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MINHA DOCE MENTIROSA por Bel Nobre

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Palavras: 2024
Acessos: 544   |  Postado em: 11/12/2024

Capitulo 15

 

                    CAPÍTULO 15

O vento balançou a sacola pendurada no guidão da moto, roçando em sua mão. Ela olhou rapidamente para ver se a camiseta que Ágata lhe emprestara não tinha voado.


Várias imagens de Ágata Chiara invadiram sua mente. Marcela ficou assombrada com a intensidade dos sentimentos; jamais imaginou que ver seu irmão a abraçando mexeria tanto consigo. Custava a acreditar que se enganara, mas a verdade é que ficou cega quando sentiu o cheiro dela e se perdeu quando provou de sua boca. Aquela garota tinha algo que enlouquecia.


— É, Marcela, você está bem fodida. Logo você, a "bichona" que gritava aos quatro cantos que seu coração era blindado para o amor. Lascou-se, amiga.


Uma mulher como Ágata talvez fosse uma dessas garotas modernas que a cada dia ficam com uma pessoa diferente. Dessas que não sabem o que querem da vida, se querem homem, se querem mulher, ou se querem somente curtir o momento. Isso também era possível, mas Marcela acreditava que, no dia do acidente, Ágata sabia exatamente o que queria. Será que ela fingira uma inocência que não tinha, ou fora Marcela que se deixara enganar?


Marcela tinha certeza de que Ágata a viu quando chegou ao restaurante com a desculpa de devolver sua camiseta, quando, na verdade, tudo o que queria era estar por perto. Queria estar realmente com Ágata, ouvir sua voz, seu sorriso, sentir seu cheiro. Por isso inventou a desculpa. Só não imaginava encontrá-la nos braços de seu irmão. Quando será que o "sem noção" tinha chegado de viagem? Ele parecia conhecer muito bem a garota que vinha tirando seu sono ultimamente.


Ao parar em frente ao restaurante, como se tivesse sentido sua presença, Ágata levantou a cabeça e seus olhos se cruzaram. O irmão de Marcela não a viu, ele estava de costas, mas Ágata sim.


— Mentirosaaaaaa! — Marcela sentiu o grito sair livre, libertando-a do peso no peito.


O grito acompanhou o ronco do escapamento. Em pouco tempo, chegou ao seu destino: uma rua com casas de fachadas simples, completamente deserta. À sua frente, atravessando duas pistas, encontrava-se o paraíso na terra: um mar aberto de praias brancas, um retrato divino para encher os olhos.


A paz reinante acalmava seu coração. O ar puro com cheiro de mar levou para longe a raiva que a consumia. Marcela desceu e caminhou pesadamente no mato verde que cobria toda a frente da casa. Precisava mandar arrancar tudo com urgência e passar uma calçada para tirar aquele ar de abandono. Abriu o portão pesado, de madeira e barras de ferro, com uma chave extra que carregava no mesmo chaveiro da moto. Abriu apenas um lado, escorou uma pedra para mantê-lo aberto e estacionou a moto lá dentro, no local onde, no futuro, mandaria construir uma piscina.


Desligou a moto e tirou o capacete, deixando-o pendurado no retrovisor. Foi até a frente da casa, abriu o registro de luz, enfiou a mão e puxou a chave pendurada em uma correntinha. Desde que se tornou proprietária, sempre guardou a chave ali. A casa foi uma paixão à primeira vista.


Marcela não comentou com os amigos sobre a compra, só sua mãe sabia. Quando viu o anúncio da venda do sítio próximo à praia do Cumbuco, um local sofisticado devido à quantidade de condomínios classe A. ao lado da pista que separava as serras e o mar, mas, ao mesmo tempo, intocado pela mão do homem, com suas praias imensas de areia fina e branca, cheias de conchas que formavam desenhos geométricos intrincados ao longo da praia… Os amantes de esportes aquáticos amanheciam dentro da água, que a essa hora estava sempre morna.


Era proibido danificar a natureza naquele local; não se podia retirar ou deixar qualquer coisa. Havia fiscais andando a pé ou de buggy que orientavam os banhistas.


