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Nem o Tempo Curou por maktube

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Palavras: 2064
Acessos: 880   |  Postado em: 14/05/2025

Capitulo 61- Aliança

 

Camila

 Ainda não consigo acreditar que já se passou um ano desde que os meninos nasceram.  Um ano desde que Helen se foi. Ambos os eventos aconteceram no mesmo dia, foi como um presente dela para que eu conseguisse superar a dor da sua partida. Não foi fácil, e tem dias que ainda sinto a dor de sua ausência. Mas tenho conseguido superar isso dia após dia. 

São sete da manhã de um sábado. As crianças ainda dormem tranquilas, posso ver isso pelo visor da babá eletrônica em cima da mesinha de cabeceira. Saio da cama com preguiça. Não consegui dormir direito na noite anterior, talvez as emoções da recordação de um ano atrás. Meus pés tocam o piso frio, sinto um leve arrepio percorrer meu corpo. 

Caminho em direção ao banheiro. Encaro meu reflexo devastado no espelho. Apoio as mãos na borda da pia. Fecho os olhos respirando fundo, ao abri-los vejo meu dedo direito. A aliança de casamento ainda reluziu ali, me fazendo lembrar de Helen, da nossa história e de sua partida. Não me recordo com pesar, é apenas uma saudade que não pode ser sanada com uma ligação. 

Suspiro cansada. Fecho os olhos de novo. Mas decidi então guardar a aliança. Retiro do meu dedo com cuidado como se pudesse guardar junto todo o amor que sentia por Helen. De repente sinto uma brisa leve invadir o cômodo. Um cheiro delicioso de rosas toma o ar por inteiro. Meus pelos arrepiam. 

- Obrigada, por tudo, amor. Mas agora eu preciso seguir sem você. - Digo em voz alta. 

A brisa toca meu rosto de forma suave, como se em resposta ao que eu acabava de dizer. Coloco a aliança dentro da caixinha de veludo onde costumava guardar brincos de pérola que herdei da minha avó. Fecho com cuidado, como quem sela uma carta importante. Em seguida, lavo o rosto com água fria, como se pudesse também lavar os restos de tristeza que ainda insistem em me rondar.

Ao sair do banheiro, escuto um leve resmungo pelo monitor da babá eletrônica. Luiz Henrique começa a se remexer no berço. Ana continua dormindo, serena como uma pequena deusa. Sorrio. A vida se impõe. Sempre.

Coloco o roupão e vou até o quarto deles. Quando abro a porta, Luiz Henrique me vê e sorri, abrindo os bracinhos com força, como se dissesse "bom dia" com o corpo inteiro.

- Feliz aniversário, meu amor… – sussurro, pegando-o no colo e beijando sua testa quente e macia.

Ana acorda logo depois, reclamando como se já soubesse que hoje teria que dividir a atenção com muita gente. Dou risada. Hoje o dia é deles.

Descemos para a cozinha. Meus pais já estão lá. Minha mãe está com a vassoura na mão, dando os toques finais na faxina antes dos primeiros fornecedores chegarem. Samuel está terminando de inflar alguns balões com uma bomba manual, com o rosto todo vermelho de esforço e orgulho.

- Dormiu bem, filha? - ela pergunta sem olhar, concentrada em uma poeira que apenas ela consegue ver.

- Mais ou menos. Acordei cedo. Acordei… diferente. - respondo, ainda com Ana no colo.

Ela me olha por cima dos óculos, atento.

- Hoje faz um ano, né? - Assinto, engolindo em seco.

- Guardei a aliança. - conto de uma vez.

Samuel é pego de surpresa pelo que digo, acaba soltando o balão que sai voando pela sala fazendo um barulho estranho arrancando risos de Ana e Luiz que tentam acompanhar o percurso com os olhos curiosos. 

- Ela ia querer te ver feliz. E você tá no caminho certo. Eu vejo. E ela vê também.

Fico em silêncio. Ana segura meu cabelo com as mãozinhas. Luiz Henrique começa a bater palminhas no carrinho. O cheiro do café fresco invade o ambiente, misturado ao som dos passarinhos no quintal. A vida continua.

E hoje… vai ter festa.

