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Striptease por Patty Shepard

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Palavras: 3813
Acessos: 1161   |  Postado em: 27/04/2025

Notas iniciais:

Como prometido... Cá estou. Espero que gostem do capítulo! Volto daqui a 15 dias com mais. 
Avisando que terão domingos que os capítulos serão pequenos e outros que serão imensos, cada um com sua própria importância para a história. Não esqueçam de me seguir nas redes sociais: @patty5hepard

Capitulo 51

 

 

A tarde já havia chegado ao seu fim naquele sábado em questão, o casal de namoradas, agora mais apaixonadas do que nunca, haviam dormido até o meio da tarde, mesmo com todos os protestos e mordidas de Vadia, nada que uma ida de uma das mulheres a cozinha para abastecer a ração do pequeno dragão, não tivesse resolvido. Após tudo o que havia acontecido no dia anterior, que havia começado em guerra e havia terminado em muito amor, as duas mulheres agora estavam em uma plenitude que parecia quase absoluta.

Amélia estava confortavelmente sentada sobre o tapete da sala de Helena, em posição de meditação, as costas apoiadas em dois travesseiros encostados ao sofá e o notebook logo a frente, apoiado na mesinha de centro, o mesmo tinha toda a atenção de Amélia, que agilmente digitava de forma quase incessante sendo as únicas coisas que se moviam eram seus dedos e seus olhos. Em contra partida estava Helena, confortavelmente deitada no sofá, os olhos fixos em um livro seguro apenas por uma das mãos, enquanto a outra distraidamente acariciava todo o colo de Amélia de forma unicamente carinhosa, era quase automático.

Aquela era a verdadeira definição de uma harmonia que causaria inveja em muitos casais, até mesmo Vadia estava naquele meio, deitada na altura do ventre de Helena, em um sono tão profundo que Helena com certeza pensaria centenas de vezes antes de se mover para não perturbar a sua pequena pretinha.

— Terminei. — Mia anunciou repentinamente e recostou-se melhor nas almofadas apoiadas no sofá em que Helena estava deitada, então virou o rosto para encarar a sua morena e teve que sorrir ao vê-la tão concentrada em sua leitura. — É inusitado te ver tão concentrada em algo se não a pintura.

Helena sorriu, mas não desviou os olhos de seu livro.

— Não seja boba, minha atenção sempre é inteiramente sua quando estou com você, então é algo infundado o que disse. — a mexicana calmamente falou enquanto erguia a mão direita até tocar o rosto de sua Designer, fora só aí que desviou os olhos do livro para poder encará-la. — Você está trabalhando ao invés de estar me aproveitando.

Um pequeno bico se formou nos lábios de Mia com a implicância de sua namorada, mesmo tendo absoluta certeza de que era só uma brincadeira.

— Em minha defesa, eu estou com uma demanda muito grande, então utilizo do meu tempo livre para me tornar mais eficiente e também foi culpa sua por eu não ter feito toda a minha jornada de trabalho ontem. — arqueou ambas as sobrancelhas como se estivesse a acusando de algo.

Helena riu por breves segundos enquanto fechava o livro e o deixava sobre a própria barriga, ao mesmo tempo Mia pendia um pouco a cabeça para o lado, em direção a mão de Helena, como se silenciosamente pedisse por um pouco mais de carinho.

— Você tem um ponto. — Helena declarou enquanto espalmava a sua mão no rosto de sua morena e começava a acariciar a pele macia e quente apenas com o polegar. Sabia que havia preocupado a sua garota mais uma vez.

— Uso esse ponto para convocar uma conversa. — Mia arqueou uma sobrancelha e deu um sorrisinho vitorioso.

Helena gargalhou com a cara de pau da namorada, ela definitivamente adorava aquilo.

— O que você quer saber, Mi Cariño?

Mia se derreteu inteirinha e nem mesmo conseguiu segurar o sorriso bobo com o novo apelido.

