Capitulo 41
LÍVIA DUARTE
Hoje era um dia importante. Se eu estava ansiosa, imagina a minha mãe. Ela e Carlos alugaram uma chácara para realizar a sua pequena cerimônia de casamento. Seria uma comemoração intimista, somente com as pessoas mais próximas do casal. Mamãe desejava casar ao ar livre e também queria passar um tempo com suas pessoas favoritas. Por isso a chácara tinha quartos suficientes para todos os convidados. Durante o dia aproveitamos a belíssima estrutura do lugar, tinham animais que passeavam ao ar livre, algumas atrações como passeio na canoa, jardinagem, tirolesa, quadra de futebol, piscina para crianças e adultos. Além da culinária local, que nos proporcionou refeições deliciosas e diversificadas. Aproveitei cada momento com a minha mãe, sabia que as coisas estavam mudando e que a vida nos empurrava para ter novas experiências. Não era mais, somente nós duas.
- Filha, você pode pegar uns brincos que estão naquela gaveta? - Mamãe pediu, enquanto se maquiava no espelho.
- São estes? - Coloquei uma caixinha com cinco pares de brincos na mesa a sua frente.
- Esses mesmos. Acho que esse aqui combina com o meu vestido. - Ela apontou para um par de brincos com pedras de ouro branco. - Carlos me deu no Natal. - Ela falou toda feliz.
- Esses são maravilhosos. - Peguei os brincos e lhe ajudei a colocar. Depois lhe ajudei a finalizar a sua maquiagem.
- Como estou? - Mamãe deu uma volta para mostrar o seu vestido de casamento. Ela escolheu uma peça leve, na cor creme, seu cabelo estava semi preso, com alguns cachos soltos.
- Vocês está perfeita, mãe.
Ela sorriu para mim e se sentou na beirada da cama.
- Venha até aqui. - Me chamou, dando leves batidas no espaço ao seu lado.
- O que houve? - Perguntei, enquanto sentava.
- Sei que as coisas estão mudando. - Ela começou dizendo. - Mas quero que saiba que você pode sempre contar comigo, meu amor. Mesmo que agora, eu esteja morando em outra casa, você pode me chamar ou vir até mim sempre que precisar. - Ela tocava gentilmente no meu cabelo.
- Eu sei mamãe. Estou tão feliz por você, mesmo que as coisas estejam diferente agora, é um diferente bom. A senhora merece cada coisa boa que tem acontecido. O Carlos é uma boa pessoa e eu vejo o quanto vocês são felizes juntos. Sei o quanto a senhora sonhou com esse dia e fico muito aliviada em saber que agora, você vai poder compartilhar a vida com alguém que te dar muito amor e carinho.
Dona Lena me puxou para um abraço forte e demorado.
- Ah minha filha, não sabe o quanto estou feliz. Não só por mim, mas por você e pela Yana também. Consigo ver o quanto ela faz bem para você. Sabe, eu tive medo que você se perdesse durante o tempo em que ela foi embora. Te vi depressiva e isolada e aquilo me preocupou. Mas também me mostrou que você era capaz de dar a volta por cima, que era capaz de cuidar de si mesma. Você sempre foi assim filha, cuidou de mim e de si mesma por muito tempo. Agora, eu quero que você se foque no seu trabalho, no seu relacionamento e nos seus sonhos. Sabendo que eu estou bem. Seja a melhor versão de si mesma, para você e para sua noiva. E não permita que os obstáculos da vida destruam o que vocês estão construindo.
- Não vou deixar nada destruir o meus sonhos mamãe. Por muito tempo fui insegura e confusa e isso fez com que a Kimi se machucasse. Mas ela me deu uma nova chance e eu não vou desperdiçar.
- Faz muito bem, meu amor.
Continuamos a nos arrumar, enquanto esperávamos o momento em que levaria a minha mãe até o altar. Tentei aproveitar cada momento com ela ao máximo, sabia que aquelas lembranças eram importantes.
Kimi tinha me avisado que chegaria somente para a cerimônia, pois não podia se ausentar do trabalho. Ela estava empenhada em fechar mais uma parceria e tinha dedicado as últimas semanas para esta finalidade. Estava morrendo de saudade de passar um tempo com ela, depois da nossa viagem tudo ficou muito corrido. Os preparativos para o nosso casamento, os nossos trabalhos, a decisão sobre em que lugar iríamos morar. Era uma correria sem fim, só queria uns dias sem pensar em nada além da companhia da minha noiva. Estava torcendo que nesse final de semana ela tivesse alguma folga.
A cerimônia foi linda. Desde a entrada da noiva até os votos do casal. Não deixei de me emocionar em cada palavra dita. Os noivos, agora casados, estavam aproveitando a festa na pista de dança, eles eram muito fofos.
