Como você reagiria se conhecesse Harry, Ron e Hermione?
Capitulo 14. Uma Manhã na Toca
- Lana... Lana – alguém a balançava. – Acorda, são oito horas.
A garota abriu os olhos e deu de cara com Ino. Ela já estava arrumada, pronta para sair.
- Ok, já vou. – respondeu a brasileira muito sonolenta.
- Vou te esperar na cozinha, já tem pessoas acordadas.
Lana só balançou a cabeça concordando e observou Ino sair do quarto. - Por que fui marcar de ir à cidade logo de manhã? - ela se lamentava interiormente.
A garota se espreguiçou sentindo-se apertada, pressionada contra a parede, olhou para o lado e percebeu que Domi estava deitada de bruços ocupando praticamente toda a cama, enquanto Lana se apertava em uma fina faixa do colchão, mas em vez de ficar brava, ela só respirou fundo sentindo-se mais apaixonada ainda.
Domi tinha os cabelos prateados bagunçados, a boca de lábios avermelhados estava levemente aberta e ela aparentava estar em um sono profundo. Lana acariciou suas costas, descendo e subindo as mãos suavemente. Sabia que Ino a estava esperando, mas não faria nenhum mal ficar ali alguns minutos.
A brasileira admirava o rosto de Domi, nem acreditando ainda que estavam namorando. – ela parecia tão inalcançável quando a conheci, a incrível Dominique Weasley, agora está aqui, do meu lado. - Ela retirou o cabelo do rosto de Domi, depois levemente passou o polegar em seus lábios.
- Tenho certeza de que você adoraria que eu te acordasse com um longo beijo – disse a brasileira baixinho. - Mas você está em um sono tão tranquilo.
Lana respirou fundo, reunindo coragem para se levantar. Com o máximo de cuidado para não acordar Domi, pegou seus pertences e saiu para o corredor, onde deu de cara com Roxanne.
- Por que você marcou esse trem tão cedo? – disse ela com uma voz mal-humorada. A garota tinha claras olheiras e o cabelo estava um fuzuê de cachos ruivos.
- Eu estou me perguntando à mesma coisa. – respondeu Lana, deixando os ombros caírem.
As duas rumaram para o banheiro muito sonolentas, lavaram o rosto, escovaram os dentes e pentearam os cabelos.
Lana voltou ao quarto e encontrou Domi exatamente como a deixara. Vestiu-se silenciosamente e saiu, descendo as escadas. Ainda no primeiro andar, já podia ouvir vozes vindas do térreo. Ao entrar na cozinha, precisou conter a surpresa ao ver os pais de Domi sentados à mesa, juntos com Ino e Fred.
- Bom dia, Lana. – vovó Molly estava à beira do fogão fazendo uma gigantesca omelete.
- Bom... Bom dia, Sra. Weasley – disse ela gaguejando.
- Sente-se, sente-se, já estou terminando o café.
Lana balançou a cabeça concordando e sentou-se ao lado de Ino, de frente a Fleur e Gui. Era o lugar mais próximo sobrando.
- Você é a brasileira que veio conversar conosco em Hogwarts, não é? – disse Gui.
- Sim, sim. – Lana analisou o pai de Domi e percebeu de onde sua namorada se inspirava naquele jeito bad girl. O senhor Weasley tinha a cabeça raspada, com claras entradas de calvície. Nas orelhas, usava vários brincos e vestia-se todo de preto, com uma blusa de alguma banda de rock bruxa. O homem parecia ser muito bonito, mas a grande cicatriz em seu rosto dificultava que sua beleza se destacasse.
- Sabe, me correspondi com uma brasileira no tempo de escola, lembro que ela insistiu para que eu fosse passar um tempo lá, mas eu não pude ir. Então ela ficou uma fera e parou de falar comigo.
- Por acaso sua mãe nunca comentou se havia mantido contato com algum inglês? – perguntou Fleur com um olhar analítico.
- Não... não. Isso seria impossível, venho de uma família não mágica.
- Muito bom! – Fleur parecia satisfeita.
