Capitulo 15
O silêncio entre nós se prolongou, denso e carregado de possibilidades. O toque de Luisa em meu rosto era quente, mas hesitante, como se ainda tentasse convencer a si mesma de que poderia recuar. Eu senti sua respiração entrecortada, a incerteza estampada em seus olhos.
“Bianca...” ela começou, mas sua voz falhou. Pela primeira vez, vi Luisa perdida, sem a compostura fria que tanto se esforçava para manter. Não era mais a professora rígida e controlada—era apenas uma mulher tentando decidir se cedia ao desejo ou à razão.
Meu coração disparava. Eu podia sentir o calor da proximidade dela, o cheiro suave do perfume misturado ao nervosismo. Eu sabia que estava pisando em um território perigoso, mas recuar nunca foi uma opção. Não agora.
“Me diz que você não quer,” murmurei, os olhos presos aos dela. “Me diz que você não me deseja e eu vou embora. Diz, professora.”
Ela fechou os olhos por um momento, como se buscasse forças para dizer exatamente isso. Mas o silêncio respondeu por ela.
Eu sorri de leve. “Foi o que eu pensei.”
Num impulso, levantei a mão e toquei sua cintura, sentindo o leve estremecer de seu corpo sob meus dedos. Luísa abriu os olhos de repente e, por um segundo, tudo o que existia era a tensão que nos envolvia. A hesitação dela estava se desfazendo, e eu podia ver a luta interna se dissipar aos poucos.
“Isso não é certo,” ela murmurou, quase para si mesma.
“Shh... Fica quietinha agora, só sente,” retruquei, aproximando-me mais, beijando seu pescoço, dando leves mordidas até alcançar seu ouvido. “Tá gostoso assim?”
Luisa respirou fundo, e por um instante, achei que ela fosse se afastar. Mas, em vez disso, senti seus dedos apertarem minha pele, puxando-me ainda mais para perto, como se isso fosse possível. Seus olhos caíram para minha boca, e o desejo não precisava ser verbalizado—estava ali, pulsando entre nós.
Quando ela finalmente cedeu, foi como um fio sendo puxado até romper, com uma mistura de urgência e relutância. Foi diferente do beijo impulsivo de antes. Dessa vez, não havia confusão. Havia intenção. Havia um sentimento intenso, bruto e inegável.
Minhas mãos deslizaram por seus ombros, sentindo a tensão de seus músculos antes de segurá-la pela nuca, aprofundando o beijo e puxando seus cabelos. Ela gem*u baixinho contra meus lábios, e, nossa, um arrepio percorreu minha espinha. Era como eletricidade estática correndo pelo meu corpo, queimando selvagem e forte.
Quando nos afastamos, ambas estávamos ofegantes. Luísa me olhou como se tentasse entender o que tinha acabado de fazer—e o que isso significaria a partir de agora.
“Isso...” ela começou, mas eu a interrompi, encostando um dedo em seus lábios.
“Não precisa dizer nada agora,” sussurrei. “A gente pode descobrir isso juntas.”
Ela fechou os olhos novamente e soltou um suspiro. Quando os abriu, seu olhar já não carregava a mesma hesitação. Havia decisão ali. Havia desejo.
E eu sabia que, dali em diante, não havia mais volta. Pelo menos por agora, ela era minha.
Eu só não tinha certeza se sabia o que fazer com tudo isso, mas estava louca para descobrir. E quando eu terminasse, Luisa Saito estaria arruinada para qualquer outra pessoa.
Fim do capítulo
As postagens dos capítulos vão dar uma pausa do dia 12 até o dia 19.
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