- Será se a essa bela mulher não gostaria de dançar comigo? - Kimi estava na minha frente com a mão estendida. Ela sorria lindamente.
- Só se for agora. - Segurei a sua mão.
- Espera, nós também vamos! - Cris puxou Karen, que estava atacando todos os doces da mesa.
- Espera amor, deixa só eu terminar esse aqui. - Karen colocou um bem casado na boca e reagiu como se fosse a coisa mais deliciosa que ela já tinha provado.
- Já, agora você é toda minha. Nunca pensei que seria tão difícil competir com sobremesas. - Cris reclamou. Era muito engraçado ver a interação das duas.
- Você sabe que você é o meu doce preferido né. - Karen falou abraçando sua namorada.
- Meu deus! Fico com vergonha só de ouvir isso. - Kimi falou fazendo cara de enjôo.
- Vai dançar com a sua mulher Yana. Me deixa curtir a minha. - Ana Karen disse.
- Eu vou mesmo. - Kimi me puxou para a pista de dança. Ela estava descontraída, como sempre. Mesmo que por alguns segundos percebi um pouco de preocupação em seu olhar. Apenas alguém que a conhecia muito bem, poderia perceber. Anotei mentalmente um lembrete para conversar com ela sobre isso.
A banda começou a tocar a música Lost on you da LP. Eu amava aquela música. Deixei com que o ritmo me envolvesse e cantei o refrão enquanto dançava. Depois começou uma música lenta. Kimi me abraçou e descansei a cabeça no seu ombro, enquanto éramos guiadas pelas batidas lentas da canção.
- Estava com saudade. - Minha namorada disse. - Não sabe o quanto foi difícil passar esse final de semana sem te ver. Odiei não ter você ao meu lado quando acordei.
- Também senti a sua falta, amor. - Acariciei a região da sua lombar. - Mas entendo que o seu trabalho não tenha horários flexíveis.
- Obrigada por me entender. - Ela parecia bem cansada.
- Está tudo bem?
- Só estou um pouco estressada. Aconteceu umas coisas e eu estou vendo o que vou fazer.
- O que aconteceu?
- Não precisa se preocupar amor, já estou cuidando de tudo. - Fiquei preocupada, pois Kimi sempre foi bem aberta sobre qualquer coisa comigo e sentia que ela estava deixando de falar alguma coisa.
- Tem certeza? Sei que não sou nenhuma executiva, mas posso te ajudar se precisar. - Ofereci.
- Sabe o que preciso agora? - Ela tocou no meu rosto.
- O quê?
Kimi me beijou lentamente.
- Preciso de você. Vamos sair daqui?
- Podemos ir para o nosso quarto, mamãe separou uma suíte para nós.
- Essa é uma ótima idéia, amor. Me lembre de agradecer a minha sogrinha.
Saímos do salão sem chamar muita atenção. Andamos pela grama, até chegarmos na frente do quarto em que eu já tinha organizado nossas coisas. Segurei a mão de Kimi e lhe puxei para dentro, sem perder tempo comecei a tirar suas roupas e ela as minhas. Em poucos segundos estávamos completamente nuas em cima da cama.
- Você não sabe o quanto estava louca para sentir seu corpo no meu? - Falei com necessidade. Beijei sua boca com urgência. Queria aproveitar cada minuto daquela noite em seus braços.
Kimi me puxou para cima do seu corpo. Rebolei em seu sex*, sentindo ela molhada e quente.
- Puta merd*, amor. Você está tão molhada. - Xinguei. Ela era uma delícia. Não sei se era os drinks que tinha bebido, mas sentia o meu corpo mais quente que o normal.
- Adoro quando você xinga. - Kimi puxou a minha nuca e me beijou possessivamente. Seus dedos puxaram levemente o meu cabelo, o que só me deixou com mais tesão. Era impossível controlar os meus movimentos, que agora estava desesperados em cima dela.
Com o tempo, nossa intimidade foi se tornando mais natural e eu não tinha vergonha de falar quando queria que ela realizasse alguma fantasia ou curiosidade minha.
- Preciso que vire. - Ela rapidamente se colocou de bruço. Sua bunda grande e empinada era uma perdição para mim. Segurei suas mãos contra a cama, impedindo que ela se movesse e hipnotizada pelo quanto ela estava sexy naquela posição, voltei a me esfregar nela. Seu bumbum era delicioso e me deixava descontrolada. Kimi gemia em aprovação. Não sei se era a saudade, mas eu queria ela todinha somente pra mim. Depositei beijos e mordidas por toda a sua costa, não me preocupando com os pequenos hematomas que se formavam na sua pele.