A música infantil preenche o quintal com uma leveza quase irreal. Balões coloridos balançam ao vento, pendurados entre as árvores, como se o céu tivesse descido só para comemorar. Há uma mesa comprida com doces cuidadosamente dispostos, cupcakes com carinhas de ursinhos, brigadeiros organizados como pequenas jóias, e um bolo branco de dois andares decorado com nuvens e estrelas.

O sol está no ponto exato entre quente e confortável, e o jardim agora transformado em espaço de festa exala o perfume das flores cuidadas por Rute uma vez por semana. Samuel circula com um copo de suco na mão e o peito inflado de orgulho, recebendo cada convidado como se fosse parte da família.

Eu os observo de longe, com uma taça de espumante em mãos e um sorriso quase bobo no rosto. Ana está no colo de Diana, vestida com um vestido amarelo que parece ter saído de um sonho. Luiz Henrique está aos meus pés, tentando subir em minhas pernas enquanto segura um balão como se fosse seu maior tesouro.

- Ei, campeão… vem aqui. – pego-o no colo, e ele sorri como se soubesse que hoje é seu dia.
- MALI, MALI, MALI. - Repete animado e eu não faço ideia do que ele está tentando me dizer. 

Uma brisa forte assanha meus cabelos. Sinto um cheiro familiar, me viro para a entrada e meus olhos encontram Mariana conversando com minha mãe. 

- Mali, Mali, Mali. 

- Você está tentando dizer Mari? - Ele sorri como se concordasse, apoia as duas mãos no chão para ficar de pé e sai correndo em direção a Mariana. 

Ela sorri ao perceber sua presença, abaixou-se ficando de sua altura. Diz algo a ele e sorri beijando sua bochecha. Logo atrás aparece um homem trazendo dois embrulhos enormes. Caminho até ela quando me acena. 

- Ele cresceu desde a última vez que o vi. - Ela comenta. 

- Sim, inclusive aprendeu a dizer seu nome. Do jeito dele, mas aprendeu. - Posso notar a emoção em seus olhos olhando para ele com alegria. 

- Não acredito, nem me chama de tio e já sabe teu nome? Isso é muito injusto. - Samuel reclama. 

- Supera, Samuka. O Mateo só diz papai até agora. - Diana comenta com um misto de pesar e alegria. 

- Eles estão crescendo rápido demais. – ela diz, olhando para os dois com ternura. – Parece que foi ontem que troquei a sua primeira fralda e levei um banho de xixi como prêmio.
- Eu diria que foi uma iniciação de respeito. – brinco, e ela ri.
Ela sorri ficando próxima a mim. 

- Que tal a gente abrir os presentes, da tia Mari? - Samuel fala alegre. Acredito que estava curioso para saber o que tem debaixo do embrulho gigante. 

- Não sei se essa é uma boa ideia, quando eles virem o que tem debaixo não vão querer saber da festa. - Manu ponderou. 

- O que você aprontou?

- Nada demais, digamos que eles vão dirigir antes de mim. - Manuela disse divertida. E saiu em seguida indo encontrar Lívia. 

O sol já estava alto quando me sentei por um instante perto da fonte no canto do quintal, só para observar a movimentação em volta. As crianças brincavam perto do escorregador inflável, Mariana as acompanhava de perto, rindo com o cabelo preso num coque bagunçado e um copo de suco na mão. Luiz Henrique insistia em subir ao contrário e escorregar de barriga. Ana ria alto, encantada com cada movimento do irmão.

Volta e meia nossos olhares se cruzavam em um entendimento cheio de carinho e cuidado em cada silêncio que carregava. Ela caminha em minha direção. Com o avançar das horas poucas pessoas vão ficando, apenas os mais próximos permanecem. Romero está correndo atrás de Mateo que insiste em tentar entrar na piscina. 

- Essa família é uma bagunça. - Mariana sorri observando a sua volta. 

Tudo está em desordem, mas parece se encaixar como em um quebra-cabeças, cada peça em seu devido lugar. Mariana senta-se ao meu lado, apoio a cabeça em seu ombro. Sua respiração fica calma e constante, e por alguns segundos o mundo parece silenciar à nossa volta.

- Essa bagunça me salvou. - murmuro, sentindo o calor do sol ainda suave tocando a pele e o perfume dela se misturar ao da grama recém-cortada.

