assistindo o que passava na TV aberta. Só fui para a cama quando comecei a sentir o efeito do sono induzido. 

Voltei a trabalhar e não tive como fugir de Diego:

— Eu fiquei preocupado, mona!

Ele aproveitou o momento em que, enfim, ficamos sozinhos. 

— Desculpa, eu ainda não queria falar com ninguém sobre… o que aconteceu. 

Ele sacudiu a cabeça antes de pegar minha mão:

— Te entendo. Mas vai passar… A vida é assim, né? Ciclos começam e se encerram o tempo todo.

Fiquei pensando na frase dele. Talvez fosse isso mesmo… um encerramento de ciclo que começou na minha infância, quando conheci Marcela, e que precisou culminar no nosso encontro para, enfim, se encerrar.  

*****

— E você, Marcela?

Olhei para Elis. Olhei para todas as pessoas na mesa. Não sabia do que eles estavam falando. Minha cabeça estava longe dali:

— O quê?

Ninguém pareceu notar meus instantes de ausência. 

— Vai pra quais blocos no Carnaval?

Eu não fazia ideia. Na verdade, não estava nem um pouco animada. Minha intenção era ficar em casa, descansando:

— Não sei ainda.

A conversa continuou, com meus amigos debatendo quais seriam os melhores lugares e horários para ir durante cada um dos dias de festa. Eu acompanhei calada, me sentindo uma estranha no meio deles. Me lembrei do que Ciça tinha me dito quando voltou mais cedo do Natal em família:

“Era como se eu estivesse em um lugar que não me pertencesse mais.”

Durante todos aqueles dias eu tentava ferrenhamente me convencer de que estava bem. De que era normal sentir saudades dela, afinal, ficamos juntas por meses. Que iria passar, como sempre. Que pensar nela todo santo dia era só costume. 

É claro que vai passar. 

Eu tive alguns relacionamentos na minha vida, uns duradouros, outros nem tanto, magoei pessoas, fui magoada, mas depois que perdi meus pais, nada me parecia tão grave. Essas decepções da vida pareciam pequenas, supérfluas, diante de um sofrimento de verdade. O que não significava que era fácil, mas eu já tinha passado por coisas imensamente piores e tinha sobrevivido. 

 À noite eu ficava tentando adivinhar como ela estava, o que estava fazendo, se estava se alimentando direito. Fechava os olhos e podia visualizar Ciça chegando de carro em frente ao apartamento. Abraçava o travesseiro e dormia imaginando que estava abraçada à ela. 

Com Érica eu falei algumas vezes por telefone. Na primeira ligação, perguntei por Ciça. Minha prima disse que não a via há alguns dias. Nas ligações seguintes não perguntei mais. E Érica também não me disse mais nada. Eu precisava me desconectar, aceitar e receber minha nova realidade. Ciça não fazia mais parte dela. 

 — Marcela?

De novo percebi que não estava acompanhando o assunto da mesa.

— Vai querer mais alguma coisa? Ou podemos fechar a conta?

Respondi tentando focar no momento presente:

— Não… Não quero nada.

Quando cheguei em casa meia hora depois, Vitor e João Paulo não estavam. Arrumei minha cama improvisada no chão. Me deitei e fiquei parada, olhando para o teto. Dentro de mim duas vozes: uma me dizia que iria ficar tudo bem e outra sussurrava que ali não era mais o meu lugar. 

*****

O amontoado de horas virou dias. Os dias viraram semanas, que para mim não significavam nada. O tempo nunca tinha sido tão… impalpável. Incerto. Às vezes os minutos pareciam congelar. Às vezes eu não acreditava que já havia mais de um mês que não via, falava, ou tinha qualquer notícia de Marcela. 

E esse era mesmo o meu objetivo. Apagá-la da minha vida. Não por ser uma memória ruim, pelo contrário. Tinha sido tão bom que a realidade de não ter mais aquilo, era insuportável para mim. 

 

 

 

Eu estava saindo do trabalho, de carro. Como a chuva que caía era consideravelmente grossa dei uma carona para Gabriela. A deixei na porta de casa e acelerei o carro para logo em seguida voltar a frear gradativamente. Nos pouquíssimos segundos que tive para perceber e entender a cena, hesitei entre ir embora ou intervir. 

Encostei o carro perto da calçada:

— Tudo bem, Érica? Quer uma carona?

Ela me olhou com um semblante assustado. Depois voltou a olhar para Henrique, que tinha uma cara de pouquíssimos amigos.

— Obrigada, Ciça, não precisa…

A forma como ela falou, o semblante raivoso de Henrique e o leve tremor que percebi na voz de Érica, me fizeram insistir:

— Não tá indo pra casa da sua mãe?

Ela voltou a olhar para o marido como se tivesse medo de falar. 

