O clima estava mais leve agora e, talvez por isso, Olívia se aproximou com uma proposta, o tom de sua voz suave, mas com um toque de sedução.

— Gatinha, eu estava pensando... — ela começou, e Gabriela a observou, atenta. — Se você não se importar, por que não fica aqui esta noite? Comigo?

Gabriela hesitou por um momento. A ideia de passar mais tempo com Olívia era tentadora, e havia algo no convite de Olívia que fazia seu corpo vibrar com uma expectativa palpável.

— Eu... Eu posso ficar — Gabriela respondeu, mais por impulso do que por planejamento. Sua mente estava cheia de pensamentos conflitantes, mas seu corpo estava em sintonia com o desejo crescente.

Olívia sorriu com satisfação e conduziu Gabriela até o quarto . A tensão entre elas parecia aumentar a cada passo. Quando a porta se fechou atrás delas, o ar dentro do quarto parecia mais denso, carregado de um desejo implícito que já estava tomando conta de ambas.

Gabriela não conseguia parar de olhar para Olívia. Cada gesto dela parecia mais íntimo, cada sorriso mais sugestivo. Olívia se aproximou, com uma presença forte, e, em um movimento lento, tocou o rosto de Gabriela com a palma da mão.

— Você pode ficar à vontade aqui, Gabriela. Não tem pressa, nós temos a noite inteira — disse Olívia, a voz baixa e cheia de intenção. Ela estava mais perto agora, e Gabriela podia sentir o calor do corpo dela.

Antes que Gabriela pudesse responder, Olívia se inclinou e a beijou, com uma urgência que foi como um choque elétrico. O beijo, inicialmente suave, logo se intensificou, as mãos explorando os ombros de Gabriela, puxando-a para mais perto, que sem resistir, passou as mãos pelos cabelos de Olivia, sentindo a suavidade dos fios e o calor de seu corpo.

O quarto parecia encolher ao redor delas, e logo as roupas se tornaram um obstáculo que foi rapidamente removido, sem pressa, mas com a intensidade crescente de quem não queria mais esperar. O calor de seus corpos, o toque das mãos, os beijos, tudo estava fora de controle agora.

Gabriela foi pressionada contra a parede, o impacto da força de Olívia a deixou sem fôlego, mas ao mesmo tempo, a sensação de estar completamente entregue ao momento a fazia querer mais, como se o desejo fosse mais forte que qualquer outra coisa. As mãos de Olívia passaram por seu corpo, explorando cada centímetro com precisão, enquanto Gabriela sentia uma necessidade urgente de ceder a tudo que lhe era oferecido.

A noite se transformou em algo visceral, sem espaço para dúvidas ou hesitações. Elas se entregaram à paixão de uma forma crua, intensa, onde cada beijo, cada toque, parecia consumir o espaço entre elas. Elas estavam em um mundo particular, uma dança sem fim de desejo e entrega.

Quando finalmente a tempestade de sensações acalmou, o silêncio se fez novamente, mas desta vez havia algo novo no ar. Gabriela, ainda respirando com dificuldade, olhou para Olívia, que sorria, um sorriso que carregava mais segredos e promessas não ditas.

Olívia, com um sorriso enigmático, beijou Gabriela. Seus olhos se encontraram e, sem mais palavras, ela se afastou, beijando o pescoço de Gabriela, descendo cada vez mais, no silêncio da noite. O coração de Gabriela acelerava, a sensação de que o que acabara de acontecer era apenas o começo.

O quarto estava em completo silêncio, exceto pela respiração ofegante de Gabriela e Olívia, que ainda se encontravam muito próximas. A atmosfera, antes carregada de desejo, agora parecia impregnada com algo mais profundo, algo que ambas pareciam entender, mas não diziam em palavras.

Gabriela, com o coração ainda batendo forte, observava Olívia, que, após aquele último beijo, não se afastava, mas, ao contrário, se aproximava mais uma vez. A intensidade no olhar de Olívia era inegável. Era como se ela estivesse esperando uma reação, um sinal, algo que indicasse o que viria a seguir. Gabriela podia sentir o calor crescente entre elas, mas havia algo mais no ar. Algo que ia além do desejo físico, algo que parecia estar se formando entre as duas.

Olívia, com a mesma confiança que sempre demonstrava, se afastou um pouco, olhando Gabriela com um sorriso quase imperceptível. Seus olhos estavam profundos, como se estivessem escondendo um segredo.

— Você está bem? — Olívia perguntou suavemente, suas mãos ainda repousando nas laterais de Gabriela, de maneira protetora e ao mesmo tempo íntima.

Gabriela não respondeu de imediato, ainda processando a intensidade do momento. Sentia o corpo mais quente, e sua mente estava cheia de pensamentos. Mas quando seus olhos se encontraram, ela sabia que não precisava de palavras para entender o que estava acontecendo entre elas. Algo mais estava se desenrolando ali, algo que nenhuma das duas queria interromper.

— Eu estou... — Gabriela respirou fundo, a voz um pouco trêmula. — Eu só... preciso de um momento.

Olívia a observou com uma expressão de compreensão. Ela sabia que Gabriela não estava apenas falando sobre o que acabara de acontecer. Havia algo mais ali, uma insegurança, uma dúvida talvez. Olívia, com sua experiência, sabia que o tempo era algo necessário quando se tratava de sentimentos. E não era apenas o desejo que estava à flor da pele. Elas estavam diante de algo mais complexo.

— Eu vou dar o tempo que você precisar — Olívia disse, com um tom calmo, passando a mão pelo cabelo de Gabriela, de forma carinhosa. — Mas não se preocupe. Não há pressa. Não agora.

Olívia inclinou-se para beijar a testa de Gabriela, um gesto suave e protetor, e quando se afastou, continuou a observá-la com atenção.

— Então, o que você gostaria de fazer agora? — perguntou Olívia, com uma suavidade que contrastava com a intensidade da noite. A pergunta, simples e direta, parecia abrir uma porta para algo novo.

Gabriela pensou por um momento, sentindo o calor do corpo de Olívia ainda ao lado dela. Finalmente, com um sorriso hesitante, respondeu:

— Talvez só... ficar assim, por um tempo. Só nós duas.

Gabriela, relaxou um pouco. Ela sabia que, apesar da tensão, Olívia não a pressionaria. Pelo contrário, ela se sentia segura, algo que não imaginava ser possível naquele momento. E, por algum motivo, isso a tranquilizou.

Fim do capítulo