Ao ver o anúncio. Marcela não pensou duas vezes: gastou o salário que vinha recebendo e guardando. Na época da compra, ela morava no Rio de Janeiro, então tudo foi feito através da corretora e de sua mãe, com Anderson, seu marido e também advogado e tutor legal de Marcela. O mesmo que agora a ajudava a se manter em segurança e longe de problemas. Anderson administrava sua conta bancária e todos os seus bens; ela raramente usava cartão ou fazia transferência via Pix, sempre dinheiro vivo. Para isso, sempre recebia uma quantia via Sedex endereçada à residência de Jacinto ou pelo Pix privado quando confiava na origem da trans*ção.


Abriu as portas e janelas para deixar o ar entrar. No quintal, tudo estava em ordem e limpinho; o casal que já trabalhava para o antigo dono permaneceu trabalhando para ela. Eles faziam um bom trabalho. Todo dia vinham ao sítio pela manhã e ficavam até o meio-dia. Limpavam, cuidavam das galinhas, patos e gatos, e regavam as plantas carregadas de frutas. Alex ia gostar daquele lugar.


Marcela foi até a geladeira. Precisava ser abastecida com carnes e verduras; só tinha água, frutas e o vinho ainda pela metade desde a última vez em que viera fazer uma visita. A vida dela agora tinha como prioridade a alimentação da Alex. No dia seguinte, as duas iriam à feira comprar juntas tudo o que faltava.


Abriu a garrafa e tomou um gole, direto do gargalo. O gosto doce misturado com o azedo da uva desceu goela abaixo, lavando tudo.


Marcela afastou uma almofada do sofá em L e sentou, pegando o celular no bolso. Foi direto à página do Instagram para ver as postagens que Eduardo compartilhava com os amigos. Já havia feito tanto isso com outras contas de pessoas que nunca vira, só para descobrir onde ficavam, se hospedavam e com quem saíam. Nada melhor para encontrar alguém do que as redes sociais.


Lá estavam Ágata e Eduardo em uma pose bem romântica. Pelo ângulo, a foto tinha sido tirada por ela mesma, que parecia estar feliz. Já fazia algum tempo que fora postada. Marcela leu os comentários; eram todos iguais, parabenizando o casal. Os amigos mais próximos elogiavam a beleza da garota.


Ainda que não tivesse um compromisso com ela, ou mesmo que mal a conhecesse, ver essa foto magoava Marcela de uma forma que nunca pensou sentir. Um sentimento doentio de posse e ciúmes tomou conta de seu peito, que doía só de imaginar Ágata pedindo ao irmão de Marcela para ser beijada, como fizera quando se conheceram. Seus dedos tremiam quando escreveu a mensagem desejando felicidades ao casal. Não satisfeita, procurou outras fotos de Ágata. Para seu alívio, não encontrou. Aquele velho ditado que diz "quem procura acha" não se aplicou nesse caso, graças aos deuses de plantão. Não tinha nada, o que era estranho. Se fosse Marcela namorando aquela "coisinha linda e mentirosa" em outros tempos, seu Instagram teria mais fotos da "mentirosa gostosa" do que de si mesma. Voltou aos comentários procurando um amigo em comum ou um comentário direto para Ágata. Não tinha um pingo de remorso em estar stalkeando a conta de seu irmão; afinal, seu trabalho também era fazer investigação digital e rastrear criminosos.


Encontrou um, de uma garota usando óculos, muito parecida com a que viu no restaurante. Seu nome era Gorete. Essa conta era aberta, tinha muitas fotos dela com Ágata e outras pessoas, inclusive o irmão de Marcela. Mas não tinha nenhuma em que ele estivesse com Ágata. Muito estranho esse namoro. Marcela não podia enviar um convite para a tal Gorete e se deixar ser rastreada. Assim como ela sabia entrar e vasculhar a conta de todo mundo, no morro muitos garotos que trabalhavam para o tráfico sabiam mexer com redes sociais do mesmo jeito. Seria fácil descobrir sua cidade natal e chegar até Alex.


O relógio em seu pulso marcava cinco horas da tarde; estava quase na hora de Alex sair do colégio. Era melhor avisar sua mãe que não iriam para casa naquele fim de semana.


— Mãe! Vou passar o fim de semana na praia com Alex. O Jacinto vai pegá-la no colégio e trazê-la para a pousada onde estou. Só volto no domingo ou na segunda à tarde.


— Você mal chegou e já vai se afastar outra vez.


