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Sombras e neon por thays_

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Palavras: 3293
Acessos: 216   |  Postado em: 17/01/2025

Skye

O Clouds ficava localizado na cobertura de um megaprédio em Japantown, distrito próximo onde Lux morava.  Ela saiu do elevador e caminhou até uma grande porta de entrada de vidro, com o logo do local em neon. Havia o holograma de uma dançarina seminua do lado direito de sua entrada, com movimentos graciosos e provocantes, como um convite silencioso, um lembrete do tipo de experiência que era oferecida ali. 

Caminhou por um pequeno corredor e foi recebida pela atendente, que vestia roupas de alta-costura cibernética. Era uma jovem de cabelo prateado e olhos frios, Lux foi recebida com a habitual cordialidade. O sistema era impecável, e todos os membros estavam ali para garantir que os clientes seguissem o fluxo esperado, sem surpresas. 

- Boas-vindas ao Clouds, onde nós sabemos o que você procura. - A voz da atendente era suave, quase indiferente, como se fosse uma frase repetida centenas de vezes, sem nenhuma emoção por trás. - Poderia plugar no terminal? 

O sistema de seleção permitia que você escolhesse a doll que mais combinava com você. Ela se aproximou do terminal com a mesma familiaridade de sempre. O gesto era automático, uma coreografia que ela já havia feito tantas vezes. Com a mão esquerda, ela acessou o local onde o conector cibernético ficava em seu antebraço esquerdo. O implante, quase invisível, era um fio de metal flexível embutido sob sua pele. Ela plugou seu implante no terminal e a tela lhe exibiu algumas opções. Escolheu uma doll chamada Skye, que já lhe era conhecida. 

- Escolha sua palavra de segurança. - A atendente pediu.

- Aurora.

- São 500 eurodólares.

Lux transferiu o valor pelo terminal.  

- O pagamento foi realizado. No Clouds temos uma política sem armas bem rígida, preciso que você deixe todos os seus pertences perigosos comigo.  

Antes que a mulher pudesse sequer terminar a frase, Lux já estava retirando suas armas. Com movimentos rápidos e fluídos, tirou duas pistolas escondidas sob a jaqueta, uma com a mão esquerda, outra com a direita. Em seguida, puxou uma faca de combate do tornozelo e, com um giro habilidoso, colocou-a ao lado das pistolas.  Sem se dar ao trabalho de olhar para a atendente, deslizou três cápsulas de granadas que carregava no cinto, empurrando-as para o outro lado do balcão. 

- É só isso? – perguntou a atendente, com as sobrancelhas arqueadas, mais pela quantidade do que por dúvida.  

- Quer que eu deixe meus punhos também? - Lux brincou, mas a atendente não achou graça. 

- O andar está inteiro ao seu dispor caso queira se distrair um pouco. A Skye está a sua espera na cabine 13. 

Lux passou por mais uma porta automática e adentrou em um ambiente repleto de cabines espelhadas num tom de azul. O rodapé era luminoso em rosa neon. Caminhou pelas cabines numeradas até encontrar a sua e entrou. No quarto havia apenas uma cama com os lençóis na tonalidade púrpura e uma poltrona branca. Skye estava sentada nela, de pernas cruzadas, seu chip exclusivamente programado para aquela interação se ativou instantaneamente. 

- Boa noite, Lux. - Disse num tom de voz suave. 

Lux se aproximou e, ao encontrar o olhar de Skye, a doll se levantou, estendendo as mãos delicadas, cujas unhas estavam pintadas de vermelho. Seus dedos entrelaçaram-se com os de Lux, e Skye, um pouco mais baixa que ela, a envolveu em um abraço gentil e acolhedor. O cabelo de Skye era longo, escuro na raiz e rosa pastel nas pontas, ele caía suavemente sobre os ombros, como uma cortina de seda.  

Lux sentiu um pequeno alívio. Ali, nada era real, mas também nada era caótico. No Clouds, ela tinha o controle - cada palavra, cada gesto, tudo feito sob medida. Era seguro. Fora dali, tudo era imprevisível, confuso. E Lux já não tinha mais energia para lidar com isso. 

