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Nem o Tempo Curou por maktube

Ver comentários: 2

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Palavras: 1653
Acessos: 1025   |  Postado em: 30/04/2025

Capitulo 15 – Foi quase

 

Camila

Estava saindo do banho quando escutei meu celular tocar, um número desconhecido. Tentei atender, porém caiu, logo em seguida o aparelho vibrou em minhas mãos mais uma vez.

- Alô. 

- Camilla? Graças a Deus você me atendeu, sou eu a Mariana. 

- Eu sei que é você, o que aconteceu? – Estranhei ela me ligando àquela hora, ainda mais de um número que não era o seu. 

- Desculpa te ligar essa hora, mas é que eu estou na delegacia e preciso da sua ajuda. 

- Espera eu entendi direito? – Estava onde? Só o que faltava, o que será que havia acontecido?

- Sim, eu estou na delegacia. Preciso que venha me ajudar. 

- Claro, me manda só o endereço. 

Peguei o endereço e fui ao local. Entrei e encontrei Mariana sentada, bastou pôr os olhos em mim que parecia esquecer o lugar onde estava.

- Você está bem? – Perguntei preocupada. 

- Sim, só me tira daqui. – Suplicou. 

Fui conversar com o delegado, que me explicou o acontecido, depois de prometer que isso não iria mais se repetir ele me entregou as chaves de Mariana, mas claro lhe tirou alguns pontos da carteira por dirigir alcoolizada. 

- Vamos, você está liberada. 

- E o meu carro? 

- Eu vou dirigir. – Mostrei a chave. 

 Sentou-se no banco do carona, dei partida e assim que tomei a rua ela falou: 

- Obrigada. 

- Não precisa me agradecer, mas não tive como evitar a sua multa e a perda de pontos na sua carteira. 

- Não me importo. 

- Onde é sua casa, preciso ir te deixar. 

- Não me leva para casa, qualquer lugar menos lá, me deixa em um hotel. 

Não iria deixá-la em hotel sozinha, o melhor seria levá-la para meu apartamento. 

- Pronto. - Desliguei o carro.

- Me desculpa por ter te alugado essa hora. 

- Mariana, vamos entrar, você toma um banho, te dou algo para vestir, te faço um chá e você me conta o que aconteceu. 

Não fez menção nenhuma em recusar minha oferta. Depois que peguei algo para ela vestir, mostrei-lhe o banheiro e fui até a cozinha. Apesar das circunstâncias não pude deixar de reparar o quanto seu corpo era perfeito naquela camisola. 

- Toma. – Entreguei a caneca. 

- Obrigada. – Tomou um gole. – Mais uma vez sinto muito em te incomodar essa hora. 

- Você se desculpa a cada dois minutos, já reparou? – Brinquei tentando descontrair.  

- Sint... melhor não. – Sorrimos. 

- Eu sei que você não estava bem desde cedo. Mas o que deu em você de sair de casa depois de beber? Ainda mais a essa hora? 

- Minha mãe. Está pensando em vender a empresa. – Ótimo, nem fui contratada e já corro o risco de ficar desempregada. – Antes da morte de Marina, ela era responsável por administrar ao lado da mamãe. 

- O que você fazia?  

- Eu? Na verdade, eu sou médica. – Quantas revelações para uma noite apenas. – Depois que Marina morreu eu não tive escolha, larguei o hospital e tive que administrar a Carvalho Imobiliária. Agora aquela mulher, fútil, sem coração, sem escrúpulos, quer vender apenas por birra. Meu pai pediu o divórcio, ela não aceitou e tenho certeza que o fato de eu não a ajudar fez com que resolvesse vender a empresa, apenas por uma vingança infantil. 

- Ela não seria capaz. – Não era possível que alguém pudesse ser tão mesquinha. 

- Camilla você não faz ideia de quem seja a minha mãe. Inclusive seu nome surgiu na conversa. Ela já sabe que estamos juntas. 

- Como? – Nesse momento senti meu espírito ser tocado pelas mãos do Criador. 

- Nos viu no carro hoje de manhã. 

Ótimo, tudo que eu precisava era de uma quase sogra psicopata. 

- Não precisa se preocupar, jamais deixaria que ela te fizesse alguma coisa. 

- Você fala isso como se fosse mesmo capaz, sabia que o delegado me falou que ela quem ligou para eles?

- Eu imaginei. Mas você não precisa ficar com medo, ela é maluca, mas sei que tem limites. Você está sozinha?

- Sim, Diana está de plantão. 

- Posso te beijar? 

Dane-se a sanidade, o medo, a razão. Ela estava ali, usando uma camisola minúscula, beijando minha boca com volúpia, o que mais eu poderia desejar? Deixaria para pensar na megera depois, no momento meus pensamentos e meu corpo estava mais preocupado em acariciar a pele macia de sua filha. Eu sei, sou terrível, mas o que posso fazer? 

Mariana mordiscava levemente os meus lábios, apenas para nos dar espaço para respirar. Ela me olhava durante o beijo, me fazendo ficar ainda mais enlouquecida. Tocou minha coxa com delicadeza, o contato me fez soltar um gemido involuntário. De repente eu travei, cai na real que nunca havia ficado com nenhuma mulher, não sei a mínima ideia de como me comportar. 

- Mari, Mari, espera. – Com muito esforço consegui tirá-la de perto. 

