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HERDEIRO DA VINGANCA por Naahdrigues

Ver comentários: 1

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Palavras: 3311
Acessos: 761   |  Postado em: 22/12/2024

Capitulo 6

Depois de um dia intenso de trabalho, Pilar sentia o peso do cansaço enquanto descia do carro. Ao entrar na mansão, foi recebida por Maria, que a esperava no hall com o rosto sereno.

 

— Boa noite, senhora Venture. — A governanta inclinou levemente a cabeça. — Sua avó ligou mais cedo. Pediu que o quarto dela fosse preparado para o final de semana.

 

Pilar assentiu, retirando o casaco e entregando-o à Maria.

 

— Ótimo. Providencie tudo como ela gosta. — Seus olhos afiados fitaram a governanta com interesse renovado. — E Kiara? Onde está?

 

— No quarto. Não saiu de lá desde que chegou — informou Maria, sua voz carregada de uma suave preocupação.

 

Sem dizer mais nada, Pilar subiu as escadas, seus saltos ecoando no mármore frio. Abriu a porta do quarto de Kiara sem bater, como era seu costume. A jovem estava sentada na beirada da cama, distraída, mexendo no celular. Nem percebeu a aproximação da executiva até sentir a presença forte se impondo no ambiente.

 

Pilar se aproximou lentamente, movendo-se com a mesma graça felina de sempre. Kiara levantou os olhos, surpresa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Pilar a puxou com firmeza, colando os corpos em um movimento seguro e calculado.

 

— Sentiu minha falta? — murmurou Pilar, sua voz baixa e provocativa, o rosto a centímetros do de Kiara.

 

A jovem ficou sem palavras, o coração disparado no peito. A ousadia de Pilar sempre a deixava desconcertada, sem saber como reagir. Tentou se afastar, mas a executiva segurou sua cintura com firmeza, um sorriso enigmático nos lábios.

 

— Não adianta fugir, Kiara. Você está aqui para aprender. E eu serei a sua melhor professora.

 

Kiara engoliu em seco, os olhos fixos nos da mulher mais velha, sentindo o poder daquela presença. Pilar sabia jogar, e cada movimento era calculado para deixar a jovem exatamente onde queria: vulnerável e sob seu controle.

 

Pilar manteve o olhar fixo em Kiara, um sorriso de canto se formando em seus lábios enquanto deslizava os dedos pelo braço da jovem, o toque firme, porém provocativo. A tensão no ar era palpável.

 

— Preciso te informar uma coisa, querida — começou Pilar, a voz carregada de segundas intenções. — A partir de amanhã, você terá aulas de etiqueta. Quero que se dedique. Pretendo fazer de você uma lady.

 

Kiara arregalou os olhos, a surpresa rapidamente dando lugar à indignação. — Aulas de etiqueta? — retrucou, cruzando os braços. — Eu não quero isso! Não pedi pra estar aqui, muito menos para ser moldada do jeito que você quer.

 

Pilar arqueou uma sobrancelha, a expressão se tornando mais fria, o olhar penetrante. — Não perguntei o que você queria, Kiara. Aqui, suas vontades não têm importância. Você vai fazer o que eu mandar.

 

A jovem abriu a boca para protestar, mas Pilar interrompeu, segurando seu queixo delicadamente, forçando-a a olhar em seus olhos.

 

— Às 20 horas, o jantar será servido. Quero você impecável e sentada à mesa comigo. Sua presença é indispensável. E não me faça esperar. — Sua voz baixa e firme não deixava espaço para discussão.

 

Pilar soltou o queixo de Kiara, afastando-se lentamente. Antes de sair do quarto, lançou um último olhar provocativo, o sorriso predador de volta aos lábios.

 

— Se arrume, querida. Mostre que você pode, pelo menos, tentar me surpreender.

 

Kiara ficou parada, o coração disparado, sentindo a tensão no peito. Sabia que não teria escolha. Pilar não brincava. E agora, estava mais claro do que nunca: ela estava sob o controle daquela mulher.

 

Pilar desceu para a sala de estar após o banho, vestida em uma roupa confortável, mas ainda elegante. Sentou-se em uma das poltronas, cruzando as pernas e esperando pacientemente, enquanto seus olhos percorriam o ambiente com a serenidade de quem sempre estava no controle. O silêncio era quebrado apenas pelo leve som do relógio marcando o tempo.

