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  • Capitulo 52- O pequeno Mateo

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Nem o Tempo Curou por maktube

Ver comentários: 1

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Palavras: 2138
Acessos: 764   |  Postado em: 14/05/2025

Capitulo 52- O pequeno Mateo

 

Camila

Os meses passaram voando. Em pouco tempo Helen já exibia um barrigão. Optamos por não saber o sex* dos nenéns. Nossas noites se resumem a muita massagem nas costas e nos pés. Minha esposa está cada dia mais linda. A gestação fez com que sua beleza ficasse ainda mais aflorada. 

Conseguimos comprar uma casa maior. Com mais segurança e um jardim imenso para nossos filhos correrem livres. Me peguei parada na porta do quarto, sem conseguir tirar os olhos dali, o tema Safari , com tons em amarelo, azul e verde pastel. O papel de parede com elefantinhos e girafas sorridentes, os nichos com bichinhos de pelúcia organizados com carinho, o bercinho duplo com mantas feitas à mão por minha mãe. Tudo ali carregava o nosso sonho. Um sonho que agora respirava e chutava, toda noite, dentro da barriga da mulher que eu amo.

Helen apareceu atrás de mim, passando os braços ao redor da minha cintura. Sua barriga encostou suavemente nas minhas costas.

- O que foi? - perguntou com a voz baixa, os lábios roçando perto do meu ouvido.

- Nada… só estou admirando. - Disse, entrelaçando meus dedos aos dela. - Esse quarto parece ter saído direto do meu coração.

Ela sorriu, me virando de frente pra ela. Estava com uma blusa larga, os cabelos presos de qualquer jeito, os pés inchados e a expressão de quem não dormia bem há dias. Ainda assim, eu nunca a vi tão radiante.

- Eu fico imaginando eles aqui. - murmurou. - Os dois, brigando por brinquedo, caindo no jardim, chorando ao mesmo tempo, bagunçando a sala...

- E a gente tentando fingir que temos controle. - completei, rindo. - Vai ser uma loucura. Mas eu quero essa loucura com você.

Ela assentiu, os olhos marejados de emoção.

- Obrigada por não desistir. Por ter sido meu chão nos dias em que eu pensei que não conseguiria. - Sua voz falhava, sincera.

- E você foi a minha força quando tudo estava desabando. A gente chegou até aqui, amor. E agora... eles estão vindo.

Helen colocou minha mão sobre sua barriga. Um chute nos fez rir juntas. Como se um deles estivesse concordando, animado.

- Vai dar tudo certo, amor. A gente vai ser uma família linda.

- Nós já somos. - respondi, encostando minha testa na dela. - Só vai ficar um pouco mais barulhenta.

Rimos juntas. O momento era nosso. Repleto de amor, expectativa, e uma paz que por muito tempo parecia distante. A casa já tinha cheiro de lar. O quarto já era deles. E a nossa vida, enfim, começava a se alinhar com tudo que sonhamos.

Era madrugada quando meu celular tocou. Na tela o nome de Romero aparecia. Passei a mão nos olhos, enquanto ficava de pé saindo devagar da cama para não acordar Helen. 

- Alô. 

- Vai ser agora. Estamos a caminho do hospital. - Eu senti meu corpo gelar. 

- Caramba! Isso é maravilhoso. Estarei aí logo que o dia raiar.

Encerrei a ligação e voltei para a cama. Por volta das quatro horas da manhã, percebi a ausência de Helen na cama. Possivelmente deveria ter acordado para ir ao banheiro como em todas as outras noites.

- Amor? - Falei com a voz rouca. 

- Estou no banheiro. - Respondeu. 

Olhei a hora no celular, saltei da cama. 

- Você está bem?

- Sim. - Sorriu. 

- Romero me ligou. Diana entrou em trabalho de parto. Sei que você não pode ir, mas se importaria que eu desse um pulo rápido lá para vê-la?

- Não, claro que não. Se eu pudesse também iria com você. 

- Eu sei que iria. Vou ligar para minha mãe pedindo para ela vir te fazer companhia. - Beijei seu rosto. 

Quando sai de casa Diana dormia profundamente.  Desci as escadas em silêncio, ainda tentando entender que o momento realmente havia chegado. A Diana… ela ia ter o bebê. Um nó se formou na minha garganta ao perceber que daqui a pouco seria a vez de Helen. Revirei a cozinha em busca de um chá, algo que me mantivesse desperta, enquanto o céu lá fora ainda estava escuro, quieto. 

