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  • capitulo trinta e sete: refugio

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o nosso recomeco (EM REVISAO) por nath.rodriguess

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Palavras: 6888
Acessos: 1538   |  Postado em: 13/01/2025

capitulo trinta e sete: refugio

 

CAPÍTULO 37.

 

               Era domingo. Os pais da Fê conseguiram folgar no restaurante e vieram visitar nós duas, eles estavam preocupados com Fernanda no meio disso. Infelizmente não conseguimos esconder nada deles, pois apareceu na mídia sobre o atentado contra mim e o nome do escritório. Durante a semana, a Dra Baldez havia me falado que a imprensa estava louca atrás de mim por uma entrevista, mas que não deveria falar com ninguém para não potencializar um segundo atentado e até mesmo acabar interferindo nas investigações e, principalmente, na reputação do escritório.

               Os pais da Fê vinham almoçar aqui e eles eram a família dela, como nós queríamos contar que estamos noivas de verdade, eu gostaria que tivesse um membro da minha família para me prestigiar nesse momento, Bruna já havia me ligado a semana toda preocupada comigo e a convidei para o almoço. Ela era minha única família, a irmã que a vida me deu.

               Fernanda estava tensa, ela havia me confidenciado que estava com medo da reação dos pais, medo deles acharem que ela está louca, por estar noiva de alguém em tão pouco tempo de namoro, mas certificou-se de me dizer que estava segura do que queria. Depois que isso tudo passasse, ela iria se mudar pra cá de vez e eu não podia estar mais feliz. Finalmente o amor era leve, bonito, ruivo e com um metro e setenta.

               Enquanto Fê arrumava a mesa, eu me olhava no espelho pela milésima vez tentando ver se eu estava apresentável e tentava esconder qualquer traço de imperfeição. Não era apenas os pais dela aprovarem o nosso noivado, mas eles saberem também um pouco mais sobre mim, quem é a Anna, a moça que roubou o coração da filha deles e que vai roubá-la de casa também.

               O interfone tocou, meu coração começou a bater mais forte.

               — Eles chegaram? – Ela perguntou

               — Não sei, amor. Devem ser eles, vou abrir.

               Os pais de Fernanda entraram e me deram um abraço extremamente acolhedor. Eles sempre me faziam sentir parte da família e eu espero que seja essa a forma que eles me enxerguem mesmo. Percebi que minha ruiva estava tensa, cumprimentou os pais com um sorriso amarelo, visivelmente nervosa. A mãe dela entregou um vinho para mim e sorriu, ela sabia o quanto eu gostava.

               — Anna, espero que goste. Esse é português, Mauro não quis que eu lhe contasse, mas ele escolheu especialmente pra você — Piscou pra mim e eu sorri em cumplicidade

               — Pode deixar que eu não vou deixá-lo saber que eu sei.

               Bruna chegou logo depois, me dando um abraço acalorado e fazendo suas gracinhas.

               — Então é aqui que mora a advogada mais cobiçada do Rio de Janeiro? — Ela brincou, depois abraçou Fê e se virou pra mim novamente. — Você está bem?

               — Tentando sobreviver, literalmente. Mas vou ficar — Devolvo o abraço

               Na sala, enquanto servíamos os aperitivos, o clima ainda estava tranquilo. Eu estava abraçada com Fernanda em um sofá e seus pais no outro, enquanto Bruna tagarelava sem parar do meu lado falando sobre seus alunos, arrancando várias risadas dos pais de Fernanda. Decidi conversar primeiro com ela antes de contar aos seus pais.

               — Amor, me ajuda na cozinha um minutinho? — Pergunto, com a expressão insinuando que tínhamos que conversar.

               — Claro. — Ela se levanta e me dá a mão, caminha até a cozinha junto comigo, sua expressão era de tensão, então pedi que ela se sentasse na bancada. Respirei fundo e a vi respirando fundo também.

               — Amor, se você não quiser contar não precisa. Guardamos isso pra gente, quando você se sentir segura pra contar, nós contamos.

               Ela segura a minha mão, fazendo um afago e sorri.

               — Não é isso, amor.

               — Você se arrependeu, é isso? — Digo com preocupação

               — Não, claro que não! – Ela automaticamente se levanta e me abraça — Eu só estou nervosa, Anna. Não é fácil contar algo assim para os pais, eu tenho medo deles acharem precipitado e não me apoiarem, mas eu estou tão, tão, feliz. — Os olhos dela enchem d’água e nesse momento quem vai abraçá-la sou eu. A Fernanda era tão amada pelos pais que o simples fato deles desaprovarem algo que ela faça já a deixava preocupada.

Depois de alguns minutos na cozinha, Fernanda respirou fundo e, segurando minha mão, disse:
— Vamos lá. Melhor arrancar o curativo de uma vez, certo?

Assenti com um sorriso encorajador, e voltamos para a sala. Ela parecia mais segura, mas eu sabia que a ansiedade ainda estava ali. Bruna, claro, não perdeu tempo e brincou:
— Vocês duas estão tramando alguma coisa? Sempre que saem juntas assim, algo grande acontece.

Fernanda riu, mas não respondeu. Sentou-se ao meu lado, segurando minha mão com força, e olhou para os pais.

— Mãe, pai... — Ela começou firme, mas suas mãos tremiam contra as minhas.

Os dois se viraram para Fernanda, prestando atenção nela.