 

Kiara, no andar de cima, hesitava. Não queria estar ali, muito menos jantar com Pilar. Cada encontro com a executiva parecia uma batalha de vontades. Com um suspiro resignado, escolheu uma roupa simples, mas adequada, e desceu, o coração batendo rápido de nervosismo.

 

Ao vê-la entrar na sala, Pilar levantou-se, um sorriso provocativo nos lábios. — Pensei que tivesse desistido. — Seus olhos deslizaram lentamente pelo corpo de Kiara, analisando cada detalhe. — Não ficou nada mal.

 

Kiara apenas revirou os olhos e seguiu até a sala de jantar, sentando-se à mesa sem dizer uma palavra. Pilar fez o mesmo, servindo-se com calma, os movimentos calculados, elegantes. Por alguns instantes, o silêncio reinou.

 

— Então, Kiara... — Pilar começou, a voz baixa, quase sedutora. — Como é viver sem ter que se preocupar com as consequências dos próprios atos? Ou será que você sempre foi irresponsável?

 

Kiara ergueu os olhos, encarando Pilar. — O que você quer dizer com isso? — a irritação era evidente.

 

— Nada demais — Pilar sorriu, inocente. — Apenas tentando entender como alguém pode fugir dos próprios problemas e deixar tudo para trás. Milão, lembra?

 

— Você não sabe nada sobre mim — Kiara rebateu, a voz firme.

 

Pilar inclinou-se levemente, os olhos brilhando com uma satisfação cruel. — Sei o suficiente. Sei, por exemplo, que seu pai me roubou. Roubou a empresa que eu demorei anos para construir. E você... você é parte dessa dívida.

 

Kiara ficou paralisada, os olhos se arregalando. — O quê?! Meu pai nunca...

 

— Ah, ele nunca te contou? — Pilar interrompeu, a voz carregada de veneno. — Ele não é tão santo quanto você pensa. E agora, você está aqui para pagar por tudo que ele fez.

 

— Você... — Kiara tentou falar, mas a raiva e a confusão travaram suas palavras. — Isso não é justo!

 

Pilar deu uma risada fria, inclinando-se mais perto. — Justo? Justiça não existe, querida. Existe poder. E agora, o poder está comigo.

 

A jovem respirava fundo, tentando conter as lágrimas de raiva. Pilar, por sua vez, apenas observava, satisfeita em ter provocado uma reação.

 

— Agora coma — Pilar ordenou, a voz voltando à calma. — Não quero que você desmaie durante os nossos momentos sexuais. Afinal, você tem muito o que aprender comigo.

 

Kiara, já à beira do limite, levantou-se da mesa com os olhos faiscando de raiva. Sua voz saiu alta e firme, reverberando pela sala:

 

— Você nunca vai tocar no meu corpo, Pilar! Eu não sou um objeto! — As lágrimas de raiva ameaçavam surgir, mas ela manteve o olhar firme e desafiador.

 

Pilar permaneceu sentada, um sorriso frio surgindo lentamente em seus lábios. Com toda a calma do mundo, inclinou-se levemente para frente, os olhos cravados em Kiara como duas lâminas afiadas.

 

— Ah, querida... — a voz dela era baixa, quase sussurrada, mas carregada de uma autoridade inabalável. — A partir do momento que você pisou nesta casa, você se tornou minha. — Ela se levantou lentamente, caminhando até Kiara com passos suaves e predatórios. — E eu farei com você o que bem entender.

 

Kiara recuou, o coração martelando no peito. — Isso é loucura! Você não pode me tratar assim!

 

Pilar parou bem próxima, os olhos penetrantes e frios. — Não só posso, como vou. Você tem uma dívida comigo. E vai pagar. Do meu jeito. — A executiva acariciou o rosto de Kiara, mas o gesto, longe de ser afetuoso, parecia uma declaração de posse.

 

— Eu não sou sua prisioneira! — Kiara rebateu, afastando-se bruscamente.

 

— Não? — Pilar arqueou uma sobrancelha. — Então vá. Tente sair. — Ela apontou para a porta. — Veja o que acontece.