- Está tudo bem. - Skye disse. - Você não precisa ser forte o tempo todo. - Disse com uma ternura muito grande, exatamente as palavras que a outra mais precisava ouvir naquele momento (principalmente por ter acesso aos seus sentimentos em tempo real) 

As emoções de Lux se transformaram em uma tempestade silenciosa, contudo, por mais que a dor rasgasse sua garganta, ela não permitiu que nenhuma lágrima caísse. Skye a puxou pelas mãos e se aninharam na cama. Lux deitou a cabeça no colo da outra enquanto sentia seus cabelos serem acariciados.  

Era exatamente isso que ela buscava e que não encontrava em lugar nenhum: a suave sensação de conforto, carinho e conexão com outra mulher, por mais que soubesse que ali tudo era completamente ilusório. Era ridículo se apegar a algo tão artificial, sabia disso. Mas ali, naquele instante, ela conseguia acreditar na ilusão.  

Então Judy invadiu seus pensamentos e foi inevitável. 

Havia algo na forma como ela falava de Evelyn, uma mistura de urgência e dor que mexeu com Lux de uma maneira que não acontecia há anos. Judy queria salvar Evelyn a qualquer custo, e Lux... Lux só queria acreditar que ainda era capaz de ajudar alguém sem se sentir sufocada por Night City. 

Skye, programada para captar até as nuances mais sutis, inclinou-se para olhar Lux nos olhos. 

- Você está pensando demais, querida. Deixe isso para depois. Aqui, você pode simplesmente sentir. 

Suas palavras soaram como um convite perigoso, mas a outra sabia que não podia se dar a esse luxo. Evelyn estava desaparecida e Judy precisava dela. Mesmo naquele momento de aparente tranquilidade, a missão estava sempre ali, pulsando no fundo de sua mente. 

Então disse a palavra de segurança: 

- Aurora.

E, como sempre, foi aí que tudo parou. Lux nunca tinha conseguido ir além desse ponto com ninguém depois de Aurora. A palavra de segurança, tão simples, carregava um peso esmagador. Bastava pronunciá-la, e a fantasia se desfazia, deixando exposta a verdade crua: o buraco que Aurora tinha deixado em seu peito ainda sangrava. Era como se cada tentativa de conexão fosse arrancada pela raiz, porque, no fundo, Lux sentia que parte de si mesma tinha morrido junto com ela. 

O brilho suave nos olhos de Skye se desvaneceu e sua postura se endireitou imediatamente após sua conexão neural com Lux se romper.  

- Eu fiz algo de errado?  

- Não é nada pessoal, Skye. Eu só... tenho trabalho a fazer. 

Lux sentou-se na cama. Sentia-se como se tivesse acabado de acordar de um sonho bom e dado de cara com a dura realidade. E era mais ou menos o que tinha de fato acontecido. Skye sentou-se na beira da cama e olhando para Lux, perguntou: 

- O que mais posso fazer por você?  

- Nada por agora. Já foi o suficiente.  

- Estamos aqui para ajudar da forma que puder. - Skye tocou em sua coxa e Lux a afastou suavemente. 

- Não estou aqui para isso, Skye. Preciso de algo mais. Algo específico. 

- O que você precisa? Eu posso tentar te ajudar. 

 - Eu preciso de informações. Algo fora dos registros. 

- Como o que, por exemplo? 

Lux hesitou. 

- Evelyn Parker. Você sabe algo sobre ela? 

O olhar de Skye se alterou ao ouvir aquele nome e Lux viu um quê de medo dentro deles. 

- Eu não sou autorizada a fornecer esse tipo de dado. 

Lux manteve a calma, seu tom firme e tranquilo. 

- Eu só preciso saber se ela está bem. Só isso.  

Skye ficou pensativa por um momento, a luta interna estava clara em seu rosto.  - Notou alguma coisa diferente por aqui nas últimas semanas? - Lux insistiu.  

- Você sabe, esse trabalho não é o mais seguro de todos, um dia você está aqui, no outro pode ser mandada embora, em outro você desaparece. Isso acontece por aqui mais do que você imagina. 

Elas ficaram em silêncio. Skye suspirou e depois continuou: 

- Olha, ninguém pode saber que eu te disse isso. - Ela abaixou o tom de voz e revelou quase num sussurro - Eu fiquei sabendo de um cliente que arrumou briga por causa da Evelyn. Quem tem mais informações é a Tryx, mas ela é da área VIP, você vai precisar de um cartão de acesso pra chegar até lá.  

