Capitulo 3. Novos Estudantes
O clima estava bem fresco quando Domi desceu do trem, um vento úmido soprava do Sul, e ao longe dava para ver espessas nuvens de chuva se aproximando.
- Alunos novos por favor venham até aqui. – A voz de Hagrid ecoava forte acima da cabeça dos alunos. - Alunos novos andem logo, antes que chova.
- Vamos disse Victorie segurando a mão de Rose.
Os Potter-Weasleys seguiram em grupo para o lado de onde a voz de Hagrid vinha, quando já estavam perto do meio gigante, a garota o ouviu conversando com um grupo de alunos diferentes.
- Não, nos barcos só os alunos do primeiro ano. A Diretora Mcgonagall me instruiu para informá-los que vocês usarão as carruagens como os outros alunos. É só seguir reto até o final da plataforma, lá vocês iram encontrar várias carruagens sem cavalo, é só subir em uma, que ela os levara até a entrada do pátio do castelo.
- Ok, obrigado! – Um deles respondeu.
Assim que o grupo de Domi se aproximou de Hagrid os alunos diferentes estavam vindo no caminho contrário, Domi não conseguiu contá-los por causa do fuzuê que estava a estação, mas pode distinguir pelo menos três. Um garoto alto e negro que parecia um bodybilden, um outro garoto com uma feição de indígena e uma garota extremamente linda e muito familiar.
- E aqui estão vocês. – A voz rouca, porém amável de Hagrid a fez olha para frente.
- Viemos trazer os novatos. – Disse Victorie segurando nos ombros de Rose, os primos mais velhos conduziram Alvo para a frente também.
- Então são vocês dois são os iniciantes.
- Olá Hagrid. - Disse Rose.
- Olá florzinha.
- Hagrid nossos chás pré-jogos de quadribol estão em pé? – Perguntou Domi.
- É claro que estão. – Respondeu ele sorrindo entre a barba grisalha.
- Também quero ir dessa vez. – Disse Roxanne. – A sorte da Corvinal deve vir do Hagrid, o time todo sempre faz uma festinha antes dos jogos.
- Larga de ser invejosa! – Respondeu Domi.
- Hagrid como um ex-membro da Grifinória você não devia ajudar outras casas. – Disse Lucy aborrecida.
- Não os ajudo Lucy, mas se quiserem eu tenho um caldeirão bem grande, posso fazer chá para festas pré-jogos das quatro casas. – Disse o meio gigante após rir alto. – Mas agora eu tenho que ir crianças, logo vai chover. Todos os alunos novos estão aqui? – Ele olhou por cima da cabeças dos alunos maiores para ver se nenhum montinho de vestes negras estava perdido. – Parece que sim, então venham comigo.
Alvo e Rose olharam nervosos para os primos mais velhos.
- Vão com tudo. - disse Roxanne.
- Não precisam ficar com medo. – Fred falava de uma forma lenta.
- E não fiquem nervoso na hora de serem selecionados para as casas, vocês farão parte daquela onde serão mais felizes nesses sete anos. - Complementou Vic!
Os dois só acenaram com a cabeça e se viraram caminhando nervosamente na direção de Hagrid.
- Nada do que vocês falaram fez alguma diferença para eles. – Disse Thiago.
- Concordo plenamente. – Comentou Lucy.
Domi se virou e tomou a dianteira do grupo na direção de onde estavam as carruagens que andavam sozinhas. Ela chegara lá esperando encontrar o grupo de estudantes diferentes que havia visto a pouco, mas eles pareciam já ter partido.
- Domi, eu estava te esperando. – Disse um garoto com aparência asiática, alto e forte, de cabelos negros e espetados, pele branca e olhos castanhos escuros.
- E ai Shun onde você estava?
- Pelo trem sem rumo, Roxanne me expulsou da cabine, disse que teria uma reunião familiar ali.
- Desculpa Shun, minha família tem certas tradições.
- Mas isso que me deixou chateado, eu tentei argumentar dizendo que era da família, mas você sabe como sua prima é ignorante!
