Capitulo 42
YANA KIMI
Como já era de se esperar, Lívia tinha razão quando me convenceu a descansar e aproveitar um pouco daquele local incrível. Estava me sentindo bem melhor quando a hora do almoço chegou.
- Yana, o Roberto ainda está em viagem? - Lena perguntou, servia seu prato com legumes e peixe. Estávamos todos comendo juntos.
- Sim, ele foi para a cidade do namorado. - Meu pai me ligava todos os dias e apesar da saudade que eu sentia, estava feliz que finalmente ele estava aproveitando a vida e vivendo uma história de amor. Depois de tudo o que aconteceu em sua vida, ele merecia coisas boas.
- É tão bom que ele esteja feliz. Sempre fomos amigos e eu sou muito grato por tudo que o Roberto fez por mim. - Carlos comentou.
- Nós adoramos o senhor tio Carlos. Sinto que agora somos uma grande família. Vocês se casaram e logo eu e Lívia vamos nos casar também. - Falei empolgada.
- E como estão os preparativos meninas? - Lena perguntou animada.
- Uma correria mamãe. Já resolvemos a maior parte de tudo, mas ainda tem muito o que ser feito. Estou esperando Kimi ter uma folga do trabalho.
Lívia mal terminou de falar quando o meu celular começou a tocar, era Cris. Devia ser algo do trabalho, daqui a pouco iria retornar a sua ligação.
- Infelizmente as coisas estão mais difíceis do que eu imaginei. Com o papai fora, tenho que ficar de olho em tudo, acaba não me sobrando tanto tempo.
Meu celular voltou a tocar novamente, era a Cris.
- Atende amor, deve ser importante. - Lívia disse.
- Vai ser rapidinho, já volto.
Peguei o telefone e sai da mesa. Caminhei até um local mais privado e atendi.
- Oi Cris.
- Yana!
- Karen, aconteceu alguma coisa? - A voz dela parecia afetada.
- É a Cris, ela está na urgência do hospital. - Agora sua voz estava chorosa.
- Meu Deus, o que aconteceu?
- O setor onde ela trabalha pegou fogo e ela acabou inalando muita fumaça antes de conseguir sair. Ainda não consegui vê-la, mas me deram as coisas dela.
Sua palavras me deixaram em choque. Foi então que percebi várias mensagens do setor administrativo da empresa. Precisava voltar com urgência.
- Minha nossa Karen, eu estou indo agora pra ir. Vai me mandando notícias da Cris. Vou falar com o pessoal da empresa para entender o que aconteceu.
- Tá bom, vou aguardar você.
- Tudo bem, até logo.
- Até.
Assim que desliguei a ligação, corri até onde Lívia estava.
- Preciso voltar para a cidade. - Anunciei com a voz afetada.
- Aconteceu alguma coisa, amor?
- Teve um incêndio na empresa e a Cris está na urgência do hospital.
- Meu Deus, eu vou com você.
- Tudo bem, vamos.
Nos despedimos com pressa e em alguns minutos pegamos nossas bagagens e já estavamos no carro. Lívia estava muito preocupada com Cris, assim como eu. Aproveite a curta viagem para fazer algumas ligações para entender o que tinha acontecido na empresa.
Parece que a polícia queria conversar comigo o mais rápido possível. O incêndio tinha atingido o setor do RH e foi contido antes que fizesse mais estragos, porém alguns funcionários precisaram de atendimento médico. Ninguém morreu, mas alguns inalaram muita fumaça, como foi o caso de Cris.
Pedi para Samantha me manter informada do que estava acontecendo na empresa e que liberasse todos. Como não sabíamos a origem do incêndio, era melhor que o prédio fosse evacuado.
Chegamos ao Hospital e corremos para a recepção. Karen que estava sentada, quando nos viu veio em nossa direção.
- Sinto muito. - Lhe abracei. E depois Lívia a abraçou também.
- O médico disse que Cris já está fora de perigo, mas ainda não me deixaram vê-la. - Os olhos da minha amiga estavam inchados.