Gui estava para um show de rock assim como Fleur para uma ópera. A mãe de Domi vestia-se elegantemente em cores neutras, o cabelo prateado era cortado curto rente ao maxilar e mesmo Fleur tendo cerca de quarenta anos, parecia que nem da casa dos vinte e cinco tinha passado.
O rosto da mulher inspirava perfeição, com maçãs do rosto rosadas, nariz levemente empinado, olhos cinzentos, sobrancelhas finas e bem-feitas. Fleur tinha o dobro de sangue Veela do que as filhas e provavelmente daí vinha a beleza e o envelhecimento retardado. Na realidade, Fleur parecia mais uma irmã mais velha de Victória e Domi do que a mãe das garotas.
Vovó Weasley fez um gesto de varinha e o grande tacho com omelete começou a passar pela mesa servindo as pessoas. – Ah... Roxanne, aproveite que você ainda está de pé e vá chamar seu avô, seu tio e o garoto americano para tomar café.
- Bom dia para a senhora também, vovó. – Roxanne vinha da sala ainda com cara emburrada. Ela foi até a janela e soltou um grito. – VOVÔ, TIO CARLINHOS, LONAN O CAFÉ ESTÁ PRONTO!
Molly puxou o pano de prato que estava em seu ombro, batendo com ele em Roxanne. – Você tinha que ser filha de seu pai!
- Ai, ai, vovó. – disse Roxanne sorrindo, tentando se defender.
- Sente-se e coma logo seu café. – vovó Weasley disse apontando para uma cadeira vazia.
- Bom dia tio Gui, bom dia tia Fleur. – Roxanne, sentou-se ao lado de Lana.
- Bom dia, Rox. – responderam os dois, ainda rindo da situação.
- Ah, Lana, quase me esqueci. - a Srta. Weasley fez um movimento com a varinha e uma grande chaleira junto com uma xícara flutuaram até Lana. Assim que se aproximaram, a chaleira serviu a xícara com o líquido preto que a brasileira tanto amava. - Nós não costumamos beber café por aqui, mas a Domi pediu que eu preparasse uma chaleira cheia para você.
A brasileira sorriu extremamente agradecida. – Muito obrigado, Sra. Weasley.
- Ah! – disse Molly, levando as mãos ao rosto. – Pode me chamar de vovó Molly, agora coma sua omelete, você está muito magrinha.
– Então Domi pediu para a Sra. Weasley fazer café para você? – Fleur analisava Lana por trás de sua xícara.
- Lana é praticamente movida a café, tia. – interveio Fred. – Todos na escola sabem.
Fleur não fez mais nenhum comentário, mas Lana sentiu que havia uma faísca de dúvida no olhar dela.
Um trote de cavalo pôde ser ouvido do lado de fora, junto com expressões de vivas. Pouco depois, vovô Weasley, Carlinhos e Lonan entraram, todos sorrindo, na cozinha.
- O cowboy aqui conseguiu laçar o cavalo selvagem que fica vagando pelo bosque – disse o Sr. Weasley, animado.
- Que isso, vovô Weasley – disse Lonan, acanhado. – Na minha tribo qualquer um consegue fazer isso.
- - Então, em sua tribo, todos são prodígios! – disse Carlinhos, sentando-se à mesa. – Hmm café! Que milagre!
- É, Domi pediu para a Sra Weasley fazer, parece que Lana gosta muito. – Fleur falou e no mesmo instante um arrepio percorria a espinha de Lana.
- Ah é? – disse Carlinhos com a boca cheia de omelete. – Domi parece se importar com você. Primeiro, o colar draconiano, e agora o café.
A brasileira apertou os dedos ao redor da xícara, sentindo uma vontade imensa de se enfiar em algum buraco quando Carlinhos contou do colar.
- Colar Draconiano? – Fleur franziu o senho, olhando de Carlinhos para Lana. - Domi odeia que alguém sequer toque naquele colar.
- Emprestar o colar para Lana foi a melhor coisa que ela fez. – disse Gui. – No Brasil é muito quente, você devia estar sofrendo aqui.
Lana se limitou a balançar a cabeça e decidiu não olhar mais para Fleur.
