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Fragmentos do Passado por thays_

Ver comentários: 7

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Palavras: 1005
Acessos: 606   |  Postado em: 19/02/2025

Notas iniciais:

Aviso de Gatilho: Este capítulo contém cenas que abordam violência armada em um ambiente escolar. Se você se sentir desconfortável com esses temas, por favor, leia com cautela.

Parte II - O som do medo

Beatriz a puxou para a pista de dança, os olhos carregados de sentimentos não ditos e de um desejo latente, acumulado ao longo de meses de mensagens trocadas e ligações intermináveis que atravessavam madrugadas. No instante em que Maya sentiu aquele toque firme em sua mão, qualquer resquício de preocupação ou incerteza se dissipou. 

Ela sentiu alguns olhares sobre ela, alguns curiosos, outros carregados de algo que conhecia bem demais. O peso do passado ainda rondava aquele lugar, trazendo memórias que preferia esquecer. Mas, ali, no meio da pista, com Beatriz segurando sua mão, tudo isso pareceu distante. Ela a guiou com tanta naturalidade que Maya simplesmente cedeu, como se aquele momento já estivesse escrito para acontecer. Como se, finalmente, fosse a hora de viver sem medo. 

A batida grave da música preenchia o ambiente e as luzes coloridas piscavam em flashes suaves, criando um cenário hipnótico ao redor delas. Então sentiu as mãos de Beatriz deslizarem até sua cintura, puxando-a delicadamente para mais perto. O calor do toque percorreu seu corpo como um choque suave, fazendo com que ela fechasse os olhos.  

Entreabriu os lábios instintivamente, sentindo o desejo pulsar entre elas. O coração de Maya acelerou ao sentir a respiração quente de Beatriz tão próxima, o perfume dela lhe deixou inebriada. O primeiro toque dos lábios foi suave, como se estivessem provando o sabor que aquilo teria. Logo o beijo se aprofundou, lento, intenso, gostoso, como se nada mais naquele lugar importasse. A partir dali, não havia mais música, nem luzes, nem ninguém para julgar aquele amor que para muitos não passava de loucura. 

Enquanto isso, passando pela porta da entrada do colégio, uma garota, visivelmente alterada emocionalmente, arrancava uma arma escondida na parte de trás de sua calça jeans. O barulho da festa parecia distante, abafado. O medo e a raiva se misturavam, cada vez mais intensos.  

Aquela arma não deveria em hipótese nenhuma estar ao seu alcance. Tinha sido roubada do guarda-roupa do pai, um verdadeiro “cidadão de bem” que se orgulhava de dizer que aquele revólver (com o número de série raspado) era para proteger sua família. Ele tinha saído naquela noite para encontrar a amante, um costume que se repetia algumas vezes na semana. Tão costume, que a mãe fingia não saber, não porque o amasse, mas apenas para manter as aparências de uma família feliz e unida.  

Com um movimento automático, abriu sua rede social e iniciou uma live. Pendurou o celular em um suporte no pescoço e observou os nomes surgirem na transmissão. Aqueles que ela chamava de amigos entraram para assistir ao filme de terror que já sabiam que ela tinha planejado para aquela noite.  

A garota, negligenciada pela família desde cedo, encontrou refúgio em fóruns pertencentes a camadas obscuras da internet, onde sua raiva era aceita, validada, alimentada e transformada em algo que diziam que faria com que finalmente fosse notada e idolatrada. Naquele discurso completamente distorcido, manipulador e perigoso, havia a promessa de que seu nome jamais seria esquecido e que suas dores finalmente teriam um significado. 

E agora, com a arma fria entre os dedos, sua respiração acelerada e as vozes na sua cabeça repetindo tudo o que leu e releu naquelas madrugadas solitárias, só conseguia pensar em uma coisa: Dessa vez, todos saberiam quem ela era.  

- Ela tá com uma arma! 

