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Nem o Tempo Curou por maktube

Ver comentários: 3

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Palavras: 2034
Acessos: 908   |  Postado em: 14/05/2025

Capitulo 63- Diga sim

 

Mariana

O relógio na parede marcava quase meia-noite. O silêncio do meu quarto era cortado apenas pelo som tímido da chuva batendo contra a janela. Caminhei descalça pelo corredor, meus olhos carregados de um cansaço que ia além do físico. No quarto, Manuela já dormia, finalmente em paz, depois de semanas conturbadas.

Eu já sinto que estava na hora. O anel, guardado por todos aqueles anos, já não era mais um simples símbolo do passado. Ele estava ali, em minhas mãos, e a cada olhar para o brilho da pedra, o peso da decisão crescia. Eu o havia comprado muito antes, naqueles tempos em que tudo era sonho, quando ainda acreditava que o futuro seria uma linha reta, clara, sem curvas ou desvios. Mas a vida, como ela bem sei, sempre encontrava maneiras de mostrar que não há previsões para o que realmente importa.

Já não aguento mais os finais de semana divididos, a sensação de despedida constante, o vai e vem das bagagens, as noites em que Camila adormecia em meus braços e partia antes do café da manhã. Era tudo bonito, mas inconstante. Incompleto. E eu não quero mais metades. Desejo uma vida inteira com Camila.

E apesar do medo — porque ele ainda existe, ali, nos cantos da memória, nos traumas do que vivemos —, algo dentro de mim insiste em dizer que já é a hora.  Busco o celular. Digitou uma mensagem rápida:

“Pode passar aqui amanhã? Preciso conversar com você.”

Rapidamente um emoji de joinha surge em resposta. Diana sempre com suas meias palavras. Porque, antes de pedir a Camila para dividir a vida comigo, preciso ter certeza do que estou fazendo. Não dos fatos, mas do coração. Preciso olhar nos olhos de alguém que conhecia nossa história inteira — os amores, as dores, a perda, a reconstrução — e ouvir: sim, você está pronta.

Fechou o estojo deixando-o ao meu lado na cama. Amanhã será um longo dia, um dia de decisões. Preciso da ajuda da única pessoa que sempre soube traduzir meus silêncios. Na manhã seguinte o medo parecia disposto a me paralisar. Com um suspiro profundo sai da cama, encarei o espelho como se buscasse uma análise profunda de quem sou, ou de quem eu fui.

Ao terminar meu banho desço as escadas e sinto o cheiro do café invadir meu nariz. Diana estava lá com um ar curioso. Me estendeu uma xícara de café que eu prontamente aceitei. 

- Não dormiu? - Perguntou calma. 

- Quase nada. - Respondo. - Preciso que olhe isso. - Abri a caixa deixando o anel na bancada. 

- Resolveu tirar do fundo da gaveta? - Assenti. - Isso é um grande passo. - Refletiu. 

- Sim. Preciso saber se estou fazendo o certo. 

- A essa altura você nem deveria ter mais dúvidas. - Sorri com deboche. - Vocês já passaram por muita coisa. Coisas que mudaram ambas profundamente. Mas eu acho que uma coisa não mudou. - Me ajeito no banco esperando que ela conclua. - O amor que vocês sentem uma pela outra. É simplesmente lindo ver o brilho dela voltar, e o seu simplesmente resplandecer. Não tenha medo de amá-la. Você tem que entender, Mari - disse Diana com um sorriso suave, mas firme- O amor de vocês não desapareceu com o tempo. Pelo contrário, ele se fortaleceu, mesmo com a distância. Cada momento que vocês viveram, mesmo os mais difíceis, moldaram o que são agora. O que importa é o que vocês sentem hoje. Não espere mais. A pressa é de cultivar o amor, de não deixar o medo do futuro impedir que vocês sejam felizes no presente.

Senti o peso das palavras de Diana, mas também uma sensação de alívio. Não havia mais dúvidas, agora, mais do que nunca, sentia que tinha o apoio necessário para seguir em frente. Decidi então dar o próximo passo.