- Você pode ser amigo o suficiente de Domi para ela te considerar da família, mas eu não sou obrigada ao mesmo. – Falou Roxanne se aproximando.
- Quem falou de amizade, todo mundo sabe que eu e Victória iremos nos casar!
- Todo mundo menos a própria Victória não é – Comentou Thiago se aproximando. Logo atrás dele veio Victória que nem ao menos olhou para Shun.
- Ó Vic, você ilumina minha noite. – Cantarolou Shun se metendo no caminho da bruxa. – Posso cantar uma canção para você?
- Obrigado Davis, mas tenho que ir, sou monitora chefe e preciso chegar logo ao grande salão para botar ordem a mesa da Sonserina.
- Ó sim claro minha deusa, como quiser.
Mas Victorie não escutou as últimas palavras de Shun, subiu em uma carruagem com Roxanne e outros alunos da sonserina.
- Então é aqui que os laços familiares acabam. – Observou Louis.
- Como disse Roxanne “Em Hogwarts nossa família é a nossa casa”. – Complementou Thiago.
- Boa sorte esse ano no quadribol Domi. – Lucy se aproximava pegando no ombro da prima. - Tenho uma sensação de que o time da Grifinória vai dar trabalho.
- Aposto dez galeões que o nosso demônio vai acertar um balaço no meio da sua testa com dez minutos de jogo. – Disse Shun com a voz bem alta para que os poucos alunos restantes da estação ouvissem.
- Você é sempre muito escandaloso, relaxa cara. – Thiago passou por ele dando tapinhas em seu ombro.
Fred, Lucy, Domi e Louis o acompanharam subindo em uma carruagem.
- Nós temos a melhor batedora que Hogwarts já viu. – Continuou Davis enquanto acompanhava o grupo.
- Hogwarts já viu? Como não se achar com um amigo desses? – Disse Domi se ajeitando na carruagem. – Para de passar vergonha e sobe logo na carruagem.
Shun deu um salto e se acomodou entre Roxanne e Lucy, abrindo os braços, abraçando as duas e apertando elas contra o seu peito. As garotas deram um cotovelada nas costelas do garoto, fazendo ele gem*r alto.
Por que você é sempre tão chamativo? – Comentou Domi.
- Olha só quem está falando. – Disse Shun fazendo sinal na direção do cabelo de Domi.
Domi teve que rir, Shun era seu melhor amigo e não era à toa. Dês do primeiro dia de aula eles se deram bem. O garoto era todo metido a rebelde sem causa, fazia piada de tudo e tinha uma tremenda queda por todas as garotas mais bonitas da escola, em especial por sua irmã, Victorie.
- Fiquei sabendo que vocês estão querendo montar uma banda. – Disse Lucy.
- Sim estamos. – Domi respondeu animada. – Tem interesse em participar?
- Deus me livre chamar mais atenção do que eu chamo por ser do time de quadribol? Não sei lidar bem com a fama como você D...
- Espalhem que estamos atrás de alguém que toque guitarra e de alguém que cante. - Disse Shun Interrompendo Lucy. – Domi e eu vamos formar uma banda.
No ano anterior, os dois passaram várias horas andando pelos corredores de Hogwarts tentando achar um local no qual uma banda poderia ensaiar. Mas era uma missão impossível, o castelo era uma edificação muito antiga, por isso o local tinha uma acústica péssima, qual quer grito poderia ecoar pelos corredores e ser ouvido do outro lado da escola, imagine uma banda de rock. Durante as férias de verão em um jantar com Rony e Hermione, Domi tinha expressado a sua insatisfação em não ter achado uma sala ideal. Foi quando Hermione contou sobre a sala precisa, ou sala vai-e-vem.
- É o lugar perfeito Domi, é só chegar perto dela pensando naquilo que você está querendo, ela vai se transformar e te oferecer todo um aparato que vai suprir o que você quer.
- Isso é sério?