— Nós temos algo para contar — completei, com o tom mais sereno que consegui encontrar.

— Eu e a Anna... estamos noivas.

Ela mostra o anel de compromisso para os pais e os dois ficam em silêncio, digerindo a notícia, parece. A expressão do Senhor Mauro era indecifrável, mas ele não ficou triste ou irritado com a notícia, eu ainda não sabia definir as suas expressões. Dona Débora tomou a frente da situação:

— Bom, isso é... inesperado. Vocês têm certeza? Não é pouco tempo para definir o futuro de uma relação? Vocês estão passando por um momento difícil, não é melhor esperar a poeira baixar? — Ela disse, olhando para o marido procurando apoio.

O pai de Fernanda abriu um sorriso, genuíno.

— É precipitado, vocês sabem disso, não sabem? — Afirmou com sinceridade

— Sabemos — respondeu Fernanda, apertando minha mão. — Mas também sabemos que é isso que queremos. Eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. Nós vamos esperar as coisas se acalmarem e... nós decidimos morar juntas.

Busquei o olhar de Fernanda e ela sorri. Volto a olhar para os dois e por último, olho para Bruna buscando seu apoio, ela ainda não havia falado nada, mas estava tentando processar a notícia ainda, pelo visto.

— Fernanda é a mulher da minha vida. O amor que eu sempre sonhei e não acreditava, até que um dia ela veio e disse que valia a pena lutar por mim, de início eu neguei, fui contra, mas ela me ensinou a amar, amar de verdade... E vocês podem achar precipitado agora, mas nós estamos no time certo para nós duas. Nós conversamos muito sobre isso e estamos dispostas a morar juntas e depois se casar. De verdade.

O sorriso da mãe dela se ampliou.
— Bom, não vou negar que fico preocupada, mas se você está feliz, isso é o que importa para nós. Certo, Mauro?

O pai de Fernanda hesitou por um momento, mas acabou assentindo.
— Se vocês têm certeza, então têm nosso apoio.

Olho para Bruna para finalmente saber sua opinião, eis que ela me solta:

— Muito bem, agora que já passaram pelo tribunal parental, vamos brindar a isso antes que o vinho esfrie!

O comentário arrancou risos de todos, e o ambiente relaxou. Em seguida, Bruna veio me abraçar, o abraço dela era forte e algumas lágrimas insistiam em cair.

— Ah, Anna... eu tô tão feliz por você. Te ver assim tão feliz ao lado de alguém é algo que eu sempre rezei muito para que acontecesse, que você pudesse encontrar alguém que te amasse na mesma medida. Você merece, minha amiga.

Deixei algumas lágrimas caírem também, passou um filme na minha cabeça de tudo que eu fiz Bruna passar. As noites no telefone chorando, os porres em algum barzinho, as noites de pesadelo, os dias sem respondê-la por simplesmente não conseguir reagir. Tudo isso parecia tão pequeno diante da minha felicidade...

 Enquanto Mauro abria a garrafa de vinho, Fernanda se inclinou para mim e sussurrou:

— Você tinha razão. Era só o nervosismo.

Sorri, acariciando sua mão.
— Eu sempre tenho razão.

Ela me dá um selinho demorado e juntamos nossas testas.

O almoço estava correndo tranquilamente bem, até que o Senhor Mauro tocou em um assunto que todos até então tinham evitado.

— Anna e sua família? Eles não aceitam?

— Eu não tenho família presente, Sr. Mauro. Bruna é minha família — Procuro sua mão na mesa e ela me dá a mão com uma feição orgulhosa — Por isso a trouxe aqui hoje, para que vocês pudessem conhecer um pouquinho de mim. Essa é a irmã que a vida me deu, ela esteve do meu lado nos momentos mais difíceis, as vezes quem consideramos são melhores do que as pessoas que tem um vínculo sanguíneo conosco.

— Isso é verdade. — Sr. Mauro sorri — Mas me conta mais de você.

— Sou advogada, como vocês sabem... minha mãe morreu há pouco tempo, como Fernanda dever ter mencionado, nossa relação não era muito boa, mas juro que vou resolver as nuances disso em terapia — Eu levanto a mão direita, como se fosse um juramento, fazendo todos sorrirem — Sou órfã de pai vivo, pois não aceita a minha sexualidade e a outra parte da família também não. — Entristeço, mas Fê coloca a mão na minha coxa como se estivesse me dando força pra continuar — Sou braço direito da dona da Proetti-Baldez, por isso venho sofrendo esses ataques contínuos, mas espero que em breve peguem o culpado.

Nesse momento, os pais de Fernanda trocam olhares.

— E eu também sou muito fã de bife com batata-frita.

Bruna me olha com uma cara, tipo: “wtf??” e Fernanda dá uma gargalhada, acompanhada de seus pais.

— Eu sabia que ela ia falar do bife com batata-frita em algum momento — Fernanda constata e sorri, então decido continuar:

— E o que mais vocês podem saber de mim? Eu me apaixonei pela minha ruiva desde a primeira vez que trocamos olhares, quando ela foi apresentada pelo meu ex-chefe, na frente de todo mundo. Naquele dia, ela morreu de vergonha, mas lembro-me que ela me disse que os únicos nomes que ela gravou foram o meu e de Roberto. — Ela sorri e eu beijo sua mão — Estavam acontecendo algumas coisas comigo, mas ela sempre foi muito perspicaz e depois de um tempo ela soube o que era. E quando soube, não desistiu de mim. Ela lutou por mim, mas é claro que eu sou Anna e não facilitei pra ela.

