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Perto do céu por AlphaCancri

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Palavras: 2289
Acessos: 674   |  Postado em: 27/04/2025

Capítulo 15

Estacionei em frente ao meu portão. Estava nervosa. Não só por estar com Marcela, mas por estar indo com ela para minha casa. Já havia levado uma única mulher para lá antes, uma ex-namorada, sempre tentando me desencontrar com  meus tios. 

Descemos do carro, eu o travei no alarme torcendo para minha tia não ter escutado e, principalmente, não aparecer na janela. Abri o portão devagar, mas o rangido era inevitável. Dei passagem para que Marcela entrasse primeiro. Ela ficou parada me esperando fechar. Eu quase não respirava na expectativa de passar ilesa por aquele corredor. Caminhei com Marcela me seguindo logo atrás. Subimos as escadas e eu abri a porta da sala. Só quando entramos eu voltei a respirar normalmente. Não sei se ela notou meu nervosismo.

— Quer comer alguma coisa? 

Marcela sorriu, colocando a mão sobre a barriga:

— Depois de tudo que eu comi na festa, acho que posso passar uma semana sem me alimentar.

Eu estava um pouco constrangida, envergonhada. Era como se o nível de intimidade que tínhamos alcançado tivesse regredido naqueles últimos três dias. 

— Posso usar o banheiro?

Eu a levei até a suíte. Fiquei esperando sentada na cama. Tirei os sapatos. Quando Marcela saiu, eu entrei. Escovei os dentes, me observei no espelho, ajeitei os cabelos e voltei para o quarto. Ela estava parada em frente às estantes da parede, olhando as fotos.

***** 

Esperei em pé enquanto Ciça usava o banheiro. Dei uma olhada no quarto, por pura curiosidade de saber um pouco mais sobre a vida dela. Me aproximei de um trio de estantes que continham livros, muitos livros, fotos, caixas e… me surpreendi um pouco… a imagem de um santo. Não fazia ideia de qual era. Quando ela saiu do banheiro, eu ainda olhava. Me virei sorrindo:

— Achei que você não era religiosa…

Ela também sorriu e parou ao meu lado:

— E eu não sou… 

Voltei a olhar para ela:

— Imagens não são coisas de religião?

Ciça sacudiu a cabeça:

— Sim… Mas pra mim não são coisas necessariamente ligadas… 

Eu continuei a olhando, esperando uma explicação. E ela deu:

— Eu não me vejo seguindo uma religião específica, frequentando templos, seguindo cegamente regras criadas como forma de controle… Mas eu acredito que exista algo superior a nós, uma coisa extradimensional, sei lá… Coisas e seres além do nosso entendimento.

Eu apenas sorri. Não sei se entendia, muito menos se concordava. Apontei para a imagem do homem de barba, segurando o que parecia uma lança:

— Quem é esse cara?

Ela riu da forma que falei, antes de responder:

— São Judas Tadeu… Comprei a imagem pra cumprir uma promessa.

Me virei para Ciça com a testa franzida:

— Promessa? Isso também não é coisa de religião?

Ela deu de ombros:

— Sim… Mas quando eu preciso da ajuda de seres superiores, eu peço… E se eles me atendem, eu pago a minha promessa. Mas não condiciono isso à minha ida à igreja. Eles sabem que eu não vou. 

Entendi que por “eles” Ciça se referia aos tais seres superiores. 

— E o que ele te deu pra você ter pagado a promessa?

Ela sorriu para mim de forma travessa, antes de dizer:

— Uma Copa Libertadores para o Flamengo.

A frase parecia ter sido dita em um idioma que eu não conhecia. Acho que minha cara de interrogação ficou explícita. Ciça tentou me explicar:

— O Flamengo iria jogar a final do campeonato mais importante do continente… 

Ela apontou para a imagem e falou me imitando:

— Esse cara… é o padroeiro do time, então eu prometi que se o Flamengo fosse campeão, eu compraria a imagem.

Sacudi a cabeça mesmo sem saber se tinha entendido. Depois apontei para uma das fotos na estante e fiz outra pergunta: 

— São seus pais?

— Sim.

Sacudi a cabeça e voltei a olhar as fotos. Ainda fiquei olhando os outros porta-retratos por algum tempo, perguntando sobre uma ou outra pessoa que posava ao lado dela. Reconheci os amigos dela em várias imagens, de viagens, aniversários…Depois me virei para Ciça, que demorou um pouco a tirar os olhos da estante e olhar para mim também.

