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HERDEIRO DA VINGANCA por Naahdrigues

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Palavras: 3426
Acessos: 710   |  Postado em: 06/12/2024

Capitulo IV

Kiara saiu do banho com o corpo ainda quente, os cabelos úmidos caindo suavemente sobre os ombros. Trocou-se rapidamente, vestindo um pijama simples, mas confortável. Com passos silenciosos, atravessou o quarto e deitou na enorme cama da suíte, afundando na maciez dos lençóis. O coração ainda batia rápido, a tensão do dia pesando sobre ela, mas sua mente estava decidida a manter-se firme.

 

Enquanto isso, na sala, Pilar terminava mais um copo de whisky, seus olhos fixos na vista noturna de Milão. A executiva respirou fundo, colocando o copo vazio sobre o balcão do bar. A decisão estava tomada; era hora de ir para o quarto.

 

O som da porta se abrindo fez o coração de Kiara disparar. Em um impulso rápido, fechou os olhos e fingiu estar dormindo, o peito subindo e descendo lentamente, tentando parecer o mais natural possível. Pilar entrou, seus passos firmes ecoando suavemente no quarto silencioso. Ela parou ao lado da cama, observando Kiara por alguns segundos, seus olhos escuros analisando cada detalhe da jovem.

 

Sem dizer nada, Pilar seguiu para o banheiro. A porta se fechou, e o som da água enchendo a banheira tomou conta do ambiente. Pilar despiu-se lentamente, sentindo o peso do dia escorregar junto com as roupas. Afundou na água quente, o vapor envolvendo-a, relaxando seus músculos tensos. A executiva perdeu a noção do tempo, deixando-se levar pelo silêncio e pela sensação de controle absoluto.

 

Enquanto isso, Kiara, que inicialmente fingia dormir, acabou cedendo ao cansaço real. O ambiente quente e a sensação de segurança falsa a venceram. Ela adormeceu profundamente, sem notar o tempo passar ou a porta do banheiro se abrindo novamente.

 

Pilar, com a pele ainda úmida, vestiu um robe de seda e caminhou até a cama. Sem fazer barulho, deitou-se ao lado de Kiara, o colchão afundando suavemente sob seu peso. Por um momento, ficou imóvel, observando o rosto adormecido da jovem. Uma expressão mais suave substituiu a frieza habitual, mas foi apenas um instante.

 

No meio da madrugada, sem perceber, Pilar virou-se e abraçou Kiara por trás, envolvendo-a em seus braços. Seus corpos se encaixaram perfeitamente, formando uma conchinha na cama. A respiração calma de Pilar se misturou à de Kiara, que, mesmo inconsciente, sentiu o calor do abraço e relaxou ainda mais.

 

O quarto permaneceu em silêncio, com apenas a respiração sincronizada das duas preenchendo o espaço. A tensão do dia, por um breve momento, parecia distante. Mas a batalha entre elas estava longe de terminar.

 

Kiara acordou lentamente, os primeiros raios de sol invadindo o quarto através das cortinas semiabertas. Por alguns segundos, permaneceu imóvel, até que sentiu o calor de um corpo colado ao seu. Seu coração disparou ao perceber os braços firmes de Pilar a envolvendo por trás, o rosto da executiva descansando próximo à sua nuca.

 

Num impulso, Kiara se desvencilhou rapidamente, o coração martelando no peito. Pulou da cama, afastando-se como se tivesse sido picada por algo venenoso. O movimento brusco fez Pilar acordar de súbito, seus olhos se abrindo imediatamente. A expressão serena desapareceu, dando lugar a uma irritação fria.

 

— Mas o que diabos está acontecendo? — Pilar perguntou, a voz rouca de sono, mas já carregada de autoridade.

 

— Você... você estava me abraçando! — Kiara disparou, o rosto vermelho de raiva e constrangimento. — Não se atreva a fazer isso de novo! Eu não sou sua propriedade!

 

Pilar sentou-se na cama, passando a mão pelos cabelos, a calma usual retornando ao seu semblante. Seu olhar fixou-se em Kiara, frio como gelo.

 

— E o que esperava, Kiara? — A voz de Pilar cortava como uma lâmina. — Você está aqui sob minhas ordens. Não finja surpresa.

 

— Isso não justifica nada! — Kiara gritou, os olhos brilhando de fúria. — Você acha que pode simplesmente me controlar, me tratar como se eu fosse uma coisa sua? Eu não vou aceitar isso!

