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Entre os Silêncio do Coração por Anônima23

Ver comentários: 3

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Palavras: 983
Acessos: 244   |  Postado em: 21/04/2025

Capitulo 5

 

Capítulo 5 – Sofia

 

O sol ainda não havia nascido quando Sofia se levantou. O céu escuro guardava as últimas estrelas como se soubesse que ela precisava de um pouco mais de silêncio antes que o mundo despertasse. Já era rotina: acordar cedo, calçar as botas antes mesmo do primeiro café, e descer até o curral para ver com os próprios olhos que tudo estava em ordem. Mas naquela manhã havia um peso diferente nos ombros dela. A noite fora mal dormida, com sonhos confusos e lembranças que teimavam em voltar.

 

Ela caminhou pela varanda da casa ainda de camisola, sentindo o frio da cerâmica nos pés descalços. O ar da manhã era denso, úmido, e trazia aquele cheiro inconfundível de terra, eucalipto e fumaça antiga. Pegou uma manta e enrolou nos ombros antes de se sentar na cadeira de balanço que costumava ser do pai. Ficou ali, quieta, vendo o céu clarear, ouvindo os galos cantando ao longe, até que ouviu passos atrás de si.

 

— Dormiu mal de novo? — era a voz de Eunice, baixa, rouca de sono, mas doce.

 

Sofia virou o rosto e deu um sorriso cansado.

 

— A cabeça não para, mãe.

 

Eunice sentou-se ao lado da filha com uma xícara de café nas mãos e passou os dedos devagar sobre a borda da caneca.

 

— Você não precisa carregar tudo sozinha, filha. Essa fazenda não vai desabar se você respirar um pouco.

 

— Eu respiro, mãe. Só... respiro correndo.

 

As duas riram, mas havia dor por trás daquela risada. Uma dor que nenhuma delas nomeava, mas que se reconhecia no olhar.

 

— Eu sonhei com o pai essa noite — confessou Sofia, quase num sussurro.

 

— Eu sonho com ele sempre — disse Eunice, segurando a mão da filha.

 

Ficaram em silêncio por um tempo. A luz dourada da manhã começou a pintar o céu e os primeiros sons do campo tomaram conta do ambiente. Era o mundo despertando enquanto, dentro delas, o luto ainda cochilava de olhos entreabertos.

 

Mais tarde, Sofia se arrumou e foi até os fundos da fazenda. O galpão precisava de reparos, e ela se recusava a contratar alguém antes de tentar resolver com as próprias mãos. Sempre fora assim. Independente, teimosa e orgulhosa até o último fio de cabelo.

 

João, o velho peão, apareceu do nada como sempre fazia, limpando as mãos num pano sujo de graxa.

 

— Dona Sofia, quer que eu ajude com essas tábuas aí?

 

— Não precisa, João. Só tô medindo ainda.

 

Ele sorriu com aquele jeito de quem já a viu crescer, cair e levantar tantas vezes.

 

— Medir é importante. Mas lembrar que ninguém faz tudo sozinho também é.

 

Sofia o olhou, sem responder. Ela sabia que ele tinha razão, mas aceitar ajuda era um exercício difícil.

 

Enquanto martelava uma das tábuas soltas, ouviu passos apressados. Era Júlia, vindo do portão com o cabelo solto e o vestido mais florido do armário.

 

— Você vai acabar com essa coluna antes dos trinta se continuar brincando de carpinteira! — gritou, rindo.

 

— Bom dia pra você também, florzinha.

 

Júlia entrou no galpão e abraçou Sofia por trás, apertando como quem queria protegê-la do mundo.

 

— Vim te tirar daqui. A cidade tá cheia de fofoca e a gente precisa de bolo.

 

— Você precisa de bolo.

 

— Verdade. Mas você precisa de gente. E eu sou gente. Vai se arrumar.

 

Sofia fingiu resmungar, mas cedeu. Era assim com Júlia. Não havia como resistir por muito tempo.

 

No caminho para a cidade, no velho carro da mãe de Júlia, as duas conversavam sobre o tempo, a vida e os mistérios dos homens que compravam pão e desapareciam.

 

— Dizem que chegou uma médica nova na cidade — comentou Júlia, com um brilho curioso nos olhos.

 

— Mais uma? O último não durou nem três meses.

 

— Essa é mulher.

 

— E daí?

 

— E daí que ela é bonita. E veio sozinha. E disseram que tem um ar misterioso.

 

Sofia arqueou uma sobrancelha, sem tirar os olhos da estrada.

 

— Já tá tentando arrumar alguém pra mim, é isso?

 

— Eu não. Só tô te informando. Vai que o universo resolve conspirar, né?

 

Sofia soltou uma risada curta, mas o comentário ficou martelando em algum canto da mente. Não porque estivesse pronta para conhecer alguém, mas porque, há muito tempo, não se sentia... curiosa. E aquilo, por menor que fosse, já era alguma coisa.

 

Na padaria da cidade, entre cafés e pedaços generosos de bolo de fubá, ouviram mais histórias. A chegada da tal médica era o assunto do momento. Bianca era o nome dela. Jovem, bonita, vinda da capital. Ninguém sabia muito, apenas que parecia ter deixado algo para trás. Sofia prestava atenção com um interesse discreto, observando os detalhes que escapavam nas entrelinhas.

 

De volta à fazenda, já no fim do dia, Sofia se jogou na cama ainda com a roupa do campo. O corpo doía em lugares que nem sabia existir, mas havia uma satisfação silenciosa em cada músculo cansado. A rotina começava a se ajustar. A dor da perda ainda existia, mas agora dava espaço para outros sentimentos: responsabilidade, memória, talvez até esperança.

 

Antes de dormir, abriu a gaveta do criado-mudo e tirou um pequeno caderno de capa dura. Era o diário que começara após a morte do pai. Poucas páginas preenchidas, letras apressadas, sentimentos difíceis de traduzir.

 

“Hoje foi um dia bom. E só isso já é tanto.”

Escreveu, fechou o caderno, apagou a luz.

 

Do lado de fora, a fazenda dormia. E dentro dela, mesmo que em silêncio, Sofia começava a despertar para algo novo.

 

 

---

Fim do capítulo


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Comentários para 5 - Capitulo 5:
Zanja45
Zanja45

Em: 26/04/2025

Os rumores sobre Bianca, agucaram um lado de Sofia que estava adormecido. - Como será o encontro das duas?

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 26/04/2025

A nova médica é o assunto da cidade.Kkkk! Ela tentando se preservar, já virou notícia.

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 23/04/2025

Dias melhores virão Sofia.

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