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Corações em Conflito por MalluBlues

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Palavras: 2233
Acessos: 465   |  Postado em: 01/02/2025

Capitulo 25

Por Helena:

A chuva caía com uma intensidade quase surreal. O céu estava completamente cinza, e as luzes dos postes se refletiam nas poças que se acumulavam ao longo do caminho. Havia pontos de alagamento que tornavam o trajeto ainda mais perigoso, e cada vez que o carro derrapava levemente, meu coração dava um salto. 

No chalé tinha avisado brevemente Bia sobre o ocorrido, tentando ser direta e objetiva. Mesmo assim, não pude deixar de notar a decepção em seus olhos. O brilho animado que ela carregava havia se apagado, e isso me causou uma pontada de culpa. Isabela estava ao meu lado, em silêncio. Eu sentia sua presença como uma força esmagadora. Não a olhava, mas sabia que ela também não tirava os olhos da estrada. A tensão entre nós era quase palpável, e eu optei por não dizer nada. Não perguntei onde ela tinha deixado a educação quando entrou no chalé sem ser convidada, nem questionei o que estava pensando ao fazer aquilo. Mesmo que as palavras fervilhassem em minha mente, segurei-as. Sabia que se começássemos essa conversa, abriríamos uma caixa de Pandora que não estava disposta a lidar naquele momento. Ainda assim, o fato de ela ter me flagrado com Bia me deixava inquieta, como se estivesse encrencada de um jeito que nem eu mesma compreendia.

Quando finalmente chegamos ao hospital, vestimos nossos jalecos rapidamente. Enquanto ajustava o meu, observei Isabela de relance. Ela parecia completamente focada, como se nada do que tivesse acontecido antes importasse. 

Fomos direto para a recepção, onde Lúcia estava à nossa espera, visivelmente aflita.

— Que bom que conseguiram chegar com essa chuva toda — disse Lúcia, com um suspiro de alívio.

— Tentei vir o mais rápido possível — respondeu Isabela, com o tom firme que sempre usava em situações do trabalho.

— O que houve, Lúcia? — perguntei, tentando focar no trabalho e afastar os pensamentos que me atormentavam.

— Um carro capotou. Havia uma mulher e um adolescente no carro. Estou acompanhando o caso e deixei os dois na enfermaria — explicou ela, enquanto olhava de um lado para o outro, como se revivendo mentalmente cada passo que havia dado. — A mulher está com um corte profundo na cabeça. Me adiantei limpando o ferimento com solução fisiológica e antisséptica e consegui conter a hemorragia. Ela está confusa e muito nervosa porque o menino, que é seu filho, teve uma luxação no braço e já chorou muito por estar com dor.

Lúcia fez uma pausa breve para tomar fôlego antes de continuar:

— Imobilizei o braço lesionado dele com uma tipoia e coloquei um colar cervical nos dois, só por precaução. O garoto ainda está muito assustado, e a mãe continua tentando falar, mas não faz muito sentido.

Assenti, absorvendo as informações rapidamente. Sentia o peso da situação, mas também um alívio ao saber que Lúcia tinha tomado medidas iniciais tão importantes.

— Ótimo trabalho, Lúcia — respondi, tentando transmitir confiança. — Vamos vê-los agora.

Isabela e eu seguimos juntas até a enfermaria. Eu ainda não tinha ideia de como seria encarar essa noite, mas uma coisa era certa: o trabalho era a única coisa capaz de me distrair do caos interno que Isabela desencadeava em mim.

Na enfermaria, Isabela e eu nos dividimos rapidamente para atender as vítimas. Ela se dirigiu ao adolescente, Vitor, enquanto eu assumi o cuidado da mulher, Milena.

Milena estava visivelmente confusa, com dificuldade para responder às minhas perguntas de forma rápida e coerente. Fiz uma avaliação inicial, conferindo seu nível de consciência e reflexos, e identifiquei sinais de desorientação que indicavam a necessidade de um exame mais detalhado. Com delicadeza, limpei o corte profundo em sua cabeça, administrei anestesia local e realizei a sutura Enquanto trabalhava, mantive um tom calmo para tranquilizá-la, embora sua expressão de ansiedade fosse evidente.

Assim que finalizei a sutura, orientei Lúcia a acompanhar Milena até o técnico em radiologia para realizar uma tomografia computadorizada do crânio, a fim de verificar possíveis lesões internas. A gravidade do corte, associada à sua confusão, exigia essa precaução.

Do outro lado da sala, observei Isabela trabalhando. Ela havia reposicionado o osso do braço de Vitor, que sofreu uma luxação, com rapidez e eficiência. Acompanhei de longe enquanto ela dava orientações claras à técnica de enfermagem que a auxiliava. Isabela prescreveu analgésicos para aliviar a dor de Vitor e determinou que ele fosse encaminhado para exames de imagem para garantir que não houvesse outras lesões ocultas.

