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MINHA DOCE MENTIROSA por Bel Nobre

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Palavras: 2472
Acessos: 538   |  Postado em: 02/02/2025

Capitulo 25

 

                              CAPÍTULO VINTE E CINCO

— Anda, meu amor. Se demorar muito, vamos pegar um engarrafamento terrível. Todo mundo parece ter a mesma ideia de descer para a praia a essa hora.

Com o corpo tenso e virado em direção ao banheiro, onde Alex terminava de se aprontar. Marcela aguardava a filha impaciente de olho no celular conferindo as horas. Havia chegado do colégio há pouco, após conseguir uma autorização para que Alex saísse mais cedo que o habitual. Seu plano era claro: viajar antes que as ruas virassem um caos. No entanto, um segredo pesado pairava sobre ela – a verdade sobre a vida de Alex e como a resgatara de uma casa onde a menina vivia praticamente aprisionada. Era uma história que Marcela se via incapaz de compartilhar com a mãe e o marido dela, Renato. Sempre que tentava, algo a travava, e as palavras se transformavam em evasivas, em outras histórias.

No fundo. Marcela sabia que não havia feito nada de errado. Na época, ela tinha a guarda provisória de Alex, tudo dentro da lei. O problema real era que ela e Jacinto haviam tirado Alex dos traficantes e da comunidade de forma clandestina. Ninguém sabia os detalhes, ou  conseguia explicar o apagão misterioso na rua justamente no dia da fuga da garota, nem como os rapazes responsáveis pela segurança simplesmente apareceram mortos com um tiro certeiro na cabeça, só um tiro. Disparado ao mesmo tempo, ou com a diferença de segundos. Era um mistério que Marcela guardava a sete chaves.

De repente, três batidas rápidas na porta a fizeram pular da cama, em sobressalto. O coração, que antes palpitava de ansiedade, acalmou-se ao reconhecer as batidas. Aquele era o toque de sua mãe. Renato, seu padrasto, durante o período em que viveu com eles, nunca entrou em seu quarto. E Eduardo, seu meio-irmão, sequer se daria ao trabalho de bater, simplesmente invadia, sempre que ia passar as férias na casa da fazenda.

―Pode entrar, mãe, ―Marcela respondeu, um leve alívio preenchendo sua voz.

Alex saiu do banheiro, já vestida, e foi direto ao guarda-roupa para pegar um frasco de perfume infantil, o último que ainda não estava nas mochilas. Marcela pegou um pouco na palma da mão, esfregou uma na outra e puxou Alex para perto, passando o perfume delicadamente nas mãos, braços, pescoço e na pequena cabeça da menina.

―Pronto, você está linda e cheirosa.―Marcela disse, com um sorriso gentil.―Agora pegue, coloque o perfume na sua mochila.

Alex obedeceu, correndo para o canto do quarto onde as bolsas esperavam. Após guardar o frasco, pegou uma revistinha e sentou-se no chão, mergulhando na leitura.

―Saia do chão, filha. Venha deitar aqui na cama, pertinho da mamãe― Marcela chamou, com um tom de carinho que sua mãe, Salete, observava com atenção.

Salete viu Alex correr até a cama e se deitar de bruços nos travesseiros, abrindo a revista, completamente alheia à conversa das duas. Um pequeno suspiro escapou dos lábios de Salete.

―Fico espantada, Marcela, de ver como você se tornou essa mulher tão calma e uma mãe carinhosa desse jeito ―sua mãe comentou, com um brilho de admiração nos olhos.

Marcela sorriu, um tanto nostálgica. ―Não foi sempre assim. Sofremos um bocado, eu e a Alex. Mas, na pandemia, de algum jeito, eu peguei o jeito.

Alex, com a cabeça ainda enterrada na revista, soltou um comentário fofo, sem desviar os olhos das páginas.― A vovó fazia chamada de vídeo toda hora ensinando a mamãe a cuidar da gente, não era, mamãe?