 

O silêncio pairou no ar, pesado e sufocante. Kiara sentiu-se encurralada, as palavras de Pilar ecoando em sua mente. O rosto dela queimava de raiva e humilhação, mas, ao mesmo tempo, havia algo na presença daquela mulher que a deixava paralisada.

 

— Você pode lutar o quanto quiser, Kiara — Pilar continuou, a voz suave, mas implacável. — No final, será exatamente como eu quiser. E você vai aprender isso.

 

Pilar se afastou, deixando Kiara imóvel, o peito arfando. Cada palavra dita pela executiva cravava-se como uma marca invisível, deixando claro que, naquele jogo de poder, ela era a única que ditava as regras.

 

Após uma noite agitada, Pilar acordou cedo, com um leve sorriso de satisfação ao perceber que Kiara ainda não havia saído de seu quarto. O silêncio na mansão era reconfortante, uma pausa para ela organizar seus pensamentos antes de mais uma jornada.

 

Pilar saudou Maria com um aceno, já se dirigindo à cozinha para o café da manhã. Ela estava decidida sobre o que faria naquele dia: queria garantir que Kiara tivesse a oportunidade de ver o pai, mas sempre sob seu controle. Quando o café ficou pronto, Pilar pediu a Maria que acompanhasse a jovem até a casa de Alceu, mas com a condição de que ela ficasse no máximo duas horas e, claro, que não deixasse Kiara sozinha. Ela queria ver o movimento da garota, queria que ela soubesse que sempre estaria vigiada.

 

— Kiara tem que aprender a viver no mundo real. Ela não está mais com o pai, ela está sob minha tutela agora. E assim será até que eu decida o que fazer com ela, Pilar pensou enquanto tomava um gole de café.

 

Depois de dar as instruções a Maria, Pilar se levantou, pegou a bolsa e, sem olhar para Kiara, foi direto para a porta. Havia um longo dia de compromissos à sua frente, e, apesar das tensões com a jovem, ela não podia perder tempo. A reunião sobre os problemas financeiros da empresa a aguardava.

 

Enquanto Pilar se afastava, Kiara finalmente desceu as escadas, encontrando Maria na entrada. A governanta a guiou até o carro com um sorriso discreto, mas Kiara não parecia muito animada para o encontro com seu pai. Ela sabia que a visita não resolveria os problemas, mas era uma oportunidade de ver Alceu, e isso lhe dava um pouco de conforto.

 

Enquanto isso, Pilar se acomodava em seu carro, sentindo um nó em sua barriga ao lembrar da maneira como tratou Kiara nos últimos dias. Ela sabia que tinha que ser firme, que sua posição estava em jogo, mas ainda assim, havia algo dentro de si que não conseguia ignorar quando olhava para a jovem. Ela não queria, mas sentia uma atração por Kiara. Mas Pilar sabia que não podia se dar ao luxo de se envolver. Ela precisava manter o controle de tudo, até do que sentia.

 

O dia a aguardava, e Pilar sabia que tinha que ser implacável, para sua própria proteção e para garantir que a jovem soubesse seu lugar na casa, e talvez, em algum momento, na vida de Pilar.

 

Kiara desceu do carro com um misto de ansiedade e raiva. A casa onde cresceu agora parecia fria e distante, um reflexo do que a família se tornara. Maria, sempre atenta e protetora, caminhava ao seu lado, mantendo-se firme, como Pilar havia ordenado.

 

Quando tocaram a campainha, a porta se abriu bruscamente, revelando Rafaela, a irmã mais velha de Kiara. O olhar dela era de puro desdém, e a voz carregada de veneno.

 

— Olha só, se não é a mimadinha do papai. Pensei que já estávamos livres de você. O que faz aqui? — Rafaela cruzou os braços, um sorriso cínico no rosto.

 

Kiara respirou fundo, controlando o impulso de revidar. — Quero ver meu pai.

 

Sem esperar uma resposta, ela empurrou a irmã de lado e entrou, determinada, atravessando o corredor até o quarto onde Alceu descansava. O ambiente era opressivo, cheio de lembranças dolorosas e de segredos mal resolvidos.

 

Quando entrou, encontrou o pai deitado, mais frágil do que lembrava. O coração apertou ao vê-lo tão vulnerável. Alceu sorriu, um sorriso cansado, mas cheio de amor e culpa.

 

— Kiara... você veio. — A voz dele era fraca, quase um sussurro.