- Não se preocupe, logo eles vão deixar você entrar. O importante agora, é que Cris está se recuperando. - Tentei confortá-la.
- A Kimi tem razão. Você já comeu alguma coisa, Ana? - Lívia disse.
- Estou sem fome.
- Você não pode ficar sem comer. Vem, vamos comprar alguma coisa na cantina. - Lívia pegou no braço de Karen.
- Podem ir na frente meninas. Vou atender essa ligação e já encontro vocês. - Beijei o rosto de Lívia e as duas seguiram para na direção oposta.
O número que aparecia na tela era desconhecido.
- Alô.
- Senhorita Charles, aqui é a Delegada Moura. Sou responsável pela investigação do incidente na sua empresa. Gostaria de falar com a senhora pessoalmente. Será que poderíamos nos encontrar hoje?
- Delegada, no momento estou no hospital. Uma amiga minha e funcionária da empresa, foi trazida pra cá. Teria como nos encontrarmos aqui?
- Não tem problema. Posso chegar aí em alguns minutos.
- Tudo bem, lhe aguardo. Vou lhe mandar a minha localização.
- Ok, até breve.
- Até. - Desliguei o telefone e fui me juntar a minha noiva e minhas amigas.
Seja o que fosse que a delegada quisesse conversar, não estava com um bom pressentimento.
LÍVIA DUARTE
Depois de alguns minutos aguardando, finalmente nos deixaram entrar para ver a Cris.
Ana Karen abraçou a namorada assim que entramos no quarto. Ela beijava Cris, no rosto e acariciava a sua costa.
- Amor, graças a Deus você está bem. Que susto levei.
- Foi um susto mesmo. - Kimi e eu ficamos ao redor da cama de Cris.
- Está tudo bem, amor. Estou melhor. - Cris abraçou a namorada enquanto sorriu levemente para mim e Kimi. Era nítido o seu cansaço.
- Cris, como tudo aconteceu? - Kimi perguntou.
- Não sei bem, era um dia normal de trabalho. Mas do nada a minha sala começou a se encher de fumaça. Foi tudo muito rápido. Quando fui em busca de ajuda, a empresa estava em uma confusão. Os alarmes de incêndio tinham sido acionados e tudo estava uma loucura. Não conseguia ver um palmo na minha frente. Ainda tentei encontrar a porta de emergência mais próxima, mas tinha muita gente tentando sair. A fumaça consumiu tudo muito rápido, foi questão de minutos. Então desmaiei, e depois acordei aqui no hospital.
- Deve ter sido um pesadelo. Sinto muito Cris. - Falei tocando em sua mão.
- Obrigada Lívia. Estou bem agora. Mas realmente, achei que tinha chegado a minha hora.
- Amor, bate nessa boca. Você não tem autorização para morrer. Tá me ouvido? - Ana falou.
- Você tem razão. Ainda nem coloquei um filho na sua barriga. - Cris brincou e Ana deu um leve tapa em seu ombro.
- É, ela já está bem. - Kimi falou.
- Espero receber uma boa licença médica. Alguns dias de folga cairiam bem, não é mesmo chefinha?
- Você não toma jeito né Cris, mas pode deixar que você vai tira alguns dias de licença até se sentir bem para voltar. Não se preocupe com despesas médicas ou psicológicas, a empresa vai arcar com tudo. Estou muito feliz que você está bem agora.
- Obrigada Chefe. Mas falando sério, você não acha muito estranho que esse incêndio tenha sido apenas no nosso andar? - Cris questionou.
- Estou tentando entender o que aconteceu. - Kimi mexeu no seu celular e continuou. - Agora tem uma delegada me esperando na recepção do hospital. Acho que ela pode esclarecer o que de fato aconteceu. Vou falar com ela e depois conto para vocês.
- Vamos deixar as meninas descansarem. Vou com você, amor. - Segurei a mão da minha noiva.
- Me avisa qualquer coisa. - Cris disse.