  Nesse momento ela me dá um beliscão na minha cintura.

— Ai! — Solto um gemido de dor e uma risada de satisfação ao mesmo tempo

Mas continuo mesmo assim:

— Só que, depois do nosso primeiro beijo, não tinha mais volta. Eu estava completamente apaixonada por ela, só não conseguia admitir. Que bom que você insistiu, meu amor. — Ela faz um afago no meu rosto — Se você não tivesse insistido, eu teria perdido a mulher da minha vida, a dona do meu coração, a merecedora de todo meu amor e, daqui há alguns anos, minha futura esposa. Mas por enquanto, é um prazer chamá-la de “minha noiva”.

Bruna, como a palhaça que é, começou a bater palmas e me sacanear:

— Cara, que lindo! Quem é você e o que fez com a minha amiga que não acreditava no amor?

— Ela conheceu alguém que a fez acreditar. — Disse olhando nos olhos de Fernanda

Fê me apertou em seus braços e segurou minha mão com os olhos brilhando. Orgulhosa de mim, de nós, da nossa coragem.

 

Quando a Bruna e os pais de Fernanda foram embora, lavamos a louça e deixamos a casa arrumada, conferi com os seguranças se estava tudo ok e fui tomar meu banho para dormir. O meu dia tinha sido... não sei como definir.  Familiar, talvez? Isso é um adjetivo? Não sei, mas o conceito de família estava mudando pra mim. Por mais que meus sogros estivessem receosos do nosso noivado repentino, nós estávamos felizes com ele. Queríamos morar juntas, estar juntas e compartilhar uma vida.

Saio do banho e visto meu hobbie, pronta para fazer meu skincare noturno, quando vejo meu amor entrar pela porta do banheiro sem pedir licença — já adquirimos esse hábito.

Enquanto eu estava com o rosto cheio de sabonete olhando para o espelho, ela tirava sua roupa para tomar banho. Dou um sorriso pra ela, que me olha sem entender e dá de ombros. Ela entra no chuveiro e quando a água começa a cair sob o seu corpo, tenho a visão do paraíso. Que mulher linda.

Resolvo sair da minha sessão de “babação pelo corpo da minha noiva” e começo a enxaguar o rosto e, em seguida, passar o sérum e o hidratante facial. Religiosamente nesta ordem, como Bruna havia me ensinado.

— Amor, você pode alcançar a toalha pra mim? — Ela pede, enquanto eu passo o carmed nos lábios.

— Claro, monstrinha. — Respondi, sorrindo com o apelido que só eu a chamava, mas que fazia o coração dela bater mais rápido. Me aproximei da prateleira e alcancei a toalha, entregando a ela com um sorriso.

Eu estava realmente admirando a gente compartilhar da mesma rotina.

— Você está linda. — Falei baixinho, eu tinha necessidade de dizer a ela todos os dias o quanto ela era linda. Isso se tornou frequente nos últimos tempos.

Ela me olha pelo espelho e me lança um sorriso com um brilho no olhar, antes de se enrolar na toalha e pegar sua escova para escovar os dentes. Enquanto ela faz isso, tiro o meu hobbie e coloco uma roupa confortável para dormir. Vejo que ela está me olhando pelo espelho e dá um sorriso de canto.

— Te vejo no quarto, amor. — Jogo um beijo pra ela, que retribui jogando outro.

 

Estávamos deitadas olhando para o teto, eu apenas estava fazendo carinho nos cabelos de Fê, mas ela realmente estava pensativa.

— Um beijo pelos seus pensamentos. — Digo na tentativa de chamar a atenção dela.

E então, sem pressa, ela me beijou, calmo, suave... como se o tempo tivesse parado ali, entre o toque dos nossos lábios. Termino o beijo com um selinho e a envolvendo em mais um abraço.

— A gente vai conseguir, sabe? — Ela falou, parecendo mais calma, mas parecia certa daquilo.

Eu sorri, beijando o topo de sua cabeça.

— Eu sei.

Continuo.

— Eu estou amando essa intimidade que estamos construindo, eu realmente te amo cada dia mais. É impossível não te amar, Maria Fernanda... você mudou tanta coisa aqui dentro que eu não me reconheço mais. E isso, por incrível que pareça, é uma coisa boa.

— Não te dá medo as vezes? — Ela pergunta, entrelaçando suas mãos nas minhas

— Sim, é claro que dá. Eu morro de medo de algo acontecer e de alguém te tirar de mim ou... você não aguentar o meu jeito e deixar de me amar de uma hora para outra. Morro de medo de você se cansar de mim. Eu sei, eu não sou perfeita, sou difícil, mas venho querendo ser melhor pra você.

— Eu te amo, minha Anna. Eu não vou deixar você, quero te amar agora e sempre.

Ela se vira para me beijar novamente e eu me entrego àquela sensação leve, mas antes que eu possa intensificar alguma coisa, ela ri durante o beijo. Ela lembrou de algo engraçado, mas ruborizou em seguida quando eu percebi.

— O que foi? — Pergunto, franzindo a testa

— Nada não... — Ela ruboriza, colocando a mão na boca e olhando pra mim

— Diz, amor... — Peço, achando graça da sua carinha toda envergonhada

— Você me disse outro dia que... — mordeu os lábios, fazendo um carinho despreocupado na minha nuca — Você sempre foi muito ativa nas suas relações.