 

Pilar levantou-se da cama, o robe de seda deslizando suavemente sobre o corpo. Aproximou-se de Kiara, cada passo medido, a autoridade irradiando de sua postura.

 

— Aceitar? — Pilar riu, o som baixo e cheio de desdém. — Você ainda não entendeu, não é? Não se trata do que você aceita ou não. A decisão já foi tomada. Quanto mais cedo você se acostumar com isso, melhor será para você.

 

— Eu nunca vou me acostumar! — Kiara rebateu, a voz trêmula. — Você não tem o direito de fazer isso comigo!

 

Pilar estreitou os olhos, a irritação crescendo em seu olhar. Aproximou-se ainda mais, a distância entre as duas praticamente inexistente.

 

— Eu tenho todos os direitos, Kiara. E você sabe por quê. — Sua voz era quase um sussurro, carregada de ameaça. — Não teste a minha paciência logo pela manhã. Isso só tornará as coisas mais difíceis para você.

 

Kiara cerrou os punhos, o corpo tremendo de raiva e medo. Ela sabia que Pilar tinha o controle da situação, mas não queria admitir a derrota tão facilmente.

 

— Você pode ter o poder agora, mas não por muito tempo — Kiara sussurrou, o olhar desafiador. — Eu vou encontrar uma maneira de sair dessa.

 

Pilar sorriu, um sorriso frio e calculista.

 

— Veremos, querida. Veremos. — Ela virou-se, caminhando de volta para a cama. — Agora, pare com essa cena ridícula. Temos um dia cheio pela frente, e você vai precisar de toda a energia que puder reunir.y

 

Kiara permaneceu imóvel, a raiva queimando dentro dela, mas sabia que, por enquanto, precisava escolher suas batalhas. A guerra estava longe de terminar, mas aquele era apenas o começo.

 

Pilar saiu da cama com a elegância habitual, mas o olhar ainda carregado pela irritação da discussão matinal. Caminhou até o banheiro, fechando a porta atrás de si. Logo, o som da água quente ecoava pela suíte, preenchendo o silêncio pesado que pairava entre elas.

 

Kiara permaneceu na cama, ainda se sentindo inquieta. Tentando se distrair, pegou o celular do criado-mudo e, depois de respirar fundo, decidiu ligar para sua irmã, Rafaela. A ligação demorou apenas alguns segundos para ser atendida, e a voz de Rafaela soou fria e carregada de desprezo.

 

— O que você quer agora, Kiara? — Rafaela disparou, sem nem ao menos um cumprimento.

 

— Eu quero saber do papai. Como ele está? — Kiara perguntou, tentando manter a calma.

 

— Como acha que ele está? No hospital, graças a você — respondeu Rafaela, a voz carregada de veneno. — Se você tivesse feito o que devia desde o começo, ele não estaria nessa situação. Pague a dívida, Kiara. Sem drama. Sem choramingar. É o mínimo que você pode fazer.

 

Kiara sentiu o estômago revirar, a raiva subindo como um incêndio. As palavras cruéis da irmã eram como facas.

 

— Você acha que eu sou o quê, Rafaela? Uma mercadoria? — Kiara gritou, a voz tremendo. — Eu não sou um objeto para ser vendido!

 

Nesse momento, a porta do banheiro se abriu com força, e Pilar surgiu, envolta em um robe branco, os cabelos ainda úmidos. Seus olhos estreitaram-se ao ouvir a conversa, e, sem dizer uma palavra, ela cruzou o quarto em passos decididos e arrancou o celular das mãos de Kiara.

 

— Ei! — Kiara protestou, mas Pilar já estava com o aparelho.

 

— Rafaela, é Pilar — a executiva disse, a voz baixa e letal. — Você vai ouvir com muita atenção o que tenho a dizer.

 

Houve silêncio do outro lado da linha, e Pilar continuou, sem desviar o olhar de Kiara.

 

— Se você ousar falar com a Kiara desse jeito novamente, vai se arrepender. Respeito não é um pedido, é uma ordem. Entendeu? — A voz de Pilar era firme, cada palavra carregada de autoridade. — A situação do seu pai não é desculpa para tratar sua irmã como lixo. Cuide da sua língua.

 

Do outro lado da linha, Rafaela balbuciou algo, mas Pilar já havia encerrado a ligação. Ela devolveu o celular a Kiara, o olhar intenso.