A carinha inocente da filha contrastava dolorosamente com a expressão de decepção que Salete não conseguia disfarçar. Um olhar de mágoa cruzou o rosto da avó.

―Até isso a Montserrat me roubou, Marcela― sua mãe murmurou, a voz embargada. ―Ensinar minha filha a ser mãe da minha neta.

Os olhos tristes de Salete falavam muito mais do que ela ousava pronunciar. Marcela, no fundo, achava que sua mãe se culpava por não ter lutado para ser sua mãe quando ela mais precisou, por ter se afastado.

―Sua ajuda aos irmãos da igreja do Renato e seu tempo doado aos doentes foram muito mais dignos, mãe―Marcela respondeu com sinceridade, tentando suavizar a dor que sentia na voz da mãe. ―Eu não guardo mágoas, só tenho admiração pelo que fez. E, afinal, a gente não nasce sabendo ser mãe, a gente aprende no dia a dia. A senhora queria alguma coisa?― Marcela sabia que, na época da pandemia, sua mãe havia sido um pilar para muita gente desamparada e com medo.

―Vim avisar vocês que hoje vamos todos jantar no Gregorio’s”, Salete anunciou, com um tom que beirava a expectativa.

―Não vai dar, mãe― Marcela disse, sentindo um pingo de culpa ao ver a alegria no rosto de sua mãe desvanecer. Era como jogar um balde de água fria. ―Eu comprei ingressos para visitar o planetário com a Alex, e de lá vamos passear no shopping.

―Filha, por que você sempre dá um jeitinho de se esquivar de encontros em família? Não se sente bem conosco?―Salete perguntou, com um tom de voz que revelava uma mágoa profunda.

Marcela hesitou, as palavras presas na garganta por um instante. Era difícil expressar o que sentia. ―Não é isso, mãe… É que me sinto uma estranha aqui na sua casa. Não me sinto à vontade para mexer ou tocar em nada. Tudo aqui parece ser só da senhora, do Renato e do Eduardo. Nem mesmo esse quarto, que sempre foi meu, tem mais a minha identidade. Ele é estranho para mim.― Marcela acabou confessando, a voz carregada de uma melancolia antiga. Talvez, quando ela foi embora ainda menina, levou consigo todas as lembranças da vida que viveu ali. E, quando voltou, as boas lembranças não quiseram retornar.

―É por isso que você está querendo ir embora?― sua mãe perguntou, parecendo ler seus pensamentos, uma preocupação genuína no olhar.

―Também―Marcela confirmou, sentindo um nó na garganta. ―Mas, como já falei para a senhora, não me sinto bem em trazer minha namorada para cá.― A confissão não pegou apenas sua mãe de surpresa, mas também sua filha, que a olhava inquieta, sem entender muito bem. Então, Marcela voltou-se para Alex, que ainda estava com a revista.

―Venha cá, amor.― Alex largou a revistinha e sentou-se na cama, bem ao lado de Marcela, com um ar de curiosidade.

―Eu ia te contar durante o passeio, mas confie em mim, você vai adorar essa pessoa.―Ainda sem muita certeza do que acabara de ouvir, Alex simplesmente voltou para sua leitura, absorvida em seu próprio mundo. Já dona Salete parecia não ter concordado, sua expressão endureceu.

―Você não devia falar essas coisas na frente da criança, Marcela. Ela não tem que saber disso.― A voz de Salete era carregada de repreensão.

―Que coisas? Que a mãe dela gosta de mulher? Não vejo nada de mais em ela saber da minha vida― Marcela retrucou em um tom grosseiro, a paciência se esgotando com as “besteiras” que sua mãe insistia em dizer.

―Mas isso não é coisa que uma criança deva saber, Marcela.― A mãe insistiu, com um ar de quem falava o óbvio.

―Não vou mentir para minha filha, mãe, nem quero que ela tenha vergonha de mim por ser lésbica. Minha orientação sexual não deve ser motivo de vergonha, nem para ela, nem para a senhora. Pelo menos, não deveria ser.―Marcela sentia a raiva borbulhar, a frustração de uma vida inteira de expectativas não correspondidas.