— Sim, o que tem? — Franzo a testa, querendo saber onde ela quer chegar.

— Me mostra sua gaveta? — Ela pede, mas agora quem ruboriza sou eu.

— Amor...

— Por favor, vai.

A gaveta a qual ela está se referindo, é uma gaveta que eu tenho no meu quarto onde eu guardo minhas intimidades. E quando eu digo intimidades, quero dizer coisas +18. Quando usei o último brinquedinho com ela, ela havia ficado curiosa e eu tranquei a gaveta para que ela não visse, por vergonha mesmo. Me arrependo, pois ela se mostrou mais curiosa desde esse dia.

— Ok, mas não é pra desistir de mim, tá? — Sorrio, nervosa.

— Jamais, meu amor.

Eu rolo um pouquinho na cama e pego a pequena chave da gaveta embaixo do tapete que havia no quarto, Fernanda revira os olhos ao ver a cena como quem dissesse: “estava aí o tempo todo?”, quando finalmente levanto para abrir, olho nos olhos dela e digo:

— Eu comprei algumas coisas que gostaria de usar com você, mas... eu nunca te mostrei porque nossa relação está muito recente e eu não queria que pensasse que eu sou uma predadora sexual ou algo assim. — Tá, eu tô muito vermelha agora e quero sair correndo.

Ela ri, achando graça do meu rubor. E eu finalmente abro a gaveta, me afastando para o outro lado da cama em seguida, evitando olhá-la e morrendo de vergonha. Mesmo.

Olho para Fernanda de canto e a vejo se aproximando da gaveta, seus olhos brilhavam com curiosidade e um sorriso que não saía de seus lábios. Ela pega o primeiro item da gaveta, o toy que havíamos usado anteriormente.

— Esse eu já conheço. É maravilhoso, aprovadíssimo. Se quiser usar mais algumas vezes, inclusive... — Sorri maliciosamente e continua mexendo na gaveta e pega outro — Esse aqui eu tenho em casa, sou fã. Depois eu te mostro quando for lá — Ela pisca pra mim e sorri. Que sorriso cafajeste que ela deu.

Ela não era assim.

Ou era?

Cadê a mulher quietinha e tímida pela qual me apaixonei? Se bem que ela sempre foi muito atacante, então...

— Uau... — Ela diz, a voz baixinha, como se estivesse tocando algo precioso, algo que ainda não tinha sido revelado. — Eu não fazia ideia... — Ela sorri de maneira carinhosa, pegando no plug anal aveludado roxo. Era quase como se estivesse me conhecendo de uma forma completamente nova. Eu não queria que ela conhecesse esse meu lado tão cedo, eu tinha medo dela se assustar.

— Amor, não mexe mais. Eu vou cair dura aqui nesse chão, Maria Fernanda.

— Não precisa ficar nervosa, amor. — Ela diz, deixando o objeto de lado e se aproximando de mim com um olhar suave. — Eu te amo do jeito que você é, com ou sem essas coisas... mas, por favor, me mostra mais. Eu estou... bem, estou adorando te descobrir em cada detalhe.

Respiro fundo. Que mulher. Não sei se fico feliz por ela ter gostado ou com medo de me expor mais. Se bem que ela ia continuar mexendo ali, mesmo que eu ameaçasse viajar pra marte com passagem só de ida.

Pego ela pela mão e nos sentamos na cama as duas, na direção da gaveta. Pego mais um toy nas mãos e ela olha para ele com curiosidade.

— O que são essas bolinhas? — Ela pergunta

Eram bolinhas tailandesas de duas esferas, não gostava de usar mais que isso.

— Quando a gente sair pra jantar, gostaria que você as usasse.

— Não vai colocar isso na minha bunda, Anna. Não mesmo! — Ela ri

— Não são para sua bunda, depois eu te explico.

Ela pega as algemas de pelúcia que estão na gaveta e dedilha a parte fofinha.

— Hmm.. algemas? — Ela me olha com aquele olhar que eu amo, aquele olhar cheio de malícias e ideias — Eu fico com isso.

Eu fico em silêncio, simplesmente obedeço. Vou discordar em quê?

— Quais que você gosta de usar, é... sozinha? — Ela pergunta, com curiosidade e ao mesmo tempo rubor. Eu não sabia onde ela pretendia chegar com aquilo, mas de certa forma, eu estava adorando.

Aponto o brinquedinho que usei nela e o último da gaveta. Ele era um vibrador estimulador de ponto G e clit*ris, era todo sem silicone e não havia formato de p*nis. Eu odiava vibrador com formato disso, não me sentia nem um pouco confortável utilizando. Aliás, nenhum dos meus tinha esse formato.

— Ok... — Ela separa os dois e mais um dos meus óleos que esquentam e coloca tudo embaixo do travesseiro — Guarda tudo, menos esses que eu já volto, ok? Liga a TV — Ela dá uma risada e pisca, sai correndo como uma criança travessa.

Ah, Maria Fernanda... O que você está aprontando?

Ela com certeza pediu para ligar a TV pois os seguranças faziam rondas pela casa e podiam escutar o que quer que fosse.

Ela retorna para o quarto minutos depois, com algo na mão que eu julgo ser um baldinho que uso para gelar o champanhe ou os vinhos, repleto de gelo. Ela apaga a luz e se aproxima da cama com um sorriso travesso, a única luz no quarto é a luz da televisão que está em um programa aleatório que eu não sei qual é, apenas ouço a apresentadora falar com uma voz distante. Os olhos da Fê brilham de desejo, o que me faz prender a respiração, imaginando o que estava por vir.