- Aviso sim. E Karen, não deixa ela sair desse hospital até a médica liberar. Conheço essa peça. - Kimi alertou.
- Vou tentar, mas essa aqui é teimosa.
- Ei, eu estou bem aqui. - Cris cruzou os braços sobre o peito. Só consegui rir da cena. Karen tocou o rosto da sua namorada e sussurrou alguma coisa em seu ouvido, o que fez Cris sorrir.
Saímos do quarto apressadas para falar com a tal delegada. Kimi, não disse nada. Dava para perceber que estava nervosa. Por isso, fiquei ao seu lado. Sabia que ela precisava de mim.
- Senhorita Charles. Muito prazer, sou a delegada Moura. - A mulher de meia idade apertou a mão de Kimi. - Eu e minha equipe coletamos algumas informações na cena do crime, também estamos interrogando alguns funcionários.
- Prazer delegada, essa é a minha mulher, Lívia. Pode falar qualquer coisa na frente dela. - Cumprimentei a delegada, mas algo estava me deixando confusa.
- Cena do crime? - Falei.
- Isso mesmo, senhorita Lívia. Temos provas concrentas que o incêndio foi criminoso, por isso quis falar com vocês pessoalmente.
- Quem fez isso, delegada? - Kimi perguntou aflita. - Pensei que tinha sido um acidente.
- Vamos, sentem aqui. Vou contar tudo. - Sentamos de frente para a policial. Ela abriu o notebook e nos mostrou uma gravação em que um homem saía da sala em que o incêndios começou. Ele usava um chapéu para esconder o rosto e óculos escuros. Depois os vídeos se seguiam, o homem entrando em um carro sem placa, passando por uma avenida movimentada. Diversas câmeras pela cidade, capturaram a trajeto que o homem fez. Até que ele parou em um galpão e deixou o carro. De lá saiu em uma moto, por causa do capacete, não era possível ver o seu rosto.
- Vocês descobriram quem é esse cara? - Perguntei.
- Eu sei quem é, amor. Reconheceria esse canalha de olhos fechados. É o Júlio. - Kimi disse, dava para notar que ela estava com raiva.
- Isso mesmo. Júlio foi apreendido algumas horas depois de deixar a empresa. Agora está detido e vai ser interrogado.
- Meu Deus, o que esse infeliz estava pensando? - Minha mulher colocou as mãos na cabeça. - Como ele conseguiu entrar na empresa?
- É por isso que estou aqui. - A Delegada Moura, disse. - Acreditamos que alguém de dentro da empresa ajudou Júlio. E não somente isso, na mesma hora do incêndio, aconteceu uma tentativa de roubo. Tentaram invadir o seu computador para fazer transferência bancárias.
- Faz sentido, o incêndio foi apenas uma distração. Quem invadiu o meu computador?
- Não sabemos, um pouco antes de tudo acontecer. As câmeras do andar da presidência, foram todas desligadas por 30 minutos. Mas, nossos técnicos já estão tentando descobrir. - Moura esclareceu.
- Mas porque causar um incêndio justo no RH? - Kimi, perguntou.
- Também me perguntei isso. A sala que foi totalmente queimada, o que tinha nela? - A Delegada questionou.
- Arquivos com diversos documentos, contracheques, contratos de novos funcionários, avisos de férias, relatório de folha de ponto.
- Certo, preciso dos nomes dos responsáveis que verificavam a contratação de novos funcionários e o registro da folha de ponto. Acho que foi uma queima de arquivo.
- Antes, quem contratava era a Ivete. Mas ela pediu as contas a poucos meses e a Cris ficou nessa função. No controle de ponto é o César, mas o Júlio ajudou ele por algum tempo.
- Como imaginei, todos esses nomes se conectam. Mas ainda falta uma peça do quebra-cabeça.
- Como assim? - Kimi perguntou.
- Temos que continuar investigando. Estou chegando a conclusão de Júlio estava tentando desviar a nossa atenção de algo maior. Você poderia me dá acesso ao sistema da empresa? Isso ajudaria muito na investigação.