Eu destravei as portas do carro e disse:

— Entra aí, eu te deixo lá. 

Érica ainda demorou alguns segundos para puxar a maçaneta e sentar ao meu lado. Assim que ela bateu a porta, eu acelerei, sem olhar diretamente para Henrique em momento algum. 

Depois da primeira esquina, Érica desabou num choro quase convulsivo ao meu lado. Eu não disse nada, até chegarmos perto da minha casa. Parei o carro e só então perguntei:

— Ele fez alguma coisa com você?

Imediatamente ela sacudiu a cabeça:

— Não… Nós só discutimos… 

Os soluços eram tão altos que sacudiam o corpo dela:

— Eu acho que ele… ele tem outra…

Eu suspirei, me sentindo péssima por tudo que eu sabia e não contava para Érica:

— Por que você acha isso?

Ela levantou os olhos molhados e me olhou:

— Eu vi… umas mensagens…

Estiquei a mão e peguei um rolo de papel higiênico que sempre levava no porta-luvas. Estendi para ela, que limpou as bochechas e o nariz.

— Ele fala que eu sou louca… que eu fico vendo coisa onde não tem…

Eu não sabia o que dizer. Não iria contar coisas que eu ficava sabendo — sem provas — e também não iria dizer que podia ser tudo mentira, um mal entendido:

— Se acalma… Dorme na sua mãe hoje… E amanhã você pensa melhor no que fazer. 

Ela concordou comigo, balançando a cabeça. Assoou o nariz e depois falou:

— Era isso mesmo que eu pretendia… Quando você chegou, ele estava tentando me impedir de ir pra lá. 

Eu não sabia mais o que dizer. Realmente me revoltava ver Érica, uma moça jovem, com toda uma vida possível, ficar naquele estado por conta de um homem que não valia a nem a comida que comia. 

— Vou te deixar lá…

Ela falou rápido, me impedindo de voltar a colocar as mãos no volante:

— Não, espera! 

Depois pareceu envergonhada:

— Não quero que minha mãe me veja assim. 

Ficamos mais alguns minutos dentro do carro. Ela tentando se acalmar, inspirando e expirando devagar e compassadamente. 

Eu apontei para minha casa e perguntei:

— Quer que eu pegue uma água?

Érica sorriu um pouco:

— Não precisa, obrigada. 

Depois voltamos a ficar em silêncio. Quando Érica conseguiu controlar melhor as emoções e as lágrimas pararam de descer, me olhou:

— Obrigada, viu?

Eu sorri levemente:

— Não precisa agradecer. 

Ela também sorriu e soltou sem que eu estivesse esperando:

— Marcela perguntou por você. 

Eu desviei meu olhar imediatamente. Engoli em seco. Meu corpo inteiro gelou. O fluxo sanguíneo diminuindo no meu abdômen, causando a sensação de “frio na barriga”. A simples menção do nome dela me desmoronando, mostrando como eu estava errada em acreditar que tinha evoluído na missão de superar Marcela. 

Eu não disse nada. Érica muito provavelmente notou meu desconforto, pois logo pediu:

— Acho que já consigo ir… Você me deixa na minha mãe? 

Quando voltei para casa, quase saí correndo de lá. Uma sensação de sufocamento me tomando, como se eu não pudesse ficar sozinha. Nem na minha própria casa. Angústia. Solidão. Dor física. 

Me joguei na cama, olhando para as paredes. Minha cabeça numa agitação sem sentido, como se quisesse me obrigar a fazer alguma coisa, me tirar daquele fluxo de pensamentos depressivos. 

Quando me sentei no colchão, meus olhos foram atraídos para a pequena tela que deixei na estante, ao lado dos livros e fotos. Minha imagem pelos olhos de Marcela. O presente que ela havia me dado e que tinha me fascinado. Meu rosto desenhado, gravado, pelos olhos e mãos dela. Não aguentei olhar por muito tempo. Me levantei, peguei a tela, coloquei dentro de uma das portas do armário, com o desenho virado para dentro. Não suportaria olhar para aquela Maria Cecília que ela me fez enxergar e depois deixou para trás, sem nem pensar duas vezes. 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capítulo 25:
Raf31a
Raf31a

Em: 16/05/2025

Vou voltar aqui quando minha TPM passar. É fácil não ler esses últimos capítulos. 

Espero que o Carnaval chegue logo e Marcela resolva ir visitar a tia.


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 17/05/2025 Autora da história
Kkkkkkkk te entendo!
No capítulo de terça pode ter uma luz no fim do túnel…


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HelOliveira
HelOliveira

Em: 16/05/2025

Muito triste esse cap, será que uma das duas vai tomar alguma atitude......


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 17/05/2025 Autora da história
Será? Elas estão precisando de um empurrãozinho, né?



HelOliveira

HelOliveira Em: 17/05/2025
Ajuda elas autora rs


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