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Perto do céu por AlphaCancri

Ver comentários: 4

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Palavras: 1356
Acessos: 586   |  Postado em: 11/05/2025

Capítulo 22

Quando eu saí do banho encontrei Marcela sentada na cama, imóvel, com o celular na mão. Ela não me olhou, continuou com o olhar vazio fitando o chão. Na minha completa ignorância passei por ela e mexi em sua orelha, brincando:

— Terra chamando…

Fui até o armário e peguei uma blusa dela. Vesti e só então comecei a me preocupar com o silêncio absoluto de Marcela. Me virei, agora a vendo de costas para mim, e perguntei:

— Marcela… o que foi?

Ela não respondeu. Não mexeu um músculo sequer.

Caminhei até ela novamente, ajoelhando em sua frente. O semblante abatido me preocupando dez vezes mais:

— Ei…

Só então os olhos dela encontraram os meus. Senti um arrepio quase premonitório quando ela enfim verbalizou alguma coisa:

— Preciso conversar com você. 

*****

Escutei o que Vitor falava, meio fora de órbita. Uma dualidade reboando dentro de mim. 

Você vai voltar pro Rio!

Era o que eu queria. Certo? Desde que cheguei àquela cidade, esse era meu objetivo, voltar para casa. Voltar para minha vida. Mas o que era a minha vida naquele momento?

Ciça. Como eu iria ficar sem ela? 

E se eu recusasse? Era uma proposta incrível, trabalhar como guia em uma galeria que expunha várias obras, de vários tipos e artistas. Era perfeito. Seria perfeito, se isso não significasse ficar centenas de quilômetros distante de Ciça.

Mesmo depois de ter desligado, com Vitor me informando que o responsável pela contratação mandaria tudo para o meu e-mail, meu cérebro parecia incapaz de chegar a alguma conclusão. Não saberia dizer se estava feliz ou triste. 

Percebi Ciça entrando no quarto, falando comigo, mas não pude fazer nada. Não conseguia olhá-la, não conseguia falar. Meu corpo num estado de inanição perturbador. Só quando ela se ajoelhou na minha frente senti minha boca se mexer. Não sei como consegui falar:

— Preciso conversar com você. 

Ela não respondeu nada, só continuou me olhando. 

Eu ainda demorei alguns longos segundos, buscando, tentando encontrar as palavras certas. O começo do que eu tinha para dizer:

— Vitor acabou de me ligar. 

Ela pareceu buscar o nome em sua mente por alguns segundos. Depois balançou a cabeça, demonstrando que havia encontrado a informação.

— Ele disse que conseguiu um emprego pra mim. 

Ciça se levantou. O peso daquela informação, e de tudo que minha frase continha de forma não explicita, caiu sobre nós duas. 

Foi ela quem quebrou o silêncio: 

— Onde?

Eu continuava sentada na cama:

— Em uma galeria… 

Mas não era aquilo que ela queria saber. Dei a informação crucial logo em seguida:

— No Rio. 

Ciça balançou a cabeça quase em câmera lenta. Foi até a janela, de costas para mim. Não disse nada. Eu também fiquei em silêncio, pois não sabia o que dizer. Só um pouco depois ela falou, ainda de costas:

— Quando você vai?

Eu não podia ver seu rosto, mas sabia que ela tinha um choro preso na garganta. 

— Ainda não sei, mas… em breve. 

Me levantei da cama e andei na direção de Ciça, mas parei a alguns passos dela. Eu tinha muita coisa para falar, mas ao mesmo tempo não tinha o que dizer. Ainda estava perdida. 

Ela se virou e a dor que vi em seu olhar me atingiu fisicamente. A frase completamente inversa ao semblante que ela carregava:

— Fico feliz por você. 

Tentou sorrir, mas os lábios mal se curvaram. 

Eu me aproximei finalmente. Nos abraçamos sem nenhuma palavra. Senti lágrimas molharem meu pescoço, sem saber se eram dela ou minhas. 

Quando nos afastamos, limpou o rosto rapidamente e agiu com uma praticidade que não era nem um pouco natural:

— Acho melhor eu ir pra casa…

Não deixei que se movesse. Segurei-a gentilmente pelos braços:

— Vamos conversar? 

Ciça me atendeu. Sentamos na cama. Ela não me olhava. Eu me arrependi do pedido, pois as palavras não vinham. Tentei me organizar:

— Eu não vim pra ficar… Minha intenção sempre foi ir embora… Aqui era só uma fase. Eu te disse isso. 

Ela continuou sem me encarar. Meneou a cabeça, concordando comigo. 

— Eu não contava que iria me apaixonar… Que iria encontrar você. 

Ciça finalmente levantou os olhos para mim. Eu vi um leve brilho de esperança passar pelos olhos dela. Mas não podia alimentar o que não aconteceria. Doeu profundamente, como se eu estivesse arrancando um pedaço de mim, minha voz embargada ao dizer:

— Mas a minha vida é lá.

Ciça não só desviou o olhar, mas também se levantou. Andou pelo quarto meio perdida. Depois parou e se virou para mim:

— Eu entendo. 