―Eu não tenho vergonha de você, filha.―A voz de Salete era baixa, quase um sussurro.

―Mas também não tem orgulho―Marcela rebateu, a voz carregada de decepção. ―E nem coragem de contar às suas amigas da igreja que tem uma filha que namora outras mulheres.―Marcela sabia que sua mãe nunca a aceitaria completamente como ela era.

―Você sempre vai me condenar. Por mais que eu tente aceitar esse seu jeito de viver, você vai sempre me criticar. Salete parecia exausta.

―Não vou, mãe, porque respeito sua opinião. Eu entendo que foi assim que a senhora foi educada, mas não é assim que quero educar minha filha.― Marcela tentava manter a calma, mas a discussão era desgastante.

―Vamos mudar de assunto, Marcela. Eu não quero brigar com você. Deixe o passeio para depois e venha jantar com a gente.― Salete parecia desistir da briga.

―Fica para outra vez, mãe. Não vão faltar oportunidades.― Marcela tentava ser conciliadora.

―É lá que mora a garota de quem seu irmão gosta. O Renato faz bom gosto no namoro deles.― Salete comentou, como se tentasse vender a ideia do jantar.

Marcela não acreditava no que estava ouvindo. Como sua outra mãe, Montserrat, havia dito, ela estava com um problemão. Como ia contar que estava com Chiara se a moça já tinha um fã-clube em sua casa? E, se dependesse de seu padrasto, Renato, Chiara já estaria casada com seu irmão, Eduardo.

―Vocês esquecem que ela pode não gostar do Eduardo. Talvez ela ame outra pessoa―Marcela argumentou, a voz quase um rosnado, contendo a frustração.

―No começo eu também pensei assim ―Salete começou a explicar. ―Ela me contratou para decorar a casa em cima do restaurante, e durante o tempo que trabalhei lá nunca vi ela falar em alguém especial. Aí, conversando com o Renato, chegamos à conclusão que ela é só uma moça que trabalha muito, basta nosso menino ter paciência. Hoje ele vai tentar conversar com ela mais uma vez.

Uma raiva subiu em Marcela, uma vontade incontrolável de dar um murro na cara de seu irmão, Eduardo, mas ela se controlou, respirando fundo para evitar um acesso de fúria.

―Boa sorte para ele. E bom jantar para vocês. Vou sair com minha filhota, depois vou direto para o sítio. Mas não se preocupe, estaremos sempre por aqui. Ou, então, a senhora pode ir ao sítio passar um fim de semana.― Marcela convidou por pura educação. A cara de sua mãe dizia tudo: ela nunca iria, não sem o marido, e Renato não colocaria os pés em uma casa cuja dona fosse lésbica.

―Renato não gosta muito de viajar, a não ser nas conferências da igreja, e mesmo assim ainda reclama― Salete respondeu, confirmando as suspeitas de Marcela.

Marcela teve a impressão de ouvir passos furtivos perto de sua porta, como se alguém estivesse ouvindo a conversa delas. Um arrepio percorreu sua espinha.

―Quem está em casa além de nós? Pensei ter ouvido alguém chegar.

―Renato está no quarto se arrumando e o Eduardinho saiu para comprar flores. Deve ter sido ele que você ouviu.

 Salete parecia tranquila, sem desconfiança alguma.

“Não, não foi”, Marcela pensou. Ela conhecia o som da pisada de seu irmão, um dos aprendizados mais valiosos de seu curso de investigação criminal: ouvir tudo ao seu redor, inclusive a respiração humana. Assim, poderia distinguir se alguém estava nervoso ou tranquilo, e o dono daqueles passos estava fugindo, tentando se esconder. Será que Renato estava a espionando? Por quê? Uma ideia veio à mente de Marcela como um relâmpago na noite escura.

―Mãe, meu notebook ficou na fazenda. Com aquela mania da Mom de não deixar ninguém usar celular, acabei esquecendo. A senhora acha que o Renato me empresta o dele?