Quando nossos olhos se encontraram, pareceram grudar. Ela se aproximou de mim devagar e colocou os braços em volta da minha cintura. Eu passei os braços pelos ombros dela. Nossos olhares unidos o tempo inteiro. Ela se aproximou e beijou meu rosto. Esfregou a bochecha na minha. Voltou a beijar. Eu fechei os olhos, agora sentindo o cheiro dela de verdade. Os lábios de Ciça passearam pelo meu rosto, meu pescoço, meu queixo. Eu suspirei. Nossos lábios se encontraram devagar. Ela me beijava quase que com cuidado. Lentamente. Como se quisesse aproveitar cada segundo, cada pedaço da minha boca. Aquilo provocou em mim uma reação inversa. Saber que ela gostava, que saboreava o meu beijo, me deixou completamente excitada. Me arrepiei, apertei o corpo dela contra o meu. Intensifiquei o beijo. Ela me acompanhou, me atendeu. Me levou até a cama, deitou por cima de mim. Eu aproveitei a pausa para respirar e tirei a blusa dela com pressa. Não esperei que ela tirasse a minha, eu mesma a arranquei. E também me livrei do sutiã. Desabotoei o de Ciça nas costas dela, enquanto ela voltava a me beijar. Rolei meu corpo sobre o dela. Me ajoelhei na cama e tirei a calça que ela usava, junto com a calcinha. Fiz o mesmo com as que eu usava. Deitei sobre ela com nós duas completamente nuas. Me esfreguei, apertei, passei a mão pela extensão do corpo de Ciça, até ela trocar de posição comigo de novo. Ficou por cima, desacelerou o ritmo. Ondulou sobre mim mais devagar. E quanto mais passional ela era, mais louca me deixava. Eu fechava os olhos enquanto ela beijava meus seios, passava a língua devagar, o tempo todo acariciando meu corpo com delicadeza. Meus gemidos me denunciavam, não conseguia manter meus olhos abertos. A mão de Ciça desceu até meu sex* e me acariciou. Meu corpo tremia. Ciça voltou a me beijar, depois levou a boca até o meu ouvido:

— Você é tão linda, Marcela…

Aquela frase, naquele contexto, me deixou mais excitada do que se ela tivesse falado algo carnal, lascivo. Meu nome pareceu extremamente erótico na voz dela.

Minhas mãos apertaram as costas de Ciça, eu já tinha me entregado ao ritmo que ela impunha, apenas suspirando e gem*ndo. Minhas costas se arquearam quando os dedos dela entraram. Eu não sentia prazer só onde Ciça me tocava, mas sim no meu corpo inteiro. Como uma onda elétrica que me fazia flutuar. Ela me conduziu, me mostrou o caminho, me assustando ao demonstrar como já me conhecia tão bem. 

Quando terminou, fiquei deitada, completamente imóvel tentando recuperar a respiração normal. Meu corpo inteiro, cada músculo, incrivelmente relaxado. Fechei os olhos. Uma verdade me invadiu sem pena, nua e crua, ardendo na minha mente: já era tarde demais para voltar atrás. O que eu e Ciça compartilhávamos não era casual, não era um sex* comum. Ia muito além. Conexão que não se encontrava toda hora, com qualquer pessoa. Seria perfeito, se não fosse o fato de que em pouco tempo eu não estaria mais ali. 

*****

Abri os olhos devagar. O cheiro dos cabelos de Marcela me fazendo sorrir sem que eu percebesse. Aproximei mais meu rosto e aspirei aquele perfume delicioso. Moldei meu corpo contra as costas dela. Fiquei assim por alguns minutos, apenas aproveitando o prazer de ter o corpo dela contra o meu. Depois me virei e peguei o celular. Dez e quinze da manhã. Estranhei Marcela ainda não ter acordado. Me desvencilhei dela na intenção de me levantar e vasculhar a geladeira em busca de algo que pudéssemos comer. Mas ela despertou com meu movimento, girou o corpo e abriu os olhos por breves segundos. Depois os fechou de novo e sorriu:

— Bom dia!

A voz rouca me fazendo voltar a abraçá-la:

— Bom dia…

Beijei os ombros dela, que suspirou antes de voltar a falar:

— Que horas são?

— Dez horas… Vou ver o que temos pra comer nessa casa.

Alguns minutos depois estávamos sentadas na minha mesa posta, mas bem mais singela que a da casa dela. Não sei por que me lembrei daquilo naquele momento, mas perguntei:

— Você vai pro Rio votar?

Acho que minha preocupação era ter que ficar longe dela no próximo fim de semana.

— Não… Vou justificar.

A festa da democracia que me perdoasse, mas naquele momento eu achei ótimo que ela não fosse. Não queria tê-la longe de mim, principalmente no Rio. Puro reflexo da minha insegurança, pois eu sabia que a vida dela, as pessoas, tudo era mais interessante na Capital. Medo. Dela não voltar. Dela dizer que nossa aventura tinha acabado. Que se cansou. Que não se interessava mais por mim.

— Nós vamos almoçar juntas?

Marcela me trouxe de volta ao momento presente. Eu sorri e propus:

— Que tal se a gente fosse no restaurante?

Ela sacudiu a cabeça e disse colocando a mão na frente da boca, enquanto mastigava:

— Pode ser.

Não arriscaria fazer Marcela provar da minha comida ainda. E não a faria cozinhar na minha casa.

Ao meio-dia estávamos saindo de casa. Eu ainda não estava com fome, nem ela, mas tive que justificar:

— Se não formos agora, corremos o risco de não ter mais comida.

