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Corações Entrelaçados por Scrafeno

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Palavras: 1599
Acessos: 522   |  Postado em: 25/04/2025

Capitulo 28

 

Eu não estava bem, estava começando a me acostumar e eu já havia entendido que eu não estava bem, mas que ela não iria mais voltar e do nada ela me procura, como se pudesse sair e voltar quando quisesse, eu estava triste, e acima de tudo estava irritada. 

Queria falar coisas para ela, queria dizer como eu me sentia e queria pedir que ela se afastasse, então passei a ligar para ela, uma, duas, três, seis vezes, e ela não atendia. 

Subi as escadas e me vestir, qualquer roupa serviria, então me dirigi até o restaurante, antes que eu pudesse entrar eu a vi e a partir daquele momento, foi só ladeira abaixo. 

Ela estava de costas, falando com alguém da equipe, os cabelos presos de qualquer jeito e aquela expressão concentrada que só ela tinha quando algo exigia sua atenção. Mariana parecia estar exatamente onde sempre pertenceu. Mas eu não. 

Dei dois passos à frente e parei. Meu coração batia forte, não só por saudade, mas por raiva, por frustração. Eu tinha tentado seguir, tinha aprendido a respirar sem ela, e agora, sem aviso, ela surgia de novo - e pior, pela porta dos fundos da minha vida. 

- Mariana! - chamei, a voz mais firme do que eu esperava. 

Ela virou imediatamente, surpresa. Seus olhos encontraram os meus como se buscassem um lugar onde ainda pudessem repousar. Mas aquele lugar em mim estava em reforma. 

- Helena... - disse, já se aproximando, com o rosto carregado de algo entre culpa e saudade. 

- A gente precisa conversar - eu disse, cruzando os braços. 

Ela assentiu, em silêncio, e me guiou até a sua sala.  

- Você foi na casa da Larissa ontem - comecei, sem rodeios. 

- Fui - ela confirmou. - Eu... queria saber como você estava. Não consegui parar de pensar em você depois que soube que foi para o hospital. 

- Você sumiu, Mariana. E agora aparece? Assim? Querendo saber como eu estou? 

- Eu me afastei porque achei que era o certo. Que você precisava de espaço, Depois do que eu... 

- Eu precisava de você! - a minha voz saiu mais alta do que eu pretendia. - Eu precisei de você por meses. E você... você decidiu desaparecer, sem nem me dizer o que porr* eu fiz. 

Ela baixou os olhos. Não respondeu de imediato. O silêncio era espesso entre nós. 

- Eu achei que estava fazendo o melhor. - Ela finalmente disse, baixo. - Que eu só atrapalhava. Que você merecia alguém inteiro. Você não sabe pelo que eu passei Helena, você não sabe. 

- E você acha que agora é a hora certa de voltar? Você acha que eu não sofri, nem ao menos sabia o motivo que você terminou comigo? ... -Respirei fundo enquanto sentia meu coração quase saindo pela boca -Você acha que foi fácil para mim conseguir amar de novo depois da Victoria?  

- Não. Não acho. - Ela deu um passo mais perto. - Mas eu não aguentei mais ficar longe. 

- Mariana... - respirei fundo, tentando manter o controle. - Eu estou tentando me reconstruir. E cada vez que você aparece, eu desmorono de novo. Você não pode continuar entrando e saindo da minha vida como se fosse sua casa. Eu preciso que você fique longe.  

Ela piscou devagar, como se absorvesse cada palavra. Eu vi seus olhos marejarem, mas ela não deixou nenhuma lágrima cair. Deu um passo para trás. 

- Eu entendo. Me desculpa. 

Mas quando ela se virou para sair, minha voz escapou: 

- Espera. 

Ela parou, e eu me aproximei sem pensar. Talvez fosse o cansaço, ou o fato de que mesmo com tudo, ela ainda era o único lugar onde meu peito parava de doer por um segundo. Nossos olhos se encontraram de novo, e era como se os meses sem nos vermos tivessem se dobrado sobre si mesmos. 

- Conversa. Mas sem fugir dessa vez. 

Ela fechou a porta da sala devagar e se aproximou de novo. Nos sentamos no sofá. Ela ficou com as mãos no colo, inquietas, enquanto eu tentava controlar o coração disparado. 

- Eu nunca te esqueci, Helena. - A voz dela saiu baixa, crua. - Eu me afastei porque achei que era o certo. Mas me doeu todos os dias. 

- E agora? 

- Agora eu só quero te ver bem. Com ou sem mim. 

Houve um silêncio longo. E então ela encostou levemente os dedos nos meus. Eu deveria ter puxado a mão. Mas não puxei. Deixei ali. 

Foi como se tudo em mim gritasse por cuidado, por um toque que reconhecesse minhas feridas, não como fraquezas, mas como sobrevivência. 

- Eu ainda te amo - ela sussurrou. 

Fechei os olhos. 