— Tudo, é claro. — respondeu como se isso fosse algo óbvio. — Eu sei que foi por causa de ciúmes e você teve medo disso, mas quem me explicou isso foi a Ally, não você.

Helena sorriu de canto, surpreendentemente nem um pouco incomodada com aquela conversa, era bem o contrário disso, estava inteiramente relaxada.

— Quando eu era casada com o Trevor, as minhas mínimas demonstrações de ciúmes eram tratadas como uma verdadeira tempestade, era um verdadeiro inferno, como se a culpada pelo meu ciúme fosse eu mesma e não por que ele realmente me traía com qualquer uma. Eu era taxada de louca, de perturbada ou de estar tentando arruinar o nosso relacionamento com coisas infundadas. — a morena falava calmamente enquanto observava com atenção a feição de Amélia e a forma como ela franzia o cenho toda vez que ouvia algo que não gostava. — Então, por mais que eu saiba que você é completamente diferente, eu não tive controle quando na primeira vez que senti ciúmes de você, eu senti medo, eu senti muito medo.

— Quando eu acho que é humanamente impossível odiar mais alguém, você me conta mais alguma coisa do Trevor. — Mia riu sem vontade com as próprias palavras e virou um pouco o rosto só para beijar a palma da mão de sua namorada. — Não me importo que sinta ciúmes de mim quando houver motivos para isso... Eu sou absurdamente ciumenta também, sou capaz de morder quem tentar se aproximar de você, que esteja avisado, Helena. — a morena falava de forma um pouco exagerada, os olhos mais abertos, as sobrancelhas arqueadas, como se quisesse dar ênfase em sua própria loucura, em seguida soltou um rosnado e tentou morder a mão de Helena, tal ato arrancou da Mexicana uma verdadeira gargalhada que durou alguns bons segundos e levou Mia a rir junto da sua própria idiotice.

— Eu duvido muito que você seria capaz de se rebaixar a tanto. — Helena tinha um sorriso verdadeiramente largo nos lábios e um ar ainda risonho. — Mas com certeza eu esperaria um grande monólogo.

— Isso também é perfeitamente eficaz. — arqueou ambas as sobrancelhas enquanto sorria de forma inteiramente orgulhosa. — Quando foi a primeira vez que sentiu ciúmes?

— Aquela advogadazinha que ficava te rondando como uma presa e fez bolo pra te agradar. — Helena fez uma expressão de desdém ao recordar-se daquele dia e se sentiu maravilhosamente bem quando, ao contrário do que esperava, Mia riu.

— Como eu não percebi isso?

— Por que você é muito profissional. — Helena deu de ombros. — Enquanto você estava completamente focada em fazer o seu trabalho, ela te rondava, te tocava de mais, sempre que se aproximava ela te tocava, uma mão nas suas costas que desliza devagar para baixo...

Mia arqueou ambas as sobrancelhas ao associar completamente as palavras de Helena ao momento em que de fato aquilo aconteceu, recordava-se com perfeição dos detalhes, tudo ficando claro de uma forma que chegava a ser cômica.

— Meu Deus. — riu de sí mesma enquanto escondia o rosto. — Como eu não percebi? Agora é tão óbvio!

— Pode-se justificar também que você nunca deu bola para mulheres dando em cima de você...

Mia acenou com a cabeça vagarosamente enquanto pensava naquelas palavras.

— Faz sentido, quando um homem está dando em cima de mim eu consigo perceber mesmo a distância. — franziu um pouco o cenho e então riu mais uma vez, definitivamente ainda incrédula no quanto tudo aquilo parecia absurdo, mas agora era engraçado.

— Depois foi no Tasty Tasty, quando saí do banheiro e você estava abraçada com sua amiga com intimidade demais da parte dela, da sua era carinho, da dela era mais que isso.