- Lívia, você está me enlouquecendo. Por favor, pare de brincar comigo e me foda logo. - Minha mulher falou quase sem fôlego.
Imediatamente lhe coloquei de quatro e introduzi dois desde em sua entrada apertada e úmida. Ela gritou e se empinou para mim. Estimulei seu clit*ris ao mesmo tempo em que lhe penetrava. Era uma benção que todos os convidados estivessem entretidos com a festa de casamento, pois nós não estávamos sendo nada silenciosas.
- Amor, eu preciso de mais. - Kimi reclamou.
- Eu sei do que você precisa, meu amor. - Falei enquanto lhe dava prazer. Mas depois de alguns segundos, parei. Kimi já estava protestando, mas logo me deitei e ela entendeu o que eu queria.
Essa era, com toda certeza, uma das posições que eu mais gostava. Ter Kimi sentada em minha cara era um sonho. Ela não teve vergonha em rebol*r, sem pudor nenhum, bem próxima da minha boca, aproveitei para explorar cada cantinho dos seus pontos sensíveis.
- Você é tão linda. - Falei, sem deixar de provar do seu mel.
- Tão apertada. - Para provar meu ponto, introduzi lentamente um dedo em seu interior quentinho.
- Liv... - Sua respiração estava descompassada. Adorava o som do novo apelido.
- Eu sei, meu amor. Sei do que precisa. - Passei a língua lentamente sobre o inchaço pulsante. Ela estava a ponto de goz*r.
- Amor, pelo amor de deus. Por favor! - Eu amava quando ela perdia a compostura.
Sai de baixo dela e ele ficou sobre a cama. Abra suas pernas e me coloque entre elas, colando nossos sex*s. Nossos movimentos se tornaram rápidos e acelerados. Suas pernas me envolvem em busca de mais contato. Estava presa em seus braços possessivos. Ela gemia o meu nome. Não demorou muito para que Kimi entrasse em uma onda de espasmos e contrações. O escorrer da sua intimidade foi o suficiente para me enlouquecer e fazer como se eu entrasse em um orgasmo junto com ela. Segurei o lençol até que meus dedos ficassem brancos. Foi uma explosão de sensações muito boas. Eu só queria ficar assim por um longo tempo.
***
- Podemos voltar para casa amanhã cedo? - Kimi perguntou quando estávamos embrulhadas e prontas para dormir.
- Claro amor, aconteceu alguma coisa? - Perguntei, lembrando da preocupação em seus olhos que notei no início da noite.
- Não fique brava. - Ela disse. E aquilo me agitou.
- Me fale logo, o que aconteceu?
- A Samantha ficou em cima de mim. - Não consegui disfarçar a minha cara de desgosto. - Ela foi bem persistente e me deixou desconfortável, quase a demiti.
- E por que não demitiu? - Agora, era impossível esconder os ciúmes e a conversa em minha voz.
- Ela mora com a família e só ela que trabalha. Fiquei com pena.
- Você não deve sentir pena. Se ela precisa tanto do emprego, deve ser mais profissional e respeitosa.
- Você tem razão, amor. Eu fui bem clara com ela. Não vou permitir que isso aconteça novamente. Ela já está avisada.
- Olha, desde o início eu avisei sobre o caráter da Samantha. Mas você não me escutou. Sei que na época eram somente amigas, mas você sabia das coisas que ela fazia quando acontecia comigo. Não acho que você deva dar uma nova chance para ela. E não estou falando isso porque estou chateada e com ciúmes, sei que você me ama e jamais daria moral pra ela. Estou falando isso, porque eu conheço a Samantha e sei que ela é capaz, não quero que ela te prejudique.
- Você está pensando nisso, Liv. - Kimi me sentou perto de você e me abraçou. - Sinto muito por fazer você passar por essa situação desconfortável. Sei que confio em mim, mas devo dizer que eu jamais quero te enganar, nunca vou te magoar e eu só tenho olhos para você . - Ela depositou um leve selinho em meus lábios. - Quero voltar mais cedo, porque não estou disposto a dar uma segunda chance para a Samantha. Só quero resolver todas as burocracias de demissão.
- Kimi, você deve descansar um pouco. Por que não pede para a Cris cuidar disso e ficamos aqui até a parte da tarde?
- Quer saber, você está certo.
- Mesmo?
- Sim. A Cris é uma das chefes do RH, ela vai saber conduzir essa situação. Vou agora mesmo deixar uma mensagem com tudo que ela precisa saber. - Kimi, abriu seu notebook e passou alguns minutos com ele. Aproveite para olhar meus e-mails e responder algumas mensagens de trabalho. Estava mais tranquila em saber que Samantha sairia da empresa, mas a sensação ruim no meu peito, não passou.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]