- Qual a cabine dela? 

- 5

- Muito obrigada, Skye. - Lux levantou-se  

- Toma cuidado, Lux. Às vezes, procurar respostas pode ser mais perigoso do que não tê-las. 

Lux saiu de sua cabine e logo vasculhou o ambiente com seu implante ocular. Caminhou mais alguns passos no sentido do bar que existia ali e viu dois seguranças enormes guardando a entrada que levava até a área VIP. Precisaria despistá-los ou tentar entrar por outro local. Deu uma olhada no bar, área com maior concentração de pessoas até então e caminhou até lá.  

- Quer uma dança privada, meu bem? – uma voz suave e envolvente chamou sua atenção. 

Lux sentiu um toque leve em seu ombro. Virou-se para encarar uma garota com cabelos platinados, algumas mechas azuladas reluzindo sob a luz neon. Ela sorriu, um gesto quase inocente, mas com um charme calculado. 

- Talvez mais tarde. Preciso de uma bebida primeiro. – Lux respondeu, um sorriso discreto surgindo em seus lábios. 

A doll inclinou a cabeça ligeiramente, como se a avaliasse. Sem pressa, começou a girar em volta de Lux, o movimento fluido, quase hipnótico. A luz refletia em seu traje cintilante e o perfume levemente adocicado deixava um rastro no ar. 

 - Claro... – disse ela, com um tom sedutor que parecia dançar junto ao ambiente. Sua mão deslizou pelo braço de Lux, uma carícia breve e delicada. – Só não demore muito. - Ela parou à sua frente e um sorriso sutil curvou seus lábios. - Vou estar por aqui, caso precise de algo mais... íntimo. – Ela piscou, antes de se afastar, os passos tão graciosos quanto uma dança, desaparecendo na multidão. 

Lux observou por um momento, mantendo o sorriso no rosto, mas sua mente já calculava os próximos passos. Discretamente, caminhou até o banheiro. O espaço estava vazio, silencioso, com apenas o zumbido baixo das luzes. Precisaria ser rápida. Olhou para cima e viu uma entrada de ar no teto, grande o suficiente para uma pessoa magra. Subiu no vaso sanitário com movimentos precisos, retirou a grade com cuidado e impulsionou-se para dentro. Antes de avançar, recolocou a grade no lugar para não levantar suspeitas. 

O percurso pelo duto era estreito, mas Lux avançou com fluidez, seu corpo acostumado com aquele tipo de coisa. A estrutura metálica rangia levemente a cada movimento. Quando alcançou o final do túnel, olhou pela abertura e observou uma espécie de depósito cheio de caixas empilhadas. Lux ativou seu implante ocular, escaneando a área. Por trás da porta havia uma escada que provavelmente a levaria à área VIP. 

Retirou a grade com cuidado e saltou para o chão. Assim que aterrissou, ouviu passos se aproximando. Seu coração acelerou e num impulso se escondeu atrás de uma pilha de caixas. Poucos segundos depois, um segurança entrou no depósito. Ele parecia querer privacidade. Ela estreitou os olhos ao vê-lo tirar do bolso um pequeno envelope contendo algum tipo de droga sintética inalável. Antes que o homem fazer qualquer coisa, Lux agiu. Em um movimento ágil, saiu de trás das caixas e o envolveu pelo pescoço, seu braço firme aplicou a pressão exata. Ele lutou por alguns segundos, mas logo caiu inconsciente e o envelope escapou de seus dedos. 

Ela o deitou no chão com cuidado, verificando rapidamente se ele estava armado. Pegou a pistola de sua cintura e conferiu as munições, tudo certo. Guardou-a na sequência em seu coldre. Encobriu o corpo desacordado e seus batimentos cardíacos foram voltando ao normal. Olhou pela fresta da porta. Os dois seguranças estavam lá, porém de costas para ela. A escada estava livre para ela subir. Olhou para cima procurando câmeras e observou uma no final da escada.  

Com o implante ocular hackeou a câmera e a desativou. Olhou novamente para os seguranças e num movimento rápido e silencioso subiu as escadas, chegando até a área VIP. Lux entrou rapidamente na cabine indicada por Skye, fechando a porta atrás de si. 

A doll, visivelmente surpresa, a encarou com uma expressão confusa. 

- Quem é você? Eu não tenho suas informações... Não faço ideia do que deveria fazer. 