— O que você está planejando, hein? — Pergunto, tentando manter a postura.

Ela não responde de imediato, ao invés disso, ela coloca o baldinho de gelo sobre a mesa de cabeceira e se aproxima com um olhar felino. Esse olhar diz tudo.

— Você vai ver... — Ela diz

Ela começa a tirar sua roupa lentamente e eu não consigo tirar os olhos dela. Estou sentada na ponta da cama e ela se aproxima de mim, desabotoando o sutiã e os seus seios quase pulam no meu rosto. Tento tocá-la, mas ela não deixa. Ela põe as minhas mãos para trás e se vira, rebol*ndo ao som de uma música imaginária que com certeza se fosse real seria "dangerous woman" da Ariana Grande. Não teria música melhor pra combinar com o momento.

Em um movimento, ela vira de costas e empina sua bunda, tirando sua calcinha devagar. Eu estava a ponto de enlouquecer, minha calcinha estava toda úmida. Ela senta no meu colo, colocando uma perna de cada lado do meu corpo e a seguro pelas nádegas para que ela não caia. Seu olhar me dizia que ela ia aprontar hoje e eu sinceramente estava ansiosa por esse momento. Ela captura meus lábios e me beija, colocando sua mão em minha nuca e puxando levemente meus cabelos, desce a boca pelo meu pescoço deixando um rastro de saliva. Preciso tocar nela agora se não vou enlouquecer. Minhas mãos sobem pelas suas costas e ela olha na minha direção. Silenciosamente, ela retira meu camisão sem desviar seu olhar do meu. A nossa conexão é... incrível. Algo que eu só conseguia com ela.

Fernanda levanta do meu colo e eu solto um gemido de protesto. Ela sorri e pega os brinquedos debaixo do travesseiro, junto com as algemas. Ela me deita na cama e sobe por cima de mim novamente, pegando as algemas com o olhar fixo em mim.

— Eu... quero te prender. Você deixa? — A voz dela era quase um sussurro, mas tinha uma intensidade nela que sinto meu clit*ris piscar de desejo.

O olhar dela sob mim é tão dominador... tão diferente do que eu estou acostumada a ver na nossa relação que eu fico com um pouco de medo e ansiedade.

— Sim. — A palavra sai quase como um gemido, baixa, mas cheia de desejo.

Ela dá um sorriso.

Caralh*, que sorriso.

Um sorriso provocador que só ela sabe dar e se inclina para morder meu lábio inferior e me dar um beijo lento que faz meu corpo latejar de desejo, antes de pegar minhas mãos e posicioná-las acima da minha cabeça. Ela põe as algemas de pelúcia nos meus pulsos com delicadeza, mas apertando o suficiente para manter meu movimento restrito.

— Tá apertado? — Ela pergunta, seu tom demonstra preocupação

Balanço a cabeça negativamente sem esboçar nenhuma palavra, apenas mantenho meus olhos fixos nela e observo seus próximos movimentos.

— Você está tão linda assim... totalmente minha. — As palavras dela são sussurradas, fazendo minha pele se arrepiar enquanto ela desce os dedos lentamente pelo meu corpo, explorando cada curva como se quisesse memorizar tudo.

Ela  pega uma pedrinha de gelo do baldinho em cima da cama e passa pela minha barriga, sinto o gelado se fundir com o meu corpo quente e me arrepio, mas precisava urgentemente mais daquele contato, então me arqueio levemente, mas ela ri e tira a pedrinha de gelo do meu corpo, com aquele olhar que controla completamente a situação.

— Hoje, você vai ficar quietinha. É a minha vez de comandar. — Antes que eu possa protestar ou reagir, ela encosta o gelo contra a pele do meu pescoço, e eu estremeço com o contraste da sensação.

Céus, hoje ela estava um perigo.

Ela continua, traçando um caminho gelado do meu pescoço até o colo, enquanto sua outra mão segura firme a curva do meu quadril. A cada movimento, ela para para observar minhas reações, como se quisesse saborear cada suspiro que escapa dos meus lábios.

— Você confia em mim, não confia? — Ela pergunta, inclinando-se para que seus lábios quase toquem os meus.

— Completamente. — Minha voz treme, mas o desejo por ela é mais forte do que qualquer hesitação.

O sorriso dela se alarga, e então, ela coloca o cubo de gelo no baldinho novamente e, em seguida, vai tirando minha calcinha bem devagar. Quando ela finalmente termina de tirar e está com a minha calcinha em mãos, ela leva o tecido até o nariz e aspira o meu cheiro.

O sorriso dela se transforma em algo mais malicioso, e, segurando minha calcinha, ela a deixa de lado na cabeceira. Seus olhos escurecem enquanto me observa, como se eu fosse a coisa mais preciosa que já viu.

Gostosa.

Ela não fazia ideia do quanto ela fica mais gostosa ainda quando ela está no poder.

Ela se inclina novamente, percorrendo o caminho do meu quadril até a parte interna das minhas coxas com a ponta dos dedos. Seus toques leves me deixam arrepiada, e eu sinto meu corpo pulsar de antecipação. Maldita ansiedade.

— Tão linda... — Ela murmura, a voz rouca, antes de beijar a minha coxa suavemente.