Ao adentrar na cidade depois de uma hora e meia, graças ao pouco trânsito  o sol já iluminava o céu. Quando cheguei ao hospital, Romero estava na recepção. O homem estava uma verdadeira bagunça com o jaleco torto, os olhos marejados e um sorriso tão aberto que denunciava: ela nasceu.

- Já? - perguntei, segurando o riso e a emoção.

Ele assentiu.

- Sim, o Mateo nasceu. Ele é perfeito. E Diana… cara, Diana é inacreditável. Nunca vi alguém tão forte.

Me aproximei, abracei ele forte.

- Posso vê-la?

- Ela perguntou de você assim que tudo acabou.

Caminhei pelos corredores em silêncio, como se invadisse um templo sagrado. Quando a porta se abriu, lá estava ela. O cabelo preso de qualquer jeito, a pele suada, os olhos fundos de cansaço — e ainda assim, era a imagem mais linda do mundo. Diana segurava um pacotinho rosado com mãos delicadas e trêmulas. Ao me ver, sorriu fraco.

- Olha quem chegou pra conhecer a titia preferida.

Me aproximei devagar, lágrimas já escorrendo pelo meu rosto.

- Oi, Mateo, seja bem vindo. A gente te esperou tanto.

Beijei a testa de Diana, depois olhei para aquele rostinho pequeno que dormia em paz.

- Ele tem sua boca. - murmurei.

- E os olhos do Romero. Uma mistura nossa. Que loucura, né? - Falou entre sorrisos e lágrimas.

- É perfeito demais. 

Ficamos ali, em silêncio. O amor ocupando cada canto daquele quarto. Alguns minutos depois Mariana entrou devagar, ela estava com roupa hospitalar e uma cara de quem acabava de ficar horas seguidas acordada. Seus olhos prendem-se surpresos aos meus para em seguida buscar os de Diana.

- Desculpe não ter vindo antes, estava em cirurgia. - Apertou a mão de Diana. 

- Relaxa. - Deu de ombros. 

- Posso? - Me perguntou apontando para Mateo que estava em meu colo.

- Claro. - Passei o neném com cuidado para seus braços. - Pronta? 

Ela acenou com a cabeça. Mariana segurou Mateo com uma delicadeza quase sagrada. Seus olhos marejaram no mesmo instante em que o pequeno se aninhou contra o seu peito. Foi como se o tempo parasse por alguns segundos, de repente me vi de volta a todas as vezes que ela comentou sobre seu desejo de ter filhos comigo, espantei essa lembrança enfiando-a no mais profundo do meu ser. O contraste entre o jaleco azul e o pacotinho branco nos braços dela era tão bonito que quase doeu.

- Ele é perfeito...  murmurou, a voz embargada. - Eu sou sua irmã mais velha. Prometo que vou te amar para sempre. Você é muito especial, Mateo. 

Diana sorriu, cansada, mas feliz. A luz suave do amanhecer entrava pelas frestas da janela, banhando o quarto num tom dourado e cálido. A cena parecia saída de um sonho. 

- Acho melhor sairmos e deixá-los dormir. - Mariana falou entregando Mateo a Diana. - Vou chamar o meu pai. 

- Vou com você. 

Seguimos para fora. Da porta ainda conseguimos vê-los do lado de dentro. Mariana chora em silêncio. 

- Um dia sonhei que seríamos nós vivendo isso. - Sua voz saiu em um lamento. Carregada de pesar e mágoas. - Sonhei que teria em meus braços uma miniatura sua. - Ela secou uma lágrima. Virou o rosto em minha direção. - E hoje…- Pausou buscando forças para continuar a falar. - …hoje você realiza o meu sonho ao lado de outra mulher. - Dá um riso sem graça. - E mesmo assim, só consigo desejar que você possa ser feliz tanto quanto eu desejei te fazer feliz. 

- Mariana, eu…

- Dra. Mariana, temos um trauma chegando. - Alguém comunicou. 

Ela acena com a cabeça. Seus olhos encontraram os meus, estão perdidos, desesperançosos. Com os dedos trêmulos ela toca meu ombro, dando um leve aperto. 

- Está tudo bem. Às vezes, o destino não erra... ele só chega tarde demais. Eu te amei no tempo errado, e agora assisto de longe você viver tudo aquilo que um dia sonhei pra nós.

Suas palavras me pareceram sinceras, sinceras até demais. Fiquei parada no corredor, observando Mariana desaparecer apressada entre as portas brancas. O som de seus passos ecoava como um adeus não dito. Meu peito apertava com uma dor que eu não sabia bem de onde vinha,, talvez fosse culpa, talvez só a saudade de um futuro que não chegou a existir. 