 

— Não deixe que ninguém te trate como menos do que você merece, nem mesmo a sua família — disse Pilar, a voz mais suave, mas ainda firme. — E da próxima vez que alguém tentar te diminuir, lembre-se de quem você realmente é.

 

Kiara encarou Pilar, surpresa com a atitude inesperada. Por um momento, o silêncio entre as duas carregava algo mais do que raiva. Uma compreensão silenciosa, talvez. Pilar deu as costas, caminhando em direção ao armário, deixando Kiara com o coração acelerado e uma nova confusão de sentimentos.

 

Pilar abriu o armário, escolhendo calmamente uma roupa casual. Pegou uma blusa branca de seda e uma calça de linho bege, e começou a se vestir ali mesmo, sem o menor pudor. Movimentos graciosos, confiantes, como se Kiara nem estivesse ali, observando cada gesto com os olhos arregalados.

 

Kiara ficou imóvel na cama, o rosto corando instantaneamente. Tentava desviar o olhar, mas seus olhos insistiam em retornar para Pilar, que parecia totalmente alheia à sua presença — ou, talvez, estivesse apenas se divertindo com o efeito que causava. Quando Pilar terminou de se vestir, prendeu o cabelo em um coque elegante e lançou um olhar rápido para Kiara, que ainda estava petrificada.

 

— Vai ficar aí parada? — Pilar provocou, com um sorrisinho nos lábios, enquanto caminhava em direção à porta.

 

Kiara sentiu o rosto queimar ainda mais. Levantou-se apressada, quase tropeçando nos próprios pés, e murmurou:

 

— Eu... vou tomar banho.

 

Pilar arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo com a situação, e soltou uma risada baixa antes de sair do quarto. Kiara correu para o banheiro, fechando a porta com força atrás de si, o coração disparado. Encostou-se na porta, tentando recuperar o fôlego.

 

— Droga... — sussurrou para si mesma, sentindo o rosto arder.

 

Enquanto isso, na sala da suíte, Pilar se serviu calmamente de uma xícara de café. Ao ouvir a porta do banheiro bater, ela sorriu, os olhos brilhando com diversão.

 

— Tão fácil de ler... — murmurou, levando a xícara aos lábios, saboreando o café com a satisfação de quem sabe exatamente o que está fazendo.

 

Enquanto Pilar tomava calmamente seu café, o celular vibrou sobre a mesa. Sem pressa, ela pegou o aparelho e atendeu, a voz sempre firme e controlada.

 

— Samantha, o que foi? — perguntou, levando a xícara de café aos lábios.

 

— Senhora Venture, a reunião desta tarde não poderá ser adiada — informou Samantha, com a voz séria. — Será a nomeação do novo funcionário que substituirá Alceu na diretoria da empresa.

 

Pilar ficou em silêncio por alguns segundos, os olhos fixos na janela, contemplando a vista de Milão. Finalmente, respondeu com a voz fria e decidida de sempre:

 

— Assim que o jatinho pousar no aeroporto de Brasília, seguirei direto para a empresa. Prepare a sala de reuniões e certifique-se de que tudo esteja em ordem.

 

— Perfeitamente, senhora Pilar — respondeu Samantha, com um tom profissional. — Algo mais que deseja?

 

— Certifique-se de que todos os diretores estejam presentes. Não quero nenhuma ausência. E Samantha... — Pilar fez uma pausa, um sorriso frio nos lábios. — Quero que a nomeação deixe claro para todos que ninguém desafia a minha autoridade impunemente.

 

— Sim, senhora — Samantha confirmou, sem hesitar. — Tudo estará pronto.

 

Pilar desligou a chamada, recostando-se na cadeira, os dedos tamborilando suavemente na mesa. O jogo estava apenas começando, e cada peça precisava ser movida com precisão. Kiara, ainda no banho, não fazia ideia do que a aguardava quando voltassem ao Brasil.

 

— Vamos ver quem realmente está no controle — murmurou Pilar, com um olhar determinado.

 

Kiara saiu do banho com os cabelos ainda úmidos, vestindo uma calça jeans e uma blusa simples, mas elegante. Ela caminhou até a sala da suíte, onde Pilar ainda estava sentada à mesa, terminando seu café. Assim que a viu, a executiva pousou a xícara com calma, os olhos percorrendo Kiara dos pés à cabeça, um sorriso mínimo e predatório surgindo no canto dos lábios.

 

— Você está linda, Kiara — comentou Pilar, com a voz suave, mas carregada de intenção.