Quando Isabela finalizou suas orientações para a técnica de enfermagem, seus olhos encontraram os meus por um breve instante. Foi suficiente para sentir um calafrio atravessar meu corpo. Sem hesitar, desviei o olhar, fingindo me concentrar em qualquer outra coisa. Não podia permitir que aquele momento se prolongasse. Precisava sair dali, afastar-me dessa tensão sufocante.

"Vou buscar um café," murmurei para mim mesma, quase como uma desculpa para me retirar. Precisava de um momento para respirar e colocar meus pensamentos em ordem, longe do olhar inquisitivo de Isabela e da energia carregada que parecia nos envolver.

No refeitório, servi-me de uma xícara de café quente, tentando aquecer tanto as mãos quanto os pensamentos que insistiam em correr para direções desconfortáveis. Aproveitei o momento para colocar meu celular para carregar. Assim que o aparelho ligou, a tela iluminou-se com notificações: mensagens e chamadas perdidas do hospital e do Dr. Gustavo.

Ao abrir as mensagens, li suas desculpas acompanhadas de uma explicação: ele havia passado mal e estava possivelmente com uma virose. Soltei um suspiro frustrado, mas compreensivo. Olhei para o relógio e constatei que ainda faltavam mais de duas horas para a chegada da Doutora Tânia, a médica escalada para o plantão após o turno do Doutor Gustavo.

Como precaução, decidi enviar uma mensagem a ela, confirmando se estava tudo certo para o turno e atualizando-a sobre minha presença e a de Isabela no hospital, devido à ausência de Gustavo. A resposta veio rapidamente, firme e tranquilizadora: Tânia confirmava que estaria no hospital no horário combinado.

Ao ler sua mensagem, senti meus ombros relaxarem, como se uma pequena parte do peso que carregava tivesse sido aliviada. Assim que Tânia chegasse, Isabela e eu repassaríamos os casos mais urgentes e finalmente poderíamos retornar ao local do festival. 

Lúcia realizou a triagem de novos casos e, em seguida, repassou dois deles: um para mim e outro para Isabela. Optei por atender em meu consultório, buscando evitar qualquer interação desnecessária com Isabela. 

Pouco tempo depois, Lúcia entrou no consultório com o resultado da tomografia de Milena em mãos. Ela me mostrou as imagens, e lá estava: um edema causado pelo traumatismo craniano. Peguei o prontuário e segui para a enfermaria, onde Milena descansava em uma das macas, com seu filho Vitor sentado ao lado dela, visivelmente preocupado.

— Olá, Milena. Seu exame ficou pronto. — comecei, tentando manter o tom calmo e reconfortante. — Você está com um pequeno edema cerebral. Vamos tratar com medicação para reduzir a pressão craniana e diminuir o edema. A Lúcia vai administrar isso para você e em breve outra médica estará aqui. Ela continuará acompanhando vocês,

Milena assentiu levemente, com o olhar ainda um pouco perdido, e então me virei para Vitor, que observava tudo com um semblante carregado.

— Esse estado de confusão pode ser assustador, não é? Mas, provavelmente, conforme o edema diminuir, esses sintomas vão passar. — Falei, olhando diretamente para ele. — Contudo, por precaução, vou encaminhar sua mãe para uma avaliação neurológica. Temos um especialista que atende aqui uma vez por semana, e faremos o acompanhamento necessário. Tem edema, mas não tem sangramento e isso é um ótimo sinal.

O garoto confirmou com a cabeça, mas havia uma preocupação em seus olhos que me fez hesitar. Decidi perguntar:

— Lúcia, você conseguiu contatar mais alguém da família?

Antes que ela pudesse responder, Vitor se adiantou:

— Não tem mais ninguém. Somos só eu e minha mãe.

A simplicidade de suas palavras me atingiu com uma lembrança do passado. Pensei em minha própria história, nos momentos em que minha mãe e eu enfrentávamos o mundo sozinhas. Senti uma onda de empatia por aquele garoto.

— Entendi. E como está o braço? — perguntei, mudando o tom para algo mais leve.

— Melhor. A doutora Isabela mandou bem quando colocou no lugar. — respondeu ele, com um pequeno sorriso.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ouvi uma voz familiar atrás de mim.

— E o resultado do raio-X mostrou que está inteirinho, nenhuma fratura.

Ao ouvir a voz familiar, virei-me para encontrar Isabela parada ali. Ela sorriu para Vitor, e por um breve momento, aquele sorriso parecia iluminar toda a sala. 

Assim que a doutora Tânia chegou, Isabela e eu repassamos as informações detalhadas sobre os casos atendidos. Fiz questão de destacar que todas as informações estavam devidamente registradas no prontuário, mas enfatizei que, caso surgissem dúvidas ou precisasse de algo, ela poderia nos contatar a qualquer momento. Tânia, com um sorriso tranquilo, agradeceu e nos tranquilizou, garantindo que cuidaria de tudo a partir dali.

