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Perto do céu por AlphaCancri

Ver comentários: 4

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Palavras: 1566
Acessos: 635   |  Postado em: 04/05/2025

Capítulo 18

Das lembranças da minha infância, algumas são pequenos recortes, outras me lembro mais da sensação do que da imagem em si. Como a dos meus pés descalços na grama do sítio do meu avô, meu corpo molhado, recém-saído da piscina onde passava horas brincando. Algumas coisas eu penso que me lembro, só que talvez eu tenha criado uma recordação por meio de fotos que vi, ou histórias que ouvi… 

Mas a imagem dela sempre esteve na minha memória. Às vezes eu duvidava. Não tinha como eu me lembrar de alguém que tive um contato breve aos seis ou sete anos de idade. Mas nem disso eu tinha certeza: era essa a nossa idade? Não sei. Ela realmente existiu? Ou era tudo fruto da minha imaginação? 

O que eu me lembrava era o seguinte: Uma menina um pouco mais alta que eu. Os cabelos pretos, ondulados, um pouco acima do ombro. Uma franjinha também ondulada que formava duas pontas para cima. E um sorriso largo, com os dois dentes da frente levemente separados. O nome dela era Marcela. Estudávamos na escola municipal. Não sei quanto tempo estudamos juntas. Nem se realmente estudamos juntas ou se só a via no recreio, ou no refeitório… Mas eu tinha aquela imagem, uma única imagem dela, gravada na minha cabeça. E o nome: Marcela. Algumas vezes duvidei se era realmente esse nome ou se por algum motivo meu cérebro havia ligado o nome à imagem dela. Algumas vezes duvidei se ela realmente existiu. Pensa rápido: quem foi sua primeira crush da vida? Foi numa dessas perguntas — que não sei se li ou se me fizeram — que minha memória despertou a imagem daquela menina. 

Quando conheci esta Marcela, nem passou pela minha cabeça que seriam a mesma pessoa. Mas a imagem que estava na minha frente, na foto que eu ainda segurava, era da mesma menina sorridente que nunca saiu da minha cabeça. Os dentes separados. O cabelo ondulado. A franja. Era ela. Puta que pariu. Olhei para ela, a do presente, sentada ao meu lado. Meu coração acelerou. O cabelo continuava ondulado, só que mais escuro e um pouco mais comprido. A franja não existia mais. A diastema também não, mas o sorriso era o mesmo. E agora tinha as tatuagens. E o piercing no septo. 

Ela deve ter percebido meu momento de ausência, pois tocou levemente na minha perna e perguntou:

— O que foi?

Disfarcei minha surpresa:

— Nada… 

Sorri um pouco. Eu pareceria louca se falasse que simplesmente me lembrava da época em que ela tinha a idade daquela foto. E que carreguei a imagem dela na minha memória durante todo aquele tempo. 

Continuei olhando as fotos que passavam de mão em mão. Depois de mais algum tempo de conversa, fomos embora. Érica desceu as escadas com a gente. Fiquei sem jeito quando ela se despediu e eu segui com Marcela. Só dentro do apartamento fiquei mais tranquila. Eu odiava aquela sensação que sempre me acompanhava quando estava em público com uma mulher, como se eu estivesse cometendo um crime. Mas era inevitável, estava enraizado em mim. 

— Qual é sua programação para o dia do seu aniversário?

Marcela riu da minha pergunta antes de responder:

— Ficar com você!

Eu a beijei de leve nos lábios. Depois a olhei em silêncio, meio sem jeito de falar:

— Posso te contar uma coisa?

Ela apenas balançou a cabeça, me olhando atentamente:

— Eu me lembro de você…

Marcela visivelmente não entendeu minha frase, o que me fez completar:

— Eu me lembro de quando você morou aqui…

Ela franziu a testa:

— Como assim? 

Eu sentei no sofá, ela continuou de pé, aguardando minha resposta:

— Hoje quando eu vi sua foto… me lembrei de você… Estudamos no mesmo colégio, talvez na mesma turma.

Marcela riu e sentou ao meu lado:

— Ciça, não tem como você lembrar. Nós éramos muito novas.

Eu a cortei delicadamente, colocando a mão em seu rosto:

— Eu lembro… Juro… Não lembro de detalhes, claro, mas me lembro de você… Eu era… eu tinha uma fascinação por você…

Marcela arregalou os olhos e depois riu:

— Você tá brincando, né?

Acho que ela percebeu o quão sério eu estava falando quando eu não sorri de volta, apenas acenei que não com a cabeça. Também ficou séria, ainda me olhando. 

— Tem certeza que era eu?

Minha resposta foi imediata:

— Absoluta. 

Marcela ficou muda. Só falou depois de alguns instantes:

— Então acho que nosso reencontro é coisa do destino. 

 

 

— Tive que ligar pra me certificar de que você está viva…

Eu ri do drama de Léo:

— Eu falei com você por mensagem ontem!

— Sim, mas quem me garante que era você? Deve ter um mês que não te vejo… Que ninguém te vê, aliás… Se não foi sequestrada, deve estar muito ocupada…

Eu ri enquanto pegava o queijo na geladeira para montar meu lanche:

— Pode ficar tranquilo, não fui sequestrada. 

Ele ficou em silêncio. Depois perguntou:

— Não vai me contar?

Eu até imaginei sobre o que ele estava falando, mas precisava me certificar:

— Contar o quê?

Dessa vez não houve hesitação:

— Sobre você e Marcela.

Parei o que estava fazendo. Sentei na cadeira da cozinha. Olhei o relógio, ainda tinha quinze minutos antes de precisar voltar para o trabalho, mas mesmo assim não sabia se era a melhor hora, nem a melhor maneira, de falar sobre aquilo com Léo:

— O que exatamente você quer saber?

