• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Entre Votos e Silencios
  • Pega no Flagra

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O acaso
    O acaso
    Por caribu
  • O Destino de Vonü
    O Destino de Vonü
    Por Alex Mills

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Entre Votos e Silencios por anonimo2405

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 1300
Acessos: 804   |  Postado em: 24/04/2025

Pega no Flagra

Os dias seguintes passaram com um ritmo estranho.

Verena tentava manter distância, delegar tarefas, se ocupar com comissões, relatórios e reuniões. Mas Valentina sempre aparecia, mesmo sem querer — com uma pasta na mão, passando pelo corredor, ou sentada no canto da sala de reuniões, com os olhos baixos e aquela presença silenciosa que de alguma forma gritava dentro dela.

Verena estava exausta. De si mesma.

Naquela quinta-feira, decidiu ficar até mais tarde no gabinete. Sozinha, ou ao menos era o que achava.

O relógio marcava quase dez da noite quando Gabriela entrou, os saltos batendo macios no piso de madeira. Usava uma saia justa e uma blusa preta de tecido leve, que revelava mais do que escondia.

— Achei que ainda estivesse aqui — disse, encostando-se à porta.

Verena ergueu os olhos devagar, e um sorriso enviesado apareceu nos lábios.

— Você sempre aparece quando acha que estou vulnerável, Gabi.

Gabriela sorriu de volta, fechando a porta atrás de si.

— E você sempre me deixa entrar.

Não houve mais palavras. Apenas o som abafado do corpo se aproximando, do desejo enroscado em pele e segredo. Os beijos foram rápidos, intensos, como se servissem apenas para silenciar aquilo que não sabiam dizer.

Mas a porta se abriu de repente.

— Verena! A gente precisa conversar sobre...

A voz de Rafaela parou no ar. Os olhos dela congelaram por um segundo, vendo a cena à frente: Gabriela sentada no colo de Verena, os botões da blusa já meio soltos, os dois rostos corados e ofegantes.

— Porr*, Verena.

O silêncio caiu como um soco.

Gabriela se recompôs rapidamente, saiu de cima de Verena e ajeitou a blusa sem pressa, o olhar desafiador para Rafaela. Verena, por outro lado, ficou paralisada, como se enfim tivesse sido pega pela própria consciência.

— Dá licença — disse Gabriela, seca, saindo pela porta sem olhar pra trás.

Rafaela fechou a porta devagar e ficou ali parada, olhando pra Verena como quem tenta decidir entre gritar ou rir de nervoso.

— Sério, Verena? A Gabriela?

— Não começa, Rafa.

— Não começar? Você tá traindo a Silvia, caralh*. E com uma assistente. No seu gabinete.

Verena passou a mão pelos cabelos, cansada, a culpa latejando.

— Eu não tô bem, Rafa.

— E acha que isso justifica o quê? Que tá liberada pra meter os pés pelas mãos?

Verena abaixou os olhos.

— As coisas não tão bem entre a gente faz tempo. A gente não se toca mais, não se olha mais. Eu não sei quando isso aconteceu. Só... aconteceu.

Rafaela sentou-se na cadeira em frente à mesa, ainda abalada.

— Isso acontece com todo mundo, Verena. É o que a gente faz com isso que importa. A Silvia... ela é uma mulher incrível. Te ama. Te sustenta no silêncio, mesmo sem saber o que tá segurando. E você retribui com o quê? Com uma rapidinha no gabinete?

Verena a encarou. Os olhos já vermelhos, mas não chorava. Ela nunca chorava.

— Eu sei que tô errada. Sei que sou uma merd*. Mas por um minuto, Rafa... por um minuto eu me senti viva.

Rafaela respirou fundo. O tom suavizou, mas o peso ainda estava lá.

— A Silvia merece alguém que se sinta viva com ela. E você... você precisa decidir que tipo de mulher quer ser. Porque do jeito que tá, Verena, você só tá cavando o próprio buraco. E mais cedo ou mais tarde, alguém vai cair junto.

Silêncio.

Verena encostou-se na cadeira, os olhos perdidos no teto.

Devagar, ajeitou os óculos no rosto com a ponta dos dedos, como se aquilo fosse o suficiente pra reorganizar o caos por dentro. Passou a mão pelo cabelo, prendendo-o de volta num coque improvisado e, por fim, ajeitou a blusa, como se o tecido desalinhado denunciasse mais do que ela gostaria.