―O dele está quebrado. Espera, vou buscar o meu.― Salete saiu do quarto, caminhando tranquilamente. Marcela chamou sua filha, gesticulando em silêncio. Alex veio rápido, e Marcela escreveu em sua revistinha com o lápis de olho que acabara de usar:

―Acho que o Renato está me espionando. Acabei de ouvi-lo atrás da porta.

Alex olhou para a porta, sem espanto algum, e escreveu rápido, com a caligrafia infantil:

“Quando saio do quarto pela manhã para tomar o café e a senhora fica terminando de se arrumar, ele sempre está próximo da porta. Quando me vê, dá bom dia e vai para o quarto dele. Outro dia tive a impressão de vê-lo saindo daqui, mas como ele é seu padrasto, não vi nada de mais.

Marcela ia responder quando passos ressoaram bem perto, anunciando a volta da mãe. Fez um sinal de silêncio com o indicador nos lábios, e Alex apenas balançou a cabeça afirmativamente.

―Marcela, filha, o Renato está fazendo um trabalho na igreja e deixou lá. Amanhã ele traz, era urgente?― Salete perguntou, com a calma que a caracterizava. Seja lá o que Renato estava aprontando, ela não tinha conhecimento.

―Nada de importante, mãe, só queria colocar as fotos que vou tirar da Alex na pasta de fotos dela. Não deixo no celular, se for roubado não perco nada. O trabalho é só lembrar das senhas.― Na verdade, Marcela queria descobrir a senha do notebook de sua mãe e não queria perguntar, por isso inventou aquela mentira.

―Pois faça como eu, minha senha é a mesma desde sempre, para tudo. Ou a data do seu nascimento, ou do seu irmão. Não tem erro. Vou me arrumar que está ficando tarde, tem certeza que não quer ir?―Salete insistiu, ainda esperançosa.

―Não, mãe. Vá a senhora e se divirta, eu vou curtir minha filha.

Alex pulou no colo de Marcela com a revista fechada na mão, um sorriso no rosto.

―Pois bom passeio. E jantem por lá, demos folga ao vigia e a cozinheira saiu mais cedo. Cuide bem da minha netinha.― Salete beijou Alex e Marcela, as abençoando, e saiu do quarto.

Marcela aproveitou e abriu a janela de seu quarto, voltando a fechá-la sem trancar no ferrolho. Apagou as luzes e trancou a porta por fora antes de saírem.

―Vamos lá nos despedir dos dois― Marcela disse para Alex.

Alex segurava a mão de Marcela, demonstrando uma coragem que só quem viu a morte de perto consegue ter, e a frieza de um adulto. Marcela bateu na porta e abriu. Sua mãe estava arrumando a gravata do marido, que a olhou com um certo... desconforto. Ele sorriu para Alex de um jeito que pareceu bem falso.

―Estamos indo, mãe. Vá lá dar a benção a eles.

Alex entrou e abraçou cada um, rápido, quase correndo, sem sorrir. Elas foram no jipe vermelho e preto de Marcela, o carro tinha as mesmas cores de sua moto. Ela era flamenguista doente. Marcela jogou as mochilas para dentro e aguardou Alex sentar e colocar o cinto. Renato as observava da porta, como se quisesse ter certeza de que estavam saindo.

―Filha, pula para cá e desbloqueia meu celular― Marcela pediu, dando partida no carro. ―Liga para o Jacinto e coloca no viva-voz.

Ele atendeu no segundo toque.

―Jacinto, eu acho que o Renato está me espionando.

―O que pretende fazer, chefe?―A voz de Jacinto soou séria.

―Por enquanto vou ao planetário com Alex, depois quero que você se encontre comigo para levá-la até a mamãe. Vou invadir minha casa e descobrir o que ele está fuçando.

       

 


 

 

 

ndo.

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capitulo 25:
Mmila
Mmila

Em: 11/03/2025

Fica esperta Marcela, esse teu ondeastes é do lado mal da força.

 

 

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