- Sim. – Agora quem falava era Rony. – No nosso tempo em Hogwarts utilizamos ela muito, foi lá onde a armada de Dumbledore treinou e durante a guerra bruxa vários alunos contrários a Voldemort se esconderão lá.
- E também foi por lá que a Ordem da Fênix conseguiu entrar em Hogwarts na grande batalha. – Disse Gui.
- Então quer dizer que tem uma passagem secreta nela que leva para fora do castelo? – Perguntou Domi.
Os quatro adultos se entre olharam.
- Tem sim. – Disse sua mãe. – Mas pelo o que me lembro levava a uma casa particular, então nem pense em usar essa passagem.
Depois disso Shun e Domi combinaram que o primeiro tempo livre que tivessem, usariam para visitar a sala precisa, que pelo o que Hermione explicara, ela ficava no sétimo andar e deveriam passar três vezes em frente a tapeçaria dos trasgos dançantes pensando naquilo que se necessitava.
Quando chegaram a Hogwarts as nuvens negras estavam bem próximas, relâmpagos rasgavam o céu noturno e os trovões já faziam sua sinfonia. Uma leve chuva começara a cair, mas nada alarmante.
Domi seguiu os outros estudantes atravessando o pátio do castelo chegando assim as grandes e pesadas portas do saguão de entrada, subirão as escada e finalmente chegaram no grande salão.
- Srt Weasley. – Domi ouviu a voz do Sr Firenze. – De o nó na sua gravata por favor.
- Meu verão também foi ótimo professor, estou animada em vê-lo. – Dizendo isto Domi balançou sua varinha, fazendo com que sua gravata desse um nó sozinha.
- Também estou feliz em te ver senhorita. – O grande centauro prateado exibiu um sorriso e voltou a advertir alguns estudantes que não estavam vestidos ou se comportando de forma adequada.
Domi e Shun seguirão pelo corredor entre as quatro mesas e sentarão-se um pouco para trás do meio do salão, um lugar bom onde dificilmente seriam ouvidos da mesa dos professores, o que os possibilitava de devanear sobre qualquer coisa se o chapéu seletor demorasse demais ou se algum professor resolvesse fazer um pronunciamento.
A jovem bruxa levantou a cabeça tentando localizar seus primos. Thiago estava praticamente na mesma direção que Domi, mas no lado oposto do salão na mesa da Grifinória, a sua frente à garota reconheceu a cabeleira ruiva de seu irmão Louis. Lucy se encaminhava para sentar-se próximo a Thiago e Louis. Fred estava sentado quase na ponta da frente da mesa da Lufa-Lufa, como ele era um monitor deveria se sentar próximo à os alunos novos. Domi virou a cabeça para visualizar a mesa da Sonserina que estava as suas costas e deu de cara com Roxanne.
- O que foi? – Disse Rox ao ver a cara de espanto da prima.
- Você me assustou garota. – Respondeu Domi.
- Ah Domi, Xane não é tão feia assim ao ponto de te assustar. – Shun falava entre gargalhadas.
Roxanne só mostrou o dedo e voltou a conversar com os sonserinos. Logo depois Domi achou sua irmã sentada próximo a ponta da mesa da Sonserina, no local em que uma monitora chefe deveria estar para recepcionar os alunos novos, ela sentava-se elegante com uma postura ereta e falava com um sorriso simpático com quem estava próximo.
- Aiai. – Domi ouviu Shun dizer.
- O que foi?
- A sua irmã é tão maravilhosa, se eu pudesse ficaria o tempo todo a admirando.
- Eu e minha irmã somo praticamente idênticas e você nunca suspirou assim por mim.
- Que chances eu teria com você Domi? – Você é uma adoradora de garotas assim como eu.
- E que chances você tem com Vic? Ela está apaixonada por Ted.
- Ted para lá, Ted para cá. Não sei por que as garotas gostam tanto daquele metamorfo idiota.
- Porque ele é lindo, descolado, inteligente e gentil. - Disse ela colocando as palavras nos dedos.
- Eu sou tudo isso e ainda mais. – Shun havia estufado o peito. – E esse ano o Lupin não estará em Hogwarts, isso pode ser uma brecha para que eu conquiste o coração de sua irmã.