Meu bem – falou o vovô Arthur –, quando estava na encosta, vi que saía fumaça da lareira dos Lovegoods.
- Será que Luna e o senhor Scamander chegaram de viagem? – disse Molly.
- Scamander? – perguntou Lana profundamente interessada. – Tipo Newt Scamander? O Magizoologista?
- Sim a Sra. Luna se casou com o neto desse Newt, disse vovô Arthur.
- Meu bem, vá convidá-los para a ceia. Devem ter chegado há pouquíssimas horas, porque ontem mesmo aparatei lá e não tinha ninguém – falou Molly.
- Assim que terminar meu café eu vou.
- Tio Carlinhos. – disse Fred. – Lana, Rox, Ino e eu estávamos querendo ir até St. Catchpole comprar algumas coisas, o senhor poderia nos levar?
- Ah meninos, tinha combinado com Lonan, de andar a cavalo.
- Eu levo vocês. – disse Gui animado. – Não sou muito bom motorista, mas eu acho que chegamos lá com quase todas as partes do corpo inteiras.
Meia hora depois, Gui, Fred, Rox, Ino e Lana estavam dentro da van se dirigindo para a cidade.
- O que planejam fazer lá? – perguntou Gui.
- Já que Lana vai conseguir umas músicas, eu quero ver se acho algum tipo de amplificador de som – respondeu Fred.
- E vocês duas? – Gui se referia a Rox e Ino.
Elas se olharam e deram de ombros.
- Eu sempre acordo cedo. – disse Ino baixinho.
- E eu só queria dar uma volta. – falou Rox.
Gui riu das duas. – Foi uma boa escolha, se vocês ficassem por ali desocupadas, mamãe ou Fleur iriam acabar mandando vocês fazerem algo, e quando digo fazer algo é sempre tarefas chatas como catar os gnomos do jardim.
A visita a Ottery St. Catchpole foi muito proveitosa. Lana conseguiu internet com facilidade e fez uma grande seleção de músicas pelo Spotify. Já Fred achou o amplificador perfeito, segundo ele.
Gui realmente não demonstrou ser um bom piloto. Na realidade, ele era péssimo e não tinha noção nenhuma de leis de trânsito. Depois de passarem um cruzamento a toda e pegarem uma rua na contramão, a van foi parada por um policial, mas nada de tão grave que Gui não pôde resolver com um Obliviate.
Ser um mau piloto poderia ser o único defeito do pai de Domi, Lana se surpreendeu com o quanto o homem era divertido, além de curioso. Ele queria explicações sobre tudo o que os garotos faziam. Lana teve que dar uma aula de como a internet funcionava, possibilitando assim os downloads das músicas.
Depois das músicas baixadas e a caixa amplificadora comprada, o Sr. Weasley deu a ideia de darem uma volta pela cidade. Pararam em uma sorveteria e depois visitaram um antiquário/loja de vinil, onde ficaram um bom tempo ouvindo música e explorando os objetos antigos.
- Ei, essa banda é muito boa. – disse ele mostrando um vinil do Led Zeppelin.
- É a banda favorita do meu pai – respondeu Lana.
- Então, seu pai tem um ótimo gosto.
Gui levou todos os álbuns da banda que encontrou, enquanto Lana mandou embrulhar para presente o primeiro álbum do Aerosmith. Ela imaginou que seria ótimo dar a Domi de Natal o disco que tinha a musica Dream On.
Quando finalmente voltaram para A Toca, já era quase meio-dia. Carlinhos e Lonan davam banho no cavalo que tinham capturado, e o aroma delicioso da comida vinha da casa. Vovô Arthur estava sentado em um banco do lado de fora, conversando com Zaki e um homem careca, de barba grande e ruiva.
- Pensei que tivessem se perdido – disse o vovô Weasley ao vê-los se aproximar.
- Se fosse o Ron no meu lugar, talvez isso tivesse acontecido – respondeu Gui.
O homem de barba sorriu e se levantou, dando um abraço em Gui. Foi só então que o nome realmente atingiu Lana. - Ron?
- Oi, tio Ron – disseram Rox e Fred, abraçando o homem.