- Claro, mas só podemos acessar no prédio da empresa. É um protocolo de segurança que seguimos.
- Tudo bem, tenho uma equipe lá nesse momento.
Enquanto Kimi passava todas as informações que a delegada precisava, me veio a mente que se, Kimi não tivesse ficado comigo pela manhã, ela estaria na empresa durante o incêndio. Mas, alguma coisa não se encaixava, Kimi saberia da presença de Júlio na empresa. Ela deu ordens para que ninguém liberasse a entrada dele.
- A ausência da Kimi, pode ter sido um momento oportuno para o Júlio. - Pensei alto.
- O que, amor?
- O Júlio sabia que você não estaria na empresa hoje. Além da Cris, quem mais sabia dessa informação? - Perguntei.
- A Samantha, ela é a minha secretária. Falei com ela hoje cedo.
- Vocês já interrogaram a Samantha? - Perguntei para a delegada.
- Ainda não. Faria sentido se ela estivesse envolvida. - A Delegada disse
- Como assim? - Kimi perguntou.
- A Samantha liberou a entrada de Júlio. - Esclareci.
- Querida, sei que não gosta da Samantha. Mas ela já estava por um fio, porque faria algo que prejudicasse o seu emprego?
- Justamente por isso, ela não queria sair perdendo. - Falei.
- Só um momento, acabei de saber que meus técnicos identificaram umas pastas que foram excluídas do seu sistema. - A Delegada disse.
- Que pastas são essas? - Minha noiva perguntou.
- Informações de contratos, folhas de pagamento e registro de ponto de mais de 20 funcionários.
- Essas pessoas estão envolvidas? - Perguntei.
- Na verdade, elas não existem. São funcionários fantasmas.
Olhei para a minha mulher e era como se tivéssemos entendido o que estava acontecendo. A delegada continuou.
- Já temos quase todas as peças. Vamos imaginar o seguinte cenário . Júlio, Ivete, César e Samantha estavam juntos. O esquema era o seguinte: Ivete contratava funcionários fantasmas, enquanto César se encarregava de falsificar a presença desses funcionários. Como a empresa tem muitos funcionários, trabalhando em mais de 20 setores, é possível fazer isso sem levantar suspeitas por um curto período de tempo. Parece que esse esquema já rola a alguns meses. Através desse funcionários fictícios, eles roubaram a empresa. Júlio era o responsável por subornar e convencer pessoas a participar do esquema. Como é o caso do responsável pelos pagamentos dos funcionários e o segurança que estava vigiando as câmeras hoje. . Eles admitiram que foram subornados.
- E onde a Samantha entra nisso tudo? - Kimi parecia angustiada.
- Estamos tentando contato com a Samantha, mas parece que ela sumiu. Se ela realmente estiver envolvida, isso seria considerado fuga. - O telefone da delegada começou a tocar. - Só um momento, preciso atender.
Ela se afastou um pouco de onde estávamos.
- Amor, você acha mesmo que Samantha seria capaz de fazer algo assim? - Kimi não viu aquela mulher da mesma forma que eu, isso estava claro.
- Se continuar a defendê-la, irei ficar chateada. - Deixei claro.
- Não é isso, apenas não entendo como ela pode ser tão ingrata.
- Sempre te disse o que eu pensava dela. Não se faça de surpresa, porque você foi avisada. - Não queria ser grossa, mas estava cansada de Kimi defender aquela cobra.
- Acabaram de me informar que que acessou o seu computador foi a Samantha. No interrogatório, Júlio confessou tudo. Ela entrou para o esquema um pouco antes do seu primo sair da empresa. Era os olhos dele lá dentro. Foi ela que liberou a entrada e foi ela que tentou fazer a transferência de 30 milhões de reais pelo computador presidencial. - Nada daquilo me surpreendia.
- Meu Deus, como fui tão cega. Não podia imaginar que tantos funcionários estavam envolvidos nisso. - Kimi, passou a mão pela cabeça em sinal de estresse. Toquei em sua costa para acalmá-la.