Era o ritual da mulher que precisava parecer inabalável. Mesmo quando tudo dentro dela era ruído.

E pela primeira vez, sentiu medo.

Medo real.

Porque não era só Silvia.

Nem Gabriela.

Nem o golpe que se aproximava como uma sombra espessa no fim do corredor.

Era Valentina.

Era o nome que ela não tinha direito de pensar, mas que voltava, mesmo quando ela não queria.

O gabinete estava em silêncio agora. A luz baixa fazia sombras longas nas paredes, e a cidade lá fora parecia distante. Rafaela ainda estava ali, sentada à frente da mesa. A expressão dura tinha se suavizado, mas os olhos continuavam atentos.

Verena permaneceu quieta por alguns minutos. Depois, suspirou e se levantou devagar. Foi até o frigobar, pegou duas garrafinhas de água e jogou uma pra Rafa, que pegou no ar.

— Rafa...

A amiga ergueu as sobrancelhas, esperando.

— Eu tentei. — Verena falou baixo, quase num sussurro. — Com a Silvia, esses dias. Tentei fazer amor com ela. Como se isso fosse resolver alguma coisa.

Rafaela inclinou um pouco o corpo à frente, atenta.

— E?

— E foi como se eu estivesse tocando uma lembrança. Um reflexo. Não tinha desejo, nem intimidade, só um esforço desesperado pra sentir alguma coisa. Qualquer coisa.

Verena passou a mão pelo rosto, depois ajeitou os óculos no rosto. O gesto era quase automático agora como se, ao colocá-los corretamente no lugar, ela também conseguisse se alinhar de novo por dentro.

— Ela percebeu. Não falou nada, mas eu sei que percebeu. Depois de tudo, ela só me olhou com aqueles olhos calmos, como quem aceita sem entender. E isso... isso foi pior ainda.

Rafaela bebeu um gole d’água, pensativa. Depois falou com a voz firme, mas sem julgamento.

— Você ainda ama ela?

Verena hesitou. Mordeu o lábio inferior, desviou o olhar para a janela.

— Eu acho que sim. Pelo que ela representa. Pelo que construímos. Pela vida que temos juntas. Mas... não sei se é amor ou culpa. Não sei se é saudade ou apego.

— E a Gabriela? — Rafaela perguntou, com os braços cruzados. — É só sex*?

— É. Era. Não significa nada.

— E a Valentina?

Verena virou o rosto devagar, os olhos apertando por trás das lentes.

— Não começa com isso, Rafa. Não é... nada. Ela é uma garota. Uma menina.

— Mas ela te desconcerta. Eu te conheço, Verena. E você não tá assim só por causa da crise com Silvia. Você tá assustada porque, pela primeira vez em muito tempo, sentiu algo que não sabe controlar.

Verena não respondeu. Apenas encostou-se à parede atrás da mesa, os braços cruzados, o corpo encolhido.

— Você acha que tá no controle de tudo — continuou Rafa. — Mas o que me preocupa é quando você começa a perder o controle de você mesma.

O silêncio voltou a ocupar a sala. Verena fitava o chão, absorvendo cada palavra.

Rafaela se levantou, pegou a bolsa. Mas antes de sair, parou na porta, séria.

— E, Verena... — disse com a voz baixa, porém firme. — Espero de verdade que você nem cogite o que quer que seja com a Valentina. Aquilo seria loucura. Uma menina de dezesseis anos?

Verena ergueu os olhos, como se quisesse dizer algo, mas não disse.

— Você pode brincar de perigosa com a Gabriela, enganar a Silvia com meias verdades... Mas isso? Isso seria o fim. O fim da sua carreira, do seu casamento... e, sinceramente, da mulher que eu ainda acredito que existe em você.

As palavras ficaram no ar, suspensas entre o cuidado e a censura.

Rafaela apenas balançou a cabeça e saiu, deixando a porta se fechar com um clique seco.

Verena ficou ali sozinha, respirando fundo, sentindo o peso de tudo se acumular nos ombros — a mulher em casa, a menina no gabinete, o golpe prestes a acontecer. E ela, bem no centro de um furacão que ela mesma começava a girar.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 4 - Pega no Flagra:
jake
jake

Em: 29/04/2025

Eita Verena escuta oq a Rafa diz....o mundo vai cair e vc vai estar dentro dele sozinha 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web