Era o único restaurante da cidade. E geralmente encerrava o expediente às treze horas porque depois disso quase nunca havia clientes. 

Meu estômago gelou quando minha tia apareceu na janela enquanto eu passava com Marcela. Parei de andar de repente. Senti meu rosto ficar vermelho. Tia Dalva nos cumprimentou, Marcela devolveu o cumprimento. Eu acho que balbuciei alguma coisa.

— Já almoçaram?

Tive que responder:

— Vamos comer no restaurante.

Minha tia ofereceu gentilmente:

— Ué, tem comida aqui… 

Olhou para Marcela e justificou:

— Nada demais, fiz tudo na correria hoje, mas tem um frango, uma saladinha…

Eu agradeci a interrompendo. Precisava sair dali:

— Obrigada, tia, não precisa se preocupar.

Marcela também agradeceu e saímos pelo portão. As duas se despediram com um aceno de mão. Ainda ouvi tia Dalva pedir:

— Manda um abraço pra sua tia!

Sentamos na mesa do restaurante quase vazio. Além de nós, só mais três mesas estavam ocupadas. Quando terminamos, foi uma guerra para que Marcela deixasse eu pagar a comanda dela. 

— Eu te convidei!

Ela riu, escondendo o papel nas mãos:

— Não precisa, Ciça…

A olhei nos olhos:

— Vou ficar chateada se você fizer isso…

Completei baixinho:

— Quando fui na sua casa, me recebeu com comidas maravilhosas…

Eu ri com a cara que ela fez, arqueando uma das sobrancelhas, só então percebendo o duplo sentido da minha frase. Depois concluí: 

— Como eu não posso retribuir à altura… o mínimo que posso fazer é pagar.

Voltamos para minha casa, caminhando, já que Marcela achou completamente desnecessário irmos de carro ao restaurante que ficava a dois minutos de distância. Pessoas passaram por nós, nos cumprimentaram, olharam curiosas.

Passamos o resto do dia no meu quarto, fizemos amor, comemos, assistimos filme, fizemos amor de novo, até que o dia se tornou noite. Para mim, rápido demais. Todo tempo com ela parecia pouco. À noite, Marcela quis cozinhar. Além de não ter muitos ingredientes, eu estava com vergonha dela ser sempre a que cozinhava. A convenci de pedirmos alguma coisa. Como as opções eram escassas, acabamos por pedir um hambúrguer. 

Fui tomar banho e deixei Marcela incumbida de esperar pela entrega:

— Se você ouvir uma buzina, é nosso lanche.

Àquela hora meus tios já estavam deitados, ninguém apareceria no corredor.

*****

Fiquei confortavelmente deitada na cama de Ciça, assistindo o que passava na televisão. Quando ouvi um barulho de buzina de moto, saltei. Estava quase me esquecendo da nossa comida. Desci as escadas e fui até o portão, quando o abri, não sei quem ficou mais surpreso, eu ou Evandro. Acho que ele, pois falou como se quisesse confirmar que estava fazendo a entrega certa:

— Lanche pra Ciça? 

Eu tentei sorrir:

— Sim…

Ele me entregou a sacola e voltou a subir na moto sem me olhar. Acelerou e saiu antes que eu pudesse voltar para dentro.

Quando entrei na sala, Ciça já tinha saído do banheiro. Fomos para cozinha, sentamos à mesa e só quando já estávamos comendo eu comentei, apontando para meu hambúrguer:

— Evandro quem veio trazer...

Ciça parou de mastigar e arregalou os olhos:

— Eu esqueci completamente que às vezes ele faz a entrega.

Eu dei de ombros:

— Por mim não tem problema, mas acho que ele ficou um pouco… surpreso…

Ela sacudiu a cabeça e depois falou:

— Você acha que ele vai falar alguma coisa com sua tia?

Olhei bem para Ciça. Entendi a preocupação dela:

— Pra mim não vai fazer diferença… Ciça…

Segurei a mão dela:

— Eu não tenho vergonha de quem eu sou.

*****

Não era vergonha. Não se tratava disso. Nem de longe. Eu tinha orgulho de quem eu era. Mas não era fácil quando envolvia minha família. Fiquei um pouco chateada pela forma como Marcela falou. Baixei os olhos e tirei a mão da dela. Não era fácil viver em um lugar onde ser quem se é te torna marginalizado, diferente, anormal, aos olhos da imensa maioria das pessoas.

Ela me chamou:

— Ei…

Voltei a olhá-la.

— Também não estou dizendo que você tenha… 

Voltou a tocar minha mão:

— Eu só não vou fingir ser quem eu não sou. 

O polegar dela me acariciou:

— Mas jamais faria ou falaria algo para alguém, se isso te deixasse desconfortável.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 15 - Capítulo 15:
HelOliveira
HelOliveira

Em: 28/04/2025

Bom que Marcela nem tentou resistir mais, vamos ver como as coisas vão ficar daqui pra frente


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 29/04/2025 Autora da história
Acho que ela percebeu que não ia dar pra resistir por muito tempo…
Capítulo de hoje postado :)


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