- A maioria dessas pessoas, foram colocadas lá dentro pelo seu primo, senhorita Charles. Júlio confessou que estava planejando esse roubo a bastante tempo.
- Não consigo acreditar, o que fazemos agora?
- Primeiro, vamos terminar de interrogar todas as pessoas envolvidas e encontrar a Samantha. Só peço a sua colaboração para disponibilizar qualquer informação que precisarmos. Agora é uma questão de tempo para sair às sentenças dos envolvidos.
- Tudo bem, delegada Moura. obrigada. - Kimi apertou a mão da mulher.
- De nada, entrarei em contato.
A mulher saiu do hospital e eu e Kimi decidimos ir para a empresa.
O pai dela ligou e minha noiva contou tudo o que sabia para ele. Seu Roberto disse que pegaria o primeiro voo de amanhã. Ele sabia que a filha poderia resolver aquilo, mas queria estar ao lado dela para o que precisasse. Não ouvi o resto da conversa, estava pensando em como poderia ajudar Kimi, diante daquela situação.
Quando chegamos na empresa, o prédio estava interditado. Só ficaram os seguranças e os investigadores. Kimi me pediu para ir até a sua sala enquanto ela resolvia algumas questões. Fui até o elevador e caminhei para a sala da presidência. Aproveitei para mandar mensagem para a minha mãe, dando notícias de tudo.
Sentei no sofá próximo a mesa de Kimi. Que loucura estava sendo aquele dia. E pensar que era para ser um final de semana tranquilo e romântico.
Antes que pudesse perceber, braços envolveram o meu pescoço e me puxaram contra o encosto do sofá. A pessoa pressionava os dedos cada vez mais contra a minha pele, estava começando a ficar sem ar. E o pânico tomou conta de mim. Me contorci até que vi o meu agressor, ou melhor, agressora.
- Me solta. - Falei com dificuldade, tentando me desvencilhar dos seus braços.
- Você roubou tudo que era para ser meu. Agora vai ter que pagar.
Segurei a seu braço, mas ela tinha me pagado desprevenida. Não conseguia me soltar.
- Kimi era minha, você não devia ter se envolvido com ela.
Me contorci tentando escapar, já estava perdendo a consciência. Sabia que não aguentaria por mais tempo.
- Sai de cima dela, Samantha. - Kimi veio até a mulher e a enforcou. Quando fui libertada, só conseguia tossir. Tentava recuperar o fôlego.
- Você está louca? - Kimi empurrou Samantha contra a parede.
- Não caia no papo dessa cobra Yana, você não percebe que ela não é mulher para você. - Samantha disse.
- Cale a boca, já disse para respeitar a Lívia. - Kimi foi pra cima dela e começou a desferir tapas em seu rosto.
Mas logo os policiais entraram na sala e prenderam Samantha. Ela saiu gritando pelo corredor.
- Amor, você está bem? - Kimi se ajoelhou na minha frente e acariciou o meu rosto.
- Estou. - Disse com dificuldade. Ela me deu um pouco de água. Levei alguns minutos para normalizar a minha respiração.
- Se sente melhor? - Kimi estava sentada ao meu lado e me abraçava.
- Sim, não se preocupe.
- Como não vou me preocupar. Me desculpe Lívia, eu devia ter ficado do seu lado. Eu devia ter lhe ouvido quando me disse para não contratar a Samantha. - Ela me abraçou mais forte. - Sinto muito.
- Vamos esquecer isso. Ela e Júlio foram presos. Agora tudo vai ficar bem. - Acariciei os cabelos da minha mulher.
- Precisamos levar você para o hospital. - Kimi olhou para o meu pescoço.
- Não, estou bem. Só quero ir para casa.
- Tem certeza?
- Sim.
- Vem, vou te leva para casa. - Kimi disse.
- Quero que fique comigo.
- Eu vou ficar com você, meu amor. Precisamos descansar um pouco. Amanhã, vejo como vai ficar toda essa situação.
Fim do capítulo
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