— Mamma sempre disse que ela era apaixonada por mim desde que trabalhamos juntas, eu nunca acreditei...

— Você definitivamente deve acreditar no instinto da sua mãe, que inclusive apontou muito bem outra apaixonada... A sub chef que você estava dando bronca naquele dia.

— Ah não... — a morena fingiu um choro enquanto quase derretia onde estava para esconder o próprio rosto, levando Helena a sorrir com a sua reação.

— Sim... Acredite. E então tivemos aquele belíssimo show do Charlie abraçado a você no sofá onde vocês provavelmente já trans*ram.

— Meu Deus eu sou tão burra. — e morena falou contra o estofado do sofá onde ela agora escondia o rosto, se sentindo humilhada de certa forma, não por Helena e sim por ter sido tão cega, afinal, ela definitivamente não gostaria de ver Helena com intimidade demais ou abraçada com alguém que ela já tivesse tido algo como Mia havia tido com Charlie. — E depois a Billie Jean não foi?

Helena riu enquanto erguia a mão e emaranhava os dedos nos fios dos cabelos de Amélia.

— E depois a Billie Jean. — Helena confirmou enquanto sorria de canto, seu coração batia mais rápido dentro de seu peito, não por conta daquele assunto de fato e sim por que Mia em nada contestava, apenas acreditava nas palavras de Helena de forma quase cega, aquela sensação de ser compreendida sem precisar se esforçar era algo absolutamente surreal. — A partir de hoje você vai prestar bem atenção, hm? Se eu ver uma mulher dando em cima de você e você sorrindo com toda a sua educação achando que é tudo normal, La Catrina terá uma conversinha com você.

— La Catrina? — Mia arqueou levemente uma sobrancelha.

— A Deusa da morte. — Helena sorriu, mas obviamente não era uma ameaça, o sorriso em seus lábios deixava bem claro a brincadeira em suas palavras.

 

©

 

— Amor... — Helena caminhava devagar pelo corredor que dava acesso ao seu quarto, tinha em mãos o seu celular. — Estava conversando com a BJ, antes de ela ir embora novamente queria chamar ela para jantar aqui em casa.

— Hmm, só vocês? — Mia questionou no momento em que saia do banheiro e buscava a sua morena com os olhos. O fim do dia já havia chegado, já estavam se preparando para dormir, Mia com seus cuidados diários com a pele e Helena apenas fechando as portas de casa como fazia todas as noites. — Afinal, eu estava no meio da última vez.

— Não, com todos nós, a Ally, o Nando, o Drew, tenho certeza que ela vai gostar de conhecer eles e enquanto da em cima da Ally.

Mia riu enquanto esfregava uma mão na outra de forma quase inconsciente. Havia adorado conhecer a amiga de Helena e definitivamente ficara curiosa com a interação de Billie Jean com Ally.

— Pode marcar, fazemos um jantar caprichado, vai ser incrível. — Mia declarou com convicção, afinal, adorava fazer jantares para aproveitar com seus amigos.

Helena sorriu de forma um pouco larga e foi caminhando em direção a sua morena, quando foi se aproximando os braços foram se erguendo, as mãos buscando o que queriam até alcançar a cintura de Mia e a puxar para pertinho até que pudesse a abraçar com todo o carinho.

— É nesses momentos que eu penso como eu consegui ter tanta sorte para encontrar você. — declarou baixinho e Mia sorriu com a confissão recebida enquanto tocava o rosto de Helena com ambas as mãos, o segurando com cuidado.

— E tenho uma ideia melhor ainda... Podemos organizar um pouquinho um local no quintal, por a mesa lá fora e fazer tudo lá fora, como você já quis, mesmo sem coreto... — Mia foi falando baixinho, como se estivesse tocando em um assunto delicado e de fato estava, mas o que recebeu como resposta fora um sorriso inteiramente derretido. Na verdade, Helena realmente sentia que podia derreter a qualquer momento de tanto amor, afinal, a sensação quente que lhe preenchia o coração era quase avassaladora.