 

Ela se aproximou, segurando a mão do pai. — Precisava ver você, pai.

 

Eles conversaram por um longo tempo, trocando palavras que precisavam ser ditas. Alceu pediu perdão, lágrimas nos olhos.

 

— Me desculpe, Kiara. Eu escondi a verdade... cometi erros, e agora você está pagando o preço por eles. Pilar é uma mulher perigosa. Eu... — Ele engoliu em seco. — Sinto vergonha de tudo que você está passando nas mãos dela.

 

Kiara sentiu o peito apertar. — Pai, não foi culpa sua...

 

Ele a interrompeu, apertando sua mão com força. — Ouça, filha. Você precisa cumprir tudo o que ela pedir. Dê a ela o que ela quer... o filho. E então, quando tudo acabar, viva sua vida livre. Não se prenda a essa dor.

 

Aquelas palavras perfuraram a alma de Kiara. Ela queria gritar, protestar, mas a voz não saía. O olhar do pai estava cheio de súplica e resignação. Ele sabia que não tinha como escapar do destino traçado por Pilar.

 

Enquanto voltava à mansão, sentada no carro ao lado de Maria, as palavras do pai ecoavam em sua mente, repetindo-se como um mantra cruel. “Dê a ela o filho... depois viva livre.” A ideia a enchia de revolta e confusão. Pilar não teria controle sobre sua vida. Ou teria?

 

Pilar mal havia terminado de revisar o último relatório quando sentiu a pressão latejar em suas têmporas. O dia estava sendo exaustivo, a pilha de contratos parecia interminável, e sua paciência estava por um fio. Decidiu que precisava sair do escritório, nem que fosse por um instante.

 

No intervalo do almoço, pegou seu casaco, ajeitou os óculos escuros e desceu até o carro. Informou ao motorista que iriam ao banco.

 

Ao chegar, foi recebida imediatamente pelo gerente, que, como sempre, tratou-a com uma preferência quase reverencial. Eles se sentaram em uma sala reservada, longe dos olhares curiosos.

 

— Senhora Venture, em que posso ajudar hoje? — o gerente perguntou, já com um sorriso de prontidão.

 

Pilar tirou os óculos escuros, olhando-o com a seriedade habitual. — Quero um cartão Black com limite infinito.

 

O gerente arqueou uma sobrancelha, surpreso. — Para a senhora?

 

Ela sorriu de canto, fria e calculista. — Não. Para outra pessoa.

 

O gerente tentou disfarçar a surpresa. — Ah... claro. E qual seria o nome do titular?

 

— Kiara Fagundes Venture. Em breve, ela será minha esposa. Quero que ela tenha tudo o que merece. — A voz de Pilar soou firme, quase desafiadora.

 

O gerente assentiu, anotando o nome. — Entendo. Farei a solicitação imediatamente. Ela terá acesso a todos os benefícios e exclusividades do cartão Black.

 

Pilar inclinou-se na cadeira, um brilho enigmático nos olhos. — Certifique-se de que ela saiba que tudo o que tem... vem de mim. Quero que isso fique bem claro.

 

O gerente engoliu em seco, acenando com a cabeça. — Sim, senhora.

 

Enquanto saía do banco, Pilar sentiu um pequeno sorriso surgir em seus lábios. Não era só um presente. Era uma marca de poder, um lembrete silencioso de quem controlava o jogo.

 

Pilar desceu do carro com passos firmes, ajeitou o blazer e entrou na mansão. Assim que cruzou a porta, o som de risadas ecoou pelo grande salão. Sua expressão endureceu instantaneamente.

 

Ao virar o corredor, viu Carlos, seu irmão mais novo, encostado no sofá com o ar despreocupado de sempre, contando uma piada. Kiara e Maria riam, os olhos de Kiara brilhando de um jeito que Pilar nunca havia visto desde que a trouxera para casa.

 

— Sempre soube que ele seria um ótimo palhaço — murmurou Pilar, interrompendo o clima descontraído.

 

Todos se viraram ao som da voz dela. Carlos, ainda sorrindo, levantou-se com um gesto teatral, como se a presença dela não o intimidasse nem um pouco.

 

— Mana! Que recepção calorosa — ele disse, abrindo os braços como se fosse abraçá-la.