- O que foi? – Questionou confusa, e eu salivei ao ver através da camisola que os seios dela estavam enrijecidos. 

- Hoje não. 

- Como assim? 

- Mari, não quero que aconteça no sofá da minha sala. – Menti, só não queria dizer que eu tinha zero experiência. 

- Tudo bem, eu não me importo. 

- Só quero que seja algo especial, assim como você é especial para mim. – Acariciei seu rosto e ela sorriu. 

- Não posso ficar brava com você. 

- Eu sei. Vem vamos para cama. – Ela me olhou e deu um sorriso safado. – Para cama dormir Mariana, pois já está tarde e amanhã a gente trabalha. 

Segurei sua mão e sai puxando-a pelo corredor a dentro. Sentia o olhar dela observar meu rebol*do. Deitei em sua frente e ela logo se encaixou atrás de mim, cheirando meu pescoço, quase dormindo de tanto cansaço ela sussurrou algo...

- Estou apaixonada por você. 

- O que você disse? Mariana? – Ela respirava profundo e eu dormi com a dúvida do que havia escutado, pensando ser uma alucinação. 

A noite foi um tanto difícil. Ter Mariana ao meu lado, quase nua, e me manter sem fazer nada foi extremamente difícil. Em dado momento da noite, virou-se para mim, sua boca ficou a poucos centímetros da minha. Sua expressão era tão serena, desci meus olhos pelo decote, e me arrependi amargamente. Com todo aquele movimento que ela fazia, acabou que o seio esquerdo estava quase todo de fora. 

Chega! Peguei o travesseiro, minha manta e caminhei sem fazer barulho até o sofá. Era a única forma para que eu conseguisse dormir. Mera ilusão, quase não consigo esquecer a cena, o que resultou em muitas reviradas no sofá até que o cansaço me venceu. 

Acordei com meu corpo sendo esmagado por um ser humano que não percebeu que eu estava ali.

- Meu Deuss! – Gritou Diana ao sentir que havia sentado em algo, no caso eu. 

- Shiii! Deixa de escândalo. – Repreendi. 

- O que você está fazendo no sofá? Dormiu aí? 

- Sim. – Inventei de me mexer, péssima ideia, meu pescoço doeu e eu quase gritei. – Mariana está no meu quarto. – Diana me encarou. 

- Se ela está lá, por que você está aqui? Não seria ideal vocês terem dormido juntas depois de fazerem sex*? 

- Diana, quem falou que fizemos sex*? Não inventa, você sabe que eu nunca transei com uma mulher, e honestamente ontem não era uma boa hora. 

- Então porque veio dormir aqui? 

- Eu, eu...

- Você teve medo de não resistir à tentação?

- Foi, agora me deixa preparar o café da manhã. – Me levantei e Diana riu, eu estava toda torta. 

Estava entretida fazendo o café, até que senti os braços enlaçando minha cintura. Mariana beijou meu pescoço o que me causou um arrepio até a minha décima geração. 

-  Que cheiro delicioso. – Sussurrou com a voz rouca. 

- Ainda nem tomei banho. 

- Quem disse que eu falei do seu cheiro? – Quanta ousadia, Mariana 1 - modéstia 0, me fez ir para a delegacia, tomou minha cama e ainda me destrata. – Estou brincando, não precisa ficar com raiva. 

- Você sentiu? 

- O quê?

- Eu te matando no meu pensamento, por conta dessa sua ousadia?

Mariana gargalhou, me prendendo em seus braços. 

- Você fica linda irritada. 

- Mari, não me provoca. – Roçou o nariz descendo do meu pescoço para o busto. 

- Tudo bem. – Afastou-se. – Me explica uma coisa, você dormiu no sofá? – Droga ela reparou. 

-Você ronca. – Menti e ela gargalhou. 

- Eu não ronco, Cami. 

- Como você sabe se está dormindo?

- Quem dormiu comigo nunca reclamou. – Me desafiou e eu senti vontade de atirar o bule de café em sua direção, Marina 2 - modéstia 0. 

- Mariana, vai tomar banho. 

Sumiu pelo corredor. Organizei a mesa de café, e pela demora de Mariana no banho, se eu fosse esperar que ela saísse iria me atrasar. Bati no quarto de Diana. 

- Entra. 

- Posso usar seu banheiro? Mariana está no meu, e não quero me atrasar. 

- Deveria aproveitar e se juntar a ela no banho.  

- Diah, você está tão engraçadinha. 

Tomei banho, me vesti e escutei as gargalhadas de Mariana e Diana conversando na cozinha. 

- Olha ela aí. 

- Podemos enfim tomar café. 

Gostei do entrosamento da minha amiga com Mariana, conversavam como se já se conhecessem de longa data. Terminamos o café, já no carro Mari me pergunta:

- Se importa de passar lá em casa antes de irmos para a empresa? Preciso trocar de roupa.

- Eu na sua casa, com sua mãe lá? 

- Ela não estará lá, e outra, iremos para o meu quarto. 

- Tudo bem. 

Concordei mesmo acreditando que isso tinha tudo para dar errado. 


Fim do capítulo


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Comentários para 15 - Capitulo 15 – Foi quase :
Mmila
Mmila

Em: 15/05/2025

Camila se segurando....

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Lea
Lea

Em: 02/05/2025

Camilla, aproveita o lado bom da vida!!

 


maktube

maktube Em: 03/05/2025 Autora da história
A bichiinhaaaaa!


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