Minhas mãos se mexem instintivamente contra as algemas, buscando tocá-la, mas tudo o que consigo é soltar um gemido frustrado. Ela percebe minha reação e sorri de canto, claramente gostando de me ver assim, completamente entregue a ela.

— Calma, vida... hoje sou eu quem cuida de você.

Ela foi irônica, não foi? Eu juro que vi um sorriso ali no meio do meu desespero.

Fernanda pega o cubo de gelo novamente, mas desta vez o encosta na parte interna da minha coxa, fazendo um caminho lento e provocante em direção ao meu sex*. O contraste entre o frio do gelo e o calor do meu corpo é tão intenso que eu solto um gemido alto, incapaz de conter.

— Isso... eu quero ouvir você. — Ela diz, com um brilho malicioso no olhar, enquanto continua seus movimentos, alternando entre o cubo de gelo e os beijos quentes que deixam minha pele ainda mais sensível.

O que está passando na televisão? Eu não sei, mas meu corpo inteiro parece estar queimando e cada vez que ela me toca parece que eu vou entrar em êxtase. Quando ela finalmente desfaz o cubo de gelo com a ponta dos dedos, sua boca quente encosta em mim e eu abro ainda mais as minhas pernas.

Porr*, Fernanda.

Ela começa a passar a língua saboreando, lambendo, instigando... ela olha para mim durante o ato e eu não consigo pensar em mais nada, apenas em gem*r alto pois aquilo era gostoso pra cacete.

Minhas costas arqueiam sob o colchão, mas as algemas ainda me mantêm presa, aumentando a sensação de vulnerabilidade, mas apesar de vulnerável, eu estava tão, tão entregue.

— Isso, amor... — Fernanda murmura contra mim, no lugar mais sensível do meu corpo. Ela era tão boa nisso, se eu soubesse eu teria feito antes.

Sem me avisar, ela enfia a língua na minha bocet* e seus movimentos são de vai e vem no início, mas depois ela tira, voltando a lamber meu clit*ris que nesse momento estava absolutamente duro e inchado.

Eu tento me segurar, mas eu não consigo. É impossível. Meus quadris se movem contra a boca dela, buscando mais, querendo mais, precisando mais. Fernanda sorri contra mim, e o jeito que ela me provoca com a língua é quase cruel.

Eu vou me vingar.

— Você gosta disso, não é? — Ela pergunta, a voz carregada de desejo.

Sua língua trabalha em movimentos lentos e intensos, enquanto uma de suas mãos segura firme meu quadril para me manter no lugar. O calor se acumula rapidamente no meu ventre, e eu sei que estou chegando perto.

— Ela fazia isso com você, amor?

Porr*.

Quem está se vingando é ela. 

Ela põe dois dedos em mim e deixa eles paradinhos lá dentro, os olhos estão fixos nos meus para observar minhas reações. Ela sobe e captura meus lábios, sem tirar os dedos lá de dentro. Nossa conexão era perfeita, ela sabia o que eu queria e como queria, ela encosta sua bocet* na minha coxa e posso ver o quanto ela está molhada. Começo a movimentar minha perna para que ela friccione seu sex* na minha coxa, ela solta um gemido baixo.

— Vou te comer bem gostoso e essa bocet* vai piscar molhadinha quando me sentir.

Ela começou a estocar dois dedos em mim, me penetrando com força. Eu estava completamente molhada, eu estava quase chegando no meu ápice enquanto ela aumenta a intensidade e é o suficiente para eu me entregar por completo pra ela.

— Vai, amor, quero sentir você se perder pra mim... — Ela sussurra

Meu corpo treme, e um gemido longo e profundo escapa de mim enquanto a onda de prazer me consome. Meu coração dispara, e minha respiração está completamente descompassada. Minhas pernas tremem e minhas mãos estão da mesma forma, não consigo falar muita coisa no momento.

Fernanda tira os dedos de dentro de mim, seus olhos cheios de adoração, e se abaixa para lamber todo meu gozo, quando ela faz isso meu corpo se estremece ainda mais e ela sorri com isso. Ela escala meu corpo e sobe para me beijar, deixando que eu sinta meu gosto em seus lábios.

— Eu disse que cuidaria de você... — Ela sorri contra minha boca, satisfeita.

Dou um sorriso fraco e ela pega as chaves para abrir as minhas algemas, quando eu finalmente sinto o gostinho da liberdade quando ela as tira de mim, a puxo para um abraço.

Estamos abraçadas há alguns minutos, ela estava massageando meus pulsos com cuidado. Seus olhos encontram os meus e há algo no seu olhar. Ela ainda estava com desejo e eu não posso deixar minha namorada na mão.

— Agora é a sua vez. — Eu digo, pegando as algemas com um brilho malicioso no olhar.

Meu corpo ainda está trêmulo, mas um arrepio de excitação sobe pela minha espinha. O jogo virou, e eu sei que não vou deixar barato.

Ela se deita na cama, os braços abertos, me encarando com uma confiança que me deixa ainda mais determinada. Subo em cima dela, ficando a centímetros de seu rosto, e passo os dedos levemente pelos seus braços, até chegar aos pulsos.

— Tem certeza que quer isso? — Pergunto, minha voz saindo rouca.

— Absoluta. — A resposta dela é firme, mas leve. E isso me faz rir.