A atenção de Domi foi tirada de Shun quando o professor Firenze passou pesadamente pelo corredor e se posicionou na ponta da mesa dos professores, é claro que permaneceu em pé, por ser um centauro. Logo depois as portas de Hogwarts se fecharam. A professora Mcgonagall sentava-se elegantemente na cadeira do diretor, todos que tiveram aulas com ela sempre comentavam a quão extraordinária ela era, infelizmente a professora já não dava aula há dezenove anos, dês de que virou diretora. Hoje em dia quem dava aulas de transfigurações era o professor Tom Barker, um homem de uns trinta anos e muito bom professor, ele era o diretor da Corvinal. Ele estava sentado do lado esquerdo da professora Mcgonagall, ao lado dele se sentava a professora de poções Pitty Tompicon, ela tinha um ar meio doido e sempre falava alto em terceira pessoa, ela também era diretora da casa da Lufa-Lufa. Na mesa também estava a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Largheta Lee, que de longe era a professora mais descolada, ela trançava os cabelos e tinha um ar de viking, falava e ria alto e sempre parecia estar meio alcoolizada. A professora Lee era a diretora da casa da Sonserina.
- Infelizmente. - Pensara Domi, por mais que ela gostasse de Barker como diretor da Corvinal, a professora Lee passava uma impressão de liberal e divertida, seria muito bom ter ela como diretora. Além que a garota nutria uma paixãozinha platônica por Lee.
Logo as portas do salão se escancararão e o professor Longbottom adentrou andando desajeitado seguido pelos alunos novos. No meio dos pequenos Domi pode notar o rostinho de Rose e Alvo olhando para o teto que simulava o céu noturno. Os dois e mais a maioria dos outros alunos estavam de boca aberta e mal conseguiam conter a empolgação.
Ao chegarem perto do degrau que elevava a mesa dos professores das dos alunos, o professor Longbottom pediu para que esperassem, pegou um banquinho e colocou o chapéu seletor em cima.
- Ao dizer o nome de vocês crianças, venham e sente-se no banco, eu colocarei o chapéu sobre as suas cabeças e ele irá direcioná-los para suas respectivas casas. – O diretor desenrolou um pergaminho e começou a falar. – Brown, James. – Um garoto moreno e meio gordinho subiu tremendo o degrau e se sentou no banco.
Nesse momento Domi se desligou totalmente da seleção, Alvo e Rose provavelmente seriam os últimos devido a primeira letra dos sobrenomes. A garota começou a olhar em volta tentando achar um dos estudantes diferentes que vira na plataforma, mas nem sinal deles.
- O que foi? – Perguntou Shun.
- Você viu uns alunos estranhos na plataforma hoje?
- Não só na plataforma, mas no trem também.
- Quem são eles? – Perguntou Domi sedenta por resposta.
- Não conversei com nenhum, mas me disseram que eles fazem parte de um programa de intercâmbio, cada um veio de uma escola de magia diferente pelo mundo.
- Intercambistas? Realmente ouvi papai falando algo sobre isso com a tia Mione.
- Pois é, parece que Hogwarts entrou em um programa de intercâmbio, vamos receber alguns alunos, e Hogwarts também mandou alunos para outras escolas.
- Hum!
- E sabe quem foi um dos selecionados?
Domi só balançou a cabeça em negação.
- Amy Cooper!
Por um instante a bruxa sentiu algo gelado descer por sua garganta e despencar no estomago, mas ela fez o possível para não demonstrar a reação. - Muito bom para ela, mas voltando a nossa escola, acho eu que provavelmente os intercambistas não estão aqui pois ainda serão selecionados. Devem estar esperando os baixinhos passarem pelo chapéu seletor.
A jovem bruxa olhou para a mesa dos professores e notou um homem diferente entre eles. Ele tinha uma aparência indígena e estava vestido como um oficial do exército.
- Novo professor! – Exclamou Domi. – E bem estranho, já gostei dele.