Depois de nos despedirmos, segui até o carro de Isabela, onde o silêncio entre nós ainda pairava pesado. Assim que entramos, foi ela quem rompeu o silêncio:

— Vamos enfrentar mais um pouco de chuva? — perguntou com um leve sorriso.

— Vamos, preciso urgentemente de um banho e de trocar de roupa. Esse odor de umidade está impregnado em mim — respondi, rindo, enquanto sentia o desconforto das roupas no corpo.

A chuva, embora ainda presente, estava menos intensa do que antes. Enquanto Isabela dava partida no carro, agradeci mentalmente pela melhora no tempo. Olhei para o relógio do celular e percebi que já eram dez horas da noite. Aproveitei para responder as mensagens de Marcos e Bia, informando que estávamos a caminho, e notei que Isabela fazia o mesmo, provavelmente avisando Lucas.

Quando ela ligou o rádio, o som do radialista preenchendo o ambiente chamou minha atenção. Ele relatava sobre os diversos pontos de alagamento espalhados pela cidade e alertava a população para evitar sair de casa.

Isabela mantinha os olhos fixos na estrada, suas mãos firmes no volante, enquanto dirigia com cautela pela região alagada. O som rítmico dos limpadores de para-brisa competia com o barulho da chuva, que, embora tivesse diminuído antes, começava a ganhar força novamente.

— Vamos torcer para que as pontes não tenham transbordado — disse ela, com a voz controlada, mas carregada de preocupação.

— Temos sorte que a chuva diminuiu antes. Provavelmente as águas já estão baixando — respondi, tentando aliviar a tensão.

No entanto, como para me contradizer, o som da chuva intensificou-se, tamborilando com força renovada no teto do carro. Virei-me para Isabela, que continuava dirigindo com cuidado, seus olhos avaliando cada curva e inclinação do caminho.

— Está tudo bem — disse ela, mais para si mesma do que para mim. Sua postura era tensa, mas os movimentos precisos.

Quando nos aproximamos da primeira ponte, o cenário mudou drasticamente. A água cobria quase toda a superfície visível. Isabela reduziu ainda mais a velocidade, o carro quase parando enquanto ela avaliava a situação.

— Está cheio, mas vou tentar passar devagar — disse ela, com a voz firme, mas sem esconder o nervosismo.

Assenti com a cabeça, confiando em seu julgamento, já que ela conhecia melhor a região do que eu. Enquanto atravessávamos, senti o impacto da água contra as laterais do carro, um som baixo, mas ameaçador.

Ao chegarmos à segunda ponte, as luzes intermitentes de dois veículos — um da Defesa Civil e outro dos Bombeiros — surgiram à frente. Homens em roupas impermeáveis barravam a passagem, suas lanternas iluminando o caminho. Isabela abaixou o vidro, permitindo que a chuva invadisse o interior do carro sem piedade.

— Oi, Ivan — disse ela, reconhecendo um dos oficiais. — Posso tentar passar devagar?

— Negativo, doutora. Estamos interditando as pontes — respondeu ele, sério.

Isabela franziu o cenho, surpresa.

— As pontes? Mas faz uns dez minutos que passei pela outra.

— Estamos indo até lá agora. Só passaremos casos emergenciais.

A água escorria por seu rosto, mas ela insistiu, com sua voz carregada de frustração.

— Mas preciso chegar ao festival...

O oficial balançou a cabeça, irredutível.

— Não dá. É perigoso. Vá para a casa da sua tia, doutora. Fica perto daqui, não é? Passe a noite lá e tente amanhã. O nível da água não está baixando, e é pela segurança de vocês.

Isabela suspirou, derrotada, e fez um sinal de concordância com a mão antes de fechar o vidro. Ela se inclinou para frente, apoiando a testa no volante, enquanto soltava um longo suspiro.

— Que droga de dia! — murmurou, apertando o volante como se pudesse extravasar sua frustração.

Olhei para ela, hesitante.

— A casa da sua tia é longe daqui?

Ela ergueu a cabeça e, com um gesto ágil, pegou uma pequena toalha para secar o rosto.

— Não, dá uns dez minutos.

— Você acha que conseguimos chegar até lá? Se achar que não, posso insistir com ele pra...

— Conseguimos, mas vou ter que ir devagar. É uma subida, e o carro pode derrapar.

— Sua tia já está em casa? Vi ela no festival.

— Eu não sei, Helena. Meu celular está sem sinal. Olha, chegando lá ativo o Wi-Fi e vemos. Vamos tentar?

 

— Vamos sim — respondi, sentindo um leve aperto no peito.

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capitulo 25:
Mmila
Mmila

Em: 01/02/2025

E mais transtornos nessa aproximação. Vamos ver se vai ser para o bem delas.

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