Depois da conversa, ainda abalada pela intensidade do momento, dirigi até a cidade de Camila, mais precisamente ao cemitério em que Helen está enterrada. O vento gelado cortou minha pele, mas não me importo. Sabia que estava ali por um motivo, mesmo que um pouco tolo ao pensar que poderia ter uma conversa com um túmulo. Ignoro a milésima ligação de Camila naquele dia. Optei por falar pouco com ela, não queria deixar transparecer os seus medos, dúvidas e angústias que me cercam. 

Em frente ao túmulo de Helen, me ajoelhei deixando um buquê de rosas na lápide, já sentindo meus olhos marejados apenas com esse gesto.

- Oi…- minha voz saiu falha. -  Eu me sinto meio ridícula falando com você assim... - ri sem humor. - mas, ao mesmo tempo, é como se você ainda estivesse aqui. De algum jeito, você sempre esteve. Vejo você quando as crianças sorriem. Apesar de Camila insistir que eles parecem mais com ela, eu discordo totalmente. 

Puxei a caixa do bolso do meu casaco e o abri com delicadeza, revelando o anel.

- Eu comprei isso há tantos anos… antes mesmo de você aparecer na vida da Camila. Na época eu achava que o nosso amor podia vencer qualquer coisa. Depois, ficou guardado, como tudo o que eu sentia por ela. Enquanto eu sabia que ela estava sendo amada por você, amada como eu sei que também a amaria. O guardei no fundo da minha gaveta como se o tempo pudesse esconder ou apagar. Mas não apagou.

Respirei fundo, sentindo um nó se formar na garganta.

- Eu amei a Camila antes de você. E continuei amando depois. Sei o quanto você fez bem para ela. Você foi companheira. Amiga. Você viveu o amor que eu desejei para mim. Eu sei que você também amava a Camila, sei que ela te amou com tudo o que tinha... e eu juro que nunca quis ser uma sombra no caminho de vocês. E essa continua não sendo a minha intenção. O amor de vocês trouxe duas pessoas maravilhosas ao mundo. E eu nem sei se abriria mão deles para viver o que foi interrompido quando você surgiu. 

As lágrimas começaram a cair sem que eu percebesse.

- Eu tô aqui pra te contar que... que eu vou pedir a Camila em casamento. Não porque quero apagar o que vocês viveram, mas porque quero tentar ser metade do que você foi para ela. Eu lutei contra isso por tempo demais. E agora... agora eu só quero viver. E espero que esse seja o desejo dela também. Obrigada... por ter amado ela, por ter cuidado dela, por ter feito parte da vida dela. Parte da mulher incrível que a Camila é hoje é por causa de você.

Fechei os olhos, e por um breve instante, senti um calor suave tocar seu rosto, como se o vento sussurrasse um tipo de bênção silenciosa.

- Eu precisava vir aqui. Precisava te dizer tudo isso. E se você estiver aí, de alguma forma... torce pela gente, tá? Eu quero fazer tudo certo dessa vez. Por mim. Por ela. Por você também.

Fiquei de pé com dificuldade, limpando as mãos nas calças, e olhei mais uma vez para o túmulo.

- Obrigada, Helen.

Mandei uma mensagem rápida para Camila. Apenas dizendo que iria entrar em cirurgia. Fui até a casa de seus pais, pedi a benção dos dois. E o pai dela me abraçou com os olhos cheios de alegria. Expliquei o meu plano e tive ajuda deles em toda a execução. 

O fim de tarde na casa de Rute parecia pintado à mão. O céu alaranjado escorria entre os galhos do velho pé de manga, que tantas vezes fora refúgio e testemunha silenciosa de lágrimas e abraços. 

Samuel havia ajudado a pendurar as luzes entre os galhos, formando um arco leve de lâmpadas pequenas e douradas. Rute preparou um jantar simples, mas cheio de afeto: pão caseiro, frango ao molho de laranja, arroz fresco, suco de caju feito na hora. Uma mesa de madeira posta sob a árvore, com flores colhidas do quintal e louças antigas que só saíam do armário em ocasiões especiais, e aquela sem dúvida era uma delas.

Camila chegou com ar cansado. Os meninos correm para abraçá-la. Aperto as mãos nervosas. Continuo escutando as vozes dentro da casa. O coração batia tão alto que mal escuto os passos do lado de lá.

- Não tem comida nessa casa hoje? - Camila reclama. 

- Vamos sair para comprar pizza. Se importa de organizar as coisas no quintal? - Samuel diz. 