- Não sou cliente. Só quero conversar. Você é a Tryx, certo? 

- Sou. 

- Preciso de informações sobre Evelyn Parker. Você a viu recentemente? 

Tryx hesitou, seus olhos desviando para o chão. 

- O que quer saber sobre ela? 

- Quero saber onde ela está. 

- Eu também não a vejo há algum tempo. - Tryx respondeu, desviando o olhar, a hesitação evidente em sua voz. - Disseram que ela teve um problema com um cliente... Ele a agrediu, e ela foi enviada para uma clínica pra trocar o módulo facial.

Houve uma pausa antes que Tryx completasse, agora com um tom mais desconfiado: - O sr. Forrest disse que ela está bem e que volta em breve, mas... tem algo nessa história que não bate. .

- Quem é esse Forrest? 

- O gerente daqui. - Tryx respondeu com um suspiro cansado. - Ele fica na sala dele. Saindo daqui, vire à direita, no final do corredor. 

Tryx fez uma pausa, mordendo o lábio inferior antes de continuar, num sussurro: 

- Você faria um favor ao mundo se acabasse com ele. Mas... ninguém pode saber que fui eu quem te contou. 

- E ninguém pode saber que eu estive aqui. - Lux respondeu, seu tom firme. 

- Combinado. 

Lux se virou para sair, mas algo a fez parar e voltar.  

- Esse cliente... você sabe o nome dele? 

Tryx murmurou: 

- Jaxon Thorne. Outro desgraçado. 

 

Lux assentiu, sua expressão endurecendo.

 

- Obrigada, Tryx. 

Com isso, Lux saiu, deixando Tryx para trás, mas levando consigo a promessa silenciosa de que Jaxon Thorne não sairia impune. 

Lux saiu da cabine exatamente no momento em que um segurança passou por ela. Ele lançou um olhar rápido, os olhos treinados analisando-a com precisão. 

- Valeu cada eurodólar, sem dúvida. - Lux comentou, com um sorriso enigmático, como se estivesse compartilhando um segredo sobre um feito impressionante. O segurança acenou com a cabeça, e ela retribuiu o gesto com a mesma naturalidade. 

Quando ele virou a esquina, Lux direcionou seu olhar para o final do corredor. Lá, uma porta chamava atenção, com uma placa iluminada que dizia: "Entrada permitida apenas para pessoas autorizadas. 

Guardando a porta, um segurança robusto estava posicionado, com uma câmera fixa no alto, vasculhando a área. Sem hesitar, Lux ativou seu implante ocular e desativou a câmera, repetindo o procedimento que usara antes. Em seguida, da mesma forma que desligou a câmera, ocasionou um curto-circuito proposital em um painel de controle do outro lado do ambiente. O zumbido do sistema defeituoso chamou a atenção do homem, que saiu de sua posição para investigar.  

Aproveitando a distração, Lux deslizou até a porta e a abriu com rapidez, mas sem fazer barulho. 

O corredor estreito era pouco iluminado, ouviu o eco distante de risadas vindas de uma sala próxima. Abaixada, ela avançou cuidadosamente, mantendo-se fora de vista. Passou por um grupo de homens sentados em um sofá, os olhos deles presos a uma tela onde explosões animadas dançavam em alta definição. 

 Chegando ao final do corredor, empurrou outra porta e entrou. 

 Do outro lado, um homem careca estava largado em uma poltrona de couro envelhecido, atrás de uma mesa abarrotada de itens. Ele nem levantou os olhos. 

 - Cliente? Não pode entrar aqui não. Como pode ver, tô bem ocupado. — A voz dele era desinteressada, enquanto os dedos rolavam o mouse com preguiça. 

 Lux lançou um olhar rápido para a tela do computador. Um desfile de fotos de mulheres nuas piscava na interface, cada imagem sendo marcada ou descartada como se fossem produtos. Bonecas novas para o cardápio do Clouds, pensou. 

 - Tô procurando a Evelyn Parker. 

 Ele finalmente ergueu os olhos, mas só para lançar um sorriso cínico. 

 - Não tem ninguém com esse nome trabalhando aqui. 

 - Mas trabalhava. O que aconteceu com ela? 

Ele deu uma risadinha e se inclinou na cadeira. 

