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O som do silêncio por shoegazer

Ver comentários: 3

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Palavras: 1596
Acessos: 354   |  Postado em: 03/01/2025

Sinfonia agridoce

 

“Você está se sentindo melhor?”

Daniele estava parada ao lado da cama, encarando a uma Helena em silêncio, que encarava o teto séria, de lábios franzidos e braços cruzados, tal qual como uma criança que fazia birra para não comer as verduras que estavam no prato do almoço.

Apesar de ter visto o que tinha se dito, Helena não respondeu nada de volta. A vergonha a travava de uma forma que não conseguia expressar. Desde que a tinha visto naquele estado, não teve mais coragem de olhar em seus olhos ou de sequer conversar com ela, como sempre faziam. O aparelho também tinha ficado de lado.

Daniele cerrou os olhos perante o gesto que pesava ainda mais o ar naquele espaço. Sabia que Helena a evitava e deu seu espaço desde então, mas, o fato de ignorá-la de todas as formas a incomodava, sobretudo quando não havia acontecido nada que justificasse que a tratasse daquele jeito.

Sim, ela tinha a visto em uma situação bastante difícil, mas também pensava que pelo menos a havia encontrado e evitado que pudesse até mesmo ter acontecido algo pior com Helena, sem contar que, no fundo, se parasse para ver de uma maneira fria, havia sido consequência de um ato de teimosia. Então, por que Daniele tinha que ser castigada com o silêncio como se tivesse feito algo de errado? Não soava justo, sobretudo com as mensagens ignoradas que se acumulavam na conversa das duas com o passar dos dias, além dos desencontros propositais onde trabalhavam.

Tocou em sua mão, chamando a atenção para que olhasse para ela. Iria repetir a pergunta que tinha feito por mais de uma vez, e ignorada na mesma proporção.

“Está com vergonha de mim?”

Um olhar de relance antes de voltar a olhar para o teto acima delas. Chamou atenção de Helena mais uma vez, mas ela continuava evitando.

Quem via aquela cena e não soubesse o que passava na mente de Helena se irritaria profundamente, concluindo que aquela figura terrivelmente teimosa ignorava as investidas de alguém que visivelmente estava preocupada com ela de uma forma cruel.

Porém, a realidade era outra. A dor não era mais física sobre o sofrimento do barulho que massacrou sua mente por segundos intermináveis. Era a dor da vergonha que consumia por inteiro, junto ao doloroso sentimento de impotência que sempre a perseguia. Por mais que tentasse se encaixar em algo, nunca conseguia.

A lembrança era vívida em cada movimento, que se repetia incessante em sua mente desde então, mergulhada na resoluta solidão ao qual Helena se voltava.

Quando Daniele conseguiu desligar o aparelho, Helena continuava em completa agonia. Sua única reação foi de tomá-la nos braços em um abraço, se beneficiando da diferença de altura e força – Helena era menor e notavelmente franzina – enquanto pensava em como entraria em contato com alguém para explicar o que tinha acontecido, e com urgência. Não tinha outra escolha. Imediatamente, deixou de lado os desentendimentos anteriores e entrou em contato com a mãe e, depois de quinze minutos, tanto Fátima quando Assis apareceram correndo ao descer do carro, com olhos que caçavam incessantes por Helena.

Daniele não havia voltado para terminar o show, e Olívia prestou-se a pedir desculpas pelo inconveniente e desarrumar as coisas. Enquanto isso, via a amiga com seu olhar apreensivo sentada em um banco do lado de fora, junto a mãos que prendiam contra sua pele, que acariciava a nuca da pessoa que o fazia, em um gesto carinhoso que poucas vezes a tinha visto fazer.

Ainda podia sentir o calor da ponta dos dedos de Daniele contra o seu pescoço quando fez aquilo, que a fez finalmente sair do estado em que estava, pouco a pouco, e foi a lembrança que veio instantaneamente em sua mente quando sentiu sua mão a tocar novamente, dessa vez sem soltar.

Precisava que olhasse para ela para poder falar o que queria.

“As coisas não precisam ser assim. Eu só quero saber se está melhor.”

Helena, ainda relutante, respondeu com um breve “não precisa se preocupar comigo”, quando no fundo queria dizer “a última pessoa que queria que me visse naquela situação era você, porque não quero que pense que sou uma esquisita e isso faça você se afastar de mim.”

Ainda se lembrava da voz dela. Grave, pausada, diferente de tudo que imaginava. Quando a via falar, podia sentir a entonação em cada palavra que proferia sua boca. Baixou o olhar mais uma vez, mas Daniele continuava a insistir em falar com ela. Pelo menos, uma última coisa antes de ir embora de vez.

“Não quero que se afaste de mim por isso.”

Helena congelou quando viu os lábios proferirem isso. Como assim, pensava o mesmo que ela? No entanto, enquanto tentava digerir o que tinha sido dito, via que Daniele desvencilhava a mão.