O grito cortou o ar como uma sirene de emergência. O tempo pareceu desacelerar por um instante antes de explodir em caos. Pessoas começaram a correr, derrubando cadeiras e copos no chão, tropeçando umas nas outras, tentando fugir antes que fosse tarde demais. 

Então, os tiros começaram. 

O primeiro disparo ecoou pela quadra, um estrondo seco e brutal. O estampido foi seguido de outro, mais frenético, e depois de outro. As pessoas gritavam, se jogando no chão, tentando se proteger.  

Maya sentiu um calafrio correr pela espinha quando mais um tiro ecoou pelo corredor. O som se espalhou rápido, cortante, deixando no ar uma sensação de desespero crescente. O coração dela disparou. Beatriz, com os olhos arregalados e a respiração acelerada, puxou Maya pela mão com força, arrastando-a para um canto mais afastado da multidão que se formava. 

Maya tropeçou ao desviar de alguém que caiu no chão, mas Beatriz a segurou firme.  O pânico era quase palpável. O ar parecia faltar nos pulmões.  

- E a Dandara? - Maya perguntou, a voz trêmula.  

Beatriz a puxou pelo braço, arrastando-a para dentro de uma sala de aula vazia. Algumas pessoas as seguiram, entrando rapidamente e batendo a porta atrás de si. As cadeiras e carteiras foram empurradas contra a porta com pressa. O barulho lá fora parecia aumentar, os passos apressados, os gritos desesperados. Maya ajudou, mas sabia que aquilo não seguraria ninguém por muito tempo. 

Alguns deitaram no chão, outros se encostaram contra a barricada improvisada para impedir que a porta fosse aberta. 

- Você me ouviu? E a Dandara? - Maya perguntou novamente, os olhos cheios de lágrimas, a voz embargada. 

Sirenes começaram a soar ao longe, aproximando-se em alta velocidade até a escola. Uma pontada de alívio pareceu crescer dentro de todos. 

- A polícia tá chegando, vai ficar tudo bem. 

Ambas estavam sentadas no chão, com as costas apoiadas contra a mesa do professor. O corpo de Maya tremia, os soluços rasgando sua garganta sem controle. Antes que pudesse pensar em conter o choro, Beatriz já a puxava para mais perto, envolvendo-a com firmeza. 

- Tá tudo bem, eu tô aqui. 

Maya enterrou o rosto no ombro de Beatriz que deslizou a mão por seus cabelos em um gesto firme e protetor. 

- Respira comigo - Beatriz murmurou. 

Ela sentia a respiração irregular de Maya contra seu pescoço e começou a respirar devagar, ritmando o próprio peito, guiando-a sem precisar dizer mais nada. 

O som dos tiros havia cessado, mas o mundo ainda parecia girar ao redor delas. Não tinham a menor ideia do que aconteceria dali pra frente, mas naquele momento, Beatriz era seu único ponto de segurança. E, por ora, isso bastava. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi, pessoas! :D

Estou super animada com esse desafio e com o carinho de todos vocês! Confesso que esse capítulo passou por várias reescritas até eu sentir que finalmente estava do jeito que eu queria, então espero de coração que gostem. Agradeço muito por cada comentário, pelo apoio e por todos que estão acompanhando a história. Isso significa o mundo para mim!

Espero que a leitura tenha sido tão intensa para vocês quanto foi para mim ao escrever. Muito obrigada por estarem comigo nessa!


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Comentários para 2 - Parte II - O som do medo:
Zanja45
Zanja45

Em: 18/03/2025

Nossa, que tragédia! A arma que seria uma proteção, serviu para disseminar o terror.

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keique
keique

Em: 05/03/2025

Meu Deus do céu, que frio na barriga.

Adorei o suspense!

Abraço


thays_

thays_ Em: 05/03/2025 Autora da história
Oi Keique! Feliz em te ver por aqui!!
Espero que goste do final! :D
Abraços!