- Deveria ficar e me ajudar. Não precisa de tanta gente para comprar uma pizza. - Reclama irritada. 

- Filha, vamos levar os meninos. Faz o que seu irmão está dizendo. - Escuto a voz de dona Rute e posso imaginar a cara de indignação de Camila. 

Escuto seus passos ritmados. A porta que dá acesso ao quintal é aberta. Ela faz comenta antes de me ver. 

- Que clima é esse? Tá parecendo noite de São João sem fogueira… - Camila brincou, olhando as luzes.

- É só um jantarzinho especial. - Respondi saindo de trás da árvore. 

- Mari!! - Sorriu surpresa. - Pensei que…

- Meu sumiço teve um motivo. Desculpe ter sido tão evasiva. - Pedi enlaçando sua cintura. 

- Tudo bem. - Beija delicadamente meus lábios. 

- Podemos jantar?

Comemos em um clima descontraído, leve. Cheio de amor e cumplicidade. Quando a sobremesa chegou — fatias de manga com creme — Rute piscou para mim e saiu com Samuel.

A música começou baixinho, saindo da velha caixa de som de Samuel. Um bolero instrumental, delicado e atemporal, Fiquei de pé, estendendo a mão para que ela me acompanhasse em uma dança. Seus olhos brilhavam de felicidade. Estava em completo êxtase. 

- Durante quase sete anos eu sonhei com o dia que te teria em meus braços novamente. Sonhava com o calor da sua pele, o cheiro dos seus cabelos. Sonhei com você todos os dias que estivemos distante. E hoje eu te tenho aqui. Tudo parece um sonho. Mas consigo sentir você, tocar você. Não apenas com as mãos, mas com o meu coração. 

- Mari, você vai me fazer chorar. - ela reclama seguindo o ritmo da música. 

- No passado eu sonhei em construir com você uma família. Mas no final, nada sai como planejado. Você já veio com a família pronta. - Ela sorri, apertando suas mãos em minha cintura. - Eu não sabia que poderia sonhar diferente, até precisar me encaixar nas coisas que você realizou sem mim.  Eu comprei esse anel quando ainda sonhava com a gente. Quando achava que tudo era mais simples, que amar bastava. Depois a vida aconteceu. Perdemos tanta coisa, ganhamos outras… e mesmo assim, você continuou viva em mim. Nos silêncios, nas promessas que nunca fizemos, nos filhos que mesmo sendo seus me completam de uma forma que não sei explicar. Eu não quero mais amar você aos pedaços. Nem de sexta a domingo. Nem com medo do passado. Eu quero amar você inteira. No tempo inteiro.

De repente a música “Diga sim para mim” começa a tocar em uma sinfonia perfeita, instrumental. Camila para de dançar, se vira para trás e na ponta do quintal surge Luiz Henrique e Ana Laura segurando uma plaquinha. 

“ Aceita se casar comigo?” 

Camila tapa a boca, deixando as lágrimas rolarem soltas. Ela me olha incrédula, como se tentasse organizar as ideias para formular uma resposta. 

- SIM! SIM! EU ACEITO. 

Respondeu empolgada me beijando em seguida. De repente já não somos apenas nós. Os gêmeos brigam pela placa e isso diverte Camila. Rute se aproxima com um sorriso discreto, os olhos também cheios de lágrimas, e eu a abraço.

- Eu sabia que isso ia acontecer. De algum jeito, eu sabia... — Rute diz, com um sorriso carinhoso, observando a cena.

O que foi dito hoje, naquele momento, era mais profundo do que qualquer discurso. Era a certeza de que nossas vidas, com todas as complicações, estava se tornando exatamente como deveria ser. E, sob o pé de manga, com a luz suave da noite e os risos das crianças no fundo, o pedido foi aceito. E ali, naquele pequeno pedaço de mundo, elas souberam que o amor sempre se renova.




Fim do capítulo


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Comentários para 63 - Capitulo 63- Diga sim:
Mmila
Mmila

Em: 17/05/2025

Em prantos aqui.

Lindo demais.

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Lea
Lea

Em: 16/05/2025

Só faltou a Manu!!

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jake
jake

Em: 15/05/2025

Que lindooo!!!!!

Mari sempre foi especial...

 

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