Ele bufou e falou irritado:

— Tudo, Ciça… Por que você não me contou nada? Caralh*, eu te conto tudo da minha vida…

Era verdade.

— Desculpa, amigo… Foi tudo meio inesperado, rápido… Até hoje eu nem sei direito o que tá acontecendo… Vamos conversar com calma pessoalmente.

Léo pareceu mais conformado:

— Tudo bem… Mas não gostei de ficar sabendo disso na rua.

Eu me alarmei:

— Como assim na rua? Não foi Isabela quem te contou?

— Não… Vieram me perguntar se você e Marcela estão juntas…

Eu gelei. Léo falou o óbvio, mas que até então eu não estava enxergando. Ou melhor, eu escolhi não enxergar:

— Você acha que ninguém iria perceber seu carro estacionado em frente à casa dela toda noite?

 

 

Quando cheguei na casa de Marcela depois do trabalho, ela estava guardando as tintas e pincéis. Sorriu para mim antes de se levantar e me beijar. Depois me olhou com a testa franzida:

— O que foi?

Eu fui direta:

— Precisamos conversar. 

Percebi que ela deu um passo atrás, depois disse:

— Fala. 

Eu me arrependi de ter falado tão sério, como se fosse dizer que alguém tinha morrido:

— Vamos sentar?

Marcela não hesitou:

— Não quero sentar… O que foi? Fala de uma vez.

Eu me sentei. Formulei a frase na minha cabeça e só depois verbalizei:

— Estão dizendo na rua que nós… estamos juntas.

Marcela se jogou no sofá ao meu lado, demonstrando um profundo alívio, mas sem me encostar ou olhar para mim. Em vez disso, fechou os olhos e bufou:

— Porr*, Ciça… 

Eu continuei em silêncio.

— Você me assustou… Achei que iria me dar uma notícia horrível… 

Eu coloquei minha mão na perna dela:

— Desculpa. Não sou muito boa com isso.

Marcela ainda manteve os olhos fechados antes de se virar para mim:

— E isso é motivo da gente conversar com essa seriedade toda?

Eu desviei os olhos:

— Não sei… Mas achei que deveria te contar. 

Ela estava visivelmente irritada:

— Tá, isso não muda em nada a minha vida… E aí?

Eu continuei sem olhar para ela:

— Tá certo… Então não temos o que conversar. 

Levantei e fui para a cozinha. Peguei um copo, abri o filtro e fiquei esperando encher.

*****

Respirei profundamente antes de me levantar e ir atrás de Ciça. Parei em pé na cozinha, mas não me aproximei dela:

— E você? Muda alguma coisa pra você?

Ao contrário do que eu esperava, ela não fugiu da conversa. Se virou para mim na mesma hora:

— Não… Em relação a nós duas não muda nada. Mas e seus tios? Meus tios? Já pensou em como vai ser se isso chegar até eles?

Eu estava muito irritada. A forma com que Ciça chegou na minha casa, agindo estranho e dizendo que precisava conversar, havia me engatilhado para pensar nas piores coisas possíveis. Não consegui esconder minha irritação:

— Sinceramente? Não. E nem pretendo pensar. Porque não faz diferença pra mim… Eu não vou me esconder, não vou fingir ser o que eu não sou, não vou voltar para o armário só porque meus tios não aceitam minha orientação sexual. Eles vão ter que aprender a lidar com isso. E se não quiserem, tudo bem… eu saio dessa casa, eu dou meu jeito, mas nunca… em hipótese alguma… vou deixar que passem por cima de mim. 

Ela bebeu a água. Balançou a cabeça e disse:

— Tá certo. 

Se virou para a pia, lavou o copo em silêncio e depois passou por mim, saindo da cozinha. Eu a acompanhei e perguntei antes que ela abrisse a porta da sala:

— Onde você vai?

Já com a mão na maçaneta, ela me olhou:

— Vou pra casa.

Abriu a porta e saiu, me deixando sozinha no meio da sala.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi! Como o capítulo de hoje foi pequeno, vou postar mais um extra amanhã. 

Abraço! 


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Comentários para 18 - Capítulo 18:
Dessinha
Dessinha

Em: 05/05/2025

Poxa, que bola fora hein Maria Cecília!! No aniversário da gata a pessoa engole sapo.. mas esse medo eu sei bem como é, já vivi no mesmo cenário da nossa querida =/ Sorte para o amor dessas duas!!


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 05/05/2025 Autora da história
Pois é! Muito mais difícil quando se vive na pele, né? Ainda mais com a experiência de vida que Ciça tem… não é tão simples.


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Raf31a
Raf31a

Em: 04/05/2025

Put@ falta de sac@nagem, hein Ciça?!

Só quem já namorou uma Ciça da vida, sabe o quanto isso desgasta uma relação. kkkk Espero que Marcela tenha (pouca) paciência e Ciça crie coragem para ser quem é.


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 05/05/2025 Autora da história
Nada legal, né? Mas vou fazer a autora parcial e defender Ciça kkkk não que ela esteja certa, mas talvez você entenda melhor o lado dela no capítulo de hoje. Depois me conta :)


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HelOliveira
HelOliveira

Em: 04/05/2025

Marcela muito tranquila, agora Ciça vai ter que esfriar a cabeça e ver o que realmente importa


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 05/05/2025 Autora da história
Marcela é muito decidida, né?! Vamos ver se Ciça consegue vencer o medo…


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Socorro
Socorro

Em: 04/05/2025

Xiiiiiiii.... problema no paraíso..

Marcela curta e grossa kkk


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 05/05/2025 Autora da história
Nem tudo são flores né hahahah
Marcela é muito decida e sabe o que quer!


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