Olá, garotos – disse Ron, um homem grande e forte, um pouco acima do peso. Ele então apontou para Lana e Ino. – Essas eu não conheço.
Desde que Gui mencionara o nome Ron, Lana não conseguia fazer outra coisa além de encará-lo, completamente abobalhada.
- Essas são Ino e Lana, nossas amigas que vieram fazer intercâmbio em Hogwarts – explicou Rox.
- Prazer, Ronald Weasley, mas podem me chamar de Ron – disse ele, apertando a mão das duas.
Lana abriu a boca para responder, mas as palavras simplesmente desapareceram.
De repente, um turbilhão de crianças saiu da cozinha. Alvo e Rose passaram em disparada por eles, seguidos por mais duas crianças: um garotinho de cabelos castanhos e bagunçados, e uma menininha de cabelos ruivos, ainda menor que Rose.
- Cuidado, crianças – disse uma mulher ao aparecer na porta. – Ron, fique de olho neles.
- Tia Mione! – exclamou Fred, correndo para abraçar a mulher, seguido por Roxanne.
- Her... Hermione Granger? – balbuciou Lana, incrédula.
- Sim? – respondeu a mulher que aparentava ter uns trinta e cinco anos.
- Eu... Eu sou uma grande fã.
- Fã? – Hermione sorriu enquanto arrumava o cabelo.
- Tia, Lana é uma grande admiradora da senhora do tio Ron e do Tio Harry. – disse Fred.
- Por que quando ela me viu não disse que era minha fã? – perguntou Ron.
- É que nas fotos dos sapos de chocolate, você tinha cabelo. – provocou Gui.
Todos gargalharam, menos Lana, que olhava para Hermione ainda sem acreditar.
- Prazer – disse Hermione, estendendo a mão. – Bom, não preciso me apresentar, mas você deve ser a brasileira de quem Fleur falou, a amiga da Domi.
- Prazer. – Lana engoliu em seco. – Meu nome é Lana, Lana Fernandes.
Hermione deu um sorriso compreensivo. - Acho que você vai querer entrar Lana, tem alguém na cozinha que provavelmente você quer conhecer.
A brasileira entrou na casa, já esperando o que ia encontrar. Ela sentia o peito arder em emoção e prometeu a si mesma que não ia chorar.
Sentado à mesa, bebendo uma xícara de café e lendo um jornal, estava um homem magro, de cabelos escuros meio rebeldes.
- Harry – chamou Hermione. O homem levantou o rosto, deixando visível a cicatriz em forma de raio na testa.
- Que vergonha, uma garota desse tamanho dormindo até agora! – disse uma mulher de longos cabelos ruivos, surgindo na passagem da sala para a cozinha. Logo atrás dela veio uma Domi sonolenta, com os cabelos parecendo um ninho de passarinho e os olhos vermelhos de sono. – Para uma jogadora de quadribol, você está muito preguiçosa.
- Até lendas precisam de descanso, tia Gina – disse Domi, sentando-se ao lado de Harry. Pegou uma xícara no meio da mesa e a encheu de café. – Olá, tio Harry. – Beijou o rosto do tio e, só então, olhou para cima, vendo Lana praticamente paralisada. – Lana? Tudo bem?
A brasileira balançou a cabeça, mas não conseguiu dizer nada. Domi olhou de Lana para o tio.
- Ah tio. – disse ela sorrindo, finalmente entendendo o comportamento de Lana. – Essa é minha...
Amiga! – quase gritou a brasileira. Ela olhou para Domi, que tinha uma expressão de confusão e surpresa.
- Sim, minha “amiga”. Ela é muito sua fã.
Quando ouviu a palavra fã, Harry se assustou, derramando café no jornal. – Ai, droga! – Ele pegou um pano e começou a limpar a mesa. - fã? – O homem parecia sem graça. – Nossa... prazer, Harry Potter.
Lana apertou a mão dele sem conseguir desgrudar os olhos de sua cicatriz. – Lana Fernandes, senhor, o prazer é todo meu.