— Eu realmente adoraria. — Helena respondeu, quase sem voz com aquela sugestão completamente inesperada.

Mia sorriu um pouco mais enquanto inclinava-se em direção a sua morena, até que seus lábios tocassem a testa dela de forma completamente carinhosa, o beijo durou alguns segundos antes que ela colasse sua testa a dela e fechasse os olhos por alguns segundos. Naquele momento, a cumplicidade entre as mulheres havia crescido ainda mais.

Assim, pouco depois as duas estavam enroscadas na cama em um sono profundo, ou era correto dizer que as três estavam enroscadas na cama em um profundo sono, afinal, Vadia estava em seu local de sempre, aconchegada no meio das mulheres como se fizesse parte daquele lugar a vida toda. E assim, em algum momento da madrugada, o profundo sono do casal foi repentinamente interrompido pelo atípico som que começou a ressoar por todo o quarto.

Helena se moveu incomodada na cama e ergueu a cabeça devagar, o cenho inteiramente franzido e os olhos semicerrados enquanto olhava em direção a pequena cômoda ao lado de sua cama onde seu celular tocava, não tinha a mínima ideia de quem era, mas ao olhar pela janela e encarar o breu da noite lá fora, sabia que era tarde.

— Quem é? — a voz rouca e baixinha de Mia soou atrás de sí. Helena não respondeu de imediato, apenas se esticou um pouco, escapando brevemente dos braços de sua morena para alcançar o aparelho e assim que o pegou e o virou para sí, seus olhos se fecharam ainda mais com a repentina luz os incomodando, mas isso não a impediu de ler o nome mais do que conhecido na tela: Ally.

— É a Ally. — Helena alertou e no mesmo instante sentiu o seu coração saltar dentro do peito, despertando-a de uma vez por todas, afinal, ela sabia muito bem que ligações na madrugada nunca significavam coisas boas. Ela sentou-se na cama ao mesmo tempo em que levava o telefone ao ouvido, ao mesmo tempo Mia também havia despertado assim que ouvira o nome da amiga e sentara quase ao mesmo tempo que Helena. — O que houve?

Mia encarava a sua garota de forma um tanto apreensiva, buscando detalhes em suas feições do que poderia estar acontecendo, mas tudo o que viu fora Helena soltar um suspiro um pouco pesado antes de acenar com a cabeça.

— Vem, a Mia está aqui, vamos cuidar de você. — Helena falou baixo, naquele tom de voz cheio de compaixão ao qual Mia conhecia muito bem. Então, findou a ligação e olhou para a sua morena, se ajeitando um pouco na cama, mas desviou os olhos dela só para encarar rapidamente o seu celular para checar que horas eram, estava perto de dar 1h da madrugada.

— Ally teve mais um encontro ruim, mas pela forma que ela estava chorando, eu tenho certeza que algo a mais aconteceu. — Helena enfim explicou antes de permitir que seu corpo desabasse na cama como se estivesse exausta, mas era só a adrenalina que a preocupação havia causado, que estava acabando. — Odeio ligações de madrugada, fico apavorada.

— Nunca são notícias boas, no meu caso é sempre um irmão bêbado. — deu de ombros antes de inclinar-se em direção a sua morena para beijar-lhe os lábios de forma suave, ao mesmo tempo sentiu Vadia se espreguiçando próximo a suas pernas. — Vamos cuidar dela, ela já está vindo?

Helena acenou suavemente com a cabeça enquanto encarava Mia de pertinho, adorava olhá-la daquele jeito, daquele ângulo.

— Ok... Eu vou fazer um chá de camomila pra ela. — declarou enquanto se afastava devagar, pronta para sair da cama mesmo que cinco minutos atrás estivesse em um sono profundo.

— Obrigada por isso, mesmo, sabe que não tem nenhuma obrigação.

