"EMOCIONADAS'
DILL POV
Chego em casa, encontro minha mãe sentada na sala chorando.
- O que aconteceu mãe? - olhei para dentro do quarto de Alan e o vi deitado no chão do quarto também chorando. -Alan? Porque está no chão? - perguntei preocupada.
- Nada mãe! Que saco! Só quero ficar aqui. - falou com certa grosseria.
- Oi mãe! Me conta. - lhe beijei a testa.
- Nada minha filha. É tão difícil vê-lo assim. Ele nem veio falar comigo. Fiquei o dia todo sozinha aqui.
- Eu sei que é. Também sinto isso. Mas não é pessoal, nem comigo ele fala direito.- a abracei com carinho.
- Preciso ir Adriana, seu pai está me esperando para jantar.
Toda minha alegria do dia se esvaía. Tomei banho, tomei um lanche rápido, ofereci a Alan que não aceitou, preferiu ficar no quarto. não o forcei. Aproveitei para mandar mensagem para Juliana.
- Ocupada? - ela sempre respondia rápido, mas eu sempre ficava nervosa na espera.
- Estava pagando conta. Estou vendo que o dinheiro está ficando curto, e não quero ter de pedir para minha mãe. Afinal ela tem quase 70 anos.
- Sei bem como é. Aqui também está difícil.
- Mas pelo menos seu ex marido te ajuda.
]- Xé! Depois que ele teve o infarto. Suas funções na firma diminuíram e o salário também.
- Entendi! E como está seu filho?
- Ah daquele jeito. Alan está no quarto sem comer e eu to aqui na sala assistindo qualquer coisa. Pensando no dia de hoje.
- Foi bom o curso. Mas gostei mais do depois. Sabe, dentro do carro. - Juliana não se conteve.
- Você é muito esperta! Gostei do depois também. Você. - não tive coragem de terminar o resto da frase.
- Eu o que? Beijo bem? Minha mão é boa?
- Sim para os dois. Aliás eu adoro sua mão. Estou adorando nossas conversas.
- Também estou. Não vou negar, queria que tivéssemos tempo de ficar mais vezes.
- Você entende que não quero prometer nada. Quero viver o hoje. Estou gostando de nós assim. - fui sincera. Apesar de estar gostando da situação, assumir relacionamento com uma mulher estava longe das minhas possibilidades.
- Eu sei! Você sempre foi sincera comigo, relaxa.
- Ju! Você tem sido a parte mais alegre do meu dia.
- Dos meus dias também. Você vem terça em casa?
- Vou sim Ju. Com certeza. - suspirei ao escrever.
- Falta muito pra terça? - brincou.
- Infelizmente falta. Até mais.
- Dorme bem Dill! Beijo.
- Você também. Beijo.
Se ela pudesse ver meu sorriso. Saberia que estou lutando para não me entregar. O cansaço bateu, dei boa noite para meu filho e adormeci rapidamente. Aproveitei domingo para ficar na cama até mais tarde. Lá pelas 10 recebo mensagem de André.
“ Poderia fazer um pix de 100 reais para eu voltar? A firma vai me fazer o reembolso, devolvo assim que puder”
“ Pelo amor de Deus André! Como você consegue? Não vou fazer pix nenhum! Estou quebrada, fazendo das tripas coração para ver se sobra dinheiro para o tratamento do Alan. Se vira! Estou cansada de sempre ter de fazer a sua.”
Não me segurei. Não conseguia mais segurar que a situação estava me incomodando demais. Tendo dito isso, ele liga. Quase não atendi, mas ele foi insistente.
- O que é André?- fui grossa.
- Para com isso Adriana! Sei que você pode me ajudar, eu vou devolver logo. Se não tiver pede para sua mãe, seu pai.
- Não vou pedir nada. Chega! Eles não têm de ficar nos bancando não.
- O que aconteceu? Você nunca me negou ajuda e nunca falou assim comigo. - por um segundo eu pensei que estivesse dando bandeira e recuei no trato com ele.
- Acontece que eu estou sem dinheiro. Também estou precisando de ajuda.
- Poxa vida! Comprei remédio com o dinheiro que tinha, pensei que a firma fosse me ressarcir logo da passagem. O que faço agora?
- Compra passagem no cartão que depois eu te dou. - a coragem que estava no começo, sumiu. Um turbilhão de pensamentos vieram: se ele descobre e conta para o Alan, como seria a reação? Minhas neuras me prenderam.