Eu a algemo com delicadeza, prendendo sua mão direita na cabeceira, com um pouco com mais de força do que ela fez comigo. Não para machucar, mas o suficiente para que ela saiba que, agora, quem manda sou eu.

— Está confortável, amor? — Eu pergunto, me inclinando para beijar o seu pescoço, deixando mordidas leves ali, enquanto minhas pequenas unhas arranham suavemente sua pele.  

— Aham... — Ela sussurra, mas sua respiração já está mais pesada.

Minha boca desce pelo seu corpo, deixando mordidas leves e beijos úmidos que fazem sua pele arrepiar sob meus lábios. Meu corpo ainda está colado ao dela, e consigo sentir o calor que emana de nós duas.

— Você está tão molhada, Fê... — Minha voz é quase um gemido enquanto minhas mãos exploram suas coxas.

— E de quem é a culpa? — Ela rebate, arqueando as costas e tentando me tocar, mas as algemas a impedem.

— Minha, é claro. — Respondo com um sorriso antes de descer meus lábios até o centro do seu corpo, onde seu desejo é palpável.

Passo a língua suavemente, só para provocá-la, enquanto minhas mãos seguram firme suas coxas, mantendo-a no lugar. O gemido que escapa dos lábios dela é tudo o que preciso para saber que estou no caminho certo.

Minha boca trabalha devagar, explorando cada reação dela, enquanto meus dedos começam a traçar caminhos pelo seu corpo, provocando-a ainda mais. Quero que ela implore, que perca o controle completamente.

— Anna... — Ela murmura meu nome entre gemidos, a voz carregada de necessidade.

— Você quer brincar?  

Subo um pouquinho até encontrar o vibrador embaixo do travesseiro, começando a passar o estimulador de clit*ris no seu seio esquerdo. Coloco em uma velocidade ok, não queria que fosse lentinho de início. Não sei o motivo, mas ela tinha mais sensibilidade em um seio do que no outro. No direito, começo a passar minha língua devagarzinho e sinto ela suspirar. Eu não tenho pressa, quero que ela sinta cada segundo.

Dou um sorriso safado para ela e sento no seu ventre, sentindo o quanto ela está molhada nesse momento. Minha bunda que ela gosta tanto está encostadinha na sua bocet* enquanto me movimento devagar. Ela tenta se soltar da algema, mas é inútil. Dou uma risada maliciosa quando vejo sua frustração. Abro minhas pernas para ela olhar para o meu sex* e ela gem* em protesto.

Agora era eu quem estava me vingando.

Pego o vibrador novamente e ponho ele no meu clit*ris, aumentando a sua tortura em me ver fazendo loucuras em cima dela sem que ela possa me tocar. Seu quadril começa a se mover na medida em que o toy pulsa no meu clit*ris. Gem*mos juntas. Decido me livrar do toy e abrir um pouco suas pernas e me encaixar nela. Quando faço isso, ela solta um gemido alto e eu começo a me movimentar sob ela.  

Nossas peles estão quentes. Nossos sex*s úmidos. Seu corpo arqueia sob o meu e os gemidos que escapam dos lábios de Fernanda são próximos ao meu ouvido, estão baixinhos, só alimentando meu desejo.

— Respondendo a sua pergunta... ela não faz metade do que você me faz sentir. Só você me deixa assim... molhada desse jeito... — Solto um gemido baixo no seu ouvido — Só você me faz goz*r gostoso, eu sou sua... eu sou toda sua.

— Anna... — Ela gem* meu nome novamente, dessa vez com uma urgência quase desesperada.

Sinto o calor dela aumentar a cada movimento, e a maneira como ela tenta resistir às algemas apenas intensifica minha vontade de provocá-la mais. Meus dedos traçam o contorno do seu corpo, explorando cada curva enquanto minha boca busca os lugares que sei que a deixam mais sensível, seu seio esquerdo é um deles. Capturo-o com a boca e dou uma mordida leve, enquanto pego o toy e fico brincando com ele em sua entrada.

A urgência da Fernanda era tanta que ela faz um esforço fora do comum e as corretes da algema se quebraram. Ela toma um susto com aquilo, mas quando percebe que está livre, levanta o corpo e me agarra em um ato desesperado. Dou uma risada contida e solto seu corpo e deito na cama, com o vibrador próximo ao meu ventre.

— Senta pra mim, amor. — Digo com a voz carregada de desejo e a vejo morder os lábios. Ela não se faz de rogada e pega o brinquedo da minha mão, pousando no meu sex*, mas de uma forma que o seu sex* encoste nele também.

Meu corpo quase treme com o contato e eu sinto a pressão dele sob mim.

Minha mão desliza até onde nossos corpos se encontram, e a sensação úmida e quente me faz gem*r. Meus dedos encontram o toy e o pego, ela está em cima de mim nesse momento, ajeito seu corpo de forma que ela fique com uma perna em cada lado do meu corpo e faço algo que sei que a fará perder o controle. Deslizo o toy para sua entrada e começo a provocá-la com toques lentos e ritmados.

— Você é linda assim, sabia? — Digo, minha voz entrecortada pela nossa respiração pesada.

— Anna... por favor... — Ela murmura, ela estava extremamente vulnerável e ela me deixa ainda mais certa de que quero prolongar o prazer dela ao máximo, fazer com que seja o mais gostoso possível pra ela.

Me inclino novamente, capturando sua boca em um beijo profundo e apaixonado, enquanto minha mão acelera o ritmo. Os gemidos dela se intensificam, ela começa a sentar cavalgar no toy e seus gemidos ficam misturados aos meus.