— Eu sei, mas pela Ally eu não me importo de acordar de madrugada para ajuda-la, ela é importante para você, automaticamente se torna importante para mim, você sabe disso. — Mia falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e de fato era, afinal, já haviam conversado sobre aquilo.

— Não fale isso nunca para ela. — alertou e sorriu fraco enquanto também levantava.

— Casaco, está frio. — Mia alertou mais do que imediato assim que saiu da cama e Helena apenas concordou com um aceno e já foi direto até o seu armário, por canto de olho viu que Mia já vestia um casaco que ficara sobre a poltrona e Helena logo vestia um e se aconchegava antes de ir seguindo sua namorada a passos calmos, Mia ia acendendo as luzes, as duas agindo como se um momento como aquele fosse algo completamente normal, mas aquilo só mostrava que as duas estavam em plena sintonia.

Passou apenas alguns minutos para que o silêncio da casa fosse quebrado pelo toque da campainha, Mia não se apressou, na verdade focou sua atenção em mexer o chá que havia acabado de fazer, apenas uma xícara, olhava fixamente para o líquido de cor caramelo enquanto os ouvidos apurados tentavam captar as vozes de Helena e de Ally. Não quis ir direto ao encontro dela, permitiu que só Helena o fizesse caso fosse um assunto particular, fizera isso por respeito, mas não conseguiu o manter no momento em ouviu o tom extremamente preocupado de Helena:

— Me explica, o que houve? Ele fez algo com você? — Helena questionava.

Mia apressou-se ao dar a volta no balcão da cozinha, levando consigo a xícara de chá e caminhou rapidamente rumo a sala onde mais que imediatamente pode ver Ally agora sentada no sofá e Helena abaixada a sua frente, a ruiva estava perfeitamente arrumada, impecável, se não fosse a maquiagem borrada, o rosto levemente corado pelo choro e principalmente os olhos avermelhados, a forma como ela estava levemente encolhida e abraçando o próprio corpo evidenciava também a fragilidade do momento.

— Só a humilhação de sempre. — a voz bem rouca de Ally soou, sinal que ela teria problemas na garganta no dia seguinte. — Você sabe, gostar de homem.

Mia, por estar mais distante, conseguia ter uma visão melhor, foi assim que pode notar a mão direita de Ally, a mesma que ao abraçar a sí mesma, ficara pousada sobra o braço esquerdo. A pele de Alyson era extremamente pálida, por isso era fácil de notar o roxo que começava a forma-se ao redor dos nós dos dedos da ruiva, Mia não precisou de muito para entender, só se aproximou mais, colocou a xícara em cima da mesinha de centro e fora até Ally.

— Ou seja, ele te assediou e você revidou. — Mia declarou enquanto se inclinava um pouco e buscava a mão de Ally, tocando-a com cuidado, no mesmo instante Ally se alarmou um pouco e seguiu o toque de Mia só para entender do que ela falava, acabou suspirando, já Helena, com o olhar inteiramente alarmado, olhou de Ally para a namorada, em seguida para a mão segura por Mia. — Não esconda suas dores para proteger a Helena. — Mia bronqueou em um tom extremamente sério. Nesse mesmo momento, Ally olhou em direção a Helena e Helena retribuiu o olhar com seriedade e em silêncio as duas se encararam por alguns segundos, parecendo conversar em silêncio antes que Ally baixasse o olhar e suspirasse.

— Achei que seria bem melhor evitar falar pra você, afinal, não aconteceu nada de fato, eu quebrei o nariz dele antes que acontecesse. — a ruiva foi sussurrando devagar, enfim deixando de fingir qualquer coisa para que não afetasse Helena, havia vindo todo o caminho para a casa de sua amiga pensando que seria melhor esconder, afinal, sabia que aquilo poderia ser um grande gatilho.