Procurou pelas próprias roupas, que usava na véspera, e as vestiu apressadamente. Só então me olhou de novo:

— Realmente preciso ir pra casa agora. Eu… 

Nos olhamos nos olhos. Vi nos dela quase uma súplica, esperando uma ação que eu não poderia ter. Ela completou:

— Eu te ligo mais tarde. 

*****

Entrei no carro completamente perdida. Dei a partida e acelerei até a minha casa. Não me lembro do caminho, não me lembro do barulho do portão se abrindo, não me lembro de ter trocado algumas palavras com minha tia. Só me dei conta de que estava dentro do meu quarto, minutos depois. Sozinha. Perdida. Sentada completamente imóvel na minha cama. 

Meu corpo parecia ter criado uma espécie de anestésico natural para aquela dor, pois eu não sentia nada. Vazio. Um vazio completo. Como se eu tivesse acabado de cair em um grande abismo. 

Tombei para trás e fiquei deitada, olhando para o teto. Não sei quanto tempo fiquei ali na mesma posição, não conseguia mais chorar, sequer me mexer. O teto do meu quarto foi ficando escuro, mostrando que lá fora o sol estava se escondendo. Me virei de lado e me encolhi, quase em posição fetal. Fechei os olhos, apertei bem as pálpebras. Não queria ver o mundo, não queria ver nada. Naquele instante queria desaparecer. 

Só voltei a me mexer quando ouvi meu celular tocando. Estendi a mão e o peguei.

Marcela. 

O nome que sempre me fazia sorrir, daquela vez triplicou minha angústia. Hesitei entre atender e deixar tocar. 

— Alô. 

— Ciça, você não me ligou… 

Só então me dei conta de que estava há horas naquela cama.

Menti para ela:

— Eu peguei no sono. 

Ouvi um suspiro antes dela voltar a falar:

— Desculpa, não queria te acordar. 

Eu consegui captar claramente na voz de Marcela: a mesma angústia que a minha. A voz baixa, carregada, arrastada. 

— Não tem problema. 

Silêncio. 

— Você tá bem?

Quase ri. 

Tô ótima! Só estaria melhor se estivesse morta!

— Aham.

— Qualquer coisa me liga…

— Tá bom.

Não liguei. Passei a noite em claro. Cochilando e acordando de hora em hora, num susto, e lamentando profundamente ter saído do estado de inconsciência. 

Por sorte ainda tinha aquele dia de recesso, só começaria a trabalhar no dia seguinte. Na hora do almoço comi dois ovos mexidos, mais nada. As horas se arrastaram. A tarde passou torturantemente devagar.

À noite repeti o almoço. Foi tudo que consegui comer. Sempre ouvi dizer que o coração é o órgão mais sentimental que existe. Eu discordava veementemente. Para mim era o estômago. A qualquer sinal de problema, era ele quem pagava. 

Estava deitada quando meu celular deu sinal de que havia uma mensagem. Li as palavras de Marcela com uma ebulição interior.

“Posso te ligar?”

Não respondi de imediato. Esperei. Não sei bem pelo que, mas esperei. Coragem? Talvez. Mas se era isso, não adiantou. 

“Sim”

E quase que instantaneamente meu celular começou a vibrar. Atendi tentando falar o mais normalmente que consegui:

— Oi…

A voz dela também parecia mais tranquila:

— Oi… Tudo bem?

Não estava. Eu sabia e ela também. 

— Sim e com você?

— Também. 

Emendou num fôlego só:

— Posso falar com você pessoalmente amanhã?

Sinceramente? Não queria. Não podia. Não tinha ainda equilíbrio emocional para aquilo.

— Amanhã eu volto a trabalhar. Tem como ser outro dia?

Silêncio. 

Silêncio. 

Silêncio?

— Marcela?

A resposta ainda demorou um pouco:

— Vou embora depois de amanhã. 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi, meninas! Já que esse capítulo também foi curtinho (e pelo momento tenso da história) vou postar mais um extra amanhã. Abraços! 


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Comentários para 22 - Capítulo 22:
HelOliveira
HelOliveira

Em: 12/05/2025

Muito tenso, 

Vamos ver se extra acalma um pouco ou vai ficar pior....


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 12/05/2025 Autora da história
Uma situação complicada, né?
Vou ter que dizer que o capítulo de hoje não vai acalmar muito não :(


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Raf31a
Raf31a

Em: 11/05/2025

Capítulo angustiante. 

 

Espero que o Capítulo de amanhã nos traga um pouquinho de esperança. 


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 12/05/2025 Autora da história
Difícil para as duas essa situação, né?
Então, tenho uma notícia pra te dar… acho que o capítulo de hoje não vai ajudar muito :/


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Dessinha
Dessinha

Em: 11/05/2025

Que do da Ciça, gente :/ merecia um grande amor. Mas a Marcela vai voltar, que Deus é pai. 


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 12/05/2025 Autora da história
Vamos ter fé Haahah
Concordo com você, Ciça merece viver um amor desses. Mas não depende só dela, né? :/


Responder

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Dessinha
Dessinha

Em: 11/05/2025

Que do da Ciça, gente :/ merecia um grande amor. Mas a Marcela vai voltar, que Deus é pai. 

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