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Entre os Silêncio do Coração por Anônima23

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Palavras: 1080
Acessos: 257   |  Postado em: 21/04/2025

Capitulo 6

Capítulo 6 – Bianca

 

A manhã surgiu como uma pintura suave, com o sol tímido filtrando-se pelas cortinas amarelas da cozinha. Bianca se sentou à mesa, com uma caneca de café nas mãos, olhando pela janela enquanto o vento agitava as árvores do quintal. O dia estava claro, silencioso, e ela já começava a se acostumar com a cadência tranquila do interior. O ritmo da cidade pequena não era mais um estranhamento, mas uma promessa — a promessa de que o tempo poderia, finalmente, curar suas feridas.

 

Ao olhar a rua deserta, onde as poucas casas que surgiam estavam distantes umas das outras, ela percebeu a serenidade daquele lugar. Nada de buzinas, nada de aglomeração de pessoas. Apenas uma vida simples que ela começava a se permitir viver. Ainda assim, algo dentro dela se agitava. O recomeço era uma chance de cura, mas também uma oportunidade de se perder ainda mais, e ela não sabia bem como equilibrar esses dois sentimentos.

 

Ela tinha se acostumado a viver com a dor de sua separação, mas agora, talvez pela primeira vez, ela sentia que a dor começava a ser uma lembrança distante. A saudade de Clara ainda estava ali, mas já não era tão imensa. Talvez o que ela mais temesse, na verdade, fosse o vazio que viria em seguida, ao tentar esquecer alguém que, até então, nunca soubera como deixar para trás.

 

Quando terminou o café, vestiu-se com roupas simples, uma camiseta branca e uma calça jeans, e decidiu que era hora de sair. O hospital local a esperava, e ela sabia que era necessário se apresentar, conhecer os colegas, e entender melhor o ritmo da pequena unidade de saúde.

 

Na porta, respirou fundo. Era uma sensação estranha, como se estivesse em um palco onde, apesar de estar acostumada ao espetáculo, ainda se sentisse vulnerável. Abriu o portão da casa, fechando-o atrás de si. O caminho até o hospital era curto, mas a caminhada lhe deu tempo para refletir. Ela passava por outras casas pequenas, algumas com jardins bem cuidados, outras com cercas altas que delimitavam pequenos espaços de privacidade. O cheiro da terra molhada ainda estava no ar, e ela não podia deixar de pensar que talvez esse fosse o começo daquilo que ela sempre procurara — um espaço para se curar.

 

Ao chegar no hospital, foi recebida com um sorriso acolhedor pela recepcionista.

 

— Bom dia, você deve ser a Dra. Bianca, certo? — perguntou a mulher, de olhos atentos, mas gentis.

 

— Sim, sou eu — respondeu Bianca, com um sorriso hesitante. — Estou aqui para me apresentar.

 

A recepcionista a conduziu até a sala dos médicos, onde ela encontrou algumas pessoas conversando, já preparadas para o expediente do dia. Havia algo curioso naquelas primeiras trocas de olhares. Ninguém parecia querer invadir seu espaço, mas o ambiente parecia, de alguma forma, ser mais íntimo do que ela esperava. O hospital não tinha a impessoalidade dos grandes centros urbanos, nem a pressa de quem vive na sombra da urgência. Ali, o tempo parecia passar de outra forma.

 

Bianca foi apresentada a alguns colegas, e entre eles estava Marta, uma enfermeira com uma risada fácil e uma energia que, de algum modo, fez Bianca se sentir mais à vontade.

 

— Bem-vinda ao hospital, Dra. Bianca. Sei que deve ser difícil começar do zero em um lugar como esse, mas acredite, aqui você vai ser bem-vinda. Somos todos uma família.

 

Bianca sorriu agradecida. As palavras de Marta foram um alívio para sua ansiedade. O simples gesto de ser recebida com cordialidade fez com que ela se sentisse, ao menos por um momento, em casa. Era o tipo de acolhimento que ela nunca imaginara que encontraria tão rapidamente.

 

Ela passou o resto da manhã familiarizando-se com a rotina do hospital. As equipes eram pequenas, mas bem organizadas. O trabalho era intenso, mas a sensação de camaradagem estava no ar. Ao almoçar com seus novos colegas, Bianca percebeu que o ambiente estava longe de ser impessoal — era cheio de rostos e histórias que ela ainda não conhecia, mas que sentia que teria a oportunidade de descobrir.

 

Naquele momento, ela percebeu que talvez o recomeço não fosse algo tão assustador. Ali, naquele hospital e naquela cidade, ela poderia construir algo novo. Não precisava deixar para trás quem ela era, mas poderia moldar sua história de forma que fizesse sentido. A dor da perda de Clara, o peso da separação, tudo aquilo ainda estava lá, mas talvez já não fosse tão grande quanto antes.

 

À medida que o dia avançava, Bianca se sentia mais segura. Quando o expediente terminou, ela saiu para caminhar pela cidade. Não para explorar, mas para absorver o ritmo do lugar. Queria sentir a cidade mais profundamente. Queria começar a entender não só o hospital, mas as pessoas que ali viviam.

 

Na caminhada, o vento quente da tarde a fez lembrar de como o verão ainda tinha o poder de trazê-la de volta para si mesma, para suas memórias. Lembrou-se do tempo em que, com Clara, sentava à sombra de uma árvore, falando sobre o futuro. Mas esse futuro se desfez, e agora ela estava ali, sozinha, tentando construir seu próprio caminho.

 

Passou pela praça central da cidade, onde algumas crianças brincavam e pessoas conversavam. Não havia a pressa das grandes cidades, mas algo acolhedor e familiar. Bianca parou por um momento, sentindo-se uma espectadora de sua própria vida. Ela tinha chegado até ali, e agora precisava aprender a caminhar sozinha.

 

A noite caiu com a mesma suavidade que o dia, e Bianca voltou para casa. Quando entrou, viu o sofá ainda desarrumado, a cozinha ainda com os vestígios da manhã. Mas algo havia mudado. Havia um pequeno sentimento de pertencimento ali. Não era muito, mas era o suficiente para ela se sentir mais forte, mais capaz de seguir adiante.

 

Enquanto tomava um banho quente, o som da água caindo foi como uma limpeza interna. Ela sabia que o caminho seria longo, mas agora tinha mais confiança de que, talvez, ali fosse o lugar onde ela poderia começar a se encontrar de novo.

 

Quando se deitou, o céu estrelado era visível pela janela aberta, e Bianca fechou os olhos, sentindo o vento fresco acariciar seu rosto. Pela primeira vez em muito tempo, ela se sentiu em paz. Era só o começo, mas, por ora, estava tudo bem.

 

 

---

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Capitulo 6:
Mmila
Mmila

Em: 24/04/2025

Novas sensações.

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