— Não faça isso novamente, meus problemas não são maiores que os seus para que você guarde para sí mesma tentando me ajudar de alguma forma. — Helena falou baixinho e então olhou para Mia brevemente. — Amor, pega um pouco de gelo.

Mia apenas acenou com a cabeça e deu meia volta.

— Ele parecia um cara bom, é um advogado, conversa boa, não ficou me comendo com os olhos durante o jantar, me deixou muito a vontade, pagou tudo, foi super cavalheiro, mas no final dentro do carro ele não aceitou que a noite acabasse só com um beijo, pelo jeito achava que só por ter sido gentil e bancado toda a noite, eu tinha a obrigação de dar pra ele. — a ruiva foi falando em tom um pouco baixo, olhava vagamente para a mão machucada a qual agora era segura por Helena com todo cuidado. Mia se aproximou enquanto também ouvia tudo em silêncio, sentou ao lado de Ally e ofereceu a Helena o gelo que trouxera. — Quando neguei ele ficou furioso, disse que eu tinha obrigação por tudo o que ele tinha feito, saí do carro e ele veio atrás, indignado e querendo me levar de volta, foi quando eu soquei com toda a minha força e ouvi muitos xingamentos por ter quebrado o nariz dele.

— Ironicamente parece sua cara quebrar o nariz de macho escroto. — Mia falou baixo enquanto abraçava a amiga ao seu lado e então olhava para Helena que agora, com todo o cuidado, pressionava o gelo sobre a mão de Ally.

— Vamos a delegacia dar queixa. — Helena falou e ergueu os olhos para encarar a ruiva que calmamente negou com um aceno de cabeça.

— Não precisa, quebrar o nariz dele foi satisfatório o suficiente e ele é um advogado que eu sei que se safaria disso com facilidade, tem muitos contatos. — Ally deu de ombros e soltou um suspiro pesado. — Mas a humilhação que senti depois veio como uma avalanche e tudo o que eu consegui fazer foi chorar enquanto pegava um taxi.

Mia soltou um suspiro pesado, sentindo um lampejo de indignação com as palavras de Alyson, mas sabia que era verdade, ele realmente se safaria com facilidade e aquilo só somaria para a humilhação que a mulher estava sentindo.

— Não deve se sentir humilhada, você não tem culpa da escrotidão masculina, você é maravilhosa, Ally e dona de um belíssimo gancho de direita pelo jeito... Você foi incrível, você se safou de algo que poderia ter sido realmente grave e ainda conseguiu mostrar para ele o quão foda você é, uma mulher forte que não baixa a cabeça para absolutamente ninguém e você sabe o quanto eu me orgulho disso em você, não só por agora, mas por tudo o que já fez por mim quando enfrentava o Trevor de cabeça erguida para tentar me defender. Você é a mulher mais forte que eu conheço. — Helena falava tudo de maneira firme e pontuada para que Alyson entendesse tudo com perfeição e de fato a ruiva entendia, tanto entendia que a reação que teve viera em forma de um choro aliviado, aliviado por ser entendida e muito bem abrigada por uma das pessoas mais importantes de sua vida. A ruiva chorou enquanto era aparada pelo abraço de Mia e de Helena. Aquele momento era o retrato de uma pequena família.

Assim, aquela noite onde três dividiam uma cama de casal, agora a mesma comportava quatro, Helena, Ally, Mia e Vadia. Ally deitada no meio como se estivesse sendo muito bem protegida pelo casal de amigas, Vadia enfiada entre algumas pernas, todas preenchidas por um sentimento de cumplicidade e de um amor que parecia não haver limites.  

Fim do capítulo


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Comentários para 51 - Capitulo 51:
Mmila
Mmila

Em: 28/04/2025

Essas duas estão cadê vez mais entrosadas. Que bom!

Que bom também que Helena está bem resolvida psicologicamente e pôde ajudar a Ally da melhor forma possível, juntamente com Mia.

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