 

Kiara sentiu o rosto esquentar instantaneamente, desviando o olhar enquanto puxava uma cadeira para sentar. Tentou controlar o desconforto, mas o coração acelerado entregava seu nervosismo.

 

— Obrigada — murmurou, quase inaudível, enquanto se servia de café.

 

Pilar notou o constrangimento e, satisfeita com a reação, decidiu não prolongar o momento. Com um tom mais sério, voltou ao foco do dia:

 

— Termine logo seu café — disse, cruzando as pernas com elegância. — Não demoraremos a sair. O jatinho já está preparado, e a viagem até Brasília será longa.

 

Kiara assentiu em silêncio, o estômago revirando não só pela tensão da situação, mas também pelo que a aguardava no Brasil. Sabia que o futuro ao lado de Pilar seria um desafio constante, mas não podia dar-se ao luxo de demonstrar fraqueza. Ela respirou fundo, determinada a enfrentar o que viesse pela frente.

 

Pilar, após resolver as pendências burocráticas da hospedagem, fez um rápido check-out no hotel e seguiu com Kiara até o carro, onde os seguranças estavam prontos para a jornada. A executiva estava tranquila, focada em suas próprias tarefas e no que a aguardava em Brasília. O carro seguiu pelas ruas de Milão, e, ao chegarem ao aeroporto, a espera pelo jatinho foi breve. As duas entraram na aeronave particular, e, em questão de minutos, estavam decolando rumo ao Brasil.

 

No voo, Pilar se acomodou em sua poltrona, com o olhar distante, revisando mentalmente a agenda para o dia seguinte. Kiara, por outro lado, parecia exausta. Ela havia se encolhido na cadeira, tentando encontrar algum conforto, e logo os olhos começaram a pesar. A viagem foi longa e, sem mais forças para resistir, Kiara acabou adormecendo, o corpo relaxando enquanto o avião cortava as nuvens.

 

Durante as horas seguintes, Pilar permaneceu em silêncio, sua postura impecável e os pensamentos em tudo o que precisava fazer assim que chegassem ao Brasil. O voo parecia uma pausa estratégica para ela. Kiara, ainda em seu sono profundo, só acordou uma vez, levantando-se apressada para ir ao banheiro. O som do voo e a falta de opções para distração a fez voltar logo à sua cadeira, mais uma vez fechando os olhos.

 

O restante da viagem transcorreu em um silêncio quase absoluto, interrompido apenas pelo som suave dos motores do jatinho e o ocasional toque da comissária de bordo, que trouxe algo para Pilar beber. O cansaço de Kiara era evidente, mas Pilar não se preocupava. Ela sabia que a jovem não tinha muita escolha. A viagem para o Brasil não seria fácil para ela, mas Pilar tinha controle da situação, como sempre.

 

Ao longe, o Brasil se aproximava, e o destino de ambas estava cada vez mais claro.

 

Assim que o jatinho aterrissou no Brasil e as portas da aeronave se abriram, Pilar desceu primeiro, sua postura elegante e firme como sempre. Ela foi acompanhada por um dos seguranças, a quem fez um gesto discreto, chamando-o para um canto. Sem rodeios, Pilar deu suas instruções com a precisão de quem sabe exatamente o que quer.

 

— Avise ao motorista para me levar direto à empresa. E, depois, leve Kiara até a minha mansão. — Ela pausou, observando o segurança, que acenou com a cabeça, anotando cada palavra. — Ligue para a governanta e peça para arrumar o quarto de hóspedes, deixá-lo impecável para receber Kiara. Quero tudo perfeito, sem falhas.

 

O segurança se retirou rapidamente para passar as orientações, deixando Pilar em um breve momento de reflexão. Ela observou o movimento do aeroporto e pensou nas tarefas que a aguardavam. A empresa, as reuniões e, claro, as situações ainda pendentes sobre o pai de Kiara.

 

Kiara estava seguindo a passos lentos atrás de Pilar, claramente cansada após a viagem, mas Pilar não dava muita atenção ao seu estado. Ela já tinha tudo bem planejado, e agora, apenas os detalhes precisavam ser executados. Em poucos minutos, Kiara seria deixada em sua mansão, onde a governanta a esperaria, enquanto Pilar seguiria seu caminho até o escritório.

 

Com um último olhar para a jovem, Pilar entrou no carro, pronta para enfrentar o que fosse necessário para manter tudo sob seu controle.