Respirei fundo, tentando me recompor. Voltar para o quarto parecia o mais seguro a se fazer, mas por algum motivo meus pés estavam colados ao chão, como se o universo precisasse daquele segundo suspenso no tempo para digerir tudo o que havia sido dito. A confissão de Mariana, mesmo que por um instante, foi como ver uma estrela apagar aos poucos, ver o seu olhar carregado de culpa e arrependimento. E, ainda assim, ela conseguiu me desejar felicidade. Talvez fosse isso o amor verdadeiro — deixar partir quem se ama e ainda torcer pela felicidade da pessoa, mesmo quando ela escolhe outro caminho.

Gostaria de ter dito que também espero que ela possa ser feliz. Que possa encontrar um amor que ilumine os seus dias mais escuros. Mas não consegui formular uma única frase. Fui pega de surpresa por sua confissão. Meu celular vibrou na bolsa. “ Como está? Quero muitas fotos do Mateo” Sorri vendo a mensagem de Helen. E ali naquele instante a presença de Mariana foi apagada da minha mente. 

Voltei para casa ao final do dia. Passei em uma banca e comprei flores e chocolates para Helen. Quando entrei em casa ouvi as vozes vindas da cozinha. O cheiro de bolo recém saído do forno invadiu minhas narinas fazendo minha barriga roncar. 

- Espero que tenham se comportado na minha ausência. - Brinquei. 

- Amor, que maravilha que voltou. Estamos indo tomar café. 

- Senti o cheiro lá de fora. - Beijei seus lábios, depois a barriga. - Trouxe para você. 

- Oh! Que lindas. Muito obrigada. 

- Como vai, mamãe? 

- Muito bem. - Respondeu sorrindo, belisquei com as pontas dos dedos o bolo me arrependendo em seguida por ele estar tão quente. - Deixe o bolo esfriar, sua morta de fome. - Brigou comigo. 

- Não tenho culpa de estar morrendo de vontade de comer essa delícia. - Me defendi. Helen sorriu. 

Nos sentamos à mesa enquanto ela preparava as xícaras de café. Os movimentos dela estavam mais lentos, cuidadosos, mas ainda assim graciosos. A barriga já estava enorme — era impossível não olhar e me derreter de amor. Duas vidas crescendo ali dentro. Dois corações batendo junto ao dela.

- E os dois? Estavam agitados hoje? - perguntei, acariciando a curva do ventre enquanto ela se sentava.

- Um deles passou o dia inteiro se revirando. Acho que vai ser do tipo que não para quieto. - Ela me olhou com carinho. - Igual a você.

– Ei! - ri, fingindo ofensa. - Eu sou calma e tranquila.

- Até parece… - minha mãe riu. - Durante  a sua gestação eu quase não conseguia respirar, o tempo inteiro você se mexia apertando meus órgãos. Seu pai sempre disse que você ia ser agitada. 

- Mas tudo bem, sogrinha. Eles vão precisar da energia dela e da minha paciência. Acho que vai ser uma boa combinação.

Peguei sua mão e beijei o dorso, sentindo aquele calor doce que ela sempre me transmitia. O bolo ainda estava morno, mas agora já dava para comer sem queimar a boca. O sabor era tão bom quanto o cheiro prometia.

- Preciso de mais dias assim, sabia? - falei, de boca cheia. - Em casa, com vocês, com cheirinho de bolo e som de risada.

- Eu também. - Ela se encostou na cadeira, a mão sobre a barriga. - Às vezes, me pego pensando em como será daqui a alguns meses. O berreiro, as fraldas, as noites sem dormir… mas depois penso nisso aqui, nessa paz. E percebo que vai continuar existindo, de um jeito diferente.

- Vai sim. A paz muda de forma, mas nunca vai embora quando a gente se ama de verdade. A gente vai aprendendo a encontrar ela em outros lugares… como no silêncio entre dois choros ou num abraço depois de uma madrugada cansativa. - Minha mãe nos consolou.

Helen me olhou fundo, os olhos marejando levemente. Depois sorriu e estendeu os braços.

- Vem cá. Preciso de um abraço antes que meus hormônios me façam chorar de novo.

Fui até ela e me deixei envolver. Os corações ali, os três batendo juntos. Foi como se, por um instante, o tempo tivesse parado só para nos lembrar de que estávamos exatamente onde deveríamos estar.




Fim do capítulo


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Comentários para 52 - Capitulo 52- O pequeno Mateo:
Mmila
Mmila

Em: 16/05/2025

Mais coraçõezinhos.

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