— Ela não senta gostoso assim... — Se era esse jogo que ela queria brincar, eu iria provoca-la até ela chegar ao limite. — Céus, você tem uma sentada tão, mais tão gostosa...

Ela quica mais sob mim e seus seios pulam no meu rosto, capturo um deles e vejo ela sentando cada vez mais forte, até que sinto seu corpo estremecer sob o meu.

Ela fecha os olhos, mordendo o lábio inferior. Ela está tão gostosa nessa posição e tão entregue que intensifico meus movimentos, ela está sem controle. Os gemidos dela são altos o suficiente para qualquer vizinho escutar e com certeza os seguranças podem invadir aqui agora achando que está acontecendo alguma coisa, mas ela está apenas sentando pra mim da forma mais deliciosa possível.

Meus movimentos se tornam mais urgentes, e a tensão entre nós cresce até que ela atinge o ápice, seu corpo tremendo enquanto meu nome ecoa em um grito rouco pelo quarto.

Ela afunda seu rosto na curvatura do meu pescoço e fica ali um tempo, sinto seu cabelo molhado de suor e o prendo em um coque. Retiro o toy de dentro dela com cuidado e ela solta um gemido preguiçoso. Aproveito que ela está molinha nesse momento para deitá-la na cama, mas ela me puxa para deitar ao lado dela, enroscando suas pernas nas minhas. Passo meu nariz no seu pescoço e dou beijinhos carinhosos por ali, ela sorri, mas não consegue abrir os olhos.

— Eu te amo, Maria Fernanda. E escolho você todos os dias.

Ela abre os olhos devagar e sinto que eles estão marejados, dou um beijo em seus lábios que dura mais do que alguns segundos, transmitindo tudo o que sinto por ela. É um beijo cheio de amor, desejo e entrega, como se nossas almas estivessem se comunicando.

Quando nos separamos, seu sorriso era o mais lindo que eu já tinha visto na minha vida. As lágrimas estavam prestes a cair dos olhos dela e eu estava sentindo os meus olhos marejados também.

— Eu também amo você, Anna. — Sua voz é baixa, quase um sussurro — E eu vou continuar escolhendo você sempre.

Ela se aninha mais em mim, como se quisesse se fundir ao meu corpo. Meu coração está acelerado, mesmo quando fazíamos um sex* provocativo, existia amor entre nós. Uma conexão. Nós ainda fazíamos amor.

— Promete? — Pergunto, enquanto desenho círculos com a ponta dos dedos nas suas costas

— Prometo, minha noiva. — Ela responde e sorri, entrelaçando nossos dedos como se estivéssemos fazendo um pacto.

Ficamos em silêncio, nossos corpos ainda conectados, ouvindo apenas nossas respirações e o barulho da televisão. Tudo estava em uma tranquilidade assustadora, como se estivéssemos no nosso próprio mundo, eu tinha até medo que pudesse acontecer algo que acabasse com o nosso momento. Nada importa além de nós duas.

— Acha que os seguranças ouviram? — Ela quebra o silêncio, com um sorriso travesso, enquanto desliza os dedos pelos meus cabelos.

Dou uma risada, sentindo meu rosto corar levemente.

— Se não ouviram, os vizinhos com certeza ouviram. — Respondo, rindo, e ela me acompanha.

— Ótimo, pelo menos eles sabem que estamos bem servidas. — Ela pisca para mim, e eu não consigo evitar sorrir mais.

Esse momento é perfeito. Embora alguém lá fora esteja tentando acabar com a minha vida, eu sei que, com ela, posso enfrentar qualquer coisa.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Meus amores, postei mais tarde hoje. Na verdade, hoje já é segunda, são 00h47 e eu não consegui postar no domingo. Porém, o capítulo foi escrito com muito amor e carinho (e um pouquinho de sacanagem) pq vocês queriam paz no paraíso hahaha 

 

Gostaram? Aguardo o feedback =)

 

A propósito, no próximo capítulo as investigações vão tomar novos rumos. 

 

Até quinta! 


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Comentários para 37 - capitulo trinta e sete: refugio :
HelOliveira
HelOliveira

Em: 13/01/2025

Uauuu...que capítulo foi esse?

Perfeito


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 14/01/2025 Autora da história
AAAAAAAAAA que alegria ler isso


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Lea
Lea

Em: 13/01/2025

A cárdio nesse capítulo está paga.kkk Por um momento pensei que,elas iriam para o plug

Um capítulo de paz faz bem,para nos preparar para mais tiro,porra e bomba.

Os pais da Fernanda são uns amores, não me canso de falar isso.


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 13/01/2025 Autora da história
E se eu falar que já escrevi a cena do an@l, que está pronta tem quase 2 meses? KKKKKKKKKKKK



Lea

Lea Em: 13/01/2025
Já quero ler,com certeza está maravilhosa.


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Mmila
Mmila

Em: 13/01/2025

Uau! Dose cavalar de paixão / amor de Maria Fernanda e Anna.

Paus de momento família também, muito fofo.

Que bom que os pais da Fernanda entenderam a situação, o momento delas se apoiarem.

Vamos as cenas dos próximos capítulos.


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 13/01/2025 Autora da história
Vocês gostam, né?
São muito fofinhas juntas. Tenho muito apego por esse casal e quase morro quando tenho que criar um conflito.


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