 

Pilar cruzou os braços, o olhar frio e avaliador. — O que você está fazendo aqui, Carlos? A última vez que o vi, estava na Itália, afundado em algum escândalo.

 

Ele deu de ombros, o sorriso nunca vacilando. — Senti saudades da família. Não posso visitar minha querida irmã mais velha?

 

— Você não tem "querida" nenhuma — retrucou Pilar. — Não se daria o trabalho de cruzar a porta da minha casa se não estivesse precisando de algo. O que foi desta vez? Problemas financeiros? Alguma modelo grávida? Ou foi expulso de mais uma equipe de corrida?

 

Carlos soltou uma gargalhada, mas os olhos se estreitaram levemente. — Pilar, você sempre tão direta. Não pode mudar isso, pode? Mas não, desta vez, estou aqui apenas... por cortesia.

 

— Vamos ver por quanto tempo essa cortesia dura — ela rebateu, o tom carregado de sarcasmo.

 

O silêncio pairou pesado por alguns segundos. Kiara observava a troca de farpas, sentindo o clima mudar. Maria, sempre perspicaz, decidiu quebrar a tensão.

 

— Posso trazer um café para vocês? Ou talvez algo mais forte? — sugeriu a governanta.

 

— Traga whisky para ele — Pilar ordenou, sem tirar os olhos do irmão. — Tenho certeza de que ele vai precisar.

 

Carlos sorriu, mas o olhar entregava uma ponta de irritação. — E para você, mana, o que vai querer?

 

Pilar estreitou os olhos, a voz baixa e firme. — O que quero... você não pode me dar.

 

Carlos arqueou uma sobrancelha, surpreso, mas não perdeu o tom provocativo.

 

— Nossa, Pilar, que modos são esses? Vovó ficaria decepcionada se te visse falando assim na frente de uma dama tão linda — ele disse, sorrindo para Kiara, que desviou o olhar, visivelmente desconfortável.

 

Pilar não hesitou nem por um segundo. Deu um passo à frente, a voz cortante como gelo. — Nem ouse, Carlos. Não tente nenhuma intimidade com a minha futura esposa ou esqueço que você é meu irmão.

 

Carlos levantou as mãos em sinal de rendição, um sorriso de canto nos lábios. — Calma, Pilar. Só estou sendo educado. Aliás, você tem bom gosto. — Olhou de soslaio para Kiara, que agora mantinha o olhar fixo no chão, sentindo-se no meio de uma tempestade prestes a explodir.

 

— Não teste a minha paciência — Pilar advertiu, os olhos faiscando. — Você pode brincar com o mundo inteiro, Carlos, mas não brinca comigo. E muito menos com ela.

 

Carlos soltou uma risada curta. — Sempre tão territorial. Só quero saber uma coisa, Pilar: você já contou para ela o que realmente quer? Ou vai continuar fingindo que é só uma "futura esposa"?

 

Kiara levantou o olhar, confusa, tentando entender o que ele queria dizer. Pilar fechou o punho, a tensão em seu corpo evidente.

 

— Chega, Carlos. Já vi que sua visita não passa de mais uma provocação. Se veio aqui para causar problemas, pode sair pela mesma porta que entrou.

 

Carlos riu mais uma vez, mas havia uma sombra de frustração nos olhos dele. — Vou pegar meu whisky e sair do seu caminho. Mas lembre-se, irmãzinha: segredos têm o péssimo hábito de aparecer quando menos esperamos.

 

Com isso, ele se afastou em direção à cozinha, deixando Pilar e Kiara em um silêncio desconfortável. Kiara olhou para Pilar, querendo perguntar

o que aquilo tudo significava, mas a executiva desviou o olhar, os olhos duros como pedra.

 

— Não dê atenção para o que ele disse — Pilar murmurou, antes de se afastar, encerrando a conversa de forma abrupta.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá pessoal, ótimo domingo é começo de semana pra vocês.

Até qualquer dia e hora.

Beijos

 

Ps: Não deixem de comentar, isso é muito importante.


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Comentários para 6 - Capitulo 6:
Mmila
Mmila

Em: 23/12/2024

Nossa, mais uma situação complicada para a Pular administrar.

Será que esse irmão vai criar mais problemas ainda entre Pilar x Kiara?!?!?!?

Mas a história promete....

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