Marcela sentiu a decepção na voz de sua mãe. Ela lamentava isso, mas não se sentia em casa, tinha a sensação de ser uma visita. Estava pensando seriamente em se mudar para o sítio.


— Agora eu tenho uma filha, mãe. Alex passa o dia trancada no colégio, e no final de semana eu quero que ela corra na praia, brinque, faça amiguinhas e suba em árvores.


— Marcela, minha filha, o que você não está me contando? Desde que voltou para casa está misteriosa. Vive conversando baixinho com seu motorista, anda sempre assustada. Sua filha não deixa ninguém se aproximar dela e rejeita qualquer demonstração de carinho. O que está acontecendo?


— Alex é assim mesmo, mãe, arredia. A vida dela não foi fácil antes da adoção, passou por coisas que nem um adulto merece.


Marcela considerou contar a verdade, mas sempre desistia porque sabia que sua mãe contaria ao Renato, seu marido. Ela não se sentia confortável com seu padrasto; ele era um escroto que condenava tudo, tudo ele achava que era obra do diabo.


— Não é só isso, filha, eu sinto que não é. Sua filha é a criança mais alegre do mundo quando está com você ou seu motorista. Já vi ela abraçar o motorista, mas quando o Renato tenta se aproximar, ela foge, não aceita um carinho. Eu sei que tem uma história por trás disso e você não me conta. Deixou de confiar na sua mãe?


— Na senhora eu confio, mas tudo que eu contar, a senhora vai correndo contar ao seu marido. Eu entendo que não queira mentir para ele; por isso, tem coisas que é melhor eu não falar, pelo menos por enquanto.


— Você não pode me crucificar só porque, quando te peguei com uma menina, dividi com o Renato o que vi. Ele é meu marido e estava no lugar de seu pai.


— Ele pode ser seu marido, mas nunca esteve no lugar do meu pai. Nem mesmo o Anderson, a quem amo e que me criou, eu considero meu pai. — O marido de sua mãe nunca quis ocupar esse posto, apesar de a amar igual amava seus filhos. Sempre foi seu amigo.


— Você nunca me perdoou, né, filha? Pelo fato de não ter entendido e aceitado você. Mas eu fiquei em choque, sem saber onde errei na sua educação para você ir por aquele caminho.


— Mãe, eu nem sabia o que queria na vida, ainda estava fazendo minhas escolhas. A senhora não tinha o direito de me expor da forma que fez. O Renato foi cruel comigo, falando que Deus tinha virado as costas para mim e que o Diabo tinha se apossado de mim. Mas o pior de tudo foi me prender em casa e me forçar a frequentar sua igreja para me afastar da perdição, tudo com a sua permissão. Foi por isso que fugi.


Por esse episódio, Marcela perdeu a crença nos homens que lideram igrejas, de qualquer religião. Tinha sua fé em um Deus supremo, em um pai que amava seu filho do jeito que era e que jamais o abandonava por ser diferente.


— Eu já me arrependi tanto, filha, de ter contado para o Renato, mas eu fiquei apavorada, não sabia o que fazer. Fui desabafar com ele meus medos e não esperava que ele fosse agir daquela forma.


— Se meu pai fosse vivo, nunca teria me julgado. Ele ia tentar entender e saber se era isso mesmo que eu queria. Foi a primeira coisa que minha tia perguntou quando cheguei na casa dela desesperada e contei toda a verdade. Anderson me abraçou, disse que estava tudo bem e que eu podia amar a quem eu quisesse desde que fosse feliz.


— Agora eu sei o quanto fui uma péssima mãe. Não tem um dia em que não peça perdão pela minha omissão. Sei que naquela noite eu perdi a admiração que minha filha tinha por mim.






 

Fim do capítulo


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Comentários para 15 - Capitulo 15:
Lea
Lea

Em: 16/12/2024

O qual cruel foi o padrasto da Marcela. E a mãe dela,como foi conivente com a atitude dele 

Responder

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Lea
Lea

Em: 16/12/2024

O qual cruel foi o padrasto da Marcela. E a mãe dela,como foi conivente com a atitude dele 

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Mmila
Mmila

Em: 12/12/2024

Penso que a Marcela tem toda razão, principalmente em não dividir a história da Alex.

 


Bel Nobre

Bel Nobre Em: 13/12/2024 Autora da história
Ela tem seus medos, pelo que pode acontecer a filha


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