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jake
jake

Em: 26/02/2025

Parabéns Thais excelente descrição.....


thays_

thays_ Em: 27/02/2025 Autora da história
muitíssimo obrigada!! :DDD
bjs!


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Cristiane Schwinden
Cristiane Schwinden

Em: 21/02/2025

Consegui sentir a tensão da cena perfeitamente, muito bem escrito, parabéns!


thays_

thays_ Em: 25/02/2025 Autora da história
Oi Cris!! Muitíssimo obrigada!!! :DDD

ps: só pra dizer que estou sentindo muita falta da continuação de Abrigo, às vezes volto lá e leio tudo de novo, é uma história muito boa! Volta logo s2



Cristiane Schwinden

Cristiane Schwinden Em: 15/03/2025
Assim que publicar 2121 eu vou retornar com a escrita de Abrigo, obrigada por ler


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Jubileu
Jubileu

Em: 19/02/2025

Gosto desses detalhes que você coloca na sua escrita. Gostei muito desse beijo, uma pena que foi muito rápido.... ansiosa para p próximo...!


thays_

thays_ Em: 25/02/2025 Autora da história
corre lá pra pra ler o próximo que já tem mais beijo ;)


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alexvause
alexvause

Em: 19/02/2025

Amiga, já te disse que amo as coisas q vc escreve? Amei o capítulo... Já quero o próximo... bjs bjs


thays_

thays_ Em: 19/02/2025 Autora da história
Alex!! Obrigada pelo carinho!! Bjs!


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Zaha
Zaha

Em: 19/02/2025

Oiee, Thays!! Tudo bem?

Nossa, esqueci que a foto de hj era uma mulher com arma,pois estava lendo com calma, feliz por Beatriz e Maya e no desenrolar da estória de amor e voce me vem com uma garota com arma....confesso que amei o giro, principalmente porque aborda esses sites darks que incentivam jovens vuneráveis a se suicidar ou manipulam para ver se tem coragem de fazer tal coisa....e muitos pais nem sabem...e tb muitas vezes a causa do sofrimento...tem muita gente que encontra esses grupos escondidos na internet...pais que deixam as armas tb acessível...enfim!

Fiquei foi preocupada com Dandara...é pra me preocupar?Ou vc será boazinha? Desculpe  intimidade...eu quero muito uma estória com essas duas...

Vemos que Maya teve e tá tendo um momento muito difícil. Essa agressividade toda, certamente trouxe lembrancas de quando seu mundo escolar era cheio deles...assim como partes de sua vida...Beatriz um anjo de conforto, tao protetora, amável, compreensiva, tudo que Maya precisa...pena q n é exatamente um conto de amor...mas apoio, gostei muito e de novo as 1005 palavras ficaram curtas....

Nos vemos no próximo capítulo, com certeza, porque já to ansiosa e nem terminou a semana!! rsrs

Beijos


thays_

thays_ Em: 19/02/2025 Autora da história
Menina, te digo que eu mesma pensei com meus botões "onde eu vou enfiar uma mulher armada no meio da vibe romântica dessas duas?", acabou surgindo essa ideia e aqui estamos nós rsrs A Dandara vai ficar bem, sim! Gosto de escrever narrativas com finais felizes, então mesmo que tenham alguns percalços e que tudo pareça um pouco conturbado, no fim vai dar bom rsrs teremos mais cenas tranquilas das duas nos próximos! :D Tenho um conto chamado Segredos ao Vento e um romance chamado Amada Amanda que também aborda essa temática trans. Se tiver curiosidade/interesse sobre o tema qualquer dia dê uma olhada!
Até breve!
Bjs!



Zaha

Zaha Em: 19/02/2025
Pode deixar que vou ler com gosto!!!Tenho interesse sim! Na verdade amo, temos poucas estórias que aborda um romance trans.
Anotarei aqui na listinha e quando termine o desafio, lerei o seu e de Caribu!! Obrigada por falar!!
Bjos


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