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Filha da Noite por Maysink

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Palavras: 1511
Acessos: 380   |  Postado em: 11/03/2025

Capitulo I

Olhar para aquela casa depois de cinco anos era no mínimo aterrorizante, e o motivo que me trouxera de volta só ajudava a piorar aquela sensação. A morte era inevitável para alguns, e eu me iludia constantemente com a possibilidade de que com Alice Maycler fosse ser diferente. A mulher que me adotou, quando eu era apenas uma garotinha assustada, havia morrido inesperadamente a dois dias, e meu peito já se corroía de saudade. A certeza da sua ausência me dilacerava impiedosa.

— Essa era a última! – disse Amélie, minha melhor amiga, depois de colocar a mala pequena no chão perto da porta de entrada da copa. Nós nos conhecíamos desde a primeira vez que eu havia posto os meus pés naquela casa. Os Fairfall e Maycler eram famílias aliadas a séculos, o que não se estendia a sua avó, apesar disso nossa amizade ia muito além desse vínculo antigo. Mesmo estando distantes todos aqueles anos, permanecemos unidas.

— Obrigada. – sussurrei ainda perdida nas lembranças que aquela casa me trazia. 

— Em, sei que o momento não é dos melhores, mas eu e Philip gostaríamos que fosse no jantar de noivado na quinta-feira. – convidou, meio temerosa trocando o peso entre os pés. — Nós tentamos cancelar, eu juro, mas você sabe como a política dos covens funciona.

— Tudo bem, Mel! Tenho certeza que nem mesmo Alice iria querer o contrário. – tranquilizei-a. 

Amélie nada poderia fazer, eu sabia bem! Os covens tinham um metodismo particular quando se tratava de uniões entre membros de covens diferentes. Havia inúmeros protocolos a serem seguidos apenas para conseguir uma permissão, quem dirá uma data para oficializar o noivado. Aquelas mulheres não iriam mudar suas decisões por nada, nem mesmo devido a morte de uma delas.

— Mesmo assim, acho uma tremenda palhaçada o que estão fazendo. Alice foi uma grande matriarca, merece muito mais respeito do que estão dando.  – disse, franzindo a testa morena escondida parcialmente pelos pequenos cachinhos negros de seus cabelos pixie.

— Não é como se fossem esquecer o legado distorcido das Maycler. – suspirei cansada. — Se pudessem, enterrariam o coven junto com ela. 

O coven Maycler fazia parte das sete famílias mais poderosas de Salem, portanto, enquanto houvesse uma integrante ele permaneceria intacto – eu pensava. Era certo que o peso cairia sob as minhas costas, agora, mesmo não sendo uma Maycler legítima. Há anos Alice Maycler tentava recrutar novas pessoas, mas não era uma tarefa fácil – bruxas raramente trocavam de coven. 

Havia aqueles que diziam que meu coven fora amaldiçoado depois da última guerra bruxa, outros que a Deusa Hécate havia nos virado as costas. Durante algum tempo eu acreditei nessas histórias, afinal, as bruxas que se aliaram ao coven haviam morrido precocemente até sobrar apenas eu e Alice. No entanto, minha mãe adotiva insistia que era uma casualidade, que na verdade havíamos sido abençoadas. Um arrepio cortou minha espinha ao lembrar-me desse detalhe. Aquela palavra era o maior motivo da briga secular entre as bruxas. Ser abençoada pela Deusa era quase um atestado de morte, principalmente quando haviam tão poucas que goz*vam da imortalidade ou de um dom além da magia natural. Os covens as exibiam como troféus.

— Não acho que seriam tão ousados. – Amélie disse, trazendo-me de volta à conversa.

— Gostaria de ser otimista como você! – brinquei. A possibilidade de ter de ver o legado da minha mãe se encerrar com ela e me tornar uma bruxa renegada revirava meu estômago. Se eu tinha medo de alguma coisa, era me tornar medíocre. 

— Quanto tempo pretende ficar? – mudou de assunto.

— O suficiente para resolver o que tiver que resolver. – suspirei. — Fui convocada para uma reunião com o conselho das matriarcas, depois do funeral. Sinceramente, não estou nenhum pouco animada.

— Minha mãe me contou, estarei lá te dando apoio. – garantiu, segurando uma das minhas mãos, afetuosamente. Seu sorriso caloroso aqueceu meu coração. Amélie tinha uma personalidade única que misturava petulância e docilidade. Tinha minhas dúvidas se conhecia alguém igual. Como eu sentia falta daquela garota, pela Deusa!

— Não sabia que seu treinamento já estava tão avançado. – perguntei, confusa. Minha amiga suspirou audivelmente, enquanto se sentava na poltrona de camurça azul royal. Ela fora escolhida para ser a próxima matriarca do coven Fairfall desde seu nascimento. Acontece que, geralmente, as selecionadas começavam seus treinamentos somente após os 25 anos, porém Amélie tinha apenas 22.