A garota sentou-se junto de Harry, Gina e Domi por algum tempo. Era quase surreal estar ali com eles. Do lado de fora, podia ouvir as vozes do vovô Arthur, Zaki, Ron e Gui conversando. Hermione andava para lá e para cá ajudando Fleur e a Vovó Molly a fazer o almoço, enquanto Harry, Gina e Domi discutiam a classificação de última hora da seleção Inglesa para a copa do mundo de quadribol.
- Minha filha, por favor, vá se arrumar – pediu Fleur, tentando desembaraçar o cabelo de Domi. – O almoço está quase pronto.
A garota se levantou chateada, lançando um olhar para Lana. Depois que Domi subiu, a brasileira esperou uns dez minutos e, dando uma desculpa, foi para o quarto. Assim que abriu a porta e não encontrou a namorada, foi até o banheiro.
- Domi? – disse ela dando uma batida na porta.
A porta se abriu rapidamente, e Domi puxou Lana para dentro, fechando-a, em seguida, a pressionou contra a porta e lhe deu um beijo intenso, cheio de urgência e com gosto de pasta de dente.
- Hum... hortelã. – murmurou Lana, sorrindo.
- Pensei que ia acordar e ver o seu rosto, mas, em vez disso, vi tia Gina pulando em cima de mim e gritando.
- Já eu acordei com Ino me cutucando e você espalhada na cama, me apertando contra a parede.
Domi sorriu. – Sou espaçosa mesmo. – A garota beijou a namorada novamente, dessa vez com mais calma. Mas, ao se afastar, seu olhar ficou sério. - Você achou que eu ia dizer para o meu tio que você era minha namorada?
Lana hesitou por um segundo. - Por um momento, sim. – Passou a mão pelo rosto da namorada, acariciando-o. - Desculpa, eu estava muito emocionada. Seria o mesmo se você conhecesse o Linkin Park.
Domi fez uma expressão de compreensão. – Ok, mas que tal a gente chamar meus pais e falarmos para eles? Seria uma boa oportunidade para a família ficar sabendo de uma vez.
Lana sentiu um frio percorrer seu corpo. Sabia que todos já conheciam a orientação de Domi, então ter uma namorada não seria uma grande surpresa. Mas, de alguma forma, não se sentia nem um pouco preparada para que outras pessoas, além dos amigos, soubessem.
- Amor, eu acho melhor não.
Domi piscou, surpresa. - Não? - O brilho nos olhos dela diminuiu, e Lana odiou aquilo.
- Não fique chateada, por favor. Tente me compreender.
Domi cruzou os braços - Então explique-se.
- Eu... Eu... – Lana não compreendia nem a si mesma, então como poderia se explicar para alguém? – Eu tenho medo.
Domi sorriu descrente. – Medo da minha família? Minha mãe desconfia de nós desde antes de termos alguma coisa.
Lana abaixou a cabeça, sem compreender direito o que estava acontecendo. – Mas, no café, sua mãe pareceu não gostar muito de mim.
- Mamãe é assim, um pouco ciumenta e arrogante, mas ela deve ter desconfiado de algo. E só para você saber, a primeira vez que ela te viu, sabe o que ela disse para mim?
Domi parou, esperando uma resposta de Lana. Ela simplesmente balançou a cabeça em negação.
- Te achou educada, bonita e, de cara, gostou de você. Ela até comentou que gostaria que tivéssemos algo. – Domi pegou nas mãos de Lana. – Não precisa ter medo de minha família, eles vão nos apoiar.
Lana olhou para Domi sentindo um nó se formar na garganta. Ela estava certa. Claro que estava certa. Mas então por que parecia tão difícil?
Domi esperou. Esperou um pouco mais. Mas quando percebeu que Lana não ia dizer mais nada, suspirou fundo e soltou suas mãos - Tudo bem. – Ela abriu a porta do banheiro e ficou ali por um instante. Antes de sair, virou-se uma última vez.
– Use o tempo necessário para conseguir assumir, não para os outros, mas para si mesma. – Ela tinha uma voz irritada e ao mesmo tempo cansada. - Acho que você ainda não digeriu que está namorando... Uma garota! – Dizendo isso, virou as costas e saiu pelo corredor.
Fim do capítulo
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