Quando assim o fez, sentiu outra mão segurar a sua. Era Helena, com os olhos compenetrados em sua direção, quase como um apelo, balançando a cabeça com um não por várias vezes. Por mais que Helena quisesse usar de suas melhores armas – a ironia e o silêncio – não o conseguia fazer. Pelo contrário.

Não queria que Daniele saísse dali e a deixasse sozinha em meio aos seus pensamentos que a cada vez mais a fragilizava. No fundo, havia algo que sequer dizia para si mesmo, que era o fato de que tudo que mais queria naquele momento era o seu abraço mais uma vez.

Se sentia fragilizada por tudo aquilo. O sentimento incerto de que as coisas não dariam certo, o desânimo em se ver sendo diferente dos demais, a lembrança terrível que ainda assolava sua mente.

Daniele via um lado que ainda não conhecia de Helena. Era uma quase súplica em seus olhos, como se dissesse para ela não sair dali. De primeira, pensou que era apenas impressão sua, até que sentiu os dedos dela pressionarem sua pele com firmeza e seus lábios franzirem quando seu olhar se voltou sério para ela.

Helena sabia como ninguém dizer o que queria sem dizer uma palavra, e Daniele ainda estava tentando aprender aquela linguagem de gestos entre linhas e entrelinhas. No entanto, esse era um que deixava o benefício da dúvida, mas, ainda assim, a abertura para o passo a mais.

Deitou-se ao seu lado. Não tinha por que ter receio, ainda mais depois do que havia acontecido. O braço direito foi primeiro antes que o esquerdo desse a volta por detrás do seu pescoço e a tomasse em um abraço. Não teve quaisquer objeções referentes aquele gesto. Travou em uma posição ao qual não estava disposta a sair. Parecia que estava fazendo o certo, mas, ao mesmo tempo, soava que não, sobretudo por notar uma Helena retraída, ainda voltada em seu próprio mundo, por mais que estivessem uma ao lado da outra.

Fátima passou e olhou pela porta entreaberta. Em um primeiro momento, não soube o que pensar sobre o que via de Daniela abraçando Helena. Estaria apenas Daniela a confortando depois de tudo que havia acontecido, como uma amiga prestativa, ou deveria pensar naquele gesto como algo a mais?

Não, não queria pensar sobre, ainda mais sabendo o quanto Helena ainda estava abalada. Fechou a porta do quarto da forma mais silenciosa que pôde para que não notassem que alguém estava ali, e tentou seguir como se não tivesse visto nada daquilo.

O que, talvez, para ela tenha sido a melhor opção, já que o que se seguiu no ali poderia ter tirado ainda mais o sossego dos seus pensamentos.

Helena não era acostumada a aquele tipo de toque físico. Não sabia o que fazer perante a aquilo, se abraçava de volta ou se apenas aceitava o gesto. Escolheu um meio termo, que fora apoiar a mão em seu braço que a envolvia parcialmente para logo após, um breve encostar de cabeça em seu ombro.

Sentia a vibração do seu coração acelerar aos poucos. Já Daniele, que não se atentava as vibrações do corpo de alguém, ouvia, com a proximidade do toque de seus corpos, um barulho diferente do ocasional. Talvez sempre estivesse ali, mas nunca havia percebido.

Olhou novamente para Helena. Cabeça baixa, olhos vazios que encaravam o nada, como se sua cabeça não pertencesse a aquele lugar.

Aproveitou sua distração e beijou o topo de sua cabeça. Mais uma vez, parecia que era o certo, em um gesto afetuoso que dizia que não tinha o que temer ou ter vergonha.

Helena olhou para cima, brevemente confusa. Ela tinha beijado sua cabeça? Por que tinha feito isso? Seu corpo travou e recuou, como se entrasse em alerta para algo novo que tinha acontecido. Demorou até que entendesse que tinha sido aquilo mesmo. Um gesto de carinho que poucas vezes tinha experienciado.

Daniele perguntou a si mesmo, temerosa, se tinha invadido demais seu espaço pessoal. Nunca sabia o que fazer quando o assunto era Helena. Ao mesmo tempo que parecia solícita, soava que não.

E, como resposta, teve uma ao qual não esperava. Um sorriso de canto, olhos cerrados, que voltavam a se encostar no seu ombro, mas, agora, seu corpo de uma ponta à outra. Um inspirar baixinho e um expirar no mesmo tom. Assim também o fez, de olhos fechados, entre os braços entrelaçados de cada uma contra à outra.

O fim de tarde, brevemente ignorada por ambas no horizonte que se debruçava sobre a janela do quarto, confidenciava o que havia acontecido ali. Não precisavam dizer nada uma à outra para entender que uma barreira tinha caído ali. Cada uma, à sua maneira, sabia disso.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Sinfonia agridoce:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 09/04/2025

Daniele foi bem legal. 

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Lea
Lea

Em: 04/01/2025

Daniele é um amor, não deixou a amiga,mesmo Helena tentando se afsatar.

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 04/01/2025

Ufa, um passo dado....

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