- Haha! Como sempre!
Alguns minutos se passaram enquanto Shun e Domi devanearam sobre a banda e quando é que eles teriam tempo para visitar a sala precisa, foi quando se pode ouvir a voz do professor Longbottom.
- Malfoy, Scorpion.
Domi olhou para a frente a tempo de ver um garoto meio alto, com pele pálida e um cabelo bem liso e quase branco subiu no banco bem confiante. Logo o chapéu começou a sussurrar em seu ouvido, mas não demorou até ele exclamar, SONSERINA!
Malfoy desceu saltitando do banquinho e foi se acomodar na mesa da Sonserina.
- Um Malfoy na Sonserina, grande novidade. – Comentou Shun.
- Potter, Alvo. – Disse o Professor Longbottom
A atenção da garota se dirigiu para o garotinho magrelo de cabelos castanhos lisos que recebia o chapéu seletor na cabeça. Alguns segundos se passaram no qual o chapéu provavelmente estava sussurrando alguma coisa nos ouvidos de Alvo, até que em alto e bom som o velho selecionador exclamou.
- SONSERINA!
Alvo pareceu surpreso quando ouviu a exclamação do chapéu! Mas com certeza ele não estava mais surpreso que seu irmão mais velho, Thiago soltou um OOOQUEEE? que pode ser ouvido por todo o salão.
Alvo desceu do banco nervoso, parecendo bem perdido, mas logo Vic foi ao seu encontro e lhe deu um grande abraço de boas-vindas, depois o guiou para a mesa da Sonserina.
- Caramba por essa eu não esperava, um Potter na sonserina.
- Eu estou tão surpresa quanto você Shun. Um Malfoy e um Potter na mesma casa? Esse ano começou interesante! - Exclamou Domi.
- Cada vez que vejo o chapéu seletor sussurrando algo no ouvido dos alunos novos, me dá uma curiosidade de saber o que ele está dizendo. - Falou Shun.
- E o que ele disse pra você? - Perguntou Domi.
- Bom, quando colocaram o chapéu em minha cabeça ele disse. “Seu sangue é azul e ele preenche o seu físico, espiritual e psicológico, não a como eu te mandar para outro lugar a não ser, Corvinal!”
Domi poderia ter dito o que o chapéu lhe falou no dia da seleção, mas resolveu que não. Ela se lembrava muito bem, esclareceu várias coisas em sua mente naquele dia. “Senhorita Weasley, parte humana, parte Veela, parte fera, és tudo menos normal, por isso não tente se encaixar em formas que terão de lhe cortar pedaços, seja sempre você mesma, por mais estranho que isso pareça.” Após isso ele exclamou “Corvinal!”.
- Weasley, Rose. – A voz do professor Longbottom a tirou do devaneio.
A mais pequenina caminhou subindo os degraus, o cabelinho ruivo cortando chanelzinho balançava para lá e para cá e o professor teve que a ajudar subir no banco porque ele era demasiado alto para a garotinha. Após o chapéu ser colocado em sua cabeça não demorou muito até que ele exclamasse. LUFA-LUFA! A mesa da lufa-lufa explodiu de alegria, a garotinha pulou do banquinho e foi correndo abraçar Fred.
- E você continua sendo a única discípula de Rowena Corvinal da família.
- E é bom que continue assim.
Ao invés de guardar o chapéu seletor o vice-diretor permaneceu no mesmo lugar, enquanto a velha professora Mcgonagall se levantou e começou a falar.