 - Dá uma passada na cabine 2. A Roxie é tão gostosa quanto. Garanto que você nem vai nem notar a diferença. 

 Lux estreitou os olhos. Ele estava jogando com ela, testando seus limites. 

 - Eu sei que você sabe onde ela está. 

 O sorriso dele se tornou ainda mais irritante, carregado de desdém. 

 - Nesse lugar não dá pra você se apaixonar por ninguém, meu bem. Ainda mais por uma puta.  

O estalo do coldre sendo aberto ecoou na sala antes que ele terminasse a frase. Lux puxou a arma com precisão e engatilhou-a, apontando diretamente para o meio das pernas dele. 

 - Onde ela está? - A voz dela soou fria, letal. 

 O sorriso dele desapareceu. 

 - Você realmente acha que pode me ameaçar? -  Ele se levantou lentamente, se mostrando mais alto que ela. Sua voz tinha mais desafio do que medo - Você não faz ideia de com quem está lidando.

 Lux não cedeu. A arma continuava firme. 

 - Onde. Ela. Está?  

- Um cliente desfigurou a cara dela, não serve mais pra trabalhar aqui. Garanto que você não ia querer ver o estado em que ficou. Sem lucro, sem motivo pra manter. Joguei fora. 

- Onde?  

- Sei lá. Pedi pra um dos capangas se livrar dela. 

- Nome. Agora. 

- Você é muito abusada, não é? Você acha que pode entrar no meu clube e ficar me mandando o que eu devo fazer? 

- Não tô pedindo. Tô mandando. Nome. Agora. 

A tensão explodiu como uma lâmina afiada. O homem avançou repentinamente, jogando-se sobre ela, tentando desarmá-la com um golpe rápido. Lux desviou com agilidade, mas ele conseguiu acertar seu ombro, fazendo-a cambalear por um instante. 

 Ele aproveitou a abertura e agarrou seu pescoço, apertando com força enquanto a empurrava contra a mesa. Lux sentiu a pressão aumentando, dificultando sua respiração, mas a adrenalina manteve sua mente afiada. Ela não seria pega ali. 

 Com um movimento ágil e preciso, ela girou o corpo, se soltando do aperto enquanto chutava a perna dele com força. Ele caiu pesadamente no chão, soltando um grunhido de dor, mas não parou. Levantou-se num ímpeto de raiva, os olhos faiscando. 

Ele lançou um soco em direção ao rosto dela, mas Lux já estava preparada. Esquivou-se e, com um movimento fluido, posicionou-se atrás dele. Suas mãos encontraram os ombros dele enquanto ela puxava sua cabeça para trás em um movimento brutal e decisivo. O estalo do pescoço quebrado ecoou pelo ambiente, como o fim de uma sinfonia cruel. 

 Ele tentou resistir, mas seu corpo logo cedeu, desabando no chão com um baque surdo. Lux permaneceu imóvel por um momento, o som de sua respiração pesada preenchendo o silêncio. 

 Ela guardou a arma e olhou para o computador dele. Aproximou-se da mesa e desbloqueou a tela. Fez uma busca rápida pelo nome de Evelyn, mas não encontrou nada. Começou a vasculhar os e-mails e encontrou o que estava procurando, ali, tudo às claras. 

O nome do cara era Vince.  

Não era só Evelyn. Havia outras. E aquilo parecia ser uma prática comum. Abuso, descartes, vendas. Tudo dentro do Clouds. Lux afastou os olhos da tela e respirou fundo, lutando contra a náusea. Mas ela não tinha tempo para sentir nojo. Precisava agir. 

 Saiu da sala da mesma forma que entrou: sem levantar suspeitas. Recolheu suas armas na recepção e deixou o clube, fria e metódica, enquanto o caos começava a se desenrolar atrás dela. Estava batendo na porta do apartamento de Judy quando ouviu no rádio a notícia: Gerente do Clouds encontrado morto em circunstâncias suspeitas. 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Skye:
alexvause
alexvause

Em: 03/02/2025

adorei ver que lux apesar de ser toda fodona so vai pro clouds pra ficar abraçadinha rsrsrs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mmila
Mmila

Em: 21/01/2025

Lux em aço.

Tô gostando de ver, ou melhor, ler......


thays_

thays_ Em: 24/01/2025 Autora da história
Fico feliz que esteja gostando! Tbm estou gostando mto de escrevê-la! :D


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