— É por conta do casamento! Minha mãe não quer correr o risco dos Abbot exigirem que eu passe para o coven deles. – revelou, contrariada.

— Achei que, neste caso, eram os maridos que mudavam. – eu disse, cruzando os braços. 

—  Eu não sei o que está acontecendo, Em. As sete têm se reunido bastante desde o último Samhain. –  contou, ajeitando um de seus cachos distraidamente. — Muitos costumes estão sendo mudados. Participei de algumas reuniões mais simples, é perceptível o quanto todas estão alvoroçadas. Como se estivéssemos nos preparando para outra guerra.

— Alguma das abençoadas disse alguma coisa?

— Alice não te contou? – perguntou, verdadeiramente confusa.

— Não… – soprei, envergonhada. Desde que fui embora de Eradia, capital das bruxas, minha mãe me poupava dos assuntos políticos. Eu sabia que ela estava respeitando meu tempo, antes de ter de começar com meu treinamento para assumir seu lugar como matriarca do coven Maycler. Eu faria 25 no próximo mês, então, de qualquer forma meu tempo estava se esgotando.

— Na noite do Samhain, uma das bruxas  Waterhouse teve uma manifestação e falou de uma profecia. – sussurrou como se fosse um segredo perigoso. — “A filha de uma sétima filha, nascida no auge do Samhain, será a responsável por unir e liderar aquelas que ensejam estar com a Deusa. A filha da noite, a aguardada, a marcada. O prelúdio da ascensão das bruxas.”

— Isso é… assustador! – exclamei, agitada.

— Nem me fale! Parece que voltamos à época da caça às bruxas. – brincou, amarga. — Tenho certeza que isso tem aterrorizado aquelas velhas muito mais do que estão deixando transparecer.

— Não era isso que elas queriam, a união de todas as bruxas? – especulei.

— Há anos não temos uma manifestação da Deusa. É um alívio que ela ainda olhe por nós, mas para essas mulheres, é como um lembrete vívido que elas não têm o poder que acham que têm. – afirmou. — Pensa comigo, a Deusa praticamente as destituiu da liderança. 

— Isso não é nada bom! – soltei. Na minha cabeça os piores cenários se passavam. Não era atoa que estivessem tão agitadas. Se tinha uma coisa que as matriarcas de Salem não gostavam era ter seu poder contestado. 

— Que a Deusa nos proteja, porque duvido muito que as sete vão facilitar. Mesmo sendo uma bênção dada pela própria Deusa!

— Elas já têm noção de quem seja?

— Não que eu saiba. Ouvi alguns boatos de que os arquivistas estão fazendo um levantamento dos nascimentos dos últimos anos, mas até então, nada muito concreto.

— Pelo amor da Deusa! – exasperei.

— Isso é só a ponta do iceberg, Em. – emendou, se ajeitando no sofá. — Ouvi minha mãe e Alice conversando alguns dias atrás sobre uma possível eleição de uma sacerdotisa. Ao que parece, algumas matriarcas estão cogitando a hipótese de centralizar o governo numa bruxa só.  – contou nervosa. 

— Isso me parece um jeito desesperado de manipular o presságio. 

— E é! Uma matriarca como sacerdotisa teria muito mais credibilidade do que uma desconhecida eleita por um presságio. Afinal, sabemos que nem sempre eles se cumprem em sua totalidade.

— É muita presunção pensar que a Deusa iria permitir algo como isso. Talvez esse seja o jeito dela mostrar quem é que manda de fato.

— Sendo isso ou não, tempos difíceis estão por vir! – garantiu.

— Que ótimo ter voltado, não é mesmo! – despejei jocosa, arrancando-nos uma risada mútua de desespero. 

Depois que minha amiga foi embora, me vi sozinha naquela casa enorme. O vazio opressor me enclausurava toda vez que o eco da minha respiração ricocheteava pelas paredes marfim. Aquele lugar que havia sido palco das minhas melhores lembranças, agora, guardava apenas sombras. Eu queria ser apenas uma garota normal passando pelo luto de um ente querido, sem profecias, sem mulheres velhas que não tinham controle sobre as próprias vidas querendo controlar a dos outros, sem a responsabilidade de manter um legado. Quem dera a vida ser mais simples.

Ajeitei meus longos cabelos castanhos acobreados num coque desleixado, e me ocupei com as malas. Meu quarto continuava do mesmo jeito que havia deixado antes de partir, o mesmo cheiro de lavanda fresca permeava o ar. Cheiro de casa. Novamente as memórias açoitaram meu coração sem piedade. Como poderia dizer que aquele era meu lar se Alice Maycler não estava mais ali?! Eu queria correr para o mais longe possível daquela cidade, daquelas pessoas, mas eu havia feito uma promessa à minha mãe. 

 

E iria cumpri-lá.

Fim do capítulo


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