 

Enquanto o carro seguia pela estrada rumo à empresa, Kiara não conseguiu conter a preocupação que a consumia. Ela olhou para Pilar, que estava em silêncio, e engoliu a ansiedade que a atormentava desde o momento em que soube que o pai estava no hospital.

 

Com uma voz tímida e hesitante, Kiara quebrou o silêncio:

 

— Pilar, eu... eu preciso ver o meu pai. Não aguento mais ficar sem saber como ele está. Por favor, me deixe ir até o hospital ou... ou até ele, pelo menos.

 

Pilar a olhou de soslaio, mantendo a expressão firme, e então respondeu com calma, mas sem abertura para contestação:

 

— Não é o momento, Kiara. — Ela pausou por um instante, a voz firme e resoluta. — A situação é mais complicada do que você imagina. Se você obedecer, em breve poderá ver sua família. Mas agora, você precisa confiar em mim.

 

Kiara mordeu o lábio, sabendo que não poderia insistir. Pilar sempre tinha a última palavra, e por mais que a ideia de ficar sem notícias do pai fosse dolorosa, ela sabia que se continuasse pressionando, poderia acabar complicando ainda mais as coisas.

 

Pilar então retomou a atenção à estrada, enquanto Kiara, em silêncio, olhava pela janela, tentando controlar a tempestade de emoções que se formavam dentro de si. Ela sabia que teria que esperar mais um pouco, mas a espera parecia cada vez mais difícil de suportar.

 

O carro parou suavemente em frente à imponente fachada da empresa. O motorista abriu a porta para Pilar, que, com a elegância característica, ajeitou os óculos escuros no rosto, lançando um último olhar a Kiara. O tom de voz era firme, mas havia um toque sutil de algo mais profundo, quase protetor.

 

— Se comporte na minha casa. — Ela fez uma pausa, observando a jovem com atenção. — Na sua casa também, futuramente. Se precisar de alguma coisa, peça à governanta. Ela cuidará de tudo.

 

Kiara apenas assentiu, sem conseguir esconder o misto de confusão e constrangimento que aquelas palavras despertaram nela. Antes que pudesse responder, Pilar abriu a porta do carro e desceu, atravessando o caminho até a entrada do prédio com passos decididos. A aura de autoridade e confiança que emanava dela parecia quase magnética, atraindo olhares de admiração e respeito de todos ao redor.

 

Com Pilar fora de vista, o motorista deu partida, dirigindo em direção à mansão. Kiara recostou-se no assento, o coração acelerado. As palavras de Pilar ecoavam em sua mente: "futuramente"... O que Pilar queria dizer com aquilo? Ela não sabia o que esperar da convivência naquela casa, mas uma coisa era certa: a sua vida estava prestes a mudar ainda mais.

 

Durante o trajeto à mansão, o silêncio dentro do carro era quase palpável. Kiara, inquieta, olhou pelo vidro, vendo as ruas familiares de Brasília passarem rapidamente. O motorista, um senhor de cabelos grisalhos e expressão serena, dirigia com atenção.

 

Criando coragem, Kiara inclinou-se um pouco para frente e, com a voz hesitante, perguntou:

 

— Senhor... poderia mudar o caminho? Só um desvio rápido. Eu gostaria de passar em casa... ver minha família.

 

O motorista lançou um olhar pelo retrovisor, seus olhos gentis, mas firmes.

 

— Sinto muito, senhorita, mas não posso fazer isso. Recebi ordens diretas da senhora Venture. — Sua voz era respeitosa, mas categórica. — Ela foi muito clara. Não posso desobedecê-la.

 

Kiara recostou-se no banco, sentindo uma mistura de frustração e impotência. Ela mordeu o lábio, tentando conter as lágrimas. Cada minuto parecia arrastar-se, e a distância entre ela e sua família parecia crescer ainda mais.

 

Enquanto o carro seguia em dire

ção à mansão de Pilar, Kiara fixou o olhar em um ponto distante, prometendo a si mesma que, de um jeito ou de outro, encontraria uma forma de ver seu pai. Ela só precisava ter paciência.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá pessoal!

Espero que todos estejam bem,um ótimo final de semana.


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Comentários para 4 - Capitulo IV:
jake
jake

Em: 08/12/2024

Olá autora, Kiara irá dar trabalho a Sra.Pilar.

Ansiosa pelos próximos capítulos .

Ótimo fds pra vc tbm Naah.

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