Ela não diz nada de imediato, apenas passa a mão devagar pelos meus cabelos, como se estivesse organizando meus pensamentos junto dos fios. Me permito fechar os olhos. Ouço ao fundo a risada de Ana, os passos apressados de Luiz Henrique correndo com uma bexiga nas mãos, o chamado distante da minha mãe pedindo ajuda pra guardar os docinhos. Mas ali, naquele momento, só existimos nós.

- Achei que nunca mais te veria desse jeito. - ela diz, quase como se falasse pra si mesma. - Tão viva.

Abro os olhos e a encaro.

- Também achei. Tive tanto medo de me perder na dor… de não conseguir voltar a ser nem que fosse metade de quem eu costumava ser antes de tudo.

Ela sorri de lado, o olhar brilhando de emoção contida.

-  Mas voltou. Tá aqui. Com essa risada solta, com seus filhos lindos, com essa força que parece não ter fim. Você voltou, mais forte do que nunca.

- E você… voltou comigo. - digo num fio de voz.

Ela segura minha mão.

- Eu nunca fui embora de verdade, Camila. Só estava esperando o momento certo de você me deixar voltar para sua vida.

As palavras dela me atravessam com delicadeza, como quem toca uma ferida que já cicatrizou, mas ainda sente quando é lembrada. Inclino o rosto e beijo sua bochecha, demorado. Ela fecha os olhos.

- Que bom que você ficou. - sussurro.

- Sempre. - ela responde.

Nossos olhares se cruzam como se o tempo parasse por um instante. Mariana me observa com atenção, como quem procura algo além do que os olhos podem ver. Sua mão desliza devagar até encontrar a minha. Quando nossos dedos se tocam, ela hesita. Seus olhos descem e pousam na minha mão esquerda, e eu sinto quando o ar ao nosso redor muda sutilmente. Ela repara.

A ausência do anel parece dizer mais do que qualquer palavra que eu possa pronunciar. Mariana não diz nada por alguns segundos, mas seus olhos, sempre tão vivos, agora brilham com algo entre surpresa e um delicado respeito.

- Você… - ela começa, mas para no meio da frase, como se tivesse medo de invadir um espaço que não é mais dela.

- Hoje de manhã. - explico, minha voz baixa, quase um sussurro carregado de emoções. - Foi a primeira coisa que fiz assim que acordei.

Ela engole em seco. Seus dedos apertam os meus com carinho, sem pressa. Estamos nessa relação de amor, cuidado e cumplicidade há mais de dois meses. Não definimos nada, deixamos as coisas fluírem normalmente, sem cobranças. Não fizemos sex* ainda, acredito que esse passo será dado no momento certo. Quando eu me sentir preparada para estar com ela e quando ela puder me desejar sem a sombra daquela noite que estive fora de mim.

- Foi difícil? - pergunta, como quem entende mais do que está dizendo.

- Foi… bonito. - respondo, encarando suas pupilas que parecem guardar tantas memórias quanto as minhas. - Eu senti como se ela dissesse que já era hora.

Mariana fecha os olhos por um segundo, absorvendo tudo com uma reverência que me emociona. Quando abre de novo, sorri pequeno. Um sorriso terno, grato.

- Ela teria orgulho de você. - diz, com a certeza de quem conheceu Helen, de quem respeitou e amou nossa história sem nunca tentar competir com ela.

- Eu só consegui porque você não forçou nada. - admito. - Porque você esperou. Porque me deu tempo… e espaço pra sentir tudo o que eu precisava sentir.

- Eu te amo desde o primeiro dia que te vi, Camila. - ela sussurra. - E amar também é saber esperar. Saber que tem hora pra tudo.

Me inclino e apoio minha testa na dela. Fechamos os olhos juntas, envoltas num silêncio que pulsa feito coração. Lá fora, Ana grita algo empolgada. Luiz Henrique ri de alguma travessura. O mundo continua girando. Mas dentro de nós… alguma coisa se alinha, finalmente.

- Fica hoje? - pergunto, sem abrir os olhos.

Ela encosta os lábios na minha mão.

- Fico. - responde. - Fico todas as vezes que você pedir.


Fim do capítulo


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Comentários para 61 - Capitulo 61- Aliança:
Mmila
Mmila

Em: 16/05/2025

Ah o amor!

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