- Obrigado! Agradeceu e desligou. Me senti fraca, medrosa.
JULIANA POV
Como toda pessoa emocionada, eu passava o dia pensando em Dill, os dias se arrastavam até me encontrar com ela. Era domingo e não tinha nada para fazer. Liguei para Lina.
“- Lina meu amor! Tudo bem por aí?
- Opa! Estou indo para um jogo. Jogos regionais se aproximam. E por aí tudo certo? O que deu daquele caso?
- Eita! Pensei que tinha esquecido.
- Que nada! Conta aí.
- Estamos saindo, meio devagar ainda. Mas estamos indo.
- Hum! E vai dar em algo?
- Olha! Ela diz que não quer nada sério. Vamos ver. Ela nem pode sair do armário. A situação não é das melhores.
- Porque Ju? Ela é casada?
- Não! Mas a mãe é preconceituosa, ex marido mora junto e o filho está com depressão.
- Dedo podre hein amiga. - gargalhou.
- Lina! Ela é uma pessoa maravilhosa, nos damos muito bem e não ligo se ela não sair do armário.
- Se você está feliz e aceita tudo isso. Bora ser feliz.
- Sim! Só largo ela se aparecer uma Lauren Jauregui na minha vida. - rimos juntas
- Nossa que show foi aquele. Meu Deus que mulher linda.
- É mesmo Lina! Que mulher. Agora temos de ir no da Shakira. Beijo bom trabalho aí.
Terça demorou a chegar. Arrumei a casa e me preparei com meu melhor perfume. No horário marcado ela chega e meu sorriso entrega todo o sentimento que estava sentindo por ela.
Quando ela chega, não nos fazíamos de rogadas, nos jogávamos nos braços uma da outra, com beijos apaixonados. Eu tirava rapidamente sua roupa, ansiava por seu corpo e percebia que ela também ansiava pelo meu. Os beijos que não podiam ser dados durante a semana, eram dados agora com todo tesão. Os corpos se procuravam, se encaixavam. Os sex*s molhados eram tomados por línguas sedentas.
- Adoro seu corpo Dill! - falei enquanto ch*pava um de seus seios.
- Eu nem sabia que meu seio era tão sensível. Pode ch*par à vontade.
Nos amamos com muita vontade, sem receios. Nos entregamos. Alías, ela se entregou, porque eu era fácil. Terminamos suadas, fazendo carinho uma na outra
- É tão fácil fazer amor com você Dill! A gente se encaixa tão bem. -
- Sim é bom mesmo. - ela beijava toda minha face.
- Desse jeito vou acabar me apaixonando por você! - não segurei.
- Não posso te prometer nada. Pra mim só o hoje já está bom. - se levantou e foi tomar banho.
Aquelas palavras doeram. Fiquei em silêncio por alguns minutos. Ela notou após sair do banho que eu havia ficado chateada.
- Desculpa Juliana! Não falei para te magoar, mas eu nunca menti para você.
- Eu sei! E você não esquece de dizer isso 1 dia sequer. Mas eu não vou negar meus sentimentos. Eu estou me apaixonando por você sim! - falei com medo que ela saísse pela porta e não voltasse mais,agora se você realmente não quer nada sério pare de dar sinais contrários. Porque a gente se fala todo dia, me conta coisas que não fala para ninguém. Então não me venha dizer que posso estar enganada, mas acho que quem está se enganando é você. soltei tudo. Apenas abri o portão para que ela saísse.
- A gente se fala Juliana! - me deu um selinho rápido.
- Ok! - respondi sem nem sequer olhar em sua cara. Fechei o portão e as lágrimas desceram, me culpava por ser tão emocionada e me entregar tão fácil. Decidi que nesse dia não responderia nenhuma mensagem.
ANDRÉ POV
André estava no quarto, quando seu celular apitou. Mensagem de Marcelo.
“ Você não acredita quem eu acabo de ver saindo da casa de uma sapatão aqui no bairro da“ Você não acredita quem eu acabo de ver saindo da casa de uma sapatão aqui no bairro da Raquel?”
- Está de caso com essa vadia de novo?
- Você sabe que eu não resisto. Mas e aí não vai chutar quem pode ser?
- Não sei quem?
- Sua ex amada esposa.
- Tá e daí? O que que tem?
- Acontece que vi sua ex dando um beijo na boca dela. Confesso que o beijo foi rápido, mas foi na boca da sapatãozinho.
Fim do capítulo
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lorenamezza Em: 18/12/2024 Autora da história
hahah assim que é bom