- Boa noite a todos, alguns de vocês devem ter notado a falta de alguns colegas este ano, não, eles não foram expulsos, ou sofreram algum acidente trágico. Eles foram selecionados por mim para participar de um programa de intercâmbio. – A professora parou por um momento. – Para quem não é um estudioso da cultura bruxa pelo mundo, só deve ter conhecimento de duas outras escolas de magia além de Hogwarts, a escola de Durmstrang localizada na Noruega e a elegante escola da França, Beauxbatons, mas no mundo ao todo existem onze escolas de magia, algumas delas bem mais antiga que Hogwarts. – A professora esperou o murmurinho dos alunos cessar. – O departamento de Cooperação Internacional em Magia se aliou a uma iniciativa do governo bruxo das Américas para o primeiro programa conjunto de intercâmbio entre as escolas de magia do mundo. Das onze escolas do mundo, sete concordaram com o programa de Intercâmbio, por isso seis de nossos alunos foram selecionados para passarem os últimos dois anos em alguma dessas escolas. Vocês podem verificar quem são e para onde foram no nosso painel no quadro de notícias nos salões comunais.
- Ao mesmo tempo que Hogwarts enviou alunos para intercâmbio ela também recebeu alunos vindos das outras seis escolas que aderiram ao novo experimento de união internacional bruxa, e antes que esses alunos vindos de seis países diferentes entrem por aquelas portas, só mais uma informação. Todos eles estão usando pulseiras mágicas, que fazem com que vocês os entendam e vice-versa, por isso não há nenhuma barreira de linguagem. Sem mais delongas recebam com alegria os seus novos colegas pelos próximos dois anos.
A porta do grande salão se abriu e os alunos que Domi havia visto na plataforma começaram a surgir pela abertura da porta em direção ao chapéu seletor.
O que vinha a frente era um garoto negro alto e forte.
- Será que esse da frente tem 16 anos mesmo? Parece que tem 25. – Comentou Shun.
Em seguida vinha uma garota alta, de pele bem branca e cabelos negros bem liso amarrados em um rabo de cavalo.
- Essa me é familiar. – Disse Domi.
- A mim também. – Comentou Shun.
Os dois se encararam com olhares pensativos.
Atrás deles vinham emparelhados um garoto que tinha uma feição indígena e ao lado dele uma garota que não tinha aquela beleza perfeitinha da garota de pele branca, mesmo assim, parecia ser muito atraente, na verdade não dava pra dizer muita coisa, a capa da escola tampava todo o corpo dela, e o cabelo ondulado e longo não deixava muito do seu rosto aparecer pelo angulo em que Domi se encontrava.
Atrás do índio e da garota de cabelos ondulados e castanhos, vinham também emparelhados os dois menores do grupo, uma garota asiática de cabelos curtos que no máximo deveria ter um e cinquenta e cinco de altura e um garoto magrelo com cabelos bem alinhados. Todos os seis exibiam a mesma feição besta no olhar ao admirar o teto do castelo e todos pareciam bem nervosos, tanto quanto os alunos do primeiro ano.
O sexteto chegou perto do degrau e o professor Longbottom pirragueou alto para que os alunos parassem com o murmurinho.
- Assim que eu chamar os seus nomes venha e sente-se neste banquinho, eu colocarei o chapéu sobre as suas respectivas cabeças e ele irá direcioná-los para as suas casas. – Ele abriu um pergaminho e começou. – Fernandes, Lana, brasileira veio da escola de Castelobruxo localizada no Brasil.
A garota de cabelos lindos subiu lentamente o degrau e se sentou, o chapéu deve ter dito poucas palavras a ela porque em alguns segundos ele gritou “LUFA-LUFA!” A mesa dos lufanos ficou toda de pé, gritando e aplaudindo, a garota se dirigiu para a mesa de sua casa sorrindo muito. - Provavelmente era para lá que ela queria ir! - Pensou Domi.
- Krum, Natasha, búlgara veio da escola de Durmstrang na Noruega.
- AH MEU DEUS! – Exclamou Domi e Shun ao mesmo tempo. – ELA É A FILHA DO VICTOR KRUM!
Ao mesmo tempo que os dois soltavam essa exclamação, várias outras expressões parecidas puderam ser ouvidas por todo o grande salão. O professor teve que conjurar o feitiço sonorus para ser ouvido e conseguir silencio, silencio que foi quebrado alguns segundos depois quando o chapéu seletor declarou “SONSERINA!”.