E no instante seguinte, estávamos mais perto do que eu pretendia. Um beijo suave, hesitante, sem promessas, sem certezas. Só a verdade crua de dois corpos que se reconheciam mesmo depois de tanto silêncio. 

Quando nos afastamos, respirei fundo. 

- Isso não muda nada, Mariana.  

Ela assentiu. 

- Eu sei. E eu estou aqui... mesmo que seja só pra te ver de longe. 

Mas a gente sabia que não era só isso. 

Ainda sentadas naquele sofá estreito, o ar entre nós parecia pesado demais para um espaço tão pequeno. O toque ainda ardia na minha pele, mas meu coração batia descompassado por outra razão agora. Eu precisava saber. Precisava entender. 

- Por que você terminou comigo, Mariana? - perguntei, a voz embargada, mas firme. - De verdade. Não me dá uma resposta vaga. Não me diz que era "o melhor pra mim". Me diz a verdade. 

Ela olhou para mim por um longo momento, como se calculasse o peso do que ia dizer. Seus olhos estavam mais escuros, como se neles habitasse uma tempestade. Mariana respirou fundo, cruzou as mãos e então falou com um tom tão baixo que eu quase não ouvi: 

- Porque o coração que bate aqui dentro... - ela levou a mão ao peito - ...não é meu. É o dela. Da Victória. 

Um arrepio percorreu a minha espinha, como se meu corpo soubesse antes mesmo de minha mente processar. 

- O quê? - sussurrei. 

- Eu recebi o coração dela, Helena. Depois do acidente. Ela era compatível. Ela era a única. 

Meu mundo parou. As palavras dela ficaram ecoando na minha cabeça sem encontrar lugar pra se encaixar. Tudo ficou embaçado por um instante. O chão, o ar, o tempo. Tudo. 

- Isso não faz sentido... - balbuciei. - Você... você nunca disse. Você nunca... 

- Porque eu descobri a pouco tempo, Helena. - Os olhos dela estavam marejados. - Eu achava que você nunca ia me perdoar por isso. Ou que talvez... talvez você só tivesse me amado porque, de alguma forma, era ela ainda aqui. 

- Não... - neguei com a cabeça, sem conseguir formular mais nada. 

- Depois que a cirurgia aconteceu, eu soube quem era a doadora. Não foi imediato, claro. Mas com o tempo... com o jeito como tudo aconteceu, como eu comecei a sentir coisas que não entendia... Eu me apaixonei por você de um jeito que era muito mais do que eu conseguia explicar. E aí descobri. Ela. Você. E o coração que batia aqui. 

Ela fez uma pausa e respirou com dificuldade. 

- Quando eu soube que era o coração da Victória, eu enlouqueci por dentro. Senti que tudo entre nós estava contaminado por essa coincidência absurda, dolorosa. Eu não sabia se o que eu sentia era meu ou dela. Se você me amava por quem eu sou, ou porque, de alguma forma, o corpo dela ainda estava perto. 

Fiquei em silêncio. As lágrimas corriam pelo meu rosto sem que eu as permitisse. Era como se cada coisa do passado estivesse se realinhando com uma nova luz, e ela era intensa demais para que eu enxergasse sem dor. 

- Então você fugiu. 

- Eu fugi. Me escondi. Me odiei. Achei que o mais justo seria sumir da sua vida. Eu só... não consegui te esquecer. E mesmo agora, eu não sei se vim aqui porque sou egoísta ou porque o amor é mais forte do que eu. 

Fechei os olhos, tentando controlar a vertigem que vinha com cada revelação. O coração da Victória. Dentro de Mariana. O mesmo coração que me amou um dia... e talvez ainda amasse. 

- Mariana... - comecei, mas parei. Eu não sabia o que dizer. - Isso é... demais. 

Ela apenas assentiu. 

- Eu sei. Eu vivi com isso todos os dias desde que me afastei de você. Mas agora você sabe. E se ainda quiser que eu não vá mais atrás de você, eu não vou. De verdade. 

Ficamos em silêncio de novo, mas não era mais o mesmo silêncio. Agora ele vinha com todas as respostas que antes eu implorava pra ter. E mesmo assim... era mais difícil do que eu imaginava. 

Toquei o peito dela com a ponta dos dedos, bem onde o coração batia. 

- É o coração dela... mas ele bate em você. 

Ela fechou os olhos com meu toque. E quando abriu, havia algo de paz em seu olhar. 

- É tudo que eu tenho. E cada batida, mesmo sendo dela, é por você. 

Nos olhamos. Não era perdão ainda. Nem certeza. Mas era um começo - ou talvez um fim diferente. 

Eu encostei a testa na dela. E ali, no espaço onde a dor e o amor colidiram, nós ficamos. Duas mulheres tentando aprender a respirar de novo. 

E o coração batendo - dela, de Victória, de nós duas. 

Junto. 

 

 

 

Fim do capítulo


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