A mesa das cobras se levantou em vivas, os garotos gritavam e assoviavam, as garotas só aplaudiam mesmo. Domi observou Natasha caminhar na direção de sua irmã que já a esperava de braços aberto. Era uma cena bem interessante ver duas garotas tão lindas e elegantes juntas.
- Desculpe Domi, mas vendo aquelas duas juntas eu tive pensamentos bem sórdidos.
Domi não respondeu Shun, mas tinha que concordar sua irmã era muito linda e Krum era de uma beleza maravilhosa.
- Maiitsohakis, Lonan, norte americano veio da escola de Ilvermorny nos EUA.
O garoto indígena caminhou até o banco e depois de alguns sussurros do chapéu seletor se pode ouvir “CORVINAL!
Por mais que não fosse uma das garotas, Domi ficou muito feliz pelo norte-americano ter ido para a Corvinal. Ela subiu no banco e fez mó algazarra, assoviando e gritando, o garoto até apontou para ela e a comprimento.
A diretora teve que pedir silêncio para que os alunos da Corvinal parassem com a gritaria que era em maior parte motivada por Domi, após o silêncio o professor Neville continuou.
- Neveu, Wallace, francês, veio da escola Beauxbatons situada na França.
O garoto magrelo e tímido deu passos vacilantes na direção do banquinho e de longe aquela foi à seleção mais demorada da noite. Foram quase dois minutos até que o chapéu gritasse “SONSERINA!”
- Estranho aquele garoto ser da Sonserina. – Domi havia pensado alto. – Normalmente os sonserinos podem ser tudo menos tímidos e inseguros. – Domi observou o garoto caminhar na direção de sua irmã, que o deu um abraço de boas-vindas e depois se sentar ao lado de Natasha.
- Ó chapéu seletor, me mande para a casa daquela garota de cabelos prateados e da maravilhosa búlgara, elas são muito lindas! – Shun havia feito uma voz fina para imitar o garoto francês. – Era o que eu faria.
- Reis, Zaki. – Ouvisse a voz do vice-diretor. – Angolano pertencente a milenar escola de Uganda, Uagadou.
Zaki tinha a silhueta tão robusta que pareceu bem ridículo quando ele se sentou no banquinho. Alguns segundos passaram até que o chapéu gritou. – GRIFINÓRIA!
- Psiu, psiu. – Domi ouviu alguém a chamando, quando se virou era Roxanne.
- Acho que seus tempos de melhor batedora está acabando, você viu o tamanho daquele garoto?
- De que adianta ter força e não ter técnica. – Disse Shun.
- Domi, você contratou o japa pra ser seu guarda costa?
- Shiii. – Fez Domi, quero ouvir a seleção.
- Sasagawa, Inoue, Japonesa, veio da escola Mahoutokoro localizada no Japão.
- Parente sua Shun? – Domi comentou rindo.
- A garota é coreana, eu sou descendentes de chineses.
- Tudo a mesma coisa!
Poucos segundos foram necessários até que o chapéu gritasse. - CORVINAL!
- Uou. – Gritou Domi. E começou a assobiar.
- É claro que os dois diferentes tinham que vir para a nossa casa. – Disse Shun.
- Se você for analisar, todos seis são diferentes.
Após o professor Neville guardar o chapéu e o banco, a professora Mcgonagall se levantou para os costumeiros pronunciamentos. O ponto alto foi o anúncio do novo professor de Trato de Criaturas Mágicas.
- Temos um novo integrante no nosso corpo docente. Pelos próximos dois anos o Professor Kauan Piragibe, lecionará Trato de Criaturas Mágicas. O professor Kauan é herdeiro de um conhecimento milenar sobre magizoologia, e professor a mais de dez anos em Castelobruxo além de ser um representante bruxo dentro do exército brasileiro e um pesquisador renomado em todo mundo, bem-vindo professor.
Os alunos aplaudiram, mas não com tanto entusiasmo, todos estavam morrendo de fome.
- Agora sem mais demora. – A diretora bateu palmas duas vezes então as mesas foram